62: Uma noite

Olivia Fernandes

O silêncio na casa era preenchido apenas pelos sons distantes dos animais e o farfalhar das árvores do lado de fora.

O ar pesado carregava uma tensão que nenhum dos dois ousava admitir, mas que estava lá, gritante.

Zayn sempre foi claro sobre o que sentia por mim. Desde o primeiro momento em que nos vimos, ele me deixou ciente do desejo que o atravessava, ainda que não fosse de se expressar com frequência.

Talvez fosse o contraste entre a minha aparente fragilidade e a intensidade que eu guardava por dentro, que só saía em momentos de raiva ou desespero. Ele parecia gostar disso, de me provocar para ver até onde eu ia.

Meus olhos encontraram os dele, e o fervor queimarava na nossa pele. O contato visual era prolongado, como se ambos estivéssemos esperando que o outro fizesse o primeiro movimento

Eu não precisava dizer, porque ele sabia que, no fundo, tudo aquilo era só uma fuga. Não passaria de uma ou duas noites. Eu queria esquecer Dante, afogar a mágoa, e Zayn p
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