Olivia Fernandes Não precisei olhá-lo para reconhecer essa voz, suave e imponente, carregada de um charme inegável. Eu o encarei, sentindo o choque da surpresa e a tensão subindo. Ele estava lá, elegante em um terno escuro que realçava ainda mais sua presença marcante. Havia algo inegavelmente magnetizante em sua postura, e a proximidade fazia meu coração acelerar. — Dante… — Minha voz saiu em um sussurro, quase inaudível. — Olivia. — Ele sorriu, um sorriso que misturava simpatia com uma pitada de malícia. — Não esperava te encontrar aqui. Antes que eu pudesse responder, Kamila apareceu ao meu lado, a postura já um pouco instável devido à bebida. Ela não tinha limites mesmo. — Olha quem eu encontrei! — Ela exclamou, os olhos brilhando com curiosidade. Vi como ela o olhou de cima a baixo, como um predador ao enxergar uma presa. Ela balançou a cabeça para Dante, como se esperasse uma apresentação formal. — Dante, esta é Kamila, uma colega da faculdade. — Apresentei rapidamente,
Olivia FernandesDante colocou a mão em minhas costas, um toque sutil e respeitoso enquanto me amparava ao passarmos em meio à multidão do bar. Seguimos até seu carro em silêncio. Nos acomodamos, e ele ligou o rádio, ajustando para uma estação que tocava baladas antigas, o som preenchendo o espaço entre nós.Gosto de sentir o vento em meu rosto enquanto a viagem segue, e não me incomodo com o silêncio enquanto ouvimos apenas o barulho do motor misturado com o chiado eventual do rádio, enquanto nos afastamos mais da cidade. A paisagem que passa pela janela parece um borrão, mas dentro do carro, o mundo parece desacelerar.Trocamos alguns olhares enquanto ele se mantém atento à estrada, e percebo o quanto ele está tenso diante da pressão que sua mão faz contra o couro do volante. As veias que saltam quando ele tensiona os músculos me chamam atenção. Desvio o olhar, tentando focar na paisagem lá fora para não me perder em devaneios. Aquele era um território desconhecido para mim, e o me
Olivia FernandesPensei muito sobre o que deveria fazer, mas não consegui fugir de nada que não fosse estar com Dante Salvatore. Seu convite tentador fez sentido, ainda mais ao olhar para a paisagem diante de nós. A luz etérea e o céu cheio de estrelas, o mar calmo e a areia fina sob os meus pés, me tornando ainda mais refém de todo esse ar romântico que parece ter sido construído especialmente para nós. Combinamos que voltaríamos pela manhã, pois ambos temos compromissos próprios, mas não falamos sobre isso. Não conversamos sobre trabalho nem sobre nenhum assunto que destoe do momento, e foi um alívio não precisar falar sobre Lucas, embora eu sinta que Dante tenha ficado curioso. — Você vai nos derrubar. — Dante falou entre os beijos, rindo rápido antes de se perder no emaranhado de sensações inebriantes. Tentei conter a força com que me joguei para o corpo alheio, mas não pude evitar. Tudo que ele fazia, cada toque, cada mordida em meu lábio, tudo se tornava ainda mais tentador
Olivia FernandesNão precisei abrir os olhos para saber o que estava ao meu redor. Dei alguns passos, descendo uns dois ou três degraus enquanto Dante me guiava com cuidado.— Flores? — inspirei o ar fresco, sentindo a mistura dos cheiros que pairava no ar.O cheiro do mar e das flores em uma combinação inebriante. Então, ainda em silêncio, ele retirou a mão da frente dos meus olhos, me deixando em meio a um caminho de pedras. Olhei ao redor ainda sem processar toda a informação que minha visão captou. Eram tantas flores, de várias espécies misturadas. Tantas que eu nem conseguiria nomear.Vale Dália e Caliandra são cidades conhecidas pelas flores, assim como o nome já diz. Mas ver tal riqueza que nomeia o lugar, assim, na minha frente com tamanha abundância, foi algo mágico. Dante permaneceu ao meu lado, observando minha reação enquanto eu absorvia a cena à minha frente. Cada flor parecia ter sido escolhida a dedo, como se fizesse parte de uma pintura viva. Os tons vibrantes de v
