MasonTara não entrou em minha sala até o final do expediente, me deixando sem saber se ela havia mais uma vez interpretado mal a situação ou se simplesmente estava mantendo uma distância segura.A incerteza pairava no ar, mas no fundo, não importava muito. Não estava disposto a desistir tão facilmente.Estava me preparando para ir embora, pouco tempo depois do final do expediente, ciente de que Tara já deveria ter ido embora, quando a porta da sala abre.— Ainda aqui? — digo ao ver Jen andando em minha direção.— Estava esperando todos irem.— Por quê?— Mason — diz sorrindo, só então ergo o olhar e percebo que já havia desabotoando os primeiros botões da blusa social que vestia.— O que está fazendo? — pergunto sério.— O que acha que estou fazendo? — Ela morde o lábio inferior, tentando ser sexy.Solto o ar dos pulmões.— Estou sem tempo para isso.— O quê?Jen era uma mulher legal, sem dúvida. Ela tinha um jeito cativante e uma personalidade encantadora.No entanto, nunca a enxer
TaraEnquanto termino meu jantar, me movo de um lado para o outro na cozinha, desfrutando da sensação familiar e reconfortante de preparar uma refeição.Cozinhar sempre foi mais do que apenas uma tarefa para mim — era uma forma de expressão, uma maneira de conectar-me com minhas raízes e com as memórias preciosas que compartilhei com minha mãe.Desde que os problemas de saúde dela se tornaram mais persistentes, fui forçada a assumir o controle da situação, e isso incluía assumir as rédeas da cozinha.Me lembro vividamente dos dias em que minha mãe, confinada a uma cadeira de rodas, me ensinava os segredos da culinária enquanto ainda era apenas um pré-adolescente.Quando queria trazer um sorriso ao rosto dela, preparava seu prato favorito, recriando os sabores e aromas que tanto a confortavam.Com o aroma reconfortante do macarrão com molho branco preenchendo o ar, me acomodo diante do balcão da cozinha, ansiosa para saborear a refeição que preparei com tanto cuidado.Cada garfada é u
MasonPermaneço em um canto da sala de estar, observando silenciosamente a pequena agitação ao meu redor.Gemma, com sua habilidade natural para socializar, divide sua atenção entre os convidados, mantendo um sorriso gracioso no rosto.Minha tia, junto com seu marido e seus dois filhos adolescentes, está presente, contudo a atenção dos filhos está em outro lugar, entretidos com os dispositivos eletrônicos em suas mãos. Enquanto isso, uma amiga íntima da minha mãe se envolve em uma conversa animada com Gemma, compartilhando risadas e confidências.Do outro lado da sala, vejo Otto, com seus cabelos brancos característicos, envolvido em uma conversa com o marido da minha tia.A expressão séria em seus rostos sugere que o assunto provavelmente gira em torno de negócios, talvez até mesmo sobre ações, considerando o histórico de Otto no mundo financeiro.Enquanto os observo, me sinto um tanto deslocado, como se estivesse à margem daquela realidade social. Minha mente vagueia para longe, bus
TaraÀ medida que o telefone sobre minha mesa insistia em tocar incessantemente.Cada vez que atendia, a mesma desculpa era dada: Mason entrará em contato em breve. No entanto, a verdade era que Mason estava atrasado há uma hora, e cada tentativa de ligação para seu celular resultava em uma chamada direcionada para a caixa-postal.Minha paciência estava chegando ao limite. Cada toque do telefone parecia uma provocação da parte de Mason, um lembrete constante da falta de compromisso e da situação cada vez mais tensa em que me encontrava. A irritação crescia dentro de mim a cada segundo que passava.Na última tentativa de ligação, minha paciência finalmente se esgotou. A voz tensa e irada transpareceu em minhas palavras enquanto exprimia minha frustração para o vazio do telefone. Com um suspiro de exasperação, desligo o telefone, resignado ao fato de que a única coisa que poderia fazer era arrastar Mason até a empresa.— Aonde você vai? — Mayra pergunta, quando passo por sua mesa.— Ach
