– Angelica, chegou o momento. - Patrício disse depois de alguns minutos de silêncio das ambas das partes. - Quero saber de tudo agora.
Eu o olhei incrédula.
Eu sabia que esse momento iria chegar a minha vida. Sabia que chegaria a hora de ter que contar a verdade para a pessoa que eu amava, sabia até que estava na hora não iria demorar muito a chegar.
Porém, eu não estava preparada.
Eu não estava preparada para aquele momento, como tinha consciência que nunca estaria. Abrir, revirar e expor meu passado era mais doloroso do que se podia imaginar. Era como se estivesse tirando de mim uma camada protetora que eu necessitava, era como me colocar dentro de uma mesa e me deixar exposta, submissa a todos os testes que quisessem fazer em mim, e eu não podia revidar.
– Patrício... - F
– "Eu sei, tudo pode acontecer. Eu sei nosso amor não vai morrer. Vou pedir aos céus, você aqui comigo. Vou jogar no mar, flores para te encontrar... Não sei, porque você disse adeus. Guardei o beijo que você me deu..." - Cantarolei enquanto assinava os papéis da escola.Enfim eu estava livre da escola, para sempre.Hoje era o último dia de escola e eu estava imensamente feliz porque eu não precisaria vir mais para essa bosta aprender merda que eu não irei usar na minha vida. Além de que eu não precisaria olhar mais para a cara de nenhum babaca metido a besta dessa escola.– "Vou pedir aos céus, você aqui comigo..." - Continuei cantarolando enquanto entregava os últimos papéis para a moça da secretária. - Tudo certo?– Tudo sim Senhorita Verona
Meu orgulho sempre fala mais alto do que qualquer dor que eu sinta.Algumas horas depois sai com Katherine para comemorarmos nossa – enfim – saída da escola em um barzinho perto de casa. Meus pais haviam saído para comer em um restaurante chique, então, não tinha muito com que eu me preocupar. Chegamos ao lugar e nos sentamos em uma mesa.– É a sua grande chance! – Kathe diz sorrindo para mim olhando para a porta.– Que? – Eu não havia entendido o que ela quis dizer e me viro para olhar o que Kathe estava vendo.E ali estava, o amor da minha vida... Patrício Luiz.Eu o olhei rapidamente e depois virei meu rosto torcendo para que ele não me visse. Eu não estava nem um pouco preparada para falar com ele, ou para senti-lo perto de mim.Porque o
Sentia como se meu coração fosse pular de meu peito, fazer uma pirueta no ar e cair desgraçadamente no chão úmido e frio.Eu estava nervosa.Quem não estava nervoso?Hoje era o grande dia: A apresentação!Todos os preparativos estavam prontos. A orquestra estava sentando em seus lugares com seus instrumentos musicais gigantescos. A Senhora De Vil não parava de dar ordens para todos. Jéssica ajudava algumas bailarinas com suas saias e eu estava tentando ficar calma e não correr daquele lugar como uma maluca.– Deixe me ver... - Jéssica diz me assustando. - Agora, respire!Fiz o que ela mandou.– Seu vestido está magnifico! - Ela completou me avaliando. - Claro, fui eu que fiz! Agora, lembre-se do cuidado que se deve
Quem diria que o amor dos personagens poderia se transformar em um amor verdadeiro? Quem diria que eu estaria encenando uma pessoa espetacular como aquela com o homem que eu amava? Quem diria...!Porém, nossa dança de amor precisava ter um fim.E esse fim é Odette se matando para poder, só assim, viver um feliz para sempre com seu príncipe de contos de fadas. Então, ela se joga do penhasco e morre. Ou seja, eu acabo tendo que sair de cena da forma mais dramática e triste que há.E o Príncipe, não aguentando ver sua amada tendo esse fim, se joga atrás dela e morre para encontra-la no paraíso, onde seu amor será eterno...E o espetáculo acaba com uma salva de palmas de todos em pé.Bailarinos entram e agradecem. São jogadas flores para nós e eu
Haviam se passado alguns bons meses desde meu último relato neste livro. Na verdade, eu achei que tinha o acabado já. Que não caberia mais eu escrever minha vida com Patrício, porque a história era sobre meu namorado de mentira. Porém, não poderia deixar de contar para vocês, leitores, o que aconteceu quando meus pais foram apresentados oficialmente para Patrício.– Patrício. – Chamo-o enquanto ele se vestia. – Você vai à casa de meus pais e não para um enterro de gente rica. – Digo revirando os olhos e rindo ao mesmo tempo.O idiota estava com um terno preto com uma camisa social branca, gravata borboleta, sapatos e calça social, sem falar no gel exagerado em seu cabelo fazendo um topete ridículo e nojento no topo de sua cabeça.– Angelica, eu vou ser apresentada o
– Eu te odeio! – Grito fechando a porta com força, fazendo as pessoas ficarem com aquelas caras de surpresa com a cena que foi presenciada anteriormente.Não está entendendo? Eu explico.Simples, eu acabo de ter um momento de histeria com o cara que eu odeio cujo está no presente momento na minha sala com a minha família tentando explicar alguma coisa para fazer com que eles aceitem minhas gritarias.Talvez ele fale que estou bêbada, ou que estou de TPM. Não sei. Só sei que quero matar aquele garoto com uma faca bem no meio do coração e ficar olhando para ele enquanto morrer lentamente e pedindo socorro.Ok. Isso foi meio psicótico, mas não tenho culpa se ele me faz sentir assim.Quem é ele? Simples, seu nome é Patrício Luiz, o príncipe en
Uma semana para eu estar de férias e escolher o meu destino de viajem sem meus pais para perturbar, sem ninguém para me dizer o que devo ou não fazer. Sem ninguém dizer para eu não se esquecer de passar o bronzeador, ou para dizer que não devo entrar na agua depois que almocei.Claro que eu tinha meu destino programado. E ele não incluía praia, claro. Eu iria para Paris, França. Meu sonho lindo e maravilhoso de visitar a Torre, o Arco de Triunfo e outros monumentos fantásticos, sem falar nas catedrais. Uma de tirar o folego da outra.Mas antes de ter tudo isso apenas para mim, eu devia cumprir um castigo na escola por ter colocado fogo (acidentalmente) nela. E o diretor como me ama (ironia!) decidiu me colocar no pior castigo que qualquer um poderia ter. Não, eu não teria que andar nua pela escola, não teria que usar uma escova de dente para lavar a escola inteira e muito menos u
Ando até o meu armário e lá encontro minha melhor amiga (e única, vale ressaltar) Katherine Star, ou Kathe. Ela tem cabelos louros platinados, olhos cor de chocolate. Usa na maioria das vezes vestidos ou roupa de líder de torcida que mostram suas perfeitas curvas. Sim, minha amiga é líder de torcida por que é uma tradição da família que vem sendo seguida por gerações. Coitada!– Kathe, me salva! – Eu falo parando em seu lado e abrindo meu armário.– Não vou ajudar você com o seu encosto. Eu avisei que não seria uma boa ideia colocar fogo na escola. – Ela falou com aquele tom “eu te avisei, não avisei?” que todo mundo sempre fala comigo quando eu faço alguma coisa errada, mas eles nunca me impedem de fazer.– Nem queimou nada. &ndash