Olivia FernandesPensei muito sobre o que deveria fazer, mas não consegui fugir de nada que não fosse estar com Dante Salvatore. Seu convite tentador fez sentido, ainda mais ao olhar para a paisagem diante de nós. A luz etérea e o céu cheio de estrelas, o mar calmo e a areia fina sob os meus pés, me tornando ainda mais refém de todo esse ar romântico que parece ter sido construído especialmente para nós. Combinamos que voltaríamos pela manhã, pois ambos temos compromissos próprios, mas não falamos sobre isso. Não conversamos sobre trabalho nem sobre nenhum assunto que destoe do momento, e foi um alívio não precisar falar sobre Lucas, embora eu sinta que Dante tenha ficado curioso. — Você vai nos derrubar. — Dante falou entre os beijos, rindo rápido antes de se perder no emaranhado de sensações inebriantes. Tentei conter a força com que me joguei para o corpo alheio, mas não pude evitar. Tudo que ele fazia, cada toque, cada mordida em meu lábio, tudo se tornava ainda mais tentador
Olivia FernandesNão precisei abrir os olhos para saber o que estava ao meu redor. Dei alguns passos, descendo uns dois ou três degraus enquanto Dante me guiava com cuidado.— Flores? — inspirei o ar fresco, sentindo a mistura dos cheiros que pairava no ar.O cheiro do mar e das flores em uma combinação inebriante. Então, ainda em silêncio, ele retirou a mão da frente dos meus olhos, me deixando em meio a um caminho de pedras. Olhei ao redor ainda sem processar toda a informação que minha visão captou. Eram tantas flores, de várias espécies misturadas. Tantas que eu nem conseguiria nomear.Vale Dália e Caliandra são cidades conhecidas pelas flores, assim como o nome já diz. Mas ver tal riqueza que nomeia o lugar, assim, na minha frente com tamanha abundância, foi algo mágico. Dante permaneceu ao meu lado, observando minha reação enquanto eu absorvia a cena à minha frente. Cada flor parecia ter sido escolhida a dedo, como se fizesse parte de uma pintura viva. Os tons vibrantes de v
Olivia Fernandes Dante continuou me observando com curiosidade, seus olhos cravados em mim, esperando pacientemente pela minha próxima ação. Cada segundo que passava parecia se estender, o silêncio ao nosso redor sendo preenchido apenas pelo som suave das ondas ao longe e pelo farfalhar das folhas.Respirei fundo, tentando reunir toda a coragem que me restava. Soltei as mãos, relaxando os dedos que ainda estavam tensos, e me aproximei um pouco mais dele, sem desviar o olhar.— Dante... — comecei, com a voz baixa, quase sussurrando. — Eu quero que você me ajude a... — Minha voz falhou por um momento, mas eu sabia que precisava continuar. — A me livrar desses medos. A ser mais corajosa, como você disse.Ele me olhou com ainda mais intensidade, tentando decifrar o que eu realmente queria dizer. Mas antes que ele pudesse perguntar qualquer coisa, fechei o espaço entre nós e o beijei, com mais urgência do que antes. Não era um beijo inocente ou hesitante, mas carregado de desejo, de vontad
Dante SalvatoreMas mesmo enquanto a atração física era quase irresistível, a voz da razão, que até então estava abafada, começou a se erguer com uma força renovada.O que eu estava prestes a fazer? Se eu desse mais um passo, cruzaria uma linha que não poderia ser desfeita. Olivia era uma jovem mulher brilhante, com um futuro pela frente, e eu era um homem que, por mais que quisesse acreditar no contrário, estava em uma posição de poder sobre ela. E, claro, havia Lucas. Ele confiava em mim, e mesmo que nosso relacionamento estivesse longe de ser perfeito, ainda éramos pai e filho. Eu poderia suportar o olhar de traição que ele me lançaria se descobrisse o que estava acontecendo? O que estava acontecendo entre mim e Olivia?— Dante, o que foi? — A voz de Olivia, suave e preocupada, me tirou dos meus pensamentos. Ela havia percebido minha hesitação, o conflito interno que eu estava travando. Seus olhos, que antes brilhavam com desejo, agora mostravam um toque de preocupação.Eu a segu
