Haviam se passado alguns bons meses desde meu último relato neste livro. Na verdade, eu achei que tinha o acabado já. Que não caberia mais eu escrever minha vida com Patrício, porque a história era sobre meu namorado de mentira. Porém, não poderia deixar de contar para vocês, leitores, o que aconteceu quando meus pais foram apresentados oficialmente para Patrício.
– Patrício. – Chamo-o enquanto ele se vestia. – Você vai à casa de meus pais e não para um enterro de gente rica. – Digo revirando os olhos e rindo ao mesmo tempo.
O idiota estava com um terno preto com uma camisa social branca, gravata borboleta, sapatos e calça social, sem falar no gel exagerado em seu cabelo fazendo um topete ridículo e nojento no topo de sua cabeça.
– Angelica, eu vou ser apresentada o
– Eu te odeio! – Grito fechando a porta com força, fazendo as pessoas ficarem com aquelas caras de surpresa com a cena que foi presenciada anteriormente.Não está entendendo? Eu explico.Simples, eu acabo de ter um momento de histeria com o cara que eu odeio cujo está no presente momento na minha sala com a minha família tentando explicar alguma coisa para fazer com que eles aceitem minhas gritarias.Talvez ele fale que estou bêbada, ou que estou de TPM. Não sei. Só sei que quero matar aquele garoto com uma faca bem no meio do coração e ficar olhando para ele enquanto morrer lentamente e pedindo socorro.Ok. Isso foi meio psicótico, mas não tenho culpa se ele me faz sentir assim.Quem é ele? Simples, seu nome é Patrício Luiz, o príncipe en
Uma semana para eu estar de férias e escolher o meu destino de viajem sem meus pais para perturbar, sem ninguém para me dizer o que devo ou não fazer. Sem ninguém dizer para eu não se esquecer de passar o bronzeador, ou para dizer que não devo entrar na agua depois que almocei.Claro que eu tinha meu destino programado. E ele não incluía praia, claro. Eu iria para Paris, França. Meu sonho lindo e maravilhoso de visitar a Torre, o Arco de Triunfo e outros monumentos fantásticos, sem falar nas catedrais. Uma de tirar o folego da outra.Mas antes de ter tudo isso apenas para mim, eu devia cumprir um castigo na escola por ter colocado fogo (acidentalmente) nela. E o diretor como me ama (ironia!) decidiu me colocar no pior castigo que qualquer um poderia ter. Não, eu não teria que andar nua pela escola, não teria que usar uma escova de dente para lavar a escola inteira e muito menos u
Ando até o meu armário e lá encontro minha melhor amiga (e única, vale ressaltar) Katherine Star, ou Kathe. Ela tem cabelos louros platinados, olhos cor de chocolate. Usa na maioria das vezes vestidos ou roupa de líder de torcida que mostram suas perfeitas curvas. Sim, minha amiga é líder de torcida por que é uma tradição da família que vem sendo seguida por gerações. Coitada!– Kathe, me salva! – Eu falo parando em seu lado e abrindo meu armário.– Não vou ajudar você com o seu encosto. Eu avisei que não seria uma boa ideia colocar fogo na escola. – Ela falou com aquele tom “eu te avisei, não avisei?” que todo mundo sempre fala comigo quando eu faço alguma coisa errada, mas eles nunca me impedem de fazer.– Nem queimou nada. &ndash
Eu só precisava aguentar mais dois dias e estava livre daquele idiota!Angelica, você é forte. Vai conseguir aguentar Patrício por míseros três dias e depois vai para Paris conhecer algum francês quando se esbarram na rua quando está indo ver algum monumento magnifico. Calma Ag. Não jogue ele pela janela!– Patrício, você me entendeu? - Perguntei pela milésima vez.Amanhã seriam as provas do idiota e depois seria o seu importante jogo que eu não iria comparecer de jeito nenhum, eu tinha que preparar minhas malas. O caso é que eu estava tentando ensinar para o idiota a formula de Baskara, isso mesmo... Aquela bem fácil que qualquer um consegue fazer depois de algum treino. Bem, ele não conseguia decorar nem a formula quem dirá como se faz.– Angelica,
O que na verdade aconteceu foi:Minha mãe não parava de falar que estava na hora deu ter encontrado alguém a minha altura, que meu ultimo namorado (um cara mais velho, com tatuagem no corpo, que não fazia nada da vida além de passear com sua moto e comer de graça aqui em casa) era uma bela de uma porcaria. Meu pai sentou na cadeira de sempre dele e ficou fazendo perguntas nada gentis para Patrício que tinha que inventar respostas rápidas. A empregada nova, coitada, serviu um miojo com milho de refeição e isso desencadeou uma série de gritos da minha mãe para a pobrezinha.Patrício abriu um champanhe paraguaiana para podermos comemorar em grande estilo. E eu? Bem, eu não neguei nem um momento o que Patrício falava, afinal... Eu tinha um plano em mente.– Então me conte como vocês se conheceram. - Meu pai perguntou colocando na boca um pouco
– Sua família parece legal! – Ele fala quando estamos chegando ao portão.– Eu sei que você fez uma aposta idiota com o seu amigo pior do que você... – Eu digo logo de uma vez.Patrício me olha tentando mostrar surpresa ou indignação. Eu continuo olhando para seus olhos azuis que neste momento estavam claros... Isso quer dizer o que mesmo? Que ele está feliz? Surpreso?– Eu não... – Ele tentou mentir, mas eu arqueei uma sobrancelha e ele parou. – Por que não desmentiu a história para a sua família?Eu realmente pensei em falar alguma coisa sobre isso, eu pensei em chorar e gritar para os meus pais tirarem ele a força de casa alegando que ele me machucou, ou algo assim... Mas eu tomei uma decisão e eu não volto atrás.
Estava só de palhaçada com a minha cara, só pode.Cadê as câmeras?Alô produção pode aparecer já... Por favor, hein?– Não... – Eu digo insegura do que dizer exatamente.– Você devia começar a se comportar mais como minha namorada. – Ele comenta quando os outros amigos deles, incluindo Felipe e Jéssica sai de perto de nós.– Eu não sou sua namorada! – Eu digo.– Perante as outras pessoas... Nós somos um lindo casal apaixonado! – Diz Patrício fazendo uma careta com essa frase.Aquilo me dava náuseas!– Só até amanhã, querido. – Digo empurrando o braço dele de propósito quando passo p
– Quando eu ganho minhas passagens? - Pergunto farta de ouvir meu pai discutindo basquete com Patrício.– Depois do jantar querida. - Disse minha mãe tentando manter a compostura na frente de meu namorado.Era visto que ela não estava nem um pouco feliz como eu estava agindo ultimamente, ou seja, sendo mal educada até com a minha sombra. E eu tenho culpa? Claro que não!Culpa de quem? Patrício que me estressa profundamente.O jantar transcorreu perfeitamente em harmonia, para não falar o contrário. Só sei que minha mãe perdeu a cabeça com a nova empregada, se estressou comigo por não dar atenção para Patrício, que por sua vez conversava animadamente com meu pai, o que irritou minha mãe por ela estar se sentindo excluída.Como dito