Tara~ Vamos ver o papai? ~ pergunto para Thomas, enquanto as portas do elevador se abrem.Ele sorri, balbuciando algumas palavras em resposta, e meu coração se enche de ternura. Carrego-o no colo, sentindo seu peso e a segurança que ele transmite.Alguns funcionários nos lançam olhares e sorrisos gentis enquanto caminhamos pelos corredores. Thomas parece ser a estrela da empresa, e os sorrisos direcionados a ele me fazem sentir uma pequena alegria, mesmo no meio de tanto trabalho.Não era de costume tirar Thomas da creche no meio do expediente, mas hoje senti que seria uma boa ideia levá-lo para ver Mason.Talvez fosse uma tentativa inconsciente de aliviar a tensão que parecia pairar no ar desde os últimos acontecimentos. Mason não passava tanto tempo com Thomas quanto gostaria, e eu queria proporcionar esse momento de proximidade para eles dois.Chegando à porta do escritório de Mason, digo animada:~ Olha quem veio ver você! ~ Empurro a porta com um sorriso no rosto, pronta para ve
MasonSegundo meu GPS, eu estava próximo do endereço real de Tara.A única coisa que era verdadeira no meio daquele mar de mentiras era o fato de Tara morar no Texas. Mais alguns minutos se passaram, e finalmente parei em frente a uma casa humilde, com um jardim que precisava urgentemente de cuidados.As janelas da casa estavam cobertas, impedindo que eu descobrisse se havia alguém em casa ou não. Mas mesmo assim, andei até a porta e toquei a campainha.Fico ali parado, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação. O lugar emanava uma sensação de abandono e solidão.O jardim, outrora talvez cheio de vida, estava agora tomado por ervas daninhas. As cortinas fechadas nas janelas faziam parecer que a casa queria se esconder do mundo, guardando seus segredos a sete chaves.Enquanto esperava, minha mente vagava, tentando juntar todas as peças do quebra-cabeça que era Tara. Tantas coisas não faziam sentido, tantas perguntas sem respostas. A sensação de que estava prestes a descobrir al
TaraMason não estava em nenhuma parte da empresa, o viram sair, mas não sabiam para onde havia ido.Aquela tarde se arrastou como uma eternidade de incertezas. Liguei repetidamente para o celular de Mason, desesperada por qualquer sinal dele, enquanto Thomas, cansado da espera, finalmente adormeceu ao meu lado no banco do parque.Resolvi então ir para casa, deixando Leanne esperando. Não seria eu quem avisaria quando ela decidisse partir.Ao entrar em casa, uma sensação de vazio tomou conta de mim. Percorri todos os cômodos, esperando encontrá-lo em algum lugar, mas não havia nenhum sinal de Mason.Voltei a ligar para seu celular, impaciente, enquanto a noite começava a cair lentamente. Thomas continuava adormecido, alheio à minha aflição crescente.Quando tudo parecia perdido, ouço a porta se abrir. Meu coração disparou de alívio e irritação ao mesmo tempo. Corri em direção ao som e o vi entrando, como se nada estivesse errado.~ Quer me dizer aonde estava?! ~ grito, misturando alív
MasonPela babá eletrônica, observo Thomas dormindo em seu quarto, me perguntando se sentiria a falta dela, assim como eu estava desde do momento que a mandei ir embora.Expiro profundamente enquanto me dirijo à cozinha.Depois daquela curta viagem infernal e da conversa com a mãe de Tara, não tenho energia para cozinhar nada, mas meu estômago roncando exige algum tipo de nutrição.Vasculho a despensa, revirando itens diferentes até me decidir pelo favorito de Tara.Macarrão de caixinha.A pressão no meu peito se intensifica enquanto considero todas as vezes que ela cozinhou para mim ao longo das semanas. Podia não ser nada gourmet, mas eu não ligava desde que ela me fizesse companhia.Companhia que não tenho mais porque a afastei por ter sido usado.Coloco dois jogos americanos sem parar para pensar.Levo dez minutos até me dar conta do erro, e minha garganta aperta a ponto de ser difícil respirar. Tento comer, mas tudo tem gosto de papelão para mim. Minhas entranhas se reviram mais
