No dia seguinte, fui abordada por Valentina, que me informou que Raylon estava se envolvendo com uma garota em nossa sala compartilhada. Não acreditei que ele fosse capaz disso, mas se ele achava que iria me irritar, estava muito enganado, pois eu também sabia jogar esse jogo.
"Val, você pode me fazer um favor?" perguntei. Ela me perguntou o que era e apontei para sua aliança. Valentina sorriu e me perguntou o que eu ia aprontar, então pedi que ela aguardasse o show e piscou para ela.
Entrei na sala e vi a cena. Raylon olhou para mim como se tivesse perdido a rodada, mas ele tinha mexido com a mulher errada. Ela estava sentada à mesa e rindo de algo que ele estava dizendo. Respirei fundo e comecei a minha apresentação.
"Alguém pode me explicar por que há uma garota na sua mesa, Raylon?" finjo estar irritada e a menina fica assustada.
"Quem é ela?" ele sorri e estava prestes a responder, quando tomei a frente.
"Quem sou eu? Sou a futura esposa dele. Sério, esse cretino não te falou sobre isso?" perguntei à menina, que ficou sem jeito.
"Eu não sabia que ele tinha namorada, muito menos uma noiva", ela disse, olhando para Raylon e depois para mim. Ele negou que eu fosse sua noiva, mas fiz a minha melhor cara de noiva traída.
"Então é assim, seu cachorro traidor? Você se lembra que me deu isso no mês passado?" Mostrei a aliança e ela ficou chocada. "É assim que você me ama?"
"Não acredito, Raylon, você é um canalha." A garota deu um tapa na cara dele. "Não me procure nunca mais."
"Espera, Jeni."
"Ops. A garota já se foi." Coloquei a mão na boca e sorri.
Chamei Valentina e devolvi sua aliança, agradecendo-a. Quando olhei para o rosto de Val, vi que ela segurava o riso.
"Vai ter volta, pode esperar, Mellory Bragança", disse ela, segurando o riso.
Me aproximei de Raylon e olhei nos seus olhos.
"Meridiana pediu para que eu te transformasse em um homem de negócios, e é isso que pretendo fazer. Se você quiser entrar em uma guerra, pode ter certeza de que não ganhará, pois só entro em uma guerra quando tenho certeza de que vou vencer. Agora, desfaça essa cara e vamos trabalhar, porque os papéis não se assinam sozinhos."
Vou até a minha mesa, pego os papéis e coloco em cima da sua mesa, e peço a ele que circule as datas dezesseis e dezenove de julho.
"O caralho que eu vou fazer o que me mandam!" Ray diz, levantando-se para ficar na mesma altura que eu.
Lembro a ele que a empresa é da sua família e lembro que a sua mãe está se esforçando muito para manter a empresa em pé. Perguntei se ele não percebeu que a sua mãe parecia estar doente. Ele apenas me olhava, então pedi a ele que parasse de ser um babaca e começasse a assumir as rédeas e trabalhar seriamente.
O que eu disse o atingiu em cheio, pois rapidamente ele se sentou e começou a trabalhar. Como Meridiana não veio trabalhar mais uma vez, precisei pular o almoço e continuar com os trabalhos. Liberei Raylon para almoçar, já que ele estava reclamando de fome, e continuei com meus afazeres. Quando finalmente terminei tudo, minhas amigas me ligaram.
"Gata, nós temos uma festa para ir." Celina diz sorridente, e eu balancei a cabeça em negativa.
"Não estou no clima, estou muito cansada e preciso dormir." Eu disse a ela, que chamou Mary.
"Não mesmo, mocinha. A vida é muito mais do que trabalhar e aguentar o filho chato da sua chefe. Deixa de ser viciada em trabalho pelo menos uma vez na vida."
Eu disse a elas que só iria se Willian não estivesse lá, já que já estava farta das investidas dele. Mary me avisou que ele estaria presente, já que o dono da festa é seu amigo. Então, recusei, mas as duas insistiram tanto que só aceitei sob a condição de que elas não arrumariam homens para mim. As duas concordaram. Antes de desligar, as duas perguntaram quem seria a guardiã da noite, e eu me ofereci para isso. A guardiã é uma pessoa que não bebe para levar todo mundo para casa, e também fica de olho para que, se alguém ousasse tentar algo, a pessoa a defenderia. Já que não vou beber, vou arrasar na pista de dança.
Voltei ao trabalho, e um tempo depois, Raylon entrou sorridente e me perguntou por que eu estava olhando para ele de um jeito estranho. Resolvi deixar as loucuras para trás e trabalhar até a hora de irmos embora.
Raylon se despediu de mim e eu apenas balancei a cabeça enquanto ia para o meu carro. Chegando lá, coloquei uma música e comecei a dirigir. Assim que cheguei em casa, olhei para a minha cama e senti uma vontade enorme de deitar e dormir, mas como tinha prometido que iria à festa, não podia voltar atrás.
