– Eu te odeio! – Grito fechando a porta com força, fazendo as pessoas ficarem com aquelas caras de surpresa com a cena que foi presenciada anteriormente.
Não está entendendo? Eu explico.
Simples, eu acabo de ter um momento de histeria com o cara que eu odeio cujo está no presente momento na minha sala com a minha família tentando explicar alguma coisa para fazer com que eles aceitem minhas gritarias.
Talvez ele fale que estou bêbada, ou que estou de TPM. Não sei. Só sei que quero matar aquele garoto com uma faca bem no meio do coração e ficar olhando para ele enquanto morrer lentamente e pedindo socorro.
Ok. Isso foi meio psicótico, mas não tenho culpa se ele me faz sentir assim.
Quem é ele? Simples, seu nome é Patrício Luiz, o príncipe encantado de todas as meninas idiotas e o meu pior pesadelo, claro por que por alguma força do universo estou amarrada naquela pessoa, de nome mais idiota. O que é Patrício? Um nome de mostarda? E a combinação de Patrício Luiz? O que é isso mesmo? Mostarda em minha opinião ou alguma bolacha que deu errado. Tudo leva a mesma coisa: Mostarda! Eu não gosto, então a comparação é perfeita!
Patrício Luiz tem cabelos loiros que vista de outro ângulo se tornam fios dourados, aquele dourado que não encontramos por ai. Seus olhos é uma confusão. É como uma junção de todas as cores que acabaram se tornando azuis escuros que muda de cor conforme seu humor e lugar que está. Aqueles olhos que são capazes de fazer qualquer pessoa sem cérebro desejaram que ficassem te desejando. Humph! Idiotas. E seu corpo? São aqueles físicos de jogadores de futebol americano que vimos nos filmes, isso mesmo aqueles que são burros e gostosos. Argh! Eu não estou bem mesmo. Mas ele possui músculos definidos, barriga de tanquinho com apenas 17 anos. Ele vive na academia ou surfando, isso explica a cor de sua pele agora bronzeada. Ele possui aquele bronzeado que não fica bem para a maioria das pessoas, aquele que poucos já conseguiram. E isso faz com que as outras idiotas sem cérebros gostem mais ainda deles.
– Ag. Saí dai! – Ouço alguém me chamar batendo na porta. Sua voz era grossa e chata de ouvir, isso mesmo era de Patrício.
– Cala a boca e não me chama de Ag. – Eu grito sem abrir a porta. – Vai embora seu idiota!
– Ag. Sai dai e vamos conversar. – Ele falou mais uma vez batendo em minha porta.
– Já disse para não me chamar de Ag. Seu idiota! – Grito de volta e me jogo em cima da minha cama.
Você deve estar se fazendo outra pergunta certo? O que é Ag? Simplesmente é o apelido que as pessoas inventaram para o meu nome, Angelica. Isso, eu tenho um nome tão lindo sou chama por duas letras, uma vogal e uma consoante. Deprimente!
Meu nome é Angelica Verona, conhecida com Ag. Tenho 17 anos e estou no último ano da escola, o que na minha história que irei contar não interfere muito. Tenho longos e cacheados cabelos ruivos naturais e olhos verdes que nem o mar quando o sol b**e nele. Tenho uma altura e peso na média das garotas da minha idade. Minha pele é clara, não como um papel, mas clara. Não tenho namorado, pelo menos não de verdade. Não sei fazer nada de bom na minha vida, tirando o fato de saber fotografar, o resto eu não sei fazer. Isso quer dizer que não sei cantar, dançar ou até mesmo cozinhar, ora eu vivo na casa de meus pais, o mínimo que eles têm que fazer é me alimentar.
Falando em meus pais, eles são bem legais, quando querem. São exigentes para caramba, sem contar o fato deles sempre estarem brigando, porém são super fofos e meigos quando estão com visitas. Meus pais tem medo de um monte de coisas e isso inclui eu ser sequestrada por alguém quando estou comprando verduras no lado de casa, na feira. É eles são paranoicos devido à profissão de meu pai.
Antônio Jaspear Verona, 47 anos. Possui olhos que nem o meu, verdes. Cabelos castanhos puxados para o chocolate. Sempre está com sua roupa de trabalho. Ele é policial, ou seja, perigo constante... Ou qualquer coisa do tipo que ele vive repetindo dentro de casa. Meu pai é sério, não é muito de rir (o que é uma pena, ele devia usar mais os cantos da boca) e é muito dedicado e determinado. E tem um jeito meio estranho quando eu apresento algum namorado para ele.
