Raylon olhou-me por um tempo e em seguida fez uma piada em como o mundo é pequeno, não acho que seja o mundo e sim eu que sou azarada só pode, por que tenho que encontrá-lo logo aqui?
"Poís é. Vou me encontrar com minhas amigas", viro as costas para sair de perto dele, mas o mesmo pega a minha mão."Você estava dançando tão gata, não vá", ele diz."Está me pedindo para ficar aqui dançando com você?", pergunto. Ele confirma e me pergunto o que está tramando agora.Dou um sorriso para ele e volto para as minhas amigas. Assim que me aproximo, as duas estavam rindo e eu dou de ombros. Peço uma garrafa de água com gás, as duas voltam a me encarar, e isso estava começando a me irritar."Por que estão me olhando assim?", pergunto a elas que continuavam rindo feito hienas."Nós vimos a interação de vocês", Celina diz."E?""Só de olhar dá pra perceber que estamos certas, vocês têm tesão reprimido", Maryanne continua com isso.Mando as duas irem procurar algo melhor para fazer e elas dizem que vão "caçar" uns gatos e apenas faço um gesto com as mãos mandando elas irem.As duas se vão e continuo no bar bebendo minha água e observando as pessoas ao redor, observar é uma coisa que fazia muito na fazenda,observava os compradores de queijo, as pessoas que apareciam para provar o leite dos meus pais, sinto muita saudade de tudo isso, na minha antiga cidade era tudo muito simples."O que está pensando?" perguntou Willian ao sentar ao meu lado."Ah! Não tinha te visto aí", respondi enquanto ele sorria."Estou aqui há um bom tempo te admirando, mas você parecia estar com o pensamento tão longe. Em que estava pensando?""Estava pensando na minha casa, sinto muita saudade dos meus pais.""Você já pensou em retornar?" perguntou Willian.Neguei. "Ali não é lugar para mim. Pelo menos não mais", disse enquanto o passado me invadia e eu desejaria não ter sido a pessoa que tinha que cuidar dos outros para poder beber e esquecer."E por que diz isso?" ele perguntou, curioso."É uma longa história", respondi."Adoraria ouvir", disse ele."Esse não é o lugar para isso. Vá se divertir e não dê atenção para alguém lamuriosa como eu", encerrei a conversa.Willian insistiu em ficar ao meu lado, mas eu disse a ele que gostaria de ficar sozinha e, mesmo contra a vontade, ele se foi. Fiquei sentada por um bom tempo e, quando não vi mais sinal de Raylon na pista de dança, voltei para lá. Um homem se aproximou de mim e ficamos dançando até que cansei e me sentei novamente. Acho que estou ficando velha, ri de mim mesma e, dessa vez, pedi um refrigerante ao barman. O cara era legal e ficamos batendo papo por um longo tempo. Ele me contou histórias engraçadas e eu ri delas. Estava cansada e fui procurar as meninas para irmos para casa. Descobri que Celina havia saído com alguém. Chamei por Mary, mas ela estava com o namorado babaca dela e disse que iria embora com ele. Já que iria sozinha, estava me preparando para sair da festa antes que Will me encontrasse e começasse a insistir por algo a mais. Já estava saindo quando Raylon apareceu completamente embriagado."A... Aonde va...vai?" - Ele pergunta cambaleando e me pergunto o quanto ele bebeu."O que você acha? Estou indo para casa." - Digo a ele que soluça."Me...me le...leva pra ca...casa." - Ele pede e eu digo que não."Desculpe, mas eu não posso te levar para casa. Você está muito bêbado." - Tento argumentar, mas ele continua insistindo."Por favor, eu não quero pegar um táxi." - Ele me diz.Insisti algumas vezes para que ele fosse de táxi, mas o homem parecia uma criança birrenta e se recusou.Por fim, aqui estou dando uma de babá. Pensei em levá-lo para sua casa, mas depois pensei melhor e resolvi levá-lo para minha casa, pois como explicaria para sua mãe o estado em que ele se encontra? Ah, céus! Por que eu tinha que me meter em toda essa confusão? Raylon chorava feito um bebê e aquilo me divertia. Encostei o carro e comecei a gravá-lo, pois seria uma prova e tanto quando ele me irritasse.Foi difícil, mas o levei para minha casa. Precisei dar banho nele e depois o coloquei no quarto de hóspedes. Aff! Por que essas coisas só acontecem comigo? Pergunto a mim mesma. Tomei um banho rapidamente e me deitei para descansar. No dia seguinte, percebi que a bela adormecida não acordava, então liguei o liquidificador e rapidamente ele apareceu."Que porra de barulho é esse?" Ele perguntou pondo a mão na cabeça."Aqui está, suco de laranja e um remédio para dor de cabeça." Entrego para ele que fica me encarando por alguns minutos. "Bebe isso logo, pois jaja temos que sair.""Como eu vim parar aqui?" Ray pergunta confuso e sorri para ele."Uma longa história que não irei te contar agora, mas tenho uma pergunta, por que você