Capítulo Dois

Raylon Peres

Acordo com uma baita dor de cabeça. Puta que pariu, o que foi que aconteceu depois daquela fileira de shots? Minha mente está completamente em branco. Só espero que não tenha estragado a Mercedes, porque se isso aconteceu, minha mãe vai falar mais do que tudo.

"Raylon, levanta, por favor." Minha mãe abre as cortinas.

"Dá pra você fechar isso? Preciso dormir." Digo, cobrindo minha cabeça.

"Preciso que você me ajude na empresa, filho. Um dia você a herdará e precisará lidar com tudo." Esse papo de novo, porra, logo hoje que estou de ressaca.

"Prometo que vou amanhã. Beijos, bom trabalho, eu te amo." Minha mãe solta um suspiro pesaroso.

Ela b**e a porta do meu quarto e agradeci mentalmente. Amanhã, preciso inventar outra coisa para não ir, e assim sucessivamente. Minha mãe sabe que odeio esses negócios de terno e gravata. Curto uma coisa mais despojada, sair quando me der vontade e não ficar preso em uma sala cheia de acionistas velhos me enchendo o saco. E o pior de tudo é ter que ver aquela mulher olhando com superioridade todo dia. Mellory é gata, mas não vale a dor de cabeça.

Já que minha mãe conseguiu me acordar, pego o meu celular e ligo para meu amigo. Ele, assim como eu, é cobrado para assumir a empresa do pai.

“Fala ae Rayon, o que manda?” – Meu amigo atende rapidamente.

“Vamos surfar e pegar umas gringas na praia hoje.”

“Não vai dar, hoje estou indo para a empresa com meu pai.” – Ele diz e solta o ar.

“Eu consegui convencer a minha mãe a não ir hoje. Por que não fez o mesmo, inventa uma desculpa?”

“Ao contrário da sua mãe que é super compreensiva meu pai não é, com ele é foda ou eu vou para a empresa ou nada de cartão sem limite para gastar.”

“Caralho mano!”

“Nós somos fodidos cara, somos filhos únicos. Mano preciso desligar meu pai está me gritando a plenos pulmões ameaçando me buscar pela orelha.”

Desliguei o telefone e fiquei ali por um bom tempo olhando para o teto, pensando no que faria. Resolvi tomar coragem e levantar para tomar café. Chegando à cozinha, dona Valda, mais conhecida como Dadá, ralhou comigo por não ter tomado banho primeiro. Ela é a senhora que ajudou minha mãe quando meu pai roubou todo o seu dinheiro e nos abandonou. Minha mãe foi muito guerreira e reergueu a empresa do zero, contando apenas com os amigos fiéis. Deveria dar valor a todo o esforço que ela fez e ainda faz. Sentei para comer, mas Dadá tapou o nariz e disse que eu só comeria depois que tomasse banho, pois estava fedendo a suor e álcool. Mas eu disse a ela que tomaria banho depois de comer, e ela revirou os olhos. Pedi a ela para fazer um bolo para mim, e ela me perguntou onde estava a educação que ela e minha mãe me deram. Quando pedi por favor, ela sorriu. Dadá perguntou se veria as crianças hoje e eu disse a ela que sim, pois estava sentindo falta de brincar com elas. Disse que iria ensiná-las a grafitar, mas Dadá ralhou comigo, dizendo que isso não era coisa de ensinar as crianças. Eu disse que era uma arte.

“Meu filho, por que você não conta para a sua mãe sobre o orfanato que você apadrinha? Meridiana iria gostar de saber.” Ela disse, mas eu neguei.

“Prefiro que ela ache que sou um babaca completo, alguém que não tem futuro é bem mais fácil do que ela colocar esperanças em mim e eu fuder com tudo.”

“Raylon, não sei o que fazer com você. Vá terminar seu café e depois já sabe.”

“Sim, senhora.”

Tomei meu café e depois fui tomar banho antes que a dona Valda me arrastasse para o banheiro pelas orelhas.

Quando desço o bolo estava preparado exatamente como pedi, agradeço a minha mãe postiça e vou ver as crianças, assim que chego no estacionamento vejo que a Mercedes está inteira, nem sei como consegui chegar em casa ontem, cheguei ao orfanato e as crianças quando me viram ficaram animadas entreguei o bolo para uma das cuidadoras e passei a tarde toda brincando com elas as ensinando a grafitar, elas adoraram, infelizmente o horário de visitas acabou e elas pediram para que eu as ensinasse outras vezes, me despedi de cada um deles principalmente de Janessa que é minha preferida, já tentei adotá-la duas vezes, mas infelizmente homens solteiros não pode adotar.

Chegando em casa encontro minha mãe deitada no sofá massageando as têmporas o que é uma cena incomum, me aproximo dela e beijo sua testa pergunto se está tudo bem e ela afirma que sim, seu sorriso não toca seus olhos o que é um sinal que não está sendo sincera, ela diz que é apenas uma dor de cabeça, mas nunca vi uma dor de cabeça deixa-la  naquele estado.

Estava subindo quando Natally me enviou uma mensagem convidando para ir para a sua casa, já que  estava precisando de diversão não pensei duas vezes.

Cheguei na casa de Naty e ela me recebeu logo com um beijo de tirar o fôlego.

“Oi, gato estava com saudade de você, por que sumiu?”  Ela pergunta assim que passei pela porta.

“Estava resolvendo umas coisas gata, sabe como é?” Digo a ela com meu sorriso safado que adora.

“Hum! Espero que essas coisas não inclua mulheres, se for vou ficar muito triste.” Naty faz beicinho e dou uma leve mordida.

“Calma! Tem Raylon para todas.” Naty fecha a porta, abaixa o meu short e começa a fazer um boquete em mim, ela não é super gostosa mas dá pro gasto.

Sendo sincero, depois que transei com aquela megera  não consigo me satisfazer completamente com outra mulher, não sei o que aquela feiticeira fez, mas me estragou completamente para as outras e fico apenas esperando o dia em que vou tê-la novamente, só de pensar nela meu pau fica a ponto de bala, por mais que Naty se esforçasse sabia que não conseguiria gozar com seu boquete, então a virei de quatro coloquei um preservativo e comecei a fodê-la, imaginando o corpo da mulher que é meu objeto de desejo.

Natally pediu para que eu dormisse com ela, mas disse que minha mãe não estava bem, o que não deixava de ser uma mentira, me despedi dela e prometi que assim que pintasse um tempinho me encontraria com ela novamente.

No dia seguinte minha mãe me acordou cedo e mesmo eu inventando trezentas mil desculpas e razões para não ir a empresa ela me obrigou e para piorar ainda mais,  não me deixou ir em meu carro, ela fez questão de me levar para que eu não desviasse o caminho. O que ela pensa que sou um menino de cinco anos?

“Pode desfazer essa cara Raylon, a Mellory vai me fazer o favor de te ajudar a se inteirar com a empresa, por favor não seja um cretino, não destrate a menina.”

“Já que gosta tanto dela, por que não a adota de uma vez, aí eu poderei fazer o que me der vontade.”

“ Por mais que eu adore a Mel, ela tem pais muito amorosos, por favor filho me prometa que vai se comportar?” Ela me pede pela milésima vez.

“Tá mãe, eu prometo que serei um bom aprendiz.” Ela sorri para mim e me agradece, Mellory que me aguarde vou transformar a sua vida em um inferno, ela vai desejar nunca ter aceitado me treinar.

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