Sofia Rincón Verona, 45 anos. Possui olhos castanhos e comuns. Cabelos ruivos iguais aos meus. Sempre está vestida com uma de seus vestidos florais com tamancas nos pés. Ela trabalhava em uma floricultura, agora fica em casa cuidado de tudo, desde que a antiga empregada se demitiu, alegando que essa casa era uma loucura e que não iria aguentar mais colheres em seus cabelos, longa história! Ela é alegre, sempre ri e é simpática. E quando eu apresento um namorado novo, ela se faz como “mãe de propaganda de margarina” mesmo que involuntariamente.
– Angelica Verona, abra essa porta e comece agir com uma mulher. – Brandiu Patrício no lado de fora do meu quarto.
– Vai embora seu idiota. – Eu grito novamente para ele.
Agora novas perguntas estão se formando em sua cabeça, certo? Pois bem, tenho algumas coisas para dizer para vocês... Patrício Luiz é meu namorado! Acreditem nisso, pois eu mesma demorei um bom tempo para acreditar, ele realmente é meu namorado, ou melhor, meu namorado de mentira. Isso não é magnifico? Existe outra coisa melhor do que o garoto que você mais odeia em toda sua vida ser o seu namorado e estar sendo apresentados para seus pais alguns minutos atrás? Qualquer coisa seria melhor do que isso. Acredite em mim.
– Angelica Verona, eu vou arrombar sua porta se você não sair dai imediatamente! – Ameaçoumeu querido namorado de mentira.
– Vá em frente seu bruta montes, quero ver se é macho o suficiente para isso! – Grito de volta jogando meu pequeno cofre em formato de porco na porta do quarto. Não se preocupe, ele é metal... Não quebrou, mas deve ter assustado o cara do outro lado da porta.
Enquanto o meu querido namorado de mentira está tentando arrombar a minha porta, vou contar-lhe uma história, a minha história de como eu fui parar amarrada com esse idiota dos infernos.
Uma semana para eu estar de férias e escolher o meu destino de viajem sem meus pais para perturbar, sem ninguém para me dizer o que devo ou não fazer. Sem ninguém dizer para eu não se esquecer de passar o bronzeador, ou para dizer que não devo entrar na agua depois que almocei.Claro que eu tinha meu destino programado. E ele não incluía praia, claro. Eu iria para Paris, França. Meu sonho lindo e maravilhoso de visitar a Torre, o Arco de Triunfo e outros monumentos fantásticos, sem falar nas catedrais. Uma de tirar o folego da outra.Mas antes de ter tudo isso apenas para mim, eu devia cumprir um castigo na escola por ter colocado fogo (acidentalmente) nela. E o diretor como me ama (ironia!) decidiu me colocar no pior castigo que qualquer um poderia ter. Não, eu não teria que andar nua pela escola, não teria que usar uma escova de dente para lavar a escola inteira e muito menos u
Ando até o meu armário e lá encontro minha melhor amiga (e única, vale ressaltar) Katherine Star, ou Kathe. Ela tem cabelos louros platinados, olhos cor de chocolate. Usa na maioria das vezes vestidos ou roupa de líder de torcida que mostram suas perfeitas curvas. Sim, minha amiga é líder de torcida por que é uma tradição da família que vem sendo seguida por gerações. Coitada!– Kathe, me salva! – Eu falo parando em seu lado e abrindo meu armário.– Não vou ajudar você com o seu encosto. Eu avisei que não seria uma boa ideia colocar fogo na escola. – Ela falou com aquele tom “eu te avisei, não avisei?” que todo mundo sempre fala comigo quando eu faço alguma coisa errada, mas eles nunca me impedem de fazer.– Nem queimou nada. &ndash
Eu só precisava aguentar mais dois dias e estava livre daquele idiota!Angelica, você é forte. Vai conseguir aguentar Patrício por míseros três dias e depois vai para Paris conhecer algum francês quando se esbarram na rua quando está indo ver algum monumento magnifico. Calma Ag. Não jogue ele pela janela!– Patrício, você me entendeu? - Perguntei pela milésima vez.Amanhã seriam as provas do idiota e depois seria o seu importante jogo que eu não iria comparecer de jeito nenhum, eu tinha que preparar minhas malas. O caso é que eu estava tentando ensinar para o idiota a formula de Baskara, isso mesmo... Aquela bem fácil que qualquer um consegue fazer depois de algum treino. Bem, ele não conseguia decorar nem a formula quem dirá como se faz.– Angelica,
