TaraParo diante do prédio a frente, olhando com atenção. Deveria ter uns vinte a trinta andares, as janelas espelhadas refletiam a luz do sol diante do arranha-céu que era.Olho para a porta de vidro a frente, passando por ela em seguida, poucas pessoas transitavam no saguão cinza com porcelanato e logo a mulher atrás do balcão me entrega um crachá com o nome visitante escrito.Trinta e nove andares depois, o elevador abre e me deparo com mais algumas pessoas andando de um lado para o outros, telefones tocando e murmúrios baixos.Isto explicava o por quê dali ser a sede da Delaney Enterprises, estava naquele momento no coração dos negócios de Otto Delaney.Ando em direção da mesa em minha frente, parando poucos passos depois, quando a secretária atrás dela coloca o telefone no gancho.— Tenho uma reunião marcada ás nove.Ela abre a agenda ao lado, assentindo antes de me olhar.— Tara Knowles.— Será chamada em breve — Lanço um breve sorriso em sua direção, antes de me aproximar de
Mason— Eu não quero isso — digo convicto.O fato da minha mãe, Gemma, estar andando de um lado para o outro há alguns minutos, estava começando a me irritar. Parecia que aquele era o modo dela em manter os nervos controlados, enquanto eu, preferia uma bebida forte e que queimasse minha garganta ao ser engolida.— Você não está em posição de escolher, querido — diz sem parar de andar — É o único filho dele.— Não sou filho dele — digo entre dentes.Ela para de andar por um segundo, me olhando nos olhos, antes de continuar seu pescoço.Se eu fosse esperto, não tentaria contraria-la novamente.Gemma era casada com Otto desde quando eu tinha dez anos, Otto era amigo do meu pai e depois da morte dele acabou se envolvendo com a minha mãe, pouco tempo depois a Delaney Enterprises foi criada e comandada por Otto até três atrás, antes da saúde ficar debilitada o suficiente para se quer conseguir sair de casa.Os médicos receitavam repouso, acreditando que dentre algumas semanas, ele estaria b
TaraEm frente ao espelho, fecho o último botão da minha blusa social branca, deslizando em seguida as mãos pela saia lápis que realçava minhas curvas.Meu cabelo estava preso em um coque quase perfeito, assim como a maquiagem suave daquela manhã. Após mais uma olhada no espelho, me afastei dele, pegando minha bolsa. Eu sabia que não estava esquecendo nada, o que significava que para enfrentar o trânsito caótico de Nova York.Minutos mais tarde, atravesso o amplo saguão da empresa em direção ao elevador. O ambiente estava impregnado com uma atmosfera de seriedade, as pessoas movendo-se com determinação e foco em mais um dia de trabalho.Entro no elevador com outras pessoas, e o silêncio reina enquanto o ascensor sobe, andar por andar, em seu ritmo tranquilo. É como se cada andar fosse um pequeno intervalo de tempo, onde as pessoas são deixadas em seus destinos específicos.À medida que avançamos, somos reduzidos a apenas dois: eu e outro homem. Quando as portas se abrem finalmente, el
Mason Deixei de ser racional no momento em que entrei na sala que agora me pertencia e me deparei com uma bela de uma bunda inclinada na minha direção.A saia que a vestia, parecia ser justa, o tecido bom, pois não conseguia ver o formato da calcinha que a mulher na minha frente usava ou se não usava.Não quis imaginar o tipo de calcinha, pois não queria no primeiro dia sendo presidente da empresa ser acusado de assedio, mas pude olhar com atenção a medida que me aproximava e quando estava perto o bastante, inalei profundamente o perfume que seu corpo exalava; diferente da maioria das mulheres que conhecia, não era um perfume doce ou que lembrava alguma flor que não fazia ideia de qual era o nome.O aroma que me envolve é como uma brisa fresca em uma manhã de outono, sutil e intrigante.Não é doce nem floral, mas sim uma mistura de notas amadeiradas e cítricas que dançam delicadamente ao meu redor.Quando ela se vira de repente na minha direção, nossos corpos ficam separados por pou
