– Quando eu ganho minhas passagens? - Pergunto farta de ouvir meu pai discutindo basquete com Patrício.
– Depois do jantar querida. - Disse minha mãe tentando manter a compostura na frente de meu namorado.
Era visto que ela não estava nem um pouco feliz como eu estava agindo ultimamente, ou seja, sendo mal educada até com a minha sombra. E eu tenho culpa? Claro que não!
Culpa de quem? Patrício que me estressa profundamente.
O jantar transcorreu perfeitamente em harmonia, para não falar o contrário. Só sei que minha mãe perdeu a cabeça com a nova empregada, se estressou comigo por não dar atenção para Patrício, que por sua vez conversava animadamente com meu pai, o que irritou minha mãe por ela estar se sentindo excluída.
Como dito
– Eu vou ir? – Ele perguntou na mesmo hora que eu.– Sim! Não é magnifico? – Minha mãe falou.– Não, não é magnifico. Na verdade não é nem perto de uma noticia boa. – Eu digo ficando desesperada – Primeiro arruínam minha viagem e agora estão me dizendo que eu vou ter que ir viajar para aquela merda de cidade...Com ele?– Ei! – Ele protesta pelo modo que eu falo.– Que é? Vai dizer-me que está feliz por ter que ir viajar comigo? – Eu digo me jogando no sofá e colocando uma almofada na cara. – Diga para os meus pais que você não vai ir. Que não namoramos! – Eu ordeno.– Senhores Verona... – Patrício começa. – Ficaria honrado em viajar com a sua filha, mas estou sem dinheiro no momento. Agradeço pela oportunidade e fiqu
O dia de sexta feira correu tudo bem, tirando alguns fatos.Patrício venceu o jogo com sua equipe para a felicidade de todos tirando a minha. O diretor aprecia orgulhoso demais por ele ter conseguido passar nas provas e ainda ganhar um jogo tão difícil como esse. E eu? Não ganho nem um obrigado por ter ajudado o idiota a passar e muito menos ganho uma plaquinha com o meu nome em agradecimento pelo fato deu ter feito um milagre.Ultimo dia antes das férias e eu estava nem um pouco animada. Para ter noção eu preferia ter aula a simplesmente ficar de férias, irem viajar para um lugar que eu não consigo pronunciar o nome direito e ainda por cima com Patrício como companhia.Tá certo que eu poderia muito bem ter feito birra e Patrício não ir. Mas isso só me traria dor de cabeça e além do mais, se e
– E você faz o que? – Pergunta Patrício tão entediado como eu.– Eu irei dar as instruções para os exercícios que vocês terão que fazer. – Responde com um sorriso.– Vamos ter que usar essa sua roupa feia? – Pergunto.– Não. – Ele fala desfazendo o sorriso. – Mais alguma pergunta?– Vamos ter que usar pisca-pisca? – Pergunto novamente apontando para a sua pulseira. As outras pessoas riram disso o que deixou ele desconcertado.– Não. – Falou parecendo ficar irritado. – Mais alguma pergunta? – Ele fala, mas acrescenta rapidamente quando me vê. – Alguma pergunta que não diz respeito à vestimenta e os piscas-piscas, digo pulseira? – Falou e ninguém falou nada. – &O
O dia começou mal como sempre.Não, não é por causa da chuva lá de fora, a neve que cai descontroladamente aparentemente sem motivo, já que nem no inverno estamos ou o fato deu ter dito um jantar ruim na noite passada.Hoje começou ruim pelo fato deu ter que dividir o quarto do brutas montes do Patrício que roncava mais alto do que porcos no chiqueiro, um motor de trator ou até mesmo música eletrônica, ou seja, ele roncava muito e alto. Não comentei nada isso por que ele deve ter problemas e acho que seria humilhante jogar isso na sua cara, e como eu sou uma dama da sociedade (ata!) mantive-me calada.Na hora de dormir foi um grande problema para nós, como sempre é. Sim, por que havia apenas uma cama e eu não estava nem um pouco adepta ao seu plano de dormirmos juntos na cama gigante mesmo com as prom
Sim, estamos falando de um sapo anormalmente grande que decidiu tomar banho no lugar que eu tomo. E isso tem um grande problema já que eu morro de medo de sapos, tenho nojo só de pensar em uma coisa asquerosa daquelas.– Se livra dele rápido... – Digo.– E como acha que eu irei fazer isso? Não posso matar o bicho. – Patrício fala andando de um lado para o outro como forma de pensar.– Mate, esfole e esquarteje aquele bicho horrendo. – Digo sentando na cama.– Vou fazer melhor! – Ele falou por fim indo em direção do banheiro.Em menos de um minuto ele estava batendo não sei no que, isso trouxe um novo problema... O sapo veio até o quarto. Eu comecei a gritar desesperadamente parecia que estavam me espancando, enquanto eu subia na cama e dava pulinhos d
Havia se passado duas semanas desde o episódio do sapo no quarto.Tudo aqui no acampamento parecia ter piorado e melhorado de algum jeito estranho e sinistro.Meu relacionamento com Patrício não era das melhores, aqui se tornou algo insuportável, mas ao mesmo tempo bom. Sim, por que além deu ter que passar 24 horas grudadas naquele idiota, ao mesmo tempo passou por coisas hilárias e muitas vezes nos divertíamos juntos. Mas algumas coisas começaram a se tornar quase impossíveis de mentir e cada vez mais chegava ao momento de termos que decidir nossa "situação amorosa". As pessoas já perguntavam o que tinha entre a gente. Eles não acreditavam mais quando dizíamos que éramos namorados, por que dizíamos isso para algumas pessoas e ao mesmo tempo desmentíamos um ao outro.Como por exemplo, q
Eu tinha certeza absoluta que era isso, não estava enganada. Tudo se encaixava. Até mesmo o carregador de malas que representava Patrício, pois no dia em que nos conhecemos eu havia dito que ele era isso para mim.Estava sentada ao lado de Charlie e Patrício enrolada em uma manta. Charlie contava a história, mas eu não ouvia mais. Só queria sair dali e pensar.Pensar, apenas isso!Olho desesperada para Patrício, o único que eu sabia que iria entender o que eu queria. Patrício me olha infeliz e depois fala.– A história não era para ser de terror?Isso desperta todos da história que Charlie estava contando.– Ah é cara, eu esqueci. - Charlie diz com um sorriso sem humor. - Alguém ai tem uma boa história de terror?
– Sai Patrício. - Grito empurrando o garoto para o lado. - Não sabe que existe um espaço pessoal que deve ser respeitado? - Completo indignada.– Eu não tenho culpa de que por algum motivo neste mundo eu tenha que ficar no seu lado enquanto vamos para a roça neste ônibus infernal. - Ele resmunga se acomodando novamente em seu banco ao meu lado.Hoje era quinta-feira. Faltavam uma semana e dois dias, mais ou menos, para voltarmos a nossa realidade já que as férias logo acabariam e tinhas escola.Por algum motivo me sentia meio tristonha com isso, afinal eu gostava realmente de ficar naquele Acampamento mesmo sendo infeliz com algumas coisas e alguns acontecimentos.Desde sábado as coisas pareciam ter ficado cada vez mais tensas entre mim e Charlie, isso ainda me perturbava como no dia de sua história qu