Tinha que pensar seriamente na vida, arrumar um meio de poder se sustentar por conta própria, conseguir um trabalho e um local adequado para morar. Ser independente era uma questão que jamais pensará que ia ter que encarar tão cedo. Dependia de seus pais em tudo. Nunca pensei que enfrentaria o mundo desconhecido tão cedo, ainda mais sem dinheiro, sem estabilidade de um teto sobre a minha cabeça. Não tinha parentes conhecidos que pudessem ajudá-la. O único que conhecia era seu primo Dirceu que era órfão e seu pai o recolheu ainda menino. Cresceram como irmãos, mas não podia ser um peso para ele nesse momento, tão difícil para todos . Tinha que conseguir um trabalho logo. E sabia que o bispo da paróquia não aceitaria sua permanência junto a seu primo na casa paroquial porque ambos eram solteiros. O Bispo até sugeriu que ela fosse para um convento. Mary tinha acabado de completar 18 anos um mês antes do falecimento de seu pai e tinha o sonho de se casar e ter filhos como toda moça decente do Condado. E agora estava muito encrencada como iria pagar um aluguel se tivesse que ir embora do Vilarejo. Dirceu naquela tarde recebeu uma carta do Bispo apesar dele saber a situação que Mary se encontrava e não ter dito nada, ela sabia que teria que ir embora da Casa Paroquial.
___ Para onde eu vou? Londres estava fora de cogitação, era muito longe do vilarejo e raramente tinha ido a Capital não conhecia ninguém que pudesse hospeda-la, mesmo que por poucos dias e tinha o fator dinheiro, não tinha o suficiente para poder se manter e pagar a passagem. Mary tentou algumas lojas do Vilarejo apesar de todos quererem ajudar, eles não tinham dinheiro para poder contratá-la se o fizessem ela seria mais um fardo do que uma solução. Poderia dar aulas aos pequenos, mas seus pais não tinham dinheiro para pagar. Sua mãe sempre dizia que se ela rezasse com fé Deus atenderia suas preces, mas até o momento suas preces tinham sido rejeitadas, ela não enxergava uma luz no fim do túnel. Apesar de ser bem instruída, não tinha diploma de professora. Mary lembrou saudosa de seu cavalo que morreu a quatro anos. Se ele tivesse vivo poderia ir até outro Vilarejo com mais recursos e tentar conseguir emprego e um lugar para ficar. Tinha que começar a arrumar a mala, não tinha muito o que levar, tinha alguns vestidos seus e outros de sua mãe . Tinha consciência que precisava se vestir bem para poder arrumar um trabalho. Por isso levaria também as vestes de sua mãe já pensando em economizar. Mary era uma moça muito bonita, seus cabelos eram de um dourado único, seus olhos grandes e verdes cristalinos e sua boca pequena dava um toque todo delicado em suas feições. Como seus pais não costumavam frequentar festas dos paroquianos, poucas pessoas perceberam que a pequena Mary era agora uma linda mulher. Muitos rapazes a olhavam, pois era uma das moças mais bonitas do Vilarejo. Talvez até mesmo do Condado. Poderia arrumar trabalhar como empregada doméstica . Mas a ideia de morar em casa de pessoas estranhas a assustava. Sabia que seus pais se virariam no túmulo por ela ter tido esse pensamento. Sua mãe nasceu em uma família de projeção social na Cidade de Londres. Mas sua família ficou muito desgostosa por ela ter se apaixonado por um Pastor. Sua mãe disse a Mary que seu pai era o homem mais bonito que ela já tinha visto e ambos se apaixonaram um pelo outro, à primeira vista assim que se viram no culto da Igreja. Ela ia ao culto somente para vê-lo. E um dia ele tomou a iniciativa e convidou para irem juntos a um batismo na paróquia vizinha. E confessou que ela era a moça mais linda entre todas e que estava apaixonado. Em poucos dias se casaram com o protesto de seus pais. Mas que nunca se arrependeu pois tinha encontrado o verdadeiro amor. Seus pais eram as pessoas mais felizes que conhecia na vida e às vezes achavam que eles se esqueciam dela por desejarem sempre estarem juntos até na morte um foi ao encontro do outro. Mary estava sozinha e sua tristeza dava vazão às lágrimas que escorriam pelo seu rosto neste momento. Mas o fato de se sentir deixada de lado não significava que eles não a amassem. Ambos a amavam muito. Assim como Mary os amava. Mas esse amor todo no final não adiantava nada, ela agora se sentia a mais solitária de todas as criaturas. Sentou-se automaticamente na poltrona atrás da escrivaninha de seu pai e pegou a pensar no que fazer pedindo conselhos a seu pai dizendo o que a atormentava naquele momento. ___O que posso fazer papai? onde devo ir e a quem devo pedir ajuda? No momento não tenho dinheiro nem para ir ao Vilarejo mais próximo. E sem chance de ir a Londres onde poderia talvez conseguir um bom trabalho. Como não ouviu nenhum conselho, um estalo ocorreu e ela pensou no Conde sua propriedades tinha várias casas desocupadas tanto de empregados