21: Fim

Recuperei minha tranquilidade no instante em que Dante abriu a porta.

ㅡ Como pude esquecer disso? ㅡ falei, tentando conter o riso.

— Ele é sonâmbulo desde criança. — Dante deixou Lucas, inconsciente, seguir o caminho que queria fazer até o quarto onde estávamos.

Ele balbuciou algumas palavras que não conseguimos identificar, até que seguiu até sua cama e deitou, adormecendo por completo novamente.

Seguimos para sala e o deixamos descansar, respeitando a regra de não quebrar o transe em que ele estava.

Dante se serviu de uma xícara de café e me entregou outra, parecendo tão aliviado quanto eu.

Se não tivéssemos sido interrompidos, eu não teria conseguido me controlar. Isso me faz ficar alerta.

— Precisamos acabar com algo que nem começamos, não é? — Dante despejou tais palavras como se soubesse o que eu estava pensando.

E eu odiei admitir, mas ele estava certo. Aquilo não podia continuar.

Dois dias juntos e causamos mais estragos do que poderíamos imaginar. Não seria sábio causar
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