TaraAo adentrar no pequeno apartamento, libero um suspiro pesado e descontente, jogando minha bolsa descuidadamente sobre o sofá antes de andar em direção à cozinha, após remover os saltos são prontamente perto da porta, libertando meus pés de sua prisão desconfortável.A mente minha fervilha de pensamentos negativos, e as palavras ásperas ecoavam em minha cabeça.Aquele idiota, xingo mentalmente, enquanto me movo com passos largos em direção ao armário onde guardo uma garrafa de conhaque.Não é a primeira vez que me socorro na bebida, que descobri ter um gosto peculiar há alguns meses. Uma herança não tão bem-vinda da minha mãe, cujo hábito de beber excessivamente sempre me causou angústia.No entanto, o conhaque se tornou um refúgio, uma maneira de escapar temporariamente da pressão e da dor que parecem sufocar cada aspecto da minha vida.Enquanto sirvo um pouco da bebida âmbar em um copo, sinto um certo alívio se infiltrar em minha alma inquieta. É como se cada gole fosse uma peq
Mason— Bom dia, Sr. Teller — diz Mayra, assim que passo por sua mesa. Acabo por a cumprimentar com um sorriso, sem parar de andar, entendendo finalmente o por quê Otto escolheu estar cercado por mulheres.Estar cercado por mulheres perfumadas logo cedo, deixava as coisas um pouco melhores, homens não tinham graça alguma, já as mulheres... eram um bálsamo para os olhos.Diminuo os passos ao me aproximar da mesa da minha secretária, esperando encontrá-la ali. Checo o horário no relógio do pulso andando em direção da minha sala, sendo nocauteado por um cheiro de rosas assim que passo pela porta.Franzo o cenho ao andar devagar em direção da minha mesa, notando diversos pedaços de pétalas de cor pêssego rasgadas por toda parte. À medida que me aproximo, o coração se aperta, antecipando o que vou encontrar. E ali, mais à frente, em cima da minha mesa, está o que deveria ser o buquê que mandei na noite passada para o endereço que Jen me mandou. É como se um vendaval tivesse passado por a
Era hora do almoço e poderia ignorar Mason, colocar uma distância segura entre nós, sem que perdesse a cabeça e acabasse sendo presa antes do tempo.Aperto o botão do térreo, quando o vi sair de sua sala.— Segura o elevador! — Inclino a cabeça para o lado, sem mover um músculo se quer, o observando correr e entrar no último segundo no espaço. Sorrindo, ele me olha, respirando pelos lábios entre aberto — Vai almoçar com alguém?— Não é da sua conta — digo encarando o visor dos andares.— Se importa se almoçasse com você? — Viro o rosto em sua direção, estreitando os olhos — Poderíamos almoçar juntos, como bons colegas de trabalho.Fecho meus olhos, massageando as pálpebras, tencionando meu maxilar. O único momento de paz que tinha além do final do expediente, Mason queria estragar com sua presença insuportável.Ainda assim, se quisesse minha vingança, teria que continuar fazendo pequenos sacrifícios.— Tudo bem — digo quando as portas do elevador se abrem.— Sério? — Ele pergunta sem
MasonTara não entrou em minha sala até o final do expediente, me deixando sem saber se ela havia mais uma vez interpretado mal a situação ou se simplesmente estava mantendo uma distância segura.A incerteza pairava no ar, mas no fundo, não importava muito. Não estava disposto a desistir tão facilmente.Estava me preparando para ir embora, pouco tempo depois do final do expediente, ciente de que Tara já deveria ter ido embora, quando a porta da sala abre.— Ainda aqui? — digo ao ver Jen andando em minha direção.— Estava esperando todos irem.— Por quê?— Mason — diz sorrindo, só então ergo o olhar e percebo que já havia desabotoando os primeiros botões da blusa social que vestia.— O que está fazendo? — pergunto sério.— O que acha que estou fazendo? — Ela morde o lábio inferior, tentando ser sexy.Solto o ar dos pulmões.— Estou sem tempo para isso.— O quê?Jen era uma mulher legal, sem dúvida. Ela tinha um jeito cativante e uma personalidade encantadora.No entanto, nunca a enxer