Olivia Fernandes Dante continuou me observando com curiosidade, seus olhos cravados em mim, esperando pacientemente pela minha próxima ação. Cada segundo que passava parecia se estender, o silêncio ao nosso redor sendo preenchido apenas pelo som suave das ondas ao longe e pelo farfalhar das folhas.Respirei fundo, tentando reunir toda a coragem que me restava. Soltei as mãos, relaxando os dedos que ainda estavam tensos, e me aproximei um pouco mais dele, sem desviar o olhar.— Dante... — comecei, com a voz baixa, quase sussurrando. — Eu quero que você me ajude a... — Minha voz falhou por um momento, mas eu sabia que precisava continuar. — A me livrar desses medos. A ser mais corajosa, como você disse.Ele me olhou com ainda mais intensidade, tentando decifrar o que eu realmente queria dizer. Mas antes que ele pudesse perguntar qualquer coisa, fechei o espaço entre nós e o beijei, com mais urgência do que antes. Não era um beijo inocente ou hesitante, mas carregado de desejo, de vontad
Dante SalvatoreMas mesmo enquanto a atração física era quase irresistível, a voz da razão, que até então estava abafada, começou a se erguer com uma força renovada.O que eu estava prestes a fazer? Se eu desse mais um passo, cruzaria uma linha que não poderia ser desfeita. Olivia era uma jovem mulher brilhante, com um futuro pela frente, e eu era um homem que, por mais que quisesse acreditar no contrário, estava em uma posição de poder sobre ela. E, claro, havia Lucas. Ele confiava em mim, e mesmo que nosso relacionamento estivesse longe de ser perfeito, ainda éramos pai e filho. Eu poderia suportar o olhar de traição que ele me lançaria se descobrisse o que estava acontecendo? O que estava acontecendo entre mim e Olivia?— Dante, o que foi? — A voz de Olivia, suave e preocupada, me tirou dos meus pensamentos. Ela havia percebido minha hesitação, o conflito interno que eu estava travando. Seus olhos, que antes brilhavam com desejo, agora mostravam um toque de preocupação.Eu a segu
Olivia FernandesA sensação do corpo de Dante pressionado contra o meu era ao mesmo tempo avassaladora e profundamente reconfortante. Era como se cada toque dele enviasse ondas de calor que se espalhavam por minha pele, deixando um rastro de formigamento onde quer que seus dedos passassem. Eu estava completamente imersa naquele momento, entregue a algo que nunca havia experimentado antes. Dante não era apenas um homem que eu desejava; ele era o homem que me fazia sentir viva de uma forma que eu não sabia ser possível.Quando ele me beijou novamente, o mundo ao nosso redor desapareceu. Não havia mais som, não havia mais tempo, apenas a sensação intensa de sua boca na minha, seus lábios explorando os meus com uma fome que eu refletia em igual medida. Seus dedos subiram lentamente pelas laterais do meu corpo, cada movimento delicado e firme, como se ele estivesse aprendendo a esculpir o meu desejo.Senti minha pele se arrepiar quando ele começou a explorar com mais precisão, suas mãos
Olivia Fernandes— Fiz algo de errado? — perguntei envergonhada. Ele fez um sinal para eu me aproximar, então engatinhei em direção a ele, subindo em seu colo enquanto ele estava sentado apoiado na parede. Senti sua intimidade roçar na minha levemente, e isso me causou um arrepio. Eu estava tão pronta pra ele, e esperava que ele continuasse quanto antes. — Não fez nada de errado, muito pelo contrário… — Ele deu meio sorriso, constrangido. — Não queria me apressar, embora seja difícil com você fazendo isso tão bem. Senti minhas bochechas corando, embora surpresa com o fato de eu estar sendo boa nisso. Confesso que nem sabia o que estava fazendo, mas parece que o corpo tem uma intuição natural. — Quero que seja bom pra você como foi para mim, daquela vez. — um micro sorriso surgiu em meus lábios ao lembrar-me da vez em que Dante me mostrou quanto prazer eu poderia sentir. — Você quer de novo? — Ele me pôs para o lado como se eu fosse uma pena, me puxando para si, fazendo com que eu