O abraço parecia mais apertado, e a vontade de colar ainda mais o corpo também, assim como a de unir os dois em um só àquela noite. A mulher se apoiou nos ombros dele e sentiu as mãos de Marcelo descerem por suas costas, passar pela bunda e suspendê-la no colo, fazendo Angel enlaçar as pernas em volta da sua cintura. Alguns beijinhos desceram pelo pescoço e quando o homem conseguiu sentar na cama de casal, com ela em seu colo, Delilah latiu muito inconformada com aquela cena terrível.
- Merda. – Angel abafou uma risada no pescoço dele, sentindo seu corpo ser ainda mais aconchegado no abraço, quando Marcelo escondia uma risada no ombro dela. – Você é um péssimo pai!- Hey! Eu não sou péssimo p... que bosta, eu sou né? – ele riu baixinho e continuou a espalhar beijinhos pelo ombro nu da moça.- Só um pou- Nós vamos conversar com ela sobre isso. – o homem resmungou tentando colocar autoridade na sua fala e perdeu de ver a esposa rolando os olhos. Em que época ele estava preso?Angel não era mais criança!O ranger da cama denunciou que alguém estava muito apavorado e ao virar, Lauren viu a filha sentada no meio do colchão.Angel estava com os olhos arregalados e parecia prender a respiração, enquantoMarcelo continuava capotado e resmungando ao procurar a mulher na cama. Delilah despertou todo mundo do transe assim que começou latir, animada, como se aquele fosse o dia mais feliz da sua vida e finalmente,Marcelo despertou.- Delilah! – ele repreendeu a cadelinha ao sentar na cama, e deu graças a Deus por não ter tirado a camisa na noite passada, principalmente depois de ver a péssima cara deEnrico pai. – Eu... Vim ver aAngel ontem e trouxe u
- C-como? – o gaguejo saiu quase inaudível da boca deAngel.Marcelo abriu um sorriso ainda mais incrível, cheio de ruguinhas nos olhos e beijou a testa dela antes de repetir o pedido.- Eu perguntei se você deixa eu ser seu namorado. – ele fez carinho na bochecha dela com o polegar. – E também se você deixa eu te beijar, mas aí já é consequência, né? – o homem soltou uma risadinha espontânea e não percebeu quando os braços deAngel envolveram seu pescoço em um abraço aperto, carinhoso, gostoso e cheio de aconchego. Ela o encheu de beijos estalados e carinhosos, fazendoMarcelo sentir como se tivesse voltado aos seus 25 anos.O beijo não tardou a chegar, era calmo, gostoso e cheio de paixão, quase como o beijo da última noite na varanda, quando oGallo entrou pela janela encarnando o próprio pr&iac
A situação do mini paciente tinha sido estabilizada e toda a equipe de saúde já tentava respirar aliviada com a situação.Angel acompanhava o paciente, enquanto a cirurgiã de plantão não descia para dar o parecer sobre o sangramento e sua etiologia. Pelo caso, parecia algum tipo de perfuração pulmonar por corpo estranho.- Você de novo,Valenthina ? - a mulher riu ao ver, mais uma vez, a enfermeira pediátrica na sala de reanimação e as duas riram.- Tripliquei o plantão! -Angel disse ao procurar o prontuário do rapazinho desacordado na maca, já não sangrava mais, embora estivesse pálido por ter perdido tanto sangue e logo a equipe da hematologia chegaria com a bolsa de hemácias que seria transfundida.- Algum motivo especial? - a médica e amiga deAngel, perguntou em um tom casual.As conversas dentro do P.S eram sempre em um tom que não se mostrasse muito profissional ou pesado, afinal de contas, o dia a dia das equipes já era tenso demais.- Meu