Me arrumei rapidamente e saí de casa antes que a preguiça me dominasse. Já na casa de Celina, comecei a reclamar sobre Raylon, e tanto ela quanto Mary disseram que isso era tesão reprimido. Eu reclamei com elas pelo fato de sempre falarem isso, mas elas insistiram que não estavam mentindo. Mary estava convencida de que Raylon e eu tínhamos vontade de nos pegar novamente, mas eu as chamei de loucas. As duas me encheram tanto o saco que eu resolvi pegar minha bolsa e disse que as esperaria dentro do carro.
Como elas ousam achar que tenho algum tipo de interesse amoroso naquele ser irritante chamado Raylon? Dele só quero uma coisa: distância. Finalmente, as duas apareceram e entraram no carro. Dirigi em silêncio, ignorando-as com sucesso. Quando chegamos em frente ao clube onde seria a festa, encontramos Will nos esperando. Respirei fundo e procurei um lugar para estacionar. Além de lidar com Raylon enchendo o saco na empresa, agora tenho que lidar com um cara que não consegue entender que só quero amizade.
Me aproximei de Willian, que me deu um beijo no canto da boca como cumprimento. Se ele tentar avançar, vou ter que dar um corte nele. Will percebeu que eu não gostei e rapidamente nos chamou para dentro. Minhas amigas foram direto para o bar encher a cara, enquanto eu fui para a pista de dança. Estava dançando animadamente quando alguém pôs a mão na minha cintura e sorriu. Rapidamente, olhei para ver quem era e me deparei com Raylon.
"Oi, Mel. Parece que nos encontramos", ele disse sorrindo vitorioso. Respirei fundo e pedi forças aos céus para aturar Raylon essa noite.
Raylon olhou-me por um tempo e em seguida fez uma piada em como o mundo é pequeno, não acho que seja o mundo e sim eu que sou azarada só pode, por que tenho que encontrá-lo logo aqui? "Poís é. Vou me encontrar com minhas amigas", viro as costas para sair de perto dele, mas o mesmo pega a minha mão."Você estava dançando tão gata, não vá", ele diz."Está me pedindo para ficar aqui dançando com você?", pergunto. Ele confirma e me pergunto o que está tramando agora.Dou um sorriso para ele e volto para as minhas amigas. Assim que me aproximo, as duas estavam rindo e eu dou de ombros. Peço uma garrafa de água com gás, as duas voltam a me encarar, e isso estava começando a me irritar."Por que estão me olhando assim?", pergunto a elas que continuavam rindo feito hienas."Nós vimos a interação de vocês", Celina diz."E?""Só de olhar dá pra perceber que estamos certas, vocês têm tesão reprimido", Maryanne continua com isso.Mando as duas irem procurar algo melhor para fazer e elas dizem que
Raylon Peres.Porra! Tudo que queria era ter uma noite divertida, pegar mulher e esquecer as minhas frustrações, assim que cheguei na festa fui para a pista de dança e encontrei Mellory dançando, então me aproximei dela e conversamos por um breve instante,mas logo que ela se retirou meu amigo apareceu.— Aquela gostosa era a sua chefe? – Joca se aproximou olhando para a bunda de Mellory com cara de safado.— Ela não é minha chefe, somos colegas de trabalho e outra coisa: Mel é muita areia para o seu caminhãozinho. – Meu amigo sorriu.— Não custa tentar. – Virei as costas e fui para o outro lado do bar e comecei a beber.Dancei com algumas gatas e dei uns amassos mas nenhuma delas valia a pena e continuei a beber, quando dei por mim já estava completamente bêbado, fui à procura do meu amigo e não o encontro, ligo para o filho da puta e ele atendeu no quarto toque. — Pô mano, foi mal, conheci uma gata aqui e estou saindo com ela. – Nem me dei ao trabalho de responder e logo desliguei
Mellory Bragança O dia de hoje foi agitado, mas muito produtivo. O melhor de tudo foi que Raylon entendeu por si só que precisa estar por dentro de tudo, já que herdará a empresa. Quando o expediente terminou, eu só queria ir para casa e dormir. Minhas amigas me convidaram para uma festa, mas optei por ficar em casa, estava cansada e só queria tomar um banho demorado, me jogar no sofá e comer besteiras. E foi exatamente o que fiz. Estava usando minha roupa velha, uma camiseta grande e rasgada que pertencia ao meu pai - eu a uso desde a adolescência - e um short minúsculo. A campainha tocou e fui correndo para atender. Nossa! O pessoal da pizzaria foi rápido desta vez, mas quando abri a porta, levei um susto ao ver Raylon parado lá. “O que você quer, Raylon?” Droga! Esqueci que estava usando óculos de grau e os retirei rapidamente. “Na verdade, nem eu sei.” Se nem ele sabe o que está fazendo em minha porta, o que dirá eu? O encarei, tentando entender o motivo de sua presença. “Se vo
