O Filho da Minha Chefe
O Filho da Minha Chefe
Por: S.R.Silva
Prólogo

Finalmente, a faculdade me deu uma folga e vou poder ver minha família e meu noivo. Juliano e eu estamos juntos há muito tempo e no ano passado ele me pediu em casamento. Ele insistiu tanto para nos casarmos logo, mas pedi que esperasse terminar a faculdade. Passei em primeiro lugar na faculdade mais renomada de São Paulo e meus pais mataram até um porco para festejar.

Meus pais têm uma pequena fazenda, onde produzem um excelente queijo e distribuem leite para quase toda a cidade. Na fazenda moramos meus pais, minha tia que ficou viúva recentemente, minha prima que considero como uma irmã e, obviamente, eu.

Chego à loja de ferragens de Juliano e os meninos que trabalham lá me avisam que ele estava em casa. Agradeço aos rapazes e vou até a casa dele. Ninguém sabia que eu tinha chegado, então vai ser uma surpresa e tanto quando me verem. Estou com tanta saudade de todos, mas quero muito fazer uma surpresa para Juliano, pois ele me ligou todos os dias dizendo que estava sentindo minha falta.

Chegando lá, abro a porta e ouço barulhos estranhos. Entro no quarto e o choque me invade, enquanto as lágrimas começam a rolar. Não acredito que minha prima e meu noivo estavam transando. Como podem fazer isso comigo?

"Meu amor, não é nada disso que você está pensando", ele diz se cobrindo com um lençol, enquanto minha prima me olhava com ar de riso.

"Realmente não é nada do que estou pensando. Devo estar sonhando? Seu desgraçado traidor", grito enquanto as lágrimas não param de cair.

Enquanto eu chorava e esmurrava Juliano, minha prima soltou uma gargalhada infernal. Vou para cima dela, tenta se defender, mas o meu ódio era tanto que começo a estapeá-la. Só paro quando vejo seu rosto inchado. Juliano tenta me tirar de cima dela e me viro voltando a socá-lo. Ele segura minhas mãos e eu lhe dou um chute nas partes baixas.

Deixo os dois se contorcendo de dor e vou para casa. Assim que minha mãe me vê, ela corre para me acudir e conto tudo o que aconteceu.

"Não fique assim, minha filha. Foi melhor ter descoberto agora do que depois", ela acaricia meus cabelos enquanto não consigo parar de chorar.

Minha tia entra no quarto e, quando vê o meu estado, corre para me acudir como minha mãe. Ela me pergunta o que aconteceu, mas só consigo chorar. Minha mãe conta toda a história a ela, que fica em choque. Me acalmo após tomar um chá que minha mãe havia preparado para mim.

"Boa noite família", minha prima se aproxima da porta do meu quarto, mas grito antes que ela entre.

"Sua puta barata, o que está fazendo aqui?", pergunto me aproximando dela.

"Priminha depois que você foi fazer faculdade ficou tão diferente, São Paulo mudou você", disse minha tia. Eu olhei para ela e sorri, sentindo-me um pouco desconfortável com a mudança de assunto abrupta.

"Filha, por que você fez isso? Mel é sua prima e sempre foi sua amiga e te tratou como irmã", eu disse, tentando acalmar a situação.

"Estou cansada dela ter tudo e eu não ter nada, ela tem dinheiro, tem uma fazenda, é inteligente e foi para uma faculdade de prestígio, além de ter um noivo com dinheiro e ser a queridinha da cidade, faltam pouco lamber o chão que ela pisa. Enquanto a mim o que sou? A sombra, a que mora de favor e tudo por culpa de uma mãe que casou com um cara falido que morreu e nos deixou sem nada", Fabiola desabafou, sua voz cheia de amargura.

Eu me senti triste com as palavras dela, mas não conseguia aceitar que ela tivesse humilhado minha prima. "Meus pais sempre cuidaram de você e nunca se importaram se você era falida ou não e eu sempre te amei como se fosse a irmã que nunca tive, dinheiro não é tudo na vida, ele pode comprar muitas coisas menos caráter, amor verdadeiro e felicidade. Como nunca percebi que você era tão invejosa assim? Sua vadia", eu disse, minha raiva tomando conta de mim.

"Sou invejosa mesmo, mas agora, enquanto a queridinha Mellory estava estudando e dando orgulho para a família eu estava trepando com seu noivo", ela disse com um sorriso de satisfação no rosto.

Eu não pude suportar a ideia de Juliano ter me traído com minha prima, e antes que pudesse pensar, joguei Fabiola no chão e comecei a estapeá-la. Minha mãe e minha tia me seguraram e me tiraram de cima dela.

"Vai embora da minha casa", eu gritei para ela.

"E eu vou e com gosto, alias vou morar com Juliano e em breve teremos um filho", ela disse, colocando a mão na barriga.

Fiquei chocada com a revelação, e me perguntei por quanto tempo eles estavam tendo um caso. "Mellory te peço perdão pela minha filha, você não merece isso", minha tia se aproximou de mim e me abraçou.

Eu disse a ela que não precisava pedir perdão por sua filha. Fabiola apareceu na sala com suas malas prontas e me olhou com desdém. "Finalmente venci a prestigiada Mellory em alguma coisa. Ah! Uma última coisa deixa eu te contar um segredo, lembra daquele baseado que encontraram em sua bolsa? Então minha prima querida aquilo fui eu, coloquei em sua bolsa e fiz a denúncia para que você fosse expulsa, foi uma pena você ter conseguido se safar", ela gargalhou.

"Quer saber de uma Fabiola, pode ficar com Juliano para você, mas saiba que você nunca será feliz, tudo que começa errado termina errado, agora vá porque você não tem nada para fazer aqui", disse Fabiola.

Assim que ela saiu, meu pai chegou e ficou sem entender nada. Contamos todo o ocorrido e ele me abraçou:

"Filha, volte para a faculdade, se torne uma pessoa bem-sucedida e não pense em voltar jamais. Esse lugar é muito pouco para alguém que tem um futuro grandioso como você."

Juliano me procurou naquele mesmo dia, me implorando perdão. Segundo ele, me traiu por fraqueza e por se sentir sozinho, já que eu passo a maior parte do tempo estudando. Contei a ele que minha prima estava grávida. Juliano ficou surpreso e me disse que assumiria a criança, mas me amava muito. Percebi o quão mau-caráter ele era e rompi com ele de vez. Nesse mesmo dia, meus pais me entregaram um cartão contendo uma boa soma de dinheiro que daria para eu me manter confortavelmente por bastante tempo. Mesmo eu não querendo aceitar, eles me obrigaram. No dia seguinte, me despedi da minha família e voltei para a faculdade em São Paulo, jurando a mim mesma que jamais seria feita de trouxa novamente.

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