TaraPasso meu primeiro dia desempregada fazendo absolutamente nada.Era para ser incrível e tudo que eu sonhava que seria, mas não consigo superar o fato de que fui demitida pelo meu suposto marido. E, em um grande sentido, sinto que larguei Mason também.Fico olhando fixamente para o teto pelo que parecem horas tentando decidir o que fazer. O impulso de perguntar a Mayra como estão as coisas é quase tão forte quanto o desejo de ligar para Mason. Como posso não ligar depois que ele me mandou uma foto de Thomas? Com certeza ele diria que foi por engano...Não sei o que fazer com todas as sensações que me atingem de uma única vez. Embora eu sinta raiva de Masonpelo jeito como agiu, eu me sinto igualmente culpada por saber que está sofrendo por mim. Não sou o tipo de pessoa que guarda ressentimentos. Eles me deixam nauseada, irritadiça e ansiosa a ponto de precisar de um Xanax.Tento me distrair atualizando meu “currículo”. É melhor eu fazer alguma coisa útil em vez de me afundar em s
MasonEncaro a tela do celular por mais tempo do que deveria, esperando uma resposta que nunca chega, havia mandado uma foto de Thomas por “engano”. Meu coração aperta no peito a pela mensagem ignorada.Você pode ficar chateado ou seguir em frente com o plano .Respiro fundo, desligo o computador e saio do escritório.— Aonde você vai? — Jen ergue os olhos da tela.— Vou tirar o resto do dia de folga.— Quê?— Por favor, cancele todos os meus compromissos pelo resto do dia. Não vou estar disponível.— Todos os oito compromissos?— Isso é um problema?— Não, mas…— Ótimo. Vejo você amanhã. — Sigo para a saída antes de parar para olhar para trás para minha nova secretária, que ainda está boquiaberta.— Obrigado por me ajudar. Eu sei que você não precisava, mas agradeço por ter substituído a Tara mesmo assim.— Estou fazendo isso por você. Não por ela.— Eu sei, e esse é o motivo. — Saio do andar com a cabeça erguida e pronto para colocar meu plano em ação.***O motorista e eu rodamos
Tara— Estamos chegando?Quando o motorista de Mason me ligou dizendo que ainda tinha algumas coisas minhas para ser pegas, não hesitei em ir, Mason queria que eu sumisse de sua vida e qualquer pertence meu, menor que seja, poderia estar o irritando.— Sim. — Ele bate no volante no ritmo da música que sai do rádio.— Parece que estamos dando voltas há horas.Ele ri.— Faz meia hora. No máximo .Um raio corta o céu.— Vai chover logo.— Que conveniente — Ele responde com a voz seca.— Vai me dizer o que está acontecendo ou vai seguir com o elemento surpresa aqui?— Não sou eu que vou surpreender você.— Quê? Ele para o carro e destrava as portas.— Saia.— Está de brincadeira?— Infelizmente não. Mas tenho certeza de que você gostaria que eu estivesse.Não mexo um músculo. Ele sai do carro e dá a volta pelo capô para abrir minha porta.— Vamos.— Estamos no meio do nada.— Pare de ser dramática. Passamos por um Starbucks há dez minutos.— Por que estamos aqui? — Estou chocada demais
UM ANO DEPOIS— Ele está ocupado? — Paro na frente da mesa do assistente de Mason, segurando a mão de Thomas.— Pode entrar. — Ele balança a cabeça com um sorriso antes de voltar a atenção para a tela do computador.Vou até a porta do escritório e bato na madeira como já fiz centenas de vezes. Seu resmungo grave atravessa a porta, e eu a abro antes que ele tenha a chance de reclamar.— Já falei para não me atrap… — Sua voz baixa quando nossos olhos se encontram. Sua cara fechada se transforma rapidamente no sorriso característico que deixa meus joelhos fracos.Minhas pernas tremem e quase torço o tornozelo antes deme endireitar.Ele se levanta e me ajuda a me sentar na cadeira antes que eu faça algo infeliz como cair de cara no carpete. O jeito como ele está agindo desde que anunciei que estava grávida me faz sentir como se ele não fosse descansar até eu estar permanentemente protegida em plástico-bolha.— Falei para você parar de usar essas armadilhas mortais há semanas. — Desde qu