não entra em um táxi?"Fico esperando a sua resposta, ao invés de me responder ele fica me encarando."Não tenho nada a dizer." Raylon tomou o suco e ingeriu o comprimido."Você fez um show na porta da festa." Comecei a rir e ele ficou sem graça."Obrigado." Ray estava sério e isso me deixou ainda mais curiosa."De nada. Se veste logo, pois tenho que te deixar em casa para trocar de roupa a menos que queira ir de táxi." Ele estava se preparando para sair quando o chamei mais uma vez. "Se você tem medo de táxi, como chegou na festa?""Na verdade, estava com um amigo que foi correr atrás de um rabo de saia e me deixou sozinho. Aquele traíra de uma figa."Depois que estávamos prontos, o levei para sua casa e fui para a empresa. Chegando lá, pedi a minha secretária que trouxesse um pouco de chá e leite desnatado e assim ela o fez. Estava terminando uma teleconferência quando Raylon chegou de óculos escuros. Desliguei o telefone e olhei para ele."Por que dos óculos?" - O indaguei com curiosidade."Estilo.""Ressaca." - Ele revira os olhos."O que tenho que fazer?""A sua mãe veio hoje?" - Raylon negou fazendo uma careta nada boa."Minha mãe disse que não estava bem.""Isto está me preocupando de verdade." - Digo e Raylon concorda."Isso também me preocupa, mas ela me disse que está tudo bem."Na hora do almoço Raylon me convidou para comer com ele e perguntei o motivo disso, mas como estava faminta acabei aceitando.Raylon Peres.Porra! Tudo que queria era ter uma noite divertida, pegar mulher e esquecer as minhas frustrações, assim que cheguei na festa fui para a pista de dança e encontrei Mellory dançando, então me aproximei dela e conversamos por um breve instante,mas logo que ela se retirou meu amigo apareceu.— Aquela gostosa era a sua chefe? – Joca se aproximou olhando para a bunda de Mellory com cara de safado.— Ela não é minha chefe, somos colegas de trabalho e outra coisa: Mel é muita areia para o seu caminhãozinho. – Meu amigo sorriu.— Não custa tentar. – Virei as costas e fui para o outro lado do bar e comecei a beber.Dancei com algumas gatas e dei uns amassos mas nenhuma delas valia a pena e continuei a beber, quando dei por mim já estava completamente bêbado, fui à procura do meu amigo e não o encontro, ligo para o filho da puta e ele atendeu no quarto toque. — Pô mano, foi mal, conheci uma gata aqui e estou saindo com ela. – Nem me dei ao trabalho de responder e logo desliguei
Mellory Bragança O dia de hoje foi agitado, mas muito produtivo. O melhor de tudo foi que Raylon entendeu por si só que precisa estar por dentro de tudo, já que herdará a empresa. Quando o expediente terminou, eu só queria ir para casa e dormir. Minhas amigas me convidaram para uma festa, mas optei por ficar em casa, estava cansada e só queria tomar um banho demorado, me jogar no sofá e comer besteiras. E foi exatamente o que fiz. Estava usando minha roupa velha, uma camiseta grande e rasgada que pertencia ao meu pai - eu a uso desde a adolescência - e um short minúsculo. A campainha tocou e fui correndo para atender. Nossa! O pessoal da pizzaria foi rápido desta vez, mas quando abri a porta, levei um susto ao ver Raylon parado lá. “O que você quer, Raylon?” Droga! Esqueci que estava usando óculos de grau e os retirei rapidamente. “Na verdade, nem eu sei.” Se nem ele sabe o que está fazendo em minha porta, o que dirá eu? O encarei, tentando entender o motivo de sua presença. “Se vo
“Vamos, Raylon?” Chamei-o, pegando as pastas das propostas que, por sorte, eu sempre tiro uma cópia extra e guardo para mim. “Quem é esse tal de Ethan Lenox?” Raylon perguntou curioso sem sair do lugar. “Ele é um possível investidor. Sua mãe não lhe contou que pretende expandir a empresa e levá-la para fora do país?” Perguntei a ele, que negou e pela primeira vez o vi sem resposta. “Hum! No meio do caminho te conto os detalhes. Na ausência da sua mãe, é meu trabalho resolver esses imprevistos e agora será nosso, então levanta logo.” “Está louca, Mel! Não faço a mínima ideia do que minha mãe está tratando com ele”, ele disse. Tranquilizei-o dizendo que seu trabalho é apenas observar e tomar notas mentais de tudo o que aconteceu. Perguntei a ele se conseguia fazer isso e ele me disse que sim. “Então, serei seu assistente?” Assenti, conferindo as pastas para ter certeza de que está tudo certo. “Já que é assim”, ele disse e se encaminhou até a porta e a abriu. “Por favor, vá na fren