Olivia FernandesA sensação do corpo de Dante pressionado contra o meu era ao mesmo tempo avassaladora e profundamente reconfortante. Era como se cada toque dele enviasse ondas de calor que se espalhavam por minha pele, deixando um rastro de formigamento onde quer que seus dedos passassem. Eu estava completamente imersa naquele momento, entregue a algo que nunca havia experimentado antes. Dante não era apenas um homem que eu desejava; ele era o homem que me fazia sentir viva de uma forma que eu não sabia ser possível.Quando ele me beijou novamente, o mundo ao nosso redor desapareceu. Não havia mais som, não havia mais tempo, apenas a sensação intensa de sua boca na minha, seus lábios explorando os meus com uma fome que eu refletia em igual medida. Seus dedos subiram lentamente pelas laterais do meu corpo, cada movimento delicado e firme, como se ele estivesse aprendendo a esculpir o meu desejo.Senti minha pele se arrepiar quando ele começou a explorar com mais precisão, suas mãos
Olivia Fernandes— Fiz algo de errado? — perguntei envergonhada. Ele fez um sinal para eu me aproximar, então engatinhei em direção a ele, subindo em seu colo enquanto ele estava sentado apoiado na parede. Senti sua intimidade roçar na minha levemente, e isso me causou um arrepio. Eu estava tão pronta pra ele, e esperava que ele continuasse quanto antes. — Não fez nada de errado, muito pelo contrário… — Ele deu meio sorriso, constrangido. — Não queria me apressar, embora seja difícil com você fazendo isso tão bem. Senti minhas bochechas corando, embora surpresa com o fato de eu estar sendo boa nisso. Confesso que nem sabia o que estava fazendo, mas parece que o corpo tem uma intuição natural. — Quero que seja bom pra você como foi para mim, daquela vez. — um micro sorriso surgiu em meus lábios ao lembrar-me da vez em que Dante me mostrou quanto prazer eu poderia sentir. — Você quer de novo? — Ele me pôs para o lado como se eu fosse uma pena, me puxando para si, fazendo com que eu
Olivia FernandesAcordei com a luz suave do sol entrando pelas frestas da janela. Pisquei os olhos algumas vezes, tentando me situar, até que a realidade da noite anterior se instalou em minha mente como uma onda quente. Dante estava ao meu lado, o corpo dele moldado ao meu, seu braço me envolvendo de forma protetora.Por um instante, não quis me mover. Queria prolongar aquele momento perfeito, onde estávamos apenas nós dois, sem preocupações ou interrupções. Mas o alarme no meu celular começou a tocar, quebrando a tranquilidade do amanhecer."Merda!" Pensei enquanto procurava o celular para desligá-lo. Quando finalmente encontrei o aparelho, a hora piscando na tela me fez prender a respiração. Estávamos muito atrasados.— Dante, precisamos ir… — sussurrei com a voz carregada de urgência. — Estamos atrasados!Ele abriu os olhos lentamente, a expressão sonolenta transformando-se em surpresa quando percebeu o horário. — Droga, Olivia… Como isso aconteceu? — Ele se levantou rapidamen
Olivia FernandesO prédio era imponente, com colunas altas e uma arquitetura que mesclava o moderno e o clássico, refletindo o prestígio da instituição.Entramos no grande salão da reitoria, e a primeira pessoa que avistamos foi a secretária do reitor. Ela estava de pé, organizando alguns papéis na mesa. Uma mulher de meia-idade, com um sorriso simpático que amenizava um pouco da minha tensão.— Bom dia, senhorita Fernandes. — Ela me cumprimentou com um sorriso. — Sou Ana. Vou tirar licença maternidade em breve, então vou te mostrar as tarefas básicas aqui na reitoria.