TaraÀ medida que o telefone sobre minha mesa insistia em tocar incessantemente.Cada vez que atendia, a mesma desculpa era dada: Mason entrará em contato em breve. No entanto, a verdade era que Mason estava atrasado há uma hora, e cada tentativa de ligação para seu celular resultava em uma chamada direcionada para a caixa-postal.Minha paciência estava chegando ao limite. Cada toque do telefone parecia uma provocação da parte de Mason, um lembrete constante da falta de compromisso e da situação cada vez mais tensa em que me encontrava. A irritação crescia dentro de mim a cada segundo que passava.Na última tentativa de ligação, minha paciência finalmente se esgotou. A voz tensa e irada transpareceu em minhas palavras enquanto exprimia minha frustração para o vazio do telefone. Com um suspiro de exasperação, desligo o telefone, resignado ao fato de que a única coisa que poderia fazer era arrastar Mason até a empresa.— Aonde você vai? — Mayra pergunta, quando passo por sua mesa.— Ach
MasonFranzo o cenho ao perceber Tara entrando na sala e começando a gesticular freneticamente. Enquanto tento manter a compostura diante do investidor do outro lado da tela, meu olhar se desvia para ela, tentando entender o que está acontecendo.— Desculpe, um momento — murmuro para o investidor, antes de desviar minha atenção totalmente para Tara — O que está acontecendo?"Tara parece ansiosa, seus olhos transmitindo urgência enquanto continua a gesticular de forma frenética. Meu coração começa a bater mais rápido, preocupado com o que poderia estar errado. Será que ela está tentando me dizer que está grávida? Justo naquele momento?!— Espere um instante — digo ao investidor antes de encerrar a chamada — O que houve, Tara? Por que você está agindo assim?— Deixaram um bebê aqui.Ergo as sobrancelhas, pego de surpresa, não esperando que ela tivesse um filho.— Seu bebê?— Não — diz devagar, séria — Seu.Sorrio, dando de ombros.— Não sou pai e não tenho um bebê.Ela revira os olho
Tara Enquanto observo o bebê à minha frente devorando avidamente a mamadeira de leite, seus pequenos olhos curiosos se mantêm fixos em mim.Mason há quarenta minutos persiste em ligar para Leanne, mantendo uma expressão tensa e frustrada estampada no rosto, e após os primeiros dez minutos, comecei a suspeitar que ele está relutante em admitir que ela simplesmente não atenderá suas chamadas.A sensação de incredulidade me envolve enquanto observo o bebê, terminando sua mamadeira com um ar de satisfação. É difícil acreditar que todos os meus esforços estão prestes a desmoronar por causa de um bebê.Um bebê cuja mãe claramente não deseja assumir a responsabilidade da maternidade, colocando em risco todos os meus planos meticulosamente elaborados.— Oh — diz Mayra de repente, aparecendo em frente da mesa — Que bebê lindo — Um amplo sorriso surge em seu rosto — É seu? — Seus olhos se fixam em mim no instante seguinte.Abro e fecho a boca, sem saber o que dizer. Se negasse, geraria
MasonNão me importei em estacionar o carro corretamente ao pará-lo em frente ao prédio de cinco andares onde Leanne morava.Desço do carro em passos largos, com a mente tomada pela urgência de chegar até ela. No entanto, assim que começo a caminhar em direção à porta de vidro do prédio, sou repentinamente trazido de volta à realidade ao lembrar do bebê ainda no carro.Ao passar pelo hall, onde as caixas de correio estão alinhadas, meu passo se acelera. Observo o elevador, com duas faixas amarelas fazendo um "x" sobre as portas, indicando que está em manutenção. Xingo baixo, uma onda de frustração tomando conta de mim. Meus olhos se voltam para a escada, e sem hesitação, começo a subir os degraus o mais rápido que consigo.Cada degrau sob meus pés parece um lembrete constante da corrida contra o tempo. Minha mente está em turbilhão, cheia de preocupações e ansiedades sobre Leanne e o bebê. Cada batida do meu coração parece ecoar nas paredes estreitas da escada, me impulsionando para c
