TaraPasso meu primeiro dia desempregada fazendo absolutamente nada.Era para ser incrível e tudo que eu sonhava que seria, mas não consigo superar o fato de que fui demitida pelo meu suposto marido. E, em um grande sentido, sinto que larguei Mason também.Fico olhando fixamente para o teto pelo que parecem horas tentando decidir o que fazer. O impulso de perguntar a Mayra como estão as coisas é quase tão forte quanto o desejo de ligar para Mason. Como posso não ligar depois que ele me mandou uma foto de Thomas? Com certeza ele diria que foi por engano...Não sei o que fazer com todas as sensações que me atingem de uma única vez. Embora eu sinta raiva de Masonpelo jeito como agiu, eu me sinto igualmente culpada por saber que está sofrendo por mim. Não sou o tipo de pessoa que guarda ressentimentos. Eles me deixam nauseada, irritadiça e ansiosa a ponto de precisar de um Xanax.Tento me distrair atualizando meu “currículo”. É melhor eu fazer alguma coisa útil em vez de me afundar em s
MasonEncaro a tela do celular por mais tempo do que deveria, esperando uma resposta que nunca chega, havia mandado uma foto de Thomas por “engano”. Meu coração aperta no peito a pela mensagem ignorada.Você pode ficar chateado ou seguir em frente com o plano .Respiro fundo, desligo o computador e saio do escritório.— Aonde você vai? — Jen ergue os olhos da tela.— Vou tirar o resto do dia de folga.— Quê?— Por favor, cancele todos os meus compromissos pelo resto do dia. Não vou estar disponível.— Todos os oito compromissos?— Isso é um problema?— Não, mas…— Ótimo. Vejo você amanhã. — Sigo para a saída antes de parar para olhar para trás para minha nova secretária, que ainda está boquiaberta.— Obrigado por me ajudar. Eu sei que você não precisava, mas agradeço por ter substituído a Tara mesmo assim.— Estou fazendo isso por você. Não por ela.— Eu sei, e esse é o motivo. — Saio do andar com a cabeça erguida e pronto para colocar meu plano em ação.***O motorista e eu rodamos
Tara— Estamos chegando?Quando o motorista de Mason me ligou dizendo que ainda tinha algumas coisas minhas para ser pegas, não hesitei em ir, Mason queria que eu sumisse de sua vida e qualquer pertence meu, menor que seja, poderia estar o irritando.— Sim. — Ele bate no volante no ritmo da música que sai do rádio.— Parece que estamos dando voltas há horas.Ele ri.— Faz meia hora. No máximo .Um raio corta o céu.— Vai chover logo.— Que conveniente — Ele responde com a voz seca.— Vai me dizer o que está acontecendo ou vai seguir com o elemento surpresa aqui?— Não sou eu que vou surpreender você.— Quê? Ele para o carro e destrava as portas.— Saia.— Está de brincadeira?— Infelizmente não. Mas tenho certeza de que você gostaria que eu estivesse.Não mexo um músculo. Ele sai do carro e dá a volta pelo capô para abrir minha porta.— Vamos.— Estamos no meio do nada.— Pare de ser dramática. Passamos por um Starbucks há dez minutos.— Por que estamos aqui? — Estou chocada demais
UM ANO DEPOIS— Ele está ocupado? — Paro na frente da mesa do assistente de Mason, segurando a mão de Thomas.— Pode entrar. — Ele balança a cabeça com um sorriso antes de voltar a atenção para a tela do computador.Vou até a porta do escritório e bato na madeira como já fiz centenas de vezes. Seu resmungo grave atravessa a porta, e eu a abro antes que ele tenha a chance de reclamar.— Já falei para não me atrap… — Sua voz baixa quando nossos olhos se encontram. Sua cara fechada se transforma rapidamente no sorriso característico que deixa meus joelhos fracos.Minhas pernas tremem e quase torço o tornozelo antes deme endireitar.Ele se levanta e me ajuda a me sentar na cadeira antes que eu faça algo infeliz como cair de cara no carpete. O jeito como ele está agindo desde que anunciei que estava grávida me faz sentir como se ele não fosse descansar até eu estar permanentemente protegida em plástico-bolha.— Falei para você parar de usar essas armadilhas mortais há semanas. — Desde qu
