Capítulo Um

Não me arrependo de ter me mudado para o Rio de Janeiro, meus pais me apoiaram em minha decisão e fazem cinco anos que estou aqui.

Meus pais sempre me visitam, mas não piso em Bom Jesus de Anápolis desde o dia que descobri o que minha prima e meu ex noivo fizeram comigo; os dois se casaram mais parece que ela sofre um verdadeiro inferno na mão dele. Avisei a ela que o começa errado sempre termina errado, sei que devem pensar que roguei praga, mas longe de mim fazer uma coisa dessas. Olho para o cara que passou a noite em minha casa e tento lembrar o seu nome, como ele se chama mesmo, Max, Pedro, Fabricio, sei lá. Vou para o banheiro e me apronto para o trabalho; quando retorno, o cara ainda está na mesma posição.

"Hey! Vamos acordar, pois aqui não é hotel", digo a ele. Ele acorda coçando os olhos.

"Oi, gata, bom dia", responde ele. Jogo as roupas em sua cara e ele me olha sem entender.

"Vamos logo, meu filho, se vista e vaza", ordeno, e ele rapidamente se veste. Depois que constatei que o cara está vestido, o levo até a porta.

Por favor, revise substituindo o travessão por aspas: "Será que podemos nos ver novamente gata?" - Ele pergunta dando um sorrisinho de lado, esse tipo de charme barato não cola comigo.

"Já ouviu o ditado: 'Figurinha repetida não completa álbum'?" - Ele assente. "Então meu querido esse ditado se aplica a mim." - Bati a porta em sua cara e a campainha tocou, ele tentou entrar para pegar seus tênis e eu não permiti. Fui até o canto onde estava o calçado e joguei porta a fora, batendo a porta novamente.

Podem me chamar de vadia, insensível, não me importo. Prefiro muito mais usar os homens e descartá-los do que deixar que eles me usem, igual aconteceu comigo no passado. Naquela época era ingênua, mas agora eu sou Mellory Bragança, sexy e fatal.

Peguei minha bolsa e as chaves do carro. Antes de sair, me olhei mais uma vez no espelho e quando vi que estava a perfeição em pessoa, sai de casa. Fui esperar o elevador e Márcio, meu vizinho, veio todo sorridente para mim. Olhei para ele e dei meu melhor sorriso de bom dia não enche o meu saco, mas parece que o cara não percebeu.

"Oi, Mel. Bom dia." - Ele diz assim que o elevador chega.

"Marcio, já te disse que me chamo Mellory." - Entro no elevador e ele me segue.

“ Acho tão fofo te chamar de Mel.”

“Guarde certo tipos de comentários para você, eu já te disse para parar de ficar me cantando porque não vai funcionar.”

"Água mole em pedra dura tanto b**e até que fura." Ele sorri de lado para mim, não entendo por que os homens acham que esses sorrisos de lado vão encantar uma mulher.

“Se você quer pensar assim, particular é seu, só que eu sou lutadora de boxe e krav maga, se um dia você se exceder quebro seu braço na melhor das hipóteses, na pior será o pescoço.”

“Eu adoro as malucas - reviro os olhos e a porta do elevador se abre e agradeço aos céus, ele me chamou umas duas vezes e fingi que não ouvi.”

Cumprimentei senhor Bernardo o porteiro que é um senhor muito simpático e fui para o estacionamento buscar meu carro.

Dirigi para a empresa onde trabalho e antes de chegar passei em uma cafeteria e comprei um pouco de café para mim, como estava cedo me sentei para apreciar minha bebida, me sinto observada e olho para o lado e vi Maicon me olhando, o idiota se levantou de onde estava e veio sentar ao meu lado.

“Não lembro de tê-lo convidado para a minha mesa. - Digo a ele que sorri.”

“Melzinha, gostei tanto daquela noite, por que não quer repetir comigo?” Ele perguntou e olhei para ele e percebi o seu olhar de desejo, expliquei pela milionésima vez a ele que não fico com o mesmo cara mais duas vezes.

Ao ouvir o que digo Maicon sorri e diz que sou uma pessoa cruel ele diz que se nos encontrarmos novamente vou querer "prová-lo" novamente e desta vez não contive minha risada.

“Só cometi o desatino de repetir uma noite com um cara e até hoje me pergunto por que.”

“Esse é um cara de sorte.”

“Não, querido, eu que fui azarada.” Peço licença e me levanto para ir embora.