O que na verdade aconteceu foi:Minha mãe não parava de falar que estava na hora deu ter encontrado alguém a minha altura, que meu ultimo namorado (um cara mais velho, com tatuagem no corpo, que não fazia nada da vida além de passear com sua moto e comer de graça aqui em casa) era uma bela de uma porcaria. Meu pai sentou na cadeira de sempre dele e ficou fazendo perguntas nada gentis para Patrício que tinha que inventar respostas rápidas. A empregada nova, coitada, serviu um miojo com milho de refeição e isso desencadeou uma série de gritos da minha mãe para a pobrezinha.Patrício abriu um champanhe paraguaiana para podermos comemorar em grande estilo. E eu? Bem, eu não neguei nem um momento o que Patrício falava, afinal... Eu tinha um plano em mente.– Então me conte como vocês se conheceram. - Meu pai perguntou colocando na boca um pouco
– Sua família parece legal! – Ele fala quando estamos chegando ao portão.– Eu sei que você fez uma aposta idiota com o seu amigo pior do que você... – Eu digo logo de uma vez.Patrício me olha tentando mostrar surpresa ou indignação. Eu continuo olhando para seus olhos azuis que neste momento estavam claros... Isso quer dizer o que mesmo? Que ele está feliz? Surpreso?– Eu não... – Ele tentou mentir, mas eu arqueei uma sobrancelha e ele parou. – Por que não desmentiu a história para a sua família?Eu realmente pensei em falar alguma coisa sobre isso, eu pensei em chorar e gritar para os meus pais tirarem ele a força de casa alegando que ele me machucou, ou algo assim... Mas eu tomei uma decisão e eu não volto atrás.
Estava só de palhaçada com a minha cara, só pode.Cadê as câmeras?Alô produção pode aparecer já... Por favor, hein?– Não... – Eu digo insegura do que dizer exatamente.– Você devia começar a se comportar mais como minha namorada. – Ele comenta quando os outros amigos deles, incluindo Felipe e Jéssica sai de perto de nós.– Eu não sou sua namorada! – Eu digo.– Perante as outras pessoas... Nós somos um lindo casal apaixonado! – Diz Patrício fazendo uma careta com essa frase.Aquilo me dava náuseas!– Só até amanhã, querido. – Digo empurrando o braço dele de propósito quando passo p
– Quando eu ganho minhas passagens? - Pergunto farta de ouvir meu pai discutindo basquete com Patrício.– Depois do jantar querida. - Disse minha mãe tentando manter a compostura na frente de meu namorado.Era visto que ela não estava nem um pouco feliz como eu estava agindo ultimamente, ou seja, sendo mal educada até com a minha sombra. E eu tenho culpa? Claro que não!Culpa de quem? Patrício que me estressa profundamente.O jantar transcorreu perfeitamente em harmonia, para não falar o contrário. Só sei que minha mãe perdeu a cabeça com a nova empregada, se estressou comigo por não dar atenção para Patrício, que por sua vez conversava animadamente com meu pai, o que irritou minha mãe por ela estar se sentindo excluída.Como dito
– Eu vou ir? – Ele perguntou na mesmo hora que eu.– Sim! Não é magnifico? – Minha mãe falou.– Não, não é magnifico. Na verdade não é nem perto de uma noticia boa. – Eu digo ficando desesperada – Primeiro arruínam minha viagem e agora estão me dizendo que eu vou ter que ir viajar para aquela merda de cidade...Com ele?– Ei! – Ele protesta pelo modo que eu falo.– Que é? Vai dizer-me que está feliz por ter que ir viajar comigo? – Eu digo me jogando no sofá e colocando uma almofada na cara. – Diga para os meus pais que você não vai ir. Que não namoramos! – Eu ordeno.– Senhores Verona... – Patrício começa. – Ficaria honrado em viajar com a sua filha, mas estou sem dinheiro no momento. Agradeço pela oportunidade e fiqu