O que na verdade aconteceu foi:
Minha mãe não parava de falar que estava na hora deu ter encontrado alguém a minha altura, que meu ultimo namorado (um cara mais velho, com tatuagem no corpo, que não fazia nada da vida além de passear com sua moto e comer de graça aqui em casa) era uma bela de uma porcaria. Meu pai sentou na cadeira de sempre dele e ficou fazendo perguntas nada gentis para Patrício que tinha que inventar respostas rápidas. A empregada nova, coitada, serviu um miojo com milho de refeição e isso desencadeou uma série de gritos da minha mãe para a pobrezinha.
Patrício abriu um champanhe paraguaiana para podermos comemorar em grande estilo. E eu? Bem, eu não neguei nem um momento o que Patrício falava, afinal... Eu tinha um plano em mente.
– Então me conte como vocês se conheceram. - Meu pai perguntou colocando na boca um pouco de miojo.
– Deixa que essa eu conto, amor. - Eu falo olhando para Patrício que se cala imediatamente. - Sabe pai, na verdade eu nem sabia que ele existia até eu descobrir que ele me espiava no banheiro feminino... - Eu falei e a expressão de meu pai se contraiu a deixando mais dura.
– É mentira, senhor... - Patrício falou sem graça.
– Amor, porque não contar como nos conheceu? É uma história tão linda! - Eu falo e dou um sorriso para todos naquele local.
Nossa, eu deveria ser atriz!
– Bem, depois que eu descobri que ele me espionava no banheiro... - Continuei. - Eu fui tirar satisfações, porque eu não deixaria ninguém me ver assim, sem tomar providencias... Não é pai? - Eu falei olhando para meu pai que assentiu. - Então, Patrício me disse que havia se apaixonado pela a cor da minha calcinha... - Eu tive me segurar para não rir nesta hora.
Patrício estava da cor de um tomate, minha mãe ria discretamente e meu pai parecia furioso.
– Acho que deu por enquanto não é, amor? - Patrício disse pegando minha mão e apertando forte que machucou.
– Depois que ele disse isso, eu dei-lhe um tapa na cara. - Continue com um careta de dor por causa do aperto da mãe de Patrício sobre a minha, que eu não coneguia desvencilhar. - Ele então disse que não havia se apaixonado apenas pela minha calcinha...
– Claro que não. Eu havia me apaixonado pelos seus olhos verdes que quase nenhuma garota que conhecia possuía... - Ele me cortou com medo deu falar alguma bobagem. Pois ele estava certo, eu ia falar uma bobagem e bem grande.
– E também... - Tentei continuar com que eu estava planejando a falar.
– Pelo modo que ela balança seus cabelos, ou a forma que suas linhas de expressão ficam mais visíveis quando está irritada comigo. Ou com o jeito carinhoso que ela me diz palavras tão doces... - Ele falou.
Palavras doces?
Balançar de cabelos?
Expressão facial?
Isso tá virando uma palhaçada já.
– Depois disso ele me agarrou. - Eu completei colocando meu garfo sobre sua mãe e pressionando. Ele tirou-a rapidamente por causa da dor.
– Eu a puxei para um beijo que foi como se todas as luzes do natal tivessem sido ligadas naquele momento nos proporcionado um sentimento único, no qual só nos dois poderíamos compartilhar. - Patrício falou.
Nossa, ele sabe falar assim? Eu fiquei mais uma vez surpresa por ele ter um vocabulário maior do que eu imaginei. E que diacho que ele estava falando? Luzes de Natal? Estamos num circo, só acho.
– Daí ele me agarrou novamente e nós transamos. - Eu falo rindo por dentro, pela expressão da minha mãe que antes estava maravilhada pelas palavras e Patrício e meu pai ficando horrorizado pelo que eu acabo de falar.
O que? Isso faz tudo parte do meu plano para meu pai matar ele agora mesmo. Até agora estava indo muito bem, obrigada. Algumas palavras chaves a mais e "bum" ele estaria morto.
– Amor, acho que não é o momento para contar nossas intimidades. - Patrício falou da forma mais educada que podia, pois eu sabia que ele queria me matar.
– Bem papai, o senhor já sabe como nos conhecemos. - Completo com um sorriso de satisfação pela minha história inventada.
