Raylon Peres.
Porra! Tudo que queria era ter uma noite divertida, pegar mulher e esquecer as minhas frustrações, assim que cheguei na festa fui para a pista de dança e encontrei Mellory dançando, então me aproximei dela e conversamos por um breve instante,mas logo que ela se retirou meu amigo apareceu.
— Aquela gostosa era a sua chefe? – Joca se aproximou olhando para a bunda de Mellory com cara de safado.
— Ela não é minha chefe, somos colegas de trabalho e outra coisa: Mel é muita areia para o seu caminhãozinho. – Meu amigo sorriu.
— Não custa tentar. – Virei as costas e fui para o outro lado do bar e comecei a beber.
Dancei com algumas gatas e dei uns amassos mas nenhuma delas valia a pena e continuei a beber, quando dei por mim já estava completamente bêbado, fui à procura do meu amigo e não o encontro, ligo para o filho da puta e ele atendeu no quarto toque.
— Pô mano, foi mal, conheci uma gata aqui e estou saindo com ela. – Nem me dei ao trabalho de responder e logo desliguei o telefone.
Minha cabeça girou, não beberei assim por um bom tempo, digo a mim mesmo. No dia seguinte acordei em uma cama que não era minha e me perguntei onde estava, tentei buscar na mente o que aconteceu mais ela era um grande buraco negro, ‘Que porra, eu fiz naquela festa?’ Fiquei um bom tempo deitado na cama até que um barulho ensurdecedor tomou conta dos meus ouvidos, fui a procura do ruído e quando chego descobri que estava na cara de Mellory, ela ficou debochando de mim e me fez algumas perguntas sobre o motivo de eu não andar de táxi, estava envergonhado demais para contar sobre isso a ela. Mel me deixou em casa e depois se foi para empresa, ao entrar na sala encontrei minha mãe de pijama sentada no sofá o que era uma coisa muito difícil de se ver, pois em uma hora dessa ela estava tomando café para poder sair.
— Filho, você dormiu fora? – Minha mãe perguntou uma coisa óbvia.
— Sim mãe.
— Ray, fiquei sabendo que você está importunando a Mellory por favor meu filho, você precisa amadurecer, pois não me terá para sempre.
— Cruzes parece que vai morrer a qualquer momento. – Digo a ela que me olha com olhar cansado.
— Filho, por favor — minha implora e eu soltei uma lufada de ar.
— Tá tudo bem, você só liga para a Mel mesmo, mas fique tranquila que eu vou tentar ser um cara bacana.
— Ray, meu filho sempre vou estar ao seu lado, só que pedi ajuda a Mel para te ajudar,entende? – Assenti.
— Tudo bem dona Meridiana, você venceu. – Dou um beijo nela e subo para me arrumar, assim que termino vou tomar café, pergunto a minha mãe se não vai trabalhar e ela me avisa que está só com um pouco de dor de cabeça. — Você precisa ver essa dor de cabeça.
— Vá trabalhar meu filho e você já sabe nada de importunar a Mel,
— Já sei mãe. – Reviro os olhos.
Chegando a empresa fui direto para minha sala ao me sentar vejo que Mel preparou uma lista de afazeres para mim essa mulher é megera indomável, olhei para sua mesa vazia e sorri começando a trabalhar, Mellory entrava e saía da sala resolvendo problemas. Hoje havia muitas questões para resolver, papéis para assinar e duas reuniões, Mel parecia uma barata tonta enquanto eu apenas lia contratos para revisar datas e valores, realmente preciso parar de bancar o idiota e aprender sobre o trabalho. Antes da hora do almoço, Joca meu amigo traíra ligou.
— Oi mano, como você está? – Ele perguntou e ouço o seu sorriso.
— Estou indo seu babaca, por que me deixou sozinho? Você sabe que não entro em táxi. – Joca apenas respirou.
— Você precisa perder esse medo idiota. Ninguém vai te sequestrar.
— Como se fosse fácil. – Digo a ele.
— Mais como você voltou para casa? – Ele perguntou
— A Mellory me levou para a sua casa. Você tem noção da vergonha que eu passei?
