15

NAYOLE AKELLO

Era uma dessas noites que pareciam intermináveis. O silêncio estava tão denso na mansão que se podia ouvir o próprio coração pulsando. As cortinas estavam fechadas, e os únicos sons que quebravam o silêncio eram o ocasional estalar da madeira ou o sutil murmúrio do vento fora. Eu me encontrava de pijama, sentindo os tecidos leves e confortáveis contra a pele, quando a sede me levou a uma decisão impulsiva. Levantei-me da cama, o coração acelerando com a vontade de me aventurar pela casa vazia.

— Um copo de água, só isso. — Murmurei para mim mesma, tentando abraçar uma sensação de normalidade. Desci as escadas em silêncio, cada passo ressoando um pouco demais no ambiente quieto. As escadas de madeira rangiam suavemente sob meus pés descalços; a casa, com suas paredes frias e tontas, parecia me vigiar. Quando cheguei à cozinha, acendi a luz e a iluminância revelou os contornos familiares do espaço. Instintivamente, fui até a geladeira, peguei minha garrafa de água e a en
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