como de veraneio. Ela poderia falar com o Conde e oferecer seu trabalho em troca de moradia e comida. Assim ambos poderia conseguir o que precisava, uma vez que sabia que o Conde não tinha empregados sobre seu comando. Lógico, ela teria que ter muita coragem para oferecer seus serviços em troca de moradia e comida. Dirceu entrou mancando e com a perna em carne viva reclamando de dor. Ele passou pelas terras do Conde para ir a um paroquiano que estava enfermo querendo oração. No caminho de volta choveu ele buscou abrigo em uma caverna como ventava muito, ele entrou mais para dentro da caverna e caiu em um buraco machucando sua perna. Do lado esquerdo de onde se encontrava ferido encontrou um pequeno baú com o brasão do Conde cheio de barra de ouro. Trouxe para casa. Mas ao deparar com o olhar da prima em reprovação ficou arrependido de ter pensado em ficar com o ouro, uma vez que poderia ajudar muitas pessoas. ___Sim. ajudaria muitas pessoas, mas o dinheiro não é seu e o Conde também está precisando. Pensa assim se você for honesto e devolver ao verdadeiro dono todos no Vilarejo serão recompensados, porque com esse Tesouro o Conde poderá recuperar a propriedade dele dar emprego às pessoas. E assim todos se beneficiariam. Dirceu pensou e concordou. Mary disse a ele o que estava querendo fazer com o baú do Tesouro do Conde, com certeza conseguiria o trabalho que precisava e a moradia. Após a conversa com o primo, Mary se ocupou em fazer um curativo na perna do primo que gritava de dor. ___Amanhã tenho que sair cedo para ir à Mansão do Conde entregar seu tesouro!Sabendo que seu primo Dirceu não iria poder acompanhá-la.
Mary levantou bem cedo e preparou o café da manhã para seu primo. Fez outro curativo, certificando de que seu ferimento estavam com um aspecto bem melhor. Avisou ao curandeiro do Vilarejo para vir visitar seu primo em sua ausência para fazer-lhe os curativos .Terminou de arrumar a mala que iria levar, assim não precisaria voltar. Se preparou para a longa caminhada até a Mansão do Conde. Se iniciasse imediatamente sua caminhada a Mansão, calculava que chegaria mais ou menos ao entardecer. Pensou em pedir o cavalo do primo, achou melhor deixar com ele que se encontrava machucado. Sua bagagem não era pesada, o que pesava mais era o Baú com o tesouro do Conde. Enrolou bem uma manta em torno do Baú para não chamar atenção, se preocupando com sua segurança, nunca se sabe qual a intenção do próximo. Colocou o baú bem no meio de sua mala e os vestidos distribuídos em sua volta assim seria mais fácil carregar. E não ocuparia as duas mãos. Arrumou algo para comer no caminho e colocou água em um
O Conde ficou curioso com o objeto embrulhado em uma manta com bordados coloridos que Mary segurava firmemente em suas mãos. E começou a observar sentado de sua confortável poltrona. Era uma moça bem vestida para os padrões locais, muito bonita e se expressava bem, tinha traquejo social. Sua beleza natural deixaria muitas beldades de Londres com inveja. Tinha a pele clara mas não pálida, olhos de um verde cristalino que ele nunca verá igual, sua boca era carnuda mais pequena um convite para beijar, seus cabelos dourados era bem tratados e bem penteados, emoldurando um rosto muito bonito e delicado. Ele mesmo o repriendeu, mas tinha que admitir que ela o atraiu no momento em que a viu e sua reação a ele fez seu lobo enlouquecer de desejo.Onofre era seu, faz tudo na Mansão no momento. Era também seu Beta. Ele se aproximou tentando descobrir o que o Conde pretendia com aquela ingênua e jovem humana e recebeu uma ordem direta.___ Onofre poderia servir o jantar. E nós deixe, sozinhos._
Mary levantou e se sentiu um pouco zonza e culpou o vinho que não estava acostumada a tomar. Olhou para o Conde e percebeu que ele continuava a analisar as barras de ouro com escritas em relevo . Agora que tinha cumprido com sua obrigação e entregado o Tesouro ao Conde percebeu que estava cansada e que queria se recolher. Fez um pequeno barulho chamando a atenção do Conde. E agradeceu.___Obrigada pelo delicioso Jantar, mas se não se importar, gostaria de me recolher.O Conde levantou e ofereceu seu braço para que Mary o segurasse.___Eu que agradeço a muito tempo, não tenho um jantar tão agradável na companhia de uma dama tão linda. Deu seu melhor sorriso.Mary ficou com as pernas ainda mais bambas diante de um homem tão magnífico e bonito.___Quero lhe fazer um convite.___ Gostaria que ficasse aqui na Mansão, por quanto tempo quiser ou precisar. Essa Mansão é gigante e cabe nos dois. E também será bom ter com quem conversar. E depois tê-la aqui comigo é o mínimo que posso fazer p
