Salgueiro chorão

POV DANNA DAVE

Senti minha cabeça doer quando me mexi e o corpo inteiro parecia ter servido de saco de areia para um boxeador. Abri os olhos lentamente e deparei-me com o rosto dele bem acima do meu, os olhos azuis feito um oceano prestes a me afogar.

- Pintor? – Sentei-me de imediato, saindo de cima dele.

- Bom dia, Danna Dave! – A voz dele não tinha nenhum tipo de emoção.

Observei em volta e percebi os galhos caídos por todo lado, como se eu estivesse dentro de uma casa feita de folhas estreitas, daquelas que pareciam lágrimas, como no meu sonho.

Levantei-me e peguei uma das folhas finas, quebrando-a ao meio, ouvindo o som do quanto estava tenra. Girei em torno me mim mesma, completamente encantada:

- Eu... Sonho com esta árvore há uns 12 anos. – Confessei, já nem sabendo se eu queria saber o que havia acontecido para acordar deitada nas pernas dele.

O

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