— Que vergonha, mano, a mulher é maior gata, pena que você estava bêbado demais para se aproveitar.
— Se aproveitar de quem? Se eu tentar alguma coisa sem que ela queira com certeza ela vai chutar as minhas bolas. – Ouço a sua gargalhada.
— Isso tudo é medo da megera? – Quando ele falou isso me deixou irritado.
— Hei! Só quem pode chamá-la assim sou eu. – Ele gargalhou mais uma vez. — Vai trabalhar seu filho da puta.
Antes que ele respondesse desligo preciso arrumar amigos melhores, pego mais um contrato e volto a revisar, Mel entrou e ao olhar para o relógio vejo que está na hora do almoço.
— Mel. – A chamo e ela olhou para mim.
— O dia de hoje está uma loucura sem sua mãe aqui. – Percebo o seu olhar cansado.
— Que tal eu te levar para almoçar hoje? – Ela me encarou por alguns instantes e depois sorriu.
— Estou tão cansada e faminta que não posso negar o seu pedido. – Mel pegou suas coisas e eu peguei as minhas e saímos, sua secretária nos olhou com um sorrisinho e não entendi.
Entramos no meu carro e fomos para o restaurante, Mel estava falando ao celular resolvendo alguma questão de trabalho essa mulher é a verdadeira definição de workaholic.
— O que houve? – Ela pergunta assim que desliga o celular.
— Você é muito workaholic. – Digo a ela que sorri.
— Não sou não, mas é como dizia Thomas Edison: “Tudo alcança aquele que trabalha duro.”
— Mas você já conquistou um nível alto, você é vice-presidente. Desbancou pessoas muito mais velhas do que você – Ela sorriu.
— Sou co vice-presidente, assim como você e mesmo já tendo alcançado um excelente cargo nunca devo parar de trabalhar. – Mellory me olha e sorri.
— Nossa! Vendo você trabalhar desse jeito me faz me sentir tão inútil. – Digo sincero.
— Você está indo bem Ray. – Ela tocou meu ombro e senti um formigamento estranho.
Após o almoço voltamos para a empresa e continuamos a trabalhar, sinceramente preciso seguir o exemplo da Mel, afinal a empresa um dia será minha e preciso me inteirar de tudo para poder ajudar a minha mãe. Se a dona Meridiana ouvisse isso ela estaria orgulhosa.
— Mel. – A chamei quando a vi sair pela quinta vez desde que voltamos.
— Precisa de alguma coisa? – Ela perguntou erguendo a sobrancelha.
— Será que você pode me dar alguma coisa melhor para fazer? – Mel olhou para mim e sorriu.
— Ora…Ora… Olha quem está deixando de bancar o idiota.
Após o trabalho resolvi ir direto para casa e chegando lá descobri que minha mãe ainda não havia melhorado perguntei a Dadá o que havia acontecido e ela apenas disse que minha mãe estava com enxaqueca. Fui até seu quarto, mas ela já estava dormindo, meu telefone tocou e era Carla me chamando para um rolê, até considerei ficar em casa, mas apesar do cansaço resolvi sair com ela.
Chegando no tal rolê tentava me divertir, mas duas horas depois de estar lá desejei não ter aceitado o convite, Carlinha perguntou se eu queria sair dali para ir a algum lugar reservado, mas eu neguei dizendo que estava com dor de cabeça, a deixei em casa e estava a caminha da minha quando resolvi mudar a rota, um tempo depois toquei a campainha. Assim que abriu a porta, Mellory me olhou assustada.
— Não sabia que você usava óculos. – Disse a ela que o retirou rapidamente.
— O que está fazendo aqui Raylon? – Mel me encarava enquanto esperava a resposta.