Volto para meu carro e dirijo pelas ruas do Rio de Janeiro ao som de Lady Gaga, assim que chego estaciono cumprimento as pessoas ao longo do caminho, vejo Valentina sentada sorrindo para o celular e sei que está falando com seu namorado, ela me viu e ficou sem graça por ser pega em flagrante, mas disse a ela que estava tudo bem, fui para a minha sala e comecei a trabalhar, essa semana fui promovida a vice-presidente interina, uma honraria e mostra que estou no caminho certo, para que se prender ao amor se posso ter o sucesso em minhas mãos.

O telefone de minha sala tocou e rapidamente atendo, era Valentina me avisando que Meridiana queria falar comigo.

Me levanto e vou atendê-la sem nenhuma vontade, pois sei que toda a vez que me chama preciso resolver algum problema e isso sempre envolve seu filho Raylon, um marmanjo com a mesma idade que eu, mas um bad boy que só pensa em esbanjar o dinheiro da família, só espero que não tenha que ir a delegacia novamente para resgatá-lo.

"Boa tarde Meridiana, com licença quer me ver?" - Pergunto me sentando.

"Mel, você sabe que é o meu braço direito e o esquerdo não sabe?" - Ela mostra a fileira de dentes brancos e ergo a sobrancelha, aí tem, pode ter certeza.

"O que você deseja de mim?"  Ela sorri mais uma vez e já sei que não será uma coisa fácil de realizar.

"Como sempre impaciente."  Meridiana solta uma lufada de ar. "Tenho uma missão e só você pode me ajudar." Me pergunto que tipo de missão seria essa. "Fique tranquila que não vai envolver a polícia." Fico bem mais aliviada, porque da última vez eu bati boca na delegacia e o delegado quase me prendeu por desacato. "Preciso de ajuda com meu filho Raylon."

"Onde eu preciso ir dessa vez?" Pergunto. "Buscá-lo em algum hospital ou reconhecê-lo no necrotério?" Ela me olhou como se eu fosse louca e nem me importei.

"Credo, menina, não é nada disso, mas eu não sei mais o que fazer com ele e sei que se eu não tomar alguma providência é exatamente isso que vai acontecer, ele vai acabar indo parar em um necrotério."

Quando Meridiana me explica o que preciso fazer, olhei para ela como se fosse louca e fiquei tentar a vasculhar a sala ver se aquilo era alguma espécie de pegadinha, mas ao olhar a sua seriedade percebo que é verdade, mas choque não posso aceitar, pois é demais para mim. Para simplificar, minha chefe quer que eu banque a babá de seu filho, explico a ela que não tenho sanidade para lidar com o seu filho "cuzão" e ela me olhou com severidade e me arrependi de ter dito que seu filho era um "cuzão" mesmo que seja verdade.

Meridiana diz que precisa preparar Raylon para se caso alguma fatalidade acontecer a ela, ele possa assumir a empresa sem problemas. Ela se desculpa por me sobrecarregar ainda mais, pois toda a vez que ela precisa se ausentar eu que assumo seu lugar e resolvo as questões mais complicadas. Meridiana diz que a partir de hoje deixo o cargo de vice-presidente interina, para me tornar de vez vice-presidente juntamente com Raylon, quando a vi me implorar para ajuda-la algo passou pela minha cabeça e precisei perguntar.

"Meridiana tem algo que você queira me contar?" - Ela negou. "Tem certeza que não está doente nem nada não é?" - Perguntei e ela negou novamente.

"Não Mel, mas eu preciso pensar nas possibilidades, por favor, sei que será um sacrifício para você, só que Raylon é meu filho e tem muito potencial e ele j**a tudo fora."

Meridiana me ensinou tudo o que sei e me ajudou nos momentos mais difíceis da minha vida, não tenho como negar um pedido a ela.

"Dois meses, se ele não deixar de ser um cretino em dois meses eu desisto." - Ela me olha com olhos do gato do Shrek.

"Três meses. Por favor." - Novamente aquele olhar pidão.

"Tá ok, mas depois disso eu desisto e nem adianta vir com esse olhar pra cima de mim."

"Fechado!" - Ela sorri amplamente e estende a mão como se estivéssemos fazendo algum negócio.

Olho para ela e me pergunto por que justo eu, mas tarefa dada é tarefa cumprida ou pelo menos vou tentar e que os céus me ajudem para que eu não gaste meu réu primário com Raylon Peres.

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