– Você não é um rapaz que eu aconselharia namorar minha filha... - Meu pai começou a dizer. Cruzei os dedos por debaixo da mesa rezando para ele sacasse sua arma de cinco tiros e estourasse os miolos deles.
– Mas como você é melhor do que o antigo namorado dela, e pelo jeito você estão felizes juntos... - Minha mãe falou interrompendo meu pai. - Bem Vindo a Família!
Eu não acredito que minha mãe estava aceitando aquele idiota depois deu ter praticamente dizendo que ele era um tarado que espionava gurias no banheiro trocando de roupas. E ainda por cima meu pai não fala nada, Patrício está feliz e meu plano vai por agua a baixo!
Uma única conclusão que eu havia chegado era a mais coerente para a cena de “boas vindas a família” feita pela minha mãe para aquele idiota-mostrada.
Ela tinha sérios distúrbios mentais.
Não que eu não tenha percebido isso antes, não. Eu sempre soube que minha mãe não era normal, desde o dia que ela embestou de me colocar no balé ou naquele dia que ela me faz desfilar na rua só com roupas de baixo como castigo por eu ter sujado do chão com uma tinta que não saia.
Isso mostra claramente que minha mãe não é lá muito... Normal!
Mas agora realmente ela está realmente me deixando preocupada. Estou pensando seriamente em caso de internação em clinicas de loucos e visitar ela dois dias na semana e vê-la brincar com bonecas com os outros pacientes.
Sim, por que ela desejar boas vindas para o meu não namorado, já é caso de internação imediato.
Agora me surpreende meu pai ter aceitado tudo isso quando eu deixei claro que Patrício não erao cara que eles esperavam e que nunca seria. E muito menos, ele seria meu namorado. E também, o que deu na cabeça de meu pai aceitar com tanta facilidade o idiota depois que eu praticamente disse que ele era tarado-louco-problemático-tarado?
Meus pais precisam urgentemente fazer exames para comprovar a loucura deles e depois eles frequentarem grupos de apoio, ou somos doidos por deixar a única filha namorar um tarado anônimo sem ser um anônimo.
Depois do vergonhoso e desastroso jantar que tivemos aqui em casa, Patrício me levou para fora dizendo para os meus pais que gostaria de se despedir de mim e como eu era uma boa filha fui obrigada a acompanha-lo até o portão.
Eu só entro em furadas!
– Sua família parece legal! – Ele fala quando estamos chegando ao portão.– Eu sei que você fez uma aposta idiota com o seu amigo pior do que você... – Eu digo logo de uma vez.Patrício me olha tentando mostrar surpresa ou indignação. Eu continuo olhando para seus olhos azuis que neste momento estavam claros... Isso quer dizer o que mesmo? Que ele está feliz? Surpreso?– Eu não... – Ele tentou mentir, mas eu arqueei uma sobrancelha e ele parou. – Por que não desmentiu a história para a sua família?Eu realmente pensei em falar alguma coisa sobre isso, eu pensei em chorar e gritar para os meus pais tirarem ele a força de casa alegando que ele me machucou, ou algo assim... Mas eu tomei uma decisão e eu não volto atrás.