Mellory Bragança O dia de hoje foi agitado, mas muito produtivo. O melhor de tudo foi que Raylon entendeu por si só que precisa estar por dentro de tudo, já que herdará a empresa. Quando o expediente terminou, eu só queria ir para casa e dormir. Minhas amigas me convidaram para uma festa, mas optei por ficar em casa, estava cansada e só queria tomar um banho demorado, me jogar no sofá e comer besteiras. E foi exatamente o que fiz. Estava usando minha roupa velha, uma camiseta grande e rasgada que pertencia ao meu pai - eu a uso desde a adolescência - e um short minúsculo. A campainha tocou e fui correndo para atender. Nossa! O pessoal da pizzaria foi rápido desta vez, mas quando abri a porta, levei um susto ao ver Raylon parado lá. “O que você quer, Raylon?” Droga! Esqueci que estava usando óculos de grau e os retirei rapidamente. “Na verdade, nem eu sei.” Se nem ele sabe o que está fazendo em minha porta, o que dirá eu? O encarei, tentando entender o motivo de sua presença. “Se vo
“Vamos, Raylon?” Chamei-o, pegando as pastas das propostas que, por sorte, eu sempre tiro uma cópia extra e guardo para mim. “Quem é esse tal de Ethan Lenox?” Raylon perguntou curioso sem sair do lugar. “Ele é um possível investidor. Sua mãe não lhe contou que pretende expandir a empresa e levá-la para fora do país?” Perguntei a ele, que negou e pela primeira vez o vi sem resposta. “Hum! No meio do caminho te conto os detalhes. Na ausência da sua mãe, é meu trabalho resolver esses imprevistos e agora será nosso, então levanta logo.” “Está louca, Mel! Não faço a mínima ideia do que minha mãe está tratando com ele”, ele disse. Tranquilizei-o dizendo que seu trabalho é apenas observar e tomar notas mentais de tudo o que aconteceu. Perguntei a ele se conseguia fazer isso e ele me disse que sim. “Então, serei seu assistente?” Assenti, conferindo as pastas para ter certeza de que está tudo certo. “Já que é assim”, ele disse e se encaminhou até a porta e a abriu. “Por favor, vá na fren
Raylon Peres Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho na empresa e vi minha mãe conversando com Dadá. Assim que elas me viram, se calaram e ergui a sobrancelha, mas resolvi deixar as indagações para depois. Minha mãe estava um pouco abatida e perguntei se ela tinha ido ao médico. Ela disse que o doutor foi examiná-la e que eu não deveria me preocupar. “A Mellory conseguiu fechar o contrato para expandir a empresa para o exterior. Você deveria ligar para ela e parabenizá-la”, disse minha mãe. “Me esqueci completamente desse compromisso.” “Não acredito que Meridiana Peres esqueceu um compromisso. Acho que o mundo deve estar prestes a acabar”, brincou minha mãe. “Por que não me contou sobre a expansão da empresa? Fiz papel de palhaço perto da Mellory.” “Você nunca se interessou pelos assuntos da empresa. Seu negócio sempre foi ir para festas e se divertir”, lembrou Mellory. As palavras dela voltaram à minha mente. Até minha própria mãe me via como um cara fútil. Acho que já
Duas semanas haviam se passado e, incrivelmente, Mellory e eu estávamos nos dando bem juntos. Claro que optamos por não falar sobre aquele dia. Minha mãe andava cada vez mais estranha e toda vez que tocava no assunto, ela desconversava. Eu peguei um chá para mim e fui para a minha sala compartilhada. Ao chegar, ouvi Mellory marcando de sair com alguém. Eu me senti meio estranho com isso, mas decidi deixar de lado. Afinal, não tinha nada a ver com a vida dela. Quando ela desligou o celular, sentou-se em minha mesa. “Esse chá parece gostoso.” – Ela disse, cruzando as pernas e me deixando excitado. “Quer um pouco?” Eu ergui a xícara e ofereci a ela. Mellory pegou a xícara da minha mão e tomou um gole. Em seguida, passou a língua pelos lábios e puta que pariu que tesão fodido, essa mulher me mata. “Obrigada, realmente está uma delícia.” Mellory se ajeitou em minha mesa e eu me perguntei se ela sabia o efeito que estava causando em mim. “Pensei que gostasse de café.” “Gosto, mas since
