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Capítulo 4. Contratada pelo Conde para ser sua Secretaria Particular.

O Conde ficou curioso com o objeto embrulhado em uma manta com bordados coloridos que Mary segurava firmemente em suas mãos. E começou a observar sentado de sua confortável poltrona. Era uma moça bem vestida para os padrões locais, muito bonita e se expressava bem, tinha traquejo social. Sua beleza natural deixaria muitas beldades de Londres com inveja. Tinha a pele clara mas não pálida, olhos de um verde cristalino que ele nunca verá igual, sua boca era carnuda mais pequena um convite para beijar, seus cabelos dourados era bem tratados e bem penteados, emoldurando um rosto muito bonito e delicado. Ele mesmo o repriendeu, mas tinha que admitir que ela o atraiu no momento em que a viu e sua reação a ele fez seu lobo enlouquecer de desejo.

Onofre era seu, faz  tudo na Mansão no momento. Era também seu Beta. Ele se aproximou tentando descobrir o que o Conde pretendia com aquela ingênua e jovem humana e recebeu uma ordem direta.

___ Onofre poderia servir o jantar. E nós deixe, sozinhos.

___Sim, Milorde.

___Milady, espero que me acompanhe no jantar. Depois veremos isso. Apontou para o objeto embrulhado com a Manta colorida.

___ Deixe-o em cima dessa mesa.

Mary o acompanhou até uma varanda onde dava acesso a um lindo jardim bem cuidado. E estava disposto uma mesa para duas pessoas . Assim que se sentaram, Onofre apareceu trazendo o primeiro prato que estava com uma aparência apetitosa.Mary ficou constrangida,  o Conde parecia que queria devora-la com os olhos . Mas tentava disfarçar ao máximo. Onofre serviu a Mary e ao Conde um prato de cordeiro assado com legumes regado a molho de coalhada e hortelã. E serviu um vinho doce delicioso . Por estar perto do Conde ficou com vergonha de recusar o vinho por não ter o hábito de tomar bebida alcoólica. Tentou não tomar muito do vinho mas a comida estava tão deliciosa e o vinho também. O conde puxou assuntos sobre o vilarejo e seus habitantes e disse que tinha curiosidade de ir ao Vilarejo mas nunca foi desde que chegou, andou ocupado com a Mansão tinha muitas coisas para fazer no local. Seu tio não cuidou muito do Condado como um todo.

___Mary concordou. Mas disse que não poderia condená-lo. Sem dinheiro não há muita coisa a fazer.

___O Conde concordou. E ficou curioso para saber como ela sabia que seu tio não tinha dinheiro.

___Eu mesmo nunca o conheci. Mas os mais velhos do Vilarejo comentavam que o Conde anterior mandou todos embora por não ter dinheiro para pagá-los.

___Qual o seu nome? Conde perguntou.

___Mary Tiley

___Conde Asta Clancellor, muito prazer.

E estendeu a mão para ela, que ao pegá-la uma eletricidade subiu pela sua perna e foi deixando-a toda arrepiada. 

Um pouco mais relaxada pelo vinho tomado, a conversa entre o Conde e Mary seguiu. O Conde confessou que não gostava de ser chamado por títulos, preferia que Mary o chamasse pelo seu nome, Asta. 

O Conde perguntou o porquê ela precisava de trabalho se ela demonstrava ser uma pessoa bem relacionada. 

Mary explicou o que aconteceu com seus pais. E como era difícil conseguir trabalho próximo. Os habitantes do Vilarejo se encontravam muitos pobres. A ponto dela mesmo não conseguir um trabalho no Vilarejo a única saída era pedir trabalho na Mansão, mesmo que o Conde não tivesse como paga-la, ela trocaria o trabalho por um local para ficar e comida, até ela conseguir se estabilizar no Vilarejo.

O Conde ouviu calado todo o relato e seu lobo implorou para ele aceitar, tão ingênua oferta.

___ O que é aquele objeto que você protegeu tanto com aquela Manta colorida. O Conde perguntou curioso.

Nesse momento o Onofre entrou para servir uma sobremesa de frutas deliciosas. Perguntou se precisavamos de mais alguma coisa e comunicou ao Conde que iria se recolher junto com sua esposa. O Conde concordou. E Onofre partiu.

___Mary ficou apreensiva, porque ela entendeu que havia dois funcionários na Mansão. E ficou triste, não seria contratada.

O conde a observou tentando entender porque ela ficou tão triste de repente..

Mary levantou o olhos e se deparou com o Conde a observando e ficou ruborizada de vergonha. Talvez tenha sido o excesso de vinho que ela tomou.

___E o objeto? O Conde perguntou.

___ Mary suspirou e explicou o que aconteceu com seu primo Dirceu e Como eles decidiram devolver o Tesouro do Conde uma vez que não os pertencia de direito pois entendia que o Conde também precisava de dinheiro.

Seu lobo uivou de felicidade. Em Londres jamais encontraria uma dama que chegue aos pés de Mary, honesta, humilde, bonita e generosa. Em vez de pensar nela que precisava tanto, pensou nele que tinha muito dinheiro. A ponto de ter que se isolar neste lugar para não ser perseguido por damas inescrupulosas. Realmente encontrar uma dama como Mary era muito raro nestes dias. Por isso, de agora em diante Mary era somente sua e de mais ninguém. Ela seria sua companheira . Seu lobo concordou perfeitamente com ele.

Mary se levantou, foi até a mesa e retirou a manta que estava protegendo o Baú e levou o baú para o Conde Asta.

O Conde viu seu Brasão no Baú entendendo o porquê ela achou que pertencia ele. Abriu curioso para saber o que tinha dentro e visualizou algo surpreendente era mesmo um tesouro, mas o seu significado era maior do que Mary supunha.

___Mary poderia me levar à caverna que encontrou esse Baú.

___Acho que posso, meu primo fez esse mapa para localizar bem o local. Pediu para te entregar.

Um sorriso radiante formou nos lábios do Conde.

Mary voltou a tremer novamente diante daquele homem magnífico.

___ Seu primo faz o que no Vilarejo?  O conde perguntou

___Ele é Pastor, sucessor do meu Pai .Mary respondeu

__Seu pai era o Pastor anterior do Vilarejo? Acho que eu o conheci quando cheguei neste Condado. Era um bom homem, sinto muito por sua perda.

Mary agradeceu. E reparou que o Conde não ligou para a quantidade de ouro no baú, ele quis saber onde foi encontrado. O Conde pegou uma barra de ouro onde Mary percebeu que tinha uns símbolos em relevo e quis saber o que significava, mas ficou com vergonha de perguntar.

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