Raylon Peres Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho na empresa e vi minha mãe conversando com Dadá. Assim que elas me viram, se calaram e ergui a sobrancelha, mas resolvi deixar as indagações para depois. Minha mãe estava um pouco abatida e perguntei se ela tinha ido ao médico. Ela disse que o doutor foi examiná-la e que eu não deveria me preocupar. “A Mellory conseguiu fechar o contrato para expandir a empresa para o exterior. Você deveria ligar para ela e parabenizá-la”, disse minha mãe. “Me esqueci completamente desse compromisso.” “Não acredito que Meridiana Peres esqueceu um compromisso. Acho que o mundo deve estar prestes a acabar”, brincou minha mãe. “Por que não me contou sobre a expansão da empresa? Fiz papel de palhaço perto da Mellory.” “Você nunca se interessou pelos assuntos da empresa. Seu negócio sempre foi ir para festas e se divertir”, lembrou Mellory. As palavras dela voltaram à minha mente. Até minha própria mãe me via como um cara fútil. Acho que já
Duas semanas haviam se passado e, incrivelmente, Mellory e eu estávamos nos dando bem juntos. Claro que optamos por não falar sobre aquele dia. Minha mãe andava cada vez mais estranha e toda vez que tocava no assunto, ela desconversava. Eu peguei um chá para mim e fui para a minha sala compartilhada. Ao chegar, ouvi Mellory marcando de sair com alguém. Eu me senti meio estranho com isso, mas decidi deixar de lado. Afinal, não tinha nada a ver com a vida dela. Quando ela desligou o celular, sentou-se em minha mesa. “Esse chá parece gostoso.” – Ela disse, cruzando as pernas e me deixando excitado. “Quer um pouco?” Eu ergui a xícara e ofereci a ela. Mellory pegou a xícara da minha mão e tomou um gole. Em seguida, passou a língua pelos lábios e puta que pariu que tesão fodido, essa mulher me mata. “Obrigada, realmente está uma delícia.” Mellory se ajeitou em minha mesa e eu me perguntei se ela sabia o efeito que estava causando em mim. “Pensei que gostasse de café.” “Gosto, mas since
Mellory Bragança Já na videoconferência, confesso que nem prestava atenção pois minha preocupação era Raylon, nunca o vi daquele jeito e nem sabia que ele gostava de criança quanto mais que apadrinhou uma. Liguei para Meridiana para saber do seu estado de saúde e ela me tranquilizou com sempre dizendo que estava bem melhor e que amanhã voltaria para a empresa, ela me perguntou sobre o seu filho e eu disse que estava trabalhando, ocultei a parte dele ter ido ver uma garotinha no hospital, pois isso é uma coisa que ele deve contar a mãe dele, não eu. Antes de sair da sala mandei mensagem para Raylon e quando saí Val me perguntou se eu voltaria hoje e disse que não, pedi que me ligasse caso aconteça algo sério, me despedi dela e partir para o endereço que Raylon me passou, andei um pouco e logo o encontrei sentado com olhar perdido e naquele momento mudei um pouco mais a minha opinião a seu respeito. Me sento ao seu lado e eu olhou-me. — Oi, Mel, que bom que veio. – Ele diz baixo e nã
Cheguei em casa, tomei um banho bem demorado e liguei para minhas amigas por chamada de vídeo.— Amigas, tenho uma novidade para contar e não sei como fazer isso. – As duas ficam olhando para o meu rosto por tempo demais.— Abre logo o jogo Mel, o que você fez? – Celina pergunta.— Não me diga que matou o Raylon e quer a nossa ajuda para limpar a bagunça e sumir com o corpo? – Mary é sempre a mais dramática.— Não é nada disso, não surtei, mas vou me casar. – As duas abrem a boca em um ó perfeito.— Com quem? – Celina estava perplexa.— Com Raylon.— Já chegamos aí. – As duas dizem em uníssono e desligam.Nossa! Elas devem estar chocadas mesmo, pois desligaram correndo. Enquanto esperava por elas, entrei na internet e comecei a procurar contratos pré-nupciais, estava salvando alguns modelos quando meu celular apitou."Uma pergunta Mel, onde vamos morar?" – Sério que Raylon está preocupado com isso."Podemos morar aqui mesmo." – Ele demorou a responder."Não acho que sua casa seja apro
Raylon olhou para mim por um bom tempo e depois encontrou a sua voz.— Mel, me diga que isso é uma brincadeira de primeiro de Abril. – Sabia que ele ficaria assim com as condições.— Não estou brincando, esse é o contrato e não estamos em Abril esqueceu? – A cara dele estava impagável e segurei a risada. — Sério mesmo que vamos dormir na mesma cama mais não vamos poder fazer sexo e também está proíbido sexo com outras pessoas, como você espera que eu viva? – Ele me pergunta e sorri de uma forma angelical.— Um ano de celibato vai fazer bem a você.— Você é mesmo uma megera, feitora de escravos. – Já ouvi isso tantas vezes que já me acostumei.— Essas são as condições, você pode aceitar ou recusar.— Sério que no final do contrato você não quer um real meu?— Estou entrando nessa para ajudar a salvar a vida de uma garotinha e não é por dinheiro.— Já te falaram que você é uma mulher estranha? – Ele pergunta e dou de ombros.— O tempo todo já estou acostumada, agora se você leu e conc