Senti algo agarrar-se a mim com força e quase caí, me desequilibrando. Olhei o garotinho grudado nas minhas pernas, com aquele sorriso cheio de dentes branquinhos que me faziam lembrar uma piranha, já que o rostinho era pequeno para os tantos dentes que ele tinha na boca. Peguei-o no colo:- Olá, minha miniatura preferida! Ele deu-me um beijo no rosto:- Assustei você, tia Danna? – Gargalhou, ansioso pela minha resposta.Arregalei os olhos:- Nossa, eu fiquei muito assustada! Tanto que quase caí... Você é bom em assustar as pessoas.- Mamãe disse que posso me fantasiar de bicho-papão na próxima festa!Pisquei:- Acho que é uma ótima fantasia. Logo ele balançou as pernas e o soltei, vendo-o sair correndo atrás das meninas. Gabriel também era um garoto especial. E tinha um lugar no meu coração.Vanessa me abraçou:- Semana passada ele era um astronauta. Agora quer ser um bicho-papão. – Balançou a cabeça, rindo.- Maria Cecília, preciso da sua ajuda. – Padre Celso se aproximou, solicit
Assim que saiu o resultado mais esperado da festa, de quem havia feito o melhor bolo, que dentre os jurados tinha o padre Celso, Marialva e a prefeita estava fora, por estar concorrendo, venceu, não surpreendendo ninguém, Juliana Sturman.Revirei os olhos, fazendo pouco caso.- Ano que vem a gente vence, mamãe! – Alegra tentou me convencer, com Vitória no colo.Olhei para Vitória, que saboreava um bolo de chocolate com menta, feito por Juliana:- Ei, traidora! – mordi um pedaço do bolo dela, sentindo o sabor diferente e de certa forma... Bom.- É bom, mamãe! – Vitória pareceu tirar as palavras da minha boca.- Bom não é. Mas não é tão ruim, digamos! – Claro que eu não admitiria que pudesse ser bom.- Mamãe, ano que vem vamos fazer um bolo de chocolate com menta? – Vitória propôs.Olhei em volta e vi todos parabenizando Juliana e a pequena Deise e mencionei:- Ano que vem faremos algo que nunca se ouviu falar... Quem sabe um bolo gigantesco que toda a cidade poderá provar ao mesmo temp
- Por que não? O corpo de Cristo é algo bem fácil de fazer. Porém ninguém votaria naquela coisa sem graça, sem gosto e sem a mínima chance de... Provocar orgasmos. – Comecei a rir.Killian chegou e pôs o braço sobre meu ombro, com o semblante questionador:- Pelo visto estão se divertindo. – Observou.- Estamos lembrando de uns certos biscoitos da biscoiteira. – Foi Juliana quem falou, rindo.Killian pôs uma das mãos no rosto, não contendo o riso:- Deus, foi uma situação bem complicada!Suspirei e disse:- Parabéns, Juliana. Mas aposto que o sabor especial foi obra de Deise. – Alfinetei.- Claro, não tenha dúvida! – ela sorriu – Acho que ela é a parte especial de tudo.- No fim, o que vale não é o sabor do bolo, mas o que vem antes dele, como os ingredientes que vão na massa. – Killian deu sua opinião, certamente remetendo às crianças.- Achei prazeroso fazer o bolo com as minhas filhas – confessei – Adorei a bagunça. Mas perder não é nada bom. Por isso ano que vem seremos competidor
- Amo transar com você – ele gemeu – E amo fazer amor com você! Amo... Estar dentro de você, de um jeito ou de outro.- Eu... Vou gozar... – Miei feito uma gata no cio, deixando meus braços na parede, cravando as unhas nas palmas das mãos ao sentir o espasmo causado pelo clímax, pelo prazer intenso e insano que me era causado cada vez que aquele homem me tocava. Senti seu esperma morno e gostoso dentro de mim, imaginando o sabor que tinha, que eu bem conhecia. Ficamos um tempo ali, abraçados, Killian me segurando pelos quadris, deitando a cabeça no meu ombro, nossas respirações aceleradas, os corações batendo num mesmo compasso, tão enroscados que mais parecíamos um do que dois corpos. - O que... Foi isso? – A voz dele estava ofegante e baixa.- Isto foi... Uma boa foda! – Ri.- Garota má! – ele mordeu levemente meu ombro.- Eu nunca disse que era boa! – provoquei. Saindo do banheiro, nos vestimos e descemos para o jantar. Fazíamos a refeição de forma tranquila e divertida com nos