Mellory Bragança Já na videoconferência, confesso que nem prestava atenção pois minha preocupação era Raylon, nunca o vi daquele jeito e nem sabia que ele gostava de criança quanto mais que apadrinhou uma. Liguei para Meridiana para saber do seu estado de saúde e ela me tranquilizou com sempre dizendo que estava bem melhor e que amanhã voltaria para a empresa, ela me perguntou sobre o seu filho e eu disse que estava trabalhando, ocultei a parte dele ter ido ver uma garotinha no hospital, pois isso é uma coisa que ele deve contar a mãe dele, não eu. Antes de sair da sala mandei mensagem para Raylon e quando saí Val me perguntou se eu voltaria hoje e disse que não, pedi que me ligasse caso aconteça algo sério, me despedi dela e partir para o endereço que Raylon me passou, andei um pouco e logo o encontrei sentado com olhar perdido e naquele momento mudei um pouco mais a minha opinião a seu respeito. Me sento ao seu lado e eu olhou-me. — Oi, Mel, que bom que veio. – Ele diz baixo e nã
Cheguei em casa, tomei um banho bem demorado e liguei para minhas amigas por chamada de vídeo.— Amigas, tenho uma novidade para contar e não sei como fazer isso. – As duas ficam olhando para o meu rosto por tempo demais.— Abre logo o jogo Mel, o que você fez? – Celina pergunta.— Não me diga que matou o Raylon e quer a nossa ajuda para limpar a bagunça e sumir com o corpo? – Mary é sempre a mais dramática.— Não é nada disso, não surtei, mas vou me casar. – As duas abrem a boca em um ó perfeito.— Com quem? – Celina estava perplexa.— Com Raylon.— Já chegamos aí. – As duas dizem em uníssono e desligam.Nossa! Elas devem estar chocadas mesmo, pois desligaram correndo. Enquanto esperava por elas, entrei na internet e comecei a procurar contratos pré-nupciais, estava salvando alguns modelos quando meu celular apitou."Uma pergunta Mel, onde vamos morar?" – Sério que Raylon está preocupado com isso."Podemos morar aqui mesmo." – Ele demorou a responder."Não acho que sua casa seja apro
Raylon olhou para mim por um bom tempo e depois encontrou a sua voz.— Mel, me diga que isso é uma brincadeira de primeiro de Abril. – Sabia que ele ficaria assim com as condições.— Não estou brincando, esse é o contrato e não estamos em Abril esqueceu? – A cara dele estava impagável e segurei a risada. — Sério mesmo que vamos dormir na mesma cama mais não vamos poder fazer sexo e também está proíbido sexo com outras pessoas, como você espera que eu viva? – Ele me pergunta e sorri de uma forma angelical.— Um ano de celibato vai fazer bem a você.— Você é mesmo uma megera, feitora de escravos. – Já ouvi isso tantas vezes que já me acostumei.— Essas são as condições, você pode aceitar ou recusar.— Sério que no final do contrato você não quer um real meu?— Estou entrando nessa para ajudar a salvar a vida de uma garotinha e não é por dinheiro.— Já te falaram que você é uma mulher estranha? – Ele pergunta e dou de ombros.— O tempo todo já estou acostumada, agora se você leu e conc
Acordei com meu telefone tocando quando olhei o visor eram meus pais.— Bença, mãe.— Deus te abençoe minha filha, ainda estava dormindo? – Não posso negar porque a minha voz já diz tudo.— Estava sim, mas eu já ia levantar.— Filha, você tem se alimentado direito? Sabe que seu pai e eu ficamos preocupados com isso.— Fique tranquila, mãe, estou me alimentando direitinho. – Raylon levantou e deu bom dia e eu mandei ele ficar quieto.— Seu noivo está aí com você? – Merda conheço a minha mãe, ela vai me dar um sermão daqueles, afirmo já esperando — manda um beijo para ele, te liguei porque quero saber se vocês vão vir no sábado. – Fiquei surpresa pela fala da minha mãe, ela realmente achava que teria uma filha encalhada. — Acho que se tudo der certo vamos chegar de madrugada.— Filha, as pistas à noite não são boas para dirigir. Tenham cuidado.— Pode deixar mãe – ela desligou o telefone e Raylon estava rindo, mas nem me dei ao trabalho de saber o motivo, enquanto ele tomava banho fui