Conversa estranha

LUZ NARRANDO

O sol estava alto, castigando a terra rachada e os troncos retorcidos que se espalhavam pelo pasto seco. Mesmo assim, havia uma beleza crua naquele cenário, uma força bruta que me fazia entender um pouco mais sobre de onde o Anderson vinha. Caminhava devagar, com os olhos atentos a cada detalhe, ao lado da Maria — que parecia ser parte viva daquela terra, como se tivesse raízes fincadas no chão duro da fazenda do Arthur.

— Aquela cerca ali a gente refez mês passado — ela disse, apontando com o queixo para um canto do pasto, onde alguns bois magros se arrastavam sob a sombra de uma árvore torta. — O seu Arthur não gostou muito da madeira, disse que era fraca, mas serviu. Pelo menos por enquanto.

Maria falava com aquele sotaque puxado, sem pressa, com uma voz firme, mas doce. Eu gostava dela. Havia algo de acolhedor nos olhos da Maria, um tipo de bondade resistente, igual às poucas flores que eu via brotando entre as pedras.

— É muita coisa, né? — eu comentei, passando
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