MasonFranzo o cenho ao perceber Tara entrando na sala e começando a gesticular freneticamente. Enquanto tento manter a compostura diante do investidor do outro lado da tela, meu olhar se desvia para ela, tentando entender o que está acontecendo.— Desculpe, um momento — murmuro para o investidor, antes de desviar minha atenção totalmente para Tara — O que está acontecendo?"Tara parece ansiosa, seus olhos transmitindo urgência enquanto continua a gesticular de forma frenética. Meu coração começa a bater mais rápido, preocupado com o que poderia estar errado. Será que ela está tentando me dizer que está grávida? Justo naquele momento?!— Espere um instante — digo ao investidor antes de encerrar a chamada — O que houve, Tara? Por que você está agindo assim?— Deixaram um bebê aqui.Ergo as sobrancelhas, pego de surpresa, não esperando que ela tivesse um filho.— Seu bebê?— Não — diz devagar, séria — Seu.Sorrio, dando de ombros.— Não sou pai e não tenho um bebê.Ela revira os olho
Tara Enquanto observo o bebê à minha frente devorando avidamente a mamadeira de leite, seus pequenos olhos curiosos se mantêm fixos em mim.Mason há quarenta minutos persiste em ligar para Leanne, mantendo uma expressão tensa e frustrada estampada no rosto, e após os primeiros dez minutos, comecei a suspeitar que ele está relutante em admitir que ela simplesmente não atenderá suas chamadas.A sensação de incredulidade me envolve enquanto observo o bebê, terminando sua mamadeira com um ar de satisfação. É difícil acreditar que todos os meus esforços estão prestes a desmoronar por causa de um bebê.Um bebê cuja mãe claramente não deseja assumir a responsabilidade da maternidade, colocando em risco todos os meus planos meticulosamente elaborados.— Oh — diz Mayra de repente, aparecendo em frente da mesa — Que bebê lindo — Um amplo sorriso surge em seu rosto — É seu? — Seus olhos se fixam em mim no instante seguinte.Abro e fecho a boca, sem saber o que dizer. Se negasse, geraria
MasonNão me importei em estacionar o carro corretamente ao pará-lo em frente ao prédio de cinco andares onde Leanne morava.Desço do carro em passos largos, com a mente tomada pela urgência de chegar até ela. No entanto, assim que começo a caminhar em direção à porta de vidro do prédio, sou repentinamente trazido de volta à realidade ao lembrar do bebê ainda no carro.Ao passar pelo hall, onde as caixas de correio estão alinhadas, meu passo se acelera. Observo o elevador, com duas faixas amarelas fazendo um "x" sobre as portas, indicando que está em manutenção. Xingo baixo, uma onda de frustração tomando conta de mim. Meus olhos se voltam para a escada, e sem hesitação, começo a subir os degraus o mais rápido que consigo.Cada degrau sob meus pés parece um lembrete constante da corrida contra o tempo. Minha mente está em turbilhão, cheia de preocupações e ansiedades sobre Leanne e o bebê. Cada batida do meu coração parece ecoar nas paredes estreitas da escada, me impulsionando para c
TaraCom a campainha tocando incessantemente, sinto minha irritação aumentar enquanto saio da cama, batendo os pés ao caminhar em direção à porta.Me questiono sobre quem poderia estar me incomodando em plena madrugada. Me inclino sob o olho mágico, franzindo o cenho ao tentar identificar o visitante antes de destrancar a porta rapidamente.Ao abrir a porta, sou surpreendida ao me deparar com Mason, segurando o bebê nos braços. A surpresa momentaneamente me paralisa, enquanto tento processar o que está acontecendo. Minha mente corre para tentar entender por que ele está ali, e com o bebê ainda por cima.Minha expressão muda de irritação para confusão e então para preocupação, enquanto olho alternadamente entre Mason e o bebê em seus braços.— Você sabe que horas são?! — digo quando ele entra no apartamento sem ser convidado.— Não sabia mais o que fazer — Ele para no meio da sala de estar, abrindo o paletó e revelando o bebê sob seu peito.— Onde está a mãe do bebê? — pergunto, quando