“Vamos, Raylon?” Chamei-o, pegando as pastas das propostas que, por sorte, eu sempre tiro uma cópia extra e guardo para mim. “Quem é esse tal de Ethan Lenox?” Raylon perguntou curioso sem sair do lugar. “Ele é um possível investidor. Sua mãe não lhe contou que pretende expandir a empresa e levá-la para fora do país?” Perguntei a ele, que negou e pela primeira vez o vi sem resposta. “Hum! No meio do caminho te conto os detalhes. Na ausência da sua mãe, é meu trabalho resolver esses imprevistos e agora será nosso, então levanta logo.” “Está louca, Mel! Não faço a mínima ideia do que minha mãe está tratando com ele”, ele disse. Tranquilizei-o dizendo que seu trabalho é apenas observar e tomar notas mentais de tudo o que aconteceu. Perguntei a ele se conseguia fazer isso e ele me disse que sim. “Então, serei seu assistente?” Assenti, conferindo as pastas para ter certeza de que está tudo certo. “Já que é assim”, ele disse e se encaminhou até a porta e a abriu. “Por favor, vá na fren
Raylon Peres Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho na empresa e vi minha mãe conversando com Dadá. Assim que elas me viram, se calaram e ergui a sobrancelha, mas resolvi deixar as indagações para depois. Minha mãe estava um pouco abatida e perguntei se ela tinha ido ao médico. Ela disse que o doutor foi examiná-la e que eu não deveria me preocupar. “A Mellory conseguiu fechar o contrato para expandir a empresa para o exterior. Você deveria ligar para ela e parabenizá-la”, disse minha mãe. “Me esqueci completamente desse compromisso.” “Não acredito que Meridiana Peres esqueceu um compromisso. Acho que o mundo deve estar prestes a acabar”, brincou minha mãe. “Por que não me contou sobre a expansão da empresa? Fiz papel de palhaço perto da Mellory.” “Você nunca se interessou pelos assuntos da empresa. Seu negócio sempre foi ir para festas e se divertir”, lembrou Mellory. As palavras dela voltaram à minha mente. Até minha própria mãe me via como um cara fútil. Acho que já
Duas semanas haviam se passado e, incrivelmente, Mellory e eu estávamos nos dando bem juntos. Claro que optamos por não falar sobre aquele dia. Minha mãe andava cada vez mais estranha e toda vez que tocava no assunto, ela desconversava. Eu peguei um chá para mim e fui para a minha sala compartilhada. Ao chegar, ouvi Mellory marcando de sair com alguém. Eu me senti meio estranho com isso, mas decidi deixar de lado. Afinal, não tinha nada a ver com a vida dela. Quando ela desligou o celular, sentou-se em minha mesa. “Esse chá parece gostoso.” – Ela disse, cruzando as pernas e me deixando excitado. “Quer um pouco?” Eu ergui a xícara e ofereci a ela. Mellory pegou a xícara da minha mão e tomou um gole. Em seguida, passou a língua pelos lábios e puta que pariu que tesão fodido, essa mulher me mata. “Obrigada, realmente está uma delícia.” Mellory se ajeitou em minha mesa e eu me perguntei se ela sabia o efeito que estava causando em mim. “Pensei que gostasse de café.” “Gosto, mas since
Mellory Bragança Já na videoconferência, confesso que nem prestava atenção pois minha preocupação era Raylon, nunca o vi daquele jeito e nem sabia que ele gostava de criança quanto mais que apadrinhou uma. Liguei para Meridiana para saber do seu estado de saúde e ela me tranquilizou com sempre dizendo que estava bem melhor e que amanhã voltaria para a empresa, ela me perguntou sobre o seu filho e eu disse que estava trabalhando, ocultei a parte dele ter ido ver uma garotinha no hospital, pois isso é uma coisa que ele deve contar a mãe dele, não eu. Antes de sair da sala mandei mensagem para Raylon e quando saí Val me perguntou se eu voltaria hoje e disse que não, pedi que me ligasse caso aconteça algo sério, me despedi dela e partir para o endereço que Raylon me passou, andei um pouco e logo o encontrei sentado com olhar perdido e naquele momento mudei um pouco mais a minha opinião a seu respeito. Me sento ao seu lado e eu olhou-me. — Oi, Mel, que bom que veio. – Ele diz baixo e nã
Cheguei em casa, tomei um banho bem demorado e liguei para minhas amigas por chamada de vídeo.— Amigas, tenho uma novidade para contar e não sei como fazer isso. – As duas ficam olhando para o meu rosto por tempo demais.— Abre logo o jogo Mel, o que você fez? – Celina pergunta.— Não me diga que matou o Raylon e quer a nossa ajuda para limpar a bagunça e sumir com o corpo? – Mary é sempre a mais dramática.— Não é nada disso, não surtei, mas vou me casar. – As duas abrem a boca em um ó perfeito.— Com quem? – Celina estava perplexa.— Com Raylon.— Já chegamos aí. – As duas dizem em uníssono e desligam.Nossa! Elas devem estar chocadas mesmo, pois desligaram correndo. Enquanto esperava por elas, entrei na internet e comecei a procurar contratos pré-nupciais, estava salvando alguns modelos quando meu celular apitou."Uma pergunta Mel, onde vamos morar?" – Sério que Raylon está preocupado com isso."Podemos morar aqui mesmo." – Ele demorou a responder."Não acho que sua casa seja apro