O Conde Asta estava em seu escritório lendo um manuscrito antigo que falava sobre as Runas dos Lobisomem. Tesouro lendário desejado pelas maiores alcatéias da terra. Suas descrições levariam a encontrar o tesouro mais cobiçado por todas as alcatéias da Terra . A localização do shangrilã dos Lobisomens com o Tesouro mais cobiçado, o amuleto da Lua que permitia ao Lobisomem que o possuísse se transformar, quando quisesse até mesmo na lua cheia. Mary havia trazido para ele o mais cobiçado dos tesouros dos lobisomens, muitos matariam para tê-lo, ainda bem que os humanos ignoravam seu valor. Agora precisava encontrar com o primo da Mary e fazer ele prometer, lógico que com uma boa doação para a Igreja que não revelasse a mais ninguém sobre o Tesouro, para não atrair forasteiros as terras dele, buscando por ouro. Tenho certeza que ele vai concordar caso sentisse que não, ele poderia visitar um paroquiano e não voltar mais. Esperava não ter que chegar a esse desfecho. Não queria ver Mary mai
O Conde demonstrava muito interesse no Vilarejo e continuou a fazer perguntas, Mary tentava esclarecer fatos desconhecidos para ele e poder conhecer melhor os problemas da região. O Conde achava que muitos habitantes eram lobisomens e iria investigar se tinha um Alfa por perto, mas não comentou essa suspeita com Mary.___Quero sua opinião em algumas ideias que tive. Quero uma reunião com o ancião mais velho do Vilarejo. E dependendo da que o ancião responder. Quero também uma reunião com os habitantes do vilarejo.O Conde queria descobrir os mistérios da região. E o principal mistério é porque há humanos no território de um lobisomem. Isso em sua alcatéia não é permitido, mas seu tio parece que conviveu muito bem com eles sem chamar a atenção. No qual é um mistério também, principalmente em noite de lua cheia.___Quero implementar um projeto na região e construir fábricas de Olaria e Ceramicas para fábricar tijolos ,telhas e pisos. Abrir uma marcenaria e também quero cultivar aliment
Mary subiu para seu luxuoso quarto, depois que se despediu do Conde com a sua linda flor. Colocou a flor em uma vaso com água em cima do credo mudo. Resolveu tomar um banho se surpreendeu porque as torneiras que enchia a banheira tinham água quente. Encontrou em um armário toalhas imensas e descobriu em um outro armário vários produtos descritos como sais minerais para banheira e vidros com cheiros deliciosos de espumante, shampoos para cabelo óleos hidratantes para o corpo. Colocou os produtos, fazendo espuma em abundância e encantada, tirou a roupa e resolveu entrar mergulhando. Logo notou um encosto de pescoço e se estalou relaxando, ficou lá por pelo menos uma hora com os olhos fechados, lavou bem os cabelos e o corpo. Levantou a foi até um local onde se encontrava uma espécie de balde com furos e retirou toda espuma do cabelo e corpo e mais uma vez caiu uma água morna e deliciosa ao abrir uma torneira. Suspirou e pensou, eu acho que posso me acostumar com esse luxo, mas isso não
Percebo que está machucado. O Conde observou e comentou.___Sim, cai em um buraco na caverna quando encontrei o Baú do Tesouro com o Emblema do Brasão de sua famílias. Por esse motivo foi fácil perceber a quem pertencia. Dirceu confirmouO Conde chamou Onofre e pediu para levar Dirceu a seu quarto no lado Leste para descansar, pediu que lhe preparasse algo para comer e ataduras para que trocasse seu curativo da perna.Onofre chamou Dirceu para acompanhá-lo, comunicou que o buscaria para o jantar às 19:00 horas.Dirceu assentiu timidamente e o acompanhou sem dizer nada.O Conde aproveitando o afastamento dos dois foi ao encontro de Mary no Jardim. Parou, colheu uma linda flor e ofereceu a Mary. Mary deu um paço para pegar a flor e sorriu encantada com a gentileza do Conde se desequilibrou, quase caiu . O Conde em um reflexo rápido a amparou pela cintura e com seus lábios quase encontrados o Conde a segurou com mais firmeza a puxou sobre o seu imenso tórax e a beijou. O Conde surpreso
Depois de tomar um longo banho frio para acalmar seus desejos primitivos. O Conde sabia que não seria fácil cumprir a promessa que fez a Mary de iren devagar, sabendo que Mary o amava tanto quanto ele a amava e seu lobo estava em festa total. Mas respeitar os costumes de Mary era muito importante para o relacionamento deles e para que ela o aceitasse como ele era. Rosnou frustrado e desceu para o jantar com todos os moradores atuais da Mansão. Não eram muitos, mas seria o suficiente para que Dirceu soubesse que Mary e ele não estava sozinho na Mansão.Assim que chegou, cumprimentou Dirceu e Mary que conversavam animadamente com o Arquiteto Robert Solly e sua esposa Camille Solly. Onofre e Ofélia estavam também bem vestidos e passavam as últimas ordem as poucas criadas que os ajudavam na Mansão uma vez que os dois iriam jantar com eles está noite. Olhou na direção do jardim e um homem gigante com seus dois metros de altura entrou com sua esposa de um metro e sessenta, sorridente e face