Quem porra é você para me perdoar? (II)

Sua saliva era quente e eu não lembrava a última vez que senti o sangue ferver dentro de mim daquela maneira. Num ímpeto, retirei meu dedo da boca dela, com certa agressividade, fazendo-a resmungar:

- Você me machucou...

Preocupado, abaixei-me novamente para ver se de fato a havia machucado, talvez cortado sua boca ou lábios. Foi então que a mulher me pegou desprevenido, puxando-me de encontro a sua boca, tentando me beijar mais uma vez.

Afastei-me novamente, quase caindo.

Ouvi o suspiro dela:

- Você é gay! – Saiu como uma afirmação.

Não respondi nada. Não me importava com o que Danna pensava. E mesmo que eu desse explicações, certamente no dia seguinte ela não lembraria.

- Sabe que eu consigo chegar no céu? – Ela levantou as mãos, como se estivesse de fato tocando algo.

Eu tinha 30 anos e uma longa e

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