TaraCom a campainha tocando incessantemente, sinto minha irritação aumentar enquanto saio da cama, batendo os pés ao caminhar em direção à porta.Me questiono sobre quem poderia estar me incomodando em plena madrugada. Me inclino sob o olho mágico, franzindo o cenho ao tentar identificar o visitante antes de destrancar a porta rapidamente.Ao abrir a porta, sou surpreendida ao me deparar com Mason, segurando o bebê nos braços. A surpresa momentaneamente me paralisa, enquanto tento processar o que está acontecendo. Minha mente corre para tentar entender por que ele está ali, e com o bebê ainda por cima.Minha expressão muda de irritação para confusão e então para preocupação, enquanto olho alternadamente entre Mason e o bebê em seus braços.— Você sabe que horas são?! — digo quando ele entra no apartamento sem ser convidado.— Não sabia mais o que fazer — Ele para no meio da sala de estar, abrindo o paletó e revelando o bebê sob seu peito.— Onde está a mãe do bebê? — pergunto, quando
MasonAs portas do elevador se abrem e olho para Tara, cujo olhar está fixo à frente. Seguro o bebê conforto com firmeza enquanto seguimos em direção à minha sala. Um sorriso começa a se formar no rosto de Mayra, iluminando seu semblante, conforme avançamos pelo corredor. Ao chegarmos em frente à minha sala, Tara pega o bebê conforto e se posiciona atrás da mesa dela, enquanto entro, me deparando com Gemma, não me surpreendendo ao vê-la sentada diante da minha mesa. Fecho a porta suavemente às minhas costas, prepara-se para enfrentar a situação diante de mim. Me aproximando de Gemma, tentando disfarçar o nervosismo que se agita dentro de mim, imaginando qual seria o motivo de sua visita, esperando que tivesse algo relacionado aos recentes acontecimentos tumultuados. Respiro fundo, me preparando, enquanto me sento diante dela. ~ O que está acontecendo? ~ Gemma pergunta séria ~ Quero a verdade. Inspiro o ar, me confundindo na cadeira, ciente de que não havia uma melhor maneira de coloca
Tara O bebê terminou a mamadeira, quando Mayra para de repente em frente à minha mesa. ~ Olha quem veio hoje ~ diz sorrindo, se aproximando um pouco mais ~ Você é muito fofo, sabia? Muito mesmo ~ Ela muda o tom de voz, conseguindo dessa forma fazer com que o bebê sorrisse ~ Ainda não me disse o nome dele ~ Seus olhos se voltam para mim. Ele não tinha um nome, o chamava de bebê e descobriu que não tinha necessidade de o chamar de outra coisa, mas naquele momento, me dei conta de que não poderia chamar o “meu filho” de bebê. O bebê precisa de um nome. ~ Thomas ~ digo o primeiro nome que surge em minha mente ~ O nome dele é Thomas. Achei que o sorriso no rosto de Mayra não poderia aumentar, só que estava enganado. Aumentou e por um instante teve a impressão de que ela engoliria o bebê. ~ Olá, pequeno Thomas. Reviro os olhos impacientes, levantando. ~ Preciso fazer ele arrotar e Mason quer falar comigo. ~ Ah, claro ~ diz dando um passo para o lado, permitindo que pegasse Thomas ~ Se quis
Mason~ Iremos fazer o jantar para anunciar seu casamento o mais rápido possível ~ diz Gemma, enquanto a acompanho até o elevador ~ Antes que as especulações comecem. Ela se vira em minha direção, diante do elevador. ~ Não me importo com as especulações ~ digo sério, já sabendo que quando tudo aquilo caísse na mídia, meu rosto ou até mesmo o de Tara com o bebê, estaria estampado em todas as revistas. ~ Mas eu me importo ~ O tom de voz de Gemma é rígido ~ Já chega de escândalos ~ Em seguida, ela entra no elevador, as portas se fechando quase que automáticamente. Solto o ar dos pulmões, só então percebendo o quanto meu corpo estava tenso. Não esperava ver Gemma na empresa naquela manhã, muito menos tendo que adiantar boa parte do plano por isto. Mas já estava feito e por um momento, um pequeno breve momento, acreditei que não conseguiria. Temia que qualquer palavra que dissesse, revelasse o que estava planejando. ~ Não foi tão ruim ~ Tara comenta, quando me aproximo de sua mesa, percebe