Killian e eu andávamos pela floresta sem pressa, enquanto Alegra levava Vitória pela mão, parando em cada parte que a nossa miniatura se perdia em inúmeras perguntas sobre todas as coisas.Senti os dedos de Killian alisarem os meus enquanto as observávamos, andando logo atrás de nossas meninas. - Elas são perfeitas juntas! – Ele mencionou.- A miniatura é bem curiosa. E tem umas ideias meio estranhas.- Puxou à mãe! – ele riu. - Jura? Acho a cara do pai. - Olhos do pai, boca da mãe... E cabelos como os da mulher que conheci no alto da torre: escuros como um céu sem estrelas e com um corte nada tradicional. - O cabelo de Vitória só está assim porque ela achou que podia ser cabelereira e fazer seu próprio corte. Logo ficará normal. – Garanti, rindo.- O que importa é que ela se acha bonita! – Ele meneou a cabeça, não contendo uma risada espontânea.Olhei para nossa filha à frente, com os cabelos cortados na altura da nuca, o que pude fazer para salvá-los depois que ela atorou com a
- Eu já disse que sou o homem mais feliz do mundo? – Killian suspirou.- Eu sou feliz porque você é feliz papai. E porque teremos uma miniatura de miniatura. – Vitória bateu as pernas para descer, saindo correndo para um lugar que já sabíamos onde era: a casa na árvore.Sim, Killian havia construído junto com as meninas uma casa na árvore e era o lugar que elas mais gostavam no mundo todo. Mesmo Alegra crescendo, ainda assim não deixava que a irmã se sentisse sozinha e a acompanhava em tudo. Talvez fazia aquilo porque não teve uma infância tão tranquila. Mas logo a miniatura de miniatura faria companhia a nossa miniatura e então a que estava deixando de ser miniatura poderia enfim “crescer”. Killian me pegou no colo e foi em direção à cabana. Deitei a cabeça em seu peito e disse:- Lembra quando me pegou no colo a primeira vez?- Você disse que me amava. E aquilo me assustou muito! – Ele riu. - Achou que algum dia teríamos uma família juntos?- Eu sempre soube! – ele deu um beijo no
Avisos GeraisA obra O ANJO QUE VEIO DO INFERNO é fictícia e não se embasa na opinião pessoal da autora quanto à assuntos como Religião, Crenças, Mitos, Moralidade etc.O livro contém cenas com descrição de sexo explícito, abuso, estupro, falta de moralidade, uso de drogas, morte, podendo causar gatilhos.Não recomendado para menores de 18 anos.Há cenas em que são citados personagens e passagens da história A SAGA DOS KASENKINOS, mas não é uma leitura obrigatória para o livro atual.CURIOSIDADES: Esta história foi baseada em dois livros antigos escritos pela autora na sua adolescência, nunca publicados: O Anjo que Veio do Inferno e Loucuras de Amor.CAPÍTULO 1. DANNA DAVE- Senhorita Dave, podemos começar a jogar as pétalas de rosas? – Ouvi a voz do copiloto no fone que encobria minhas orelhas.- Sim. – Respondi, ansiosa.A partir da minha confirmação, os outros dois tripulantes começaram a jogar as pétalas naturais que estavam organizadas nos sacos de seda pura, fazendo com que uma
- Sim, é isso mesmo. Convidei-a para jantar só nós dois. Ou vai dizer que queria jantar conosco? Saiba que tive que sair de minha própria casa para jantar com minha namorada porque não aguento mais a forma com a trata.- Trato Nadine como ela merece ser tratada: uma pistoleira, papa-viúvos.- Você está em casa?- Como sabe?- Mandei rastrear seu telefone.- Isso é ilegal. Não sou de menoridade. Posso processá-lo por invasão de privacidade.Ele riu:- Pois o faça. E a próxima vez que chamar Nadine de pistoleira ou papa-viúvos, terei que tomar providências mais severas com você.- Estou tremendo de medo.- E eu cansado de você!- Como pode dizer isto da sua própria filha? Qual o pai se cansa de falar com a filha? Qualquer juiz me daria ganho de causa... Estou sendo profundamente afetada psicologicamente com a forma como me trata.- Qualquer juiz perceberia que você tem sérios transtornos psicológicos os quais se recusa a tratar. Sobre não ter ido na faculdade... Quer reprovar novamente