TaraParo diante do prédio a frente, olhando com atenção. Deveria ter uns vinte a trinta andares, as janelas espelhadas refletiam a luz do sol diante do arranha-céu que era.Olho para a porta de vidro a frente, passando por ela em seguida, poucas pessoas transitavam no saguão cinza com porcelanato e logo a mulher atrás do balcão me entrega um crachá com o nome visitante escrito.Trinta e nove andares depois, o elevador abre e me deparo com mais algumas pessoas andando de um lado para o outros, telefones tocando e murmúrios baixos.Isto explicava o por quê dali ser a sede da Delaney Enterprises, estava naquele momento no coração dos negócios de Otto Delaney.Ando em direção da mesa em minha frente, parando poucos passos depois, quando a secretária atrás dela coloca o telefone no gancho.— Tenho uma reunião marcada ás nove.Ela abre a agenda ao lado, assentindo antes de me olhar.— Tara Knowles.— Será chamada em breve — Lanço um breve sorriso em sua direção, antes de me aproximar de
Mason— Eu não quero isso — digo convicto.O fato da minha mãe, Gemma, estar andando de um lado para o outro há alguns minutos, estava começando a me irritar. Parecia que aquele era o modo dela em manter os nervos controlados, enquanto eu, preferia uma bebida forte e que queimasse minha garganta ao ser engolida.— Você não está em posição de escolher, querido — diz sem parar de andar — É o único filho dele.— Não sou filho dele — digo entre dentes.Ela para de andar por um segundo, me olhando nos olhos, antes de continuar seu pescoço.Se eu fosse esperto, não tentaria contraria-la novamente.Gemma era casada com Otto desde quando eu tinha dez anos, Otto era amigo do meu pai e depois da morte dele acabou se envolvendo com a minha mãe, pouco tempo depois a Delaney Enterprises foi criada e comandada por Otto até três atrás, antes da saúde ficar debilitada o suficiente para se quer conseguir sair de casa.Os médicos receitavam repouso, acreditando que dentre algumas semanas, ele estaria b
TaraEm frente ao espelho, fecho o último botão da minha blusa social branca, deslizando em seguida as mãos pela saia lápis que realçava minhas curvas.Meu cabelo estava preso em um coque quase perfeito, assim como a maquiagem suave daquela manhã. Após mais uma olhada no espelho, me afastei dele, pegando minha bolsa. Eu sabia que não estava esquecendo nada, o que significava que para enfrentar o trânsito caótico de Nova York.Minutos mais tarde, atravesso o amplo saguão da empresa em direção ao elevador. O ambiente estava impregnado com uma atmosfera de seriedade, as pessoas movendo-se com determinação e foco em mais um dia de trabalho.Entro no elevador com outras pessoas, e o silêncio reina enquanto o ascensor sobe, andar por andar, em seu ritmo tranquilo. É como se cada andar fosse um pequeno intervalo de tempo, onde as pessoas são deixadas em seus destinos específicos.À medida que avançamos, somos reduzidos a apenas dois: eu e outro homem. Quando as portas se abrem finalmente, el
Mason Deixei de ser racional no momento em que entrei na sala que agora me pertencia e me deparei com uma bela de uma bunda inclinada na minha direção.A saia que a vestia, parecia ser justa, o tecido bom, pois não conseguia ver o formato da calcinha que a mulher na minha frente usava ou se não usava.Não quis imaginar o tipo de calcinha, pois não queria no primeiro dia sendo presidente da empresa ser acusado de assedio, mas pude olhar com atenção a medida que me aproximava e quando estava perto o bastante, inalei profundamente o perfume que seu corpo exalava; diferente da maioria das mulheres que conhecia, não era um perfume doce ou que lembrava alguma flor que não fazia ideia de qual era o nome.O aroma que me envolve é como uma brisa fresca em uma manhã de outono, sutil e intrigante.Não é doce nem floral, mas sim uma mistura de notas amadeiradas e cítricas que dançam delicadamente ao meu redor.Quando ela se vira de repente na minha direção, nossos corpos ficam separados por pou