Estava só de palhaçada com a minha cara, só pode.Cadê as câmeras?Alô produção pode aparecer já... Por favor, hein?– Não... – Eu digo insegura do que dizer exatamente.– Você devia começar a se comportar mais como minha namorada. – Ele comenta quando os outros amigos deles, incluindo Felipe e Jéssica sai de perto de nós.– Eu não sou sua namorada! – Eu digo.– Perante as outras pessoas... Nós somos um lindo casal apaixonado! – Diz Patrício fazendo uma careta com essa frase.Aquilo me dava náuseas!– Só até amanhã, querido. – Digo empurrando o braço dele de propósito quando passo p
– Quando eu ganho minhas passagens? - Pergunto farta de ouvir meu pai discutindo basquete com Patrício.– Depois do jantar querida. - Disse minha mãe tentando manter a compostura na frente de meu namorado.Era visto que ela não estava nem um pouco feliz como eu estava agindo ultimamente, ou seja, sendo mal educada até com a minha sombra. E eu tenho culpa? Claro que não!Culpa de quem? Patrício que me estressa profundamente.O jantar transcorreu perfeitamente em harmonia, para não falar o contrário. Só sei que minha mãe perdeu a cabeça com a nova empregada, se estressou comigo por não dar atenção para Patrício, que por sua vez conversava animadamente com meu pai, o que irritou minha mãe por ela estar se sentindo excluída.Como dito
– Eu vou ir? – Ele perguntou na mesmo hora que eu.– Sim! Não é magnifico? – Minha mãe falou.– Não, não é magnifico. Na verdade não é nem perto de uma noticia boa. – Eu digo ficando desesperada – Primeiro arruínam minha viagem e agora estão me dizendo que eu vou ter que ir viajar para aquela merda de cidade...Com ele?– Ei! – Ele protesta pelo modo que eu falo.– Que é? Vai dizer-me que está feliz por ter que ir viajar comigo? – Eu digo me jogando no sofá e colocando uma almofada na cara. – Diga para os meus pais que você não vai ir. Que não namoramos! – Eu ordeno.– Senhores Verona... – Patrício começa. – Ficaria honrado em viajar com a sua filha, mas estou sem dinheiro no momento. Agradeço pela oportunidade e fiqu
O dia de sexta feira correu tudo bem, tirando alguns fatos.Patrício venceu o jogo com sua equipe para a felicidade de todos tirando a minha. O diretor aprecia orgulhoso demais por ele ter conseguido passar nas provas e ainda ganhar um jogo tão difícil como esse. E eu? Não ganho nem um obrigado por ter ajudado o idiota a passar e muito menos ganho uma plaquinha com o meu nome em agradecimento pelo fato deu ter feito um milagre.Ultimo dia antes das férias e eu estava nem um pouco animada. Para ter noção eu preferia ter aula a simplesmente ficar de férias, irem viajar para um lugar que eu não consigo pronunciar o nome direito e ainda por cima com Patrício como companhia.Tá certo que eu poderia muito bem ter feito birra e Patrício não ir. Mas isso só me traria dor de cabeça e além do mais, se e
– E você faz o que? – Pergunta Patrício tão entediado como eu.– Eu irei dar as instruções para os exercícios que vocês terão que fazer. – Responde com um sorriso.– Vamos ter que usar essa sua roupa feia? – Pergunto.– Não. – Ele fala desfazendo o sorriso. – Mais alguma pergunta?– Vamos ter que usar pisca-pisca? – Pergunto novamente apontando para a sua pulseira. As outras pessoas riram disso o que deixou ele desconcertado.– Não. – Falou parecendo ficar irritado. – Mais alguma pergunta? – Ele fala, mas acrescenta rapidamente quando me vê. – Alguma pergunta que não diz respeito à vestimenta e os piscas-piscas, digo pulseira? – Falou e ninguém falou nada. – &O
O dia começou mal como sempre.Não, não é por causa da chuva lá de fora, a neve que cai descontroladamente aparentemente sem motivo, já que nem no inverno estamos ou o fato deu ter dito um jantar ruim na noite passada.Hoje começou ruim pelo fato deu ter que dividir o quarto do brutas montes do Patrício que roncava mais alto do que porcos no chiqueiro, um motor de trator ou até mesmo música eletrônica, ou seja, ele roncava muito e alto. Não comentei nada isso por que ele deve ter problemas e acho que seria humilhante jogar isso na sua cara, e como eu sou uma dama da sociedade (ata!) mantive-me calada.Na hora de dormir foi um grande problema para nós, como sempre é. Sim, por que havia apenas uma cama e eu não estava nem um pouco adepta ao seu plano de dormirmos juntos na cama gigante mesmo com as prom
Sim, estamos falando de um sapo anormalmente grande que decidiu tomar banho no lugar que eu tomo. E isso tem um grande problema já que eu morro de medo de sapos, tenho nojo só de pensar em uma coisa asquerosa daquelas.– Se livra dele rápido... – Digo.– E como acha que eu irei fazer isso? Não posso matar o bicho. – Patrício fala andando de um lado para o outro como forma de pensar.– Mate, esfole e esquarteje aquele bicho horrendo. – Digo sentando na cama.– Vou fazer melhor! – Ele falou por fim indo em direção do banheiro.Em menos de um minuto ele estava batendo não sei no que, isso trouxe um novo problema... O sapo veio até o quarto. Eu comecei a gritar desesperadamente parecia que estavam me espancando, enquanto eu subia na cama e dava pulinhos d