Angel se xingou ao constatar seu atraso astronômico pelo visor do celular e abriu a porta de uma vez. E embora a mulher não tivesse exatamente culpa do seu atraso, ainda se sentia responsável por deixar o melhor amigo do irmão sozinho e preso no apartamento. Ela fechou os olhos com força sentindo um cheiro que não sentia há uns bons meses, na verdade, a última vez que ela tinha sentido o cheiro daquele tempero havia sido quando sua mãe tinha ido lhe visitar.Ele não poderia estar cozinhando!A confirmação veio junto com a surpresa de encontrar um homem incrivelmente lindo, sereno e entretido na sua pequena cozinha, deixando-a imersa na vontade de prendê-lo ali pelo resto do mês quem sabe, ou talvez até do ano. Não era entendível ao primeiro impacto, mas a garota se perguntava como ele tinha ficado tão mais lindo e gostoso ao longo do tempo, embora soubesse que o imenso crush que ela tinha nutrido e ainda perdurava, mesmo que pouco, no melhor amigo do irmão, poderia intensifica
- Nossa, uma delícia mesmo. Obrigado! – o homem suspirou tentando não pensar besteira com o corpo da criatura tão perto do seu.Praguejando-se terrivelmente pôr em uma fração de segundos ter pensado em se referir a ela daquele jeito. Porra,Marcelo! Era a irmãzinha doEnrico… que puta que pariu, estava um mulherão, principalmente na personalidade. QuandoAngel tinha mudado tanto?A mulher se afastou rindo com a cantoria repentina do amigo e escorou levemente na bancada, vendo o showzinho se seguir com uma coreografia péssima.- Que horrível,Marcelo! - o grito estrondoso o fez gargalhar e rebolar ainda mais, mesmo que incrivelmente desajeitado. – Virou gogo-boy?- Vim me apresentar em Toronto, sabia não? – ele entrou na vibe das brincadeiras, ouvindo-a rir completamente espontânea. Talvez fosse até efeito do vinho nos dois, mas o a
– Eu queria um namorado de revista e você queria uma garota para sexo. Não encaixava. – ela deu de ombros e o viu suspirar frustrado.Como raios a situação tinha chegado aquele estado e ele sequer tinha percebido? Aquilo era culpa da mania horrorosa de Charlotte e Lauren em querer juntar os filhos a força.- Você sabe que é verdade! – ela acusou e o homem fez a maior cara de dor.- Infelizmente, eu sei.- Céus, eu deveria ter ficado calada. Não achei que você fosse ficar assim. – a garota soltou uma baforada de ar, enquanto se enchia com o macarrão que estava tão gostoso.- Não, não deveria. Talvez sim, mas agora já era! –Marcelo bebeu mais um grande gole do vinho e decidiu que era hora de mudar a postura. Parecer assustado e apavorado não iria resolver nada, só deixarAngel chateada pela incrível
2011 - Oito anos antes A Delilah é minha também! A garota de 17 anos riu com alguma coisa que a melhor amiga da mãe havia falado e balançou de leve as mãos ao olhar o corredor dos quartos deViviana eMarcelo. A moça era sua amiga desde sempre, não ligando em nada para diferença de idade que as duas tinham. EnquantoViviana estava com 22, fazendo faculdade e fingindo, ainda que vergonhosamente, namorar comEnrico, irmão deAngel, para agradar duas loucas que atendiam por Lau e Lottie, a mais nova estava no fim do colegial, decidindo sobre fazer faculdade ou não, para possivelmente sair de casa, e ainda nutria uma paixão ferrada e platônica pelo melhor amigo do irmão e irmão mais velho da amiga.Poderia não ser tão complicado se não fossem a mãe dela e a dele fantasiando até o casamento dos dois juntos.Angel sacudiu a cabeça afastando todos aqueles pensamentos mais bobocas do mundo
-x-x-x-Um mês depoisSe arrependimento matasse...A garota ajeitou a roupa no corpo e sacudiu o cabelo, ansiosa só de esperar queMarcelo abrisse a porta. O rapaz tinha mudado para um apartamento próprio há umas três semanas e mesmo perante todos os choros de Charlotte, ela parecia ter entendido que aquilo era de uma imensa importância para ele, principalmente pelo fato de que o garoto já tinha 24 anos e precisava viver sozinho.Angel entendia bem o lado dos dois e não pretendia ir embora daquela cidade tão cedo, por mais que a vaga na faculdade em Toronto lhe aguardasse, depois que ela não passou nem perto de entrar na McGill.Ela respirou fundo ao ajeitar o cabelo rebelde no rabo de cavalo e apertou as mãos uma na outra em ansiedade assim que viu a maçaneta rodar, ensa