Raylon Peres
Acordo com uma baita dor de cabeça. Puta que pariu, o que foi que aconteceu depois daquela fileira de shots? Minha mente está completamente em branco. Só espero que não tenha estragado a Mercedes, porque se isso aconteceu, minha mãe vai falar mais do que tudo.
"Raylon, levanta, por favor." Minha mãe abre as cortinas.
"Dá pra você fechar isso? Preciso dormir." Digo, cobrindo minha cabeça.
"Preciso que você me ajude na empresa, filho. Um dia você a herdará e precisará lidar com tudo." Esse papo de novo, porra, logo hoje que estou de ressaca.
"Prometo que vou amanhã. Beijos, bom trabalho, eu te amo." Minha mãe solta um suspiro pesaroso.
Ela b**e a porta do meu quarto e agradeci mentalmente. Amanhã, preciso inventar outra coisa para não ir, e assim sucessivamente. Minha mãe sabe que odeio esses negócios de terno e gravata. Curto uma coisa mais despojada, sair quando me der vontade e não ficar preso em uma sala cheia de acionistas velhos me enchendo o saco. E o pior de tudo é ter que ver aquela mulher olhando com superioridade todo dia. Mellory é gata, mas não vale a dor de cabeça.
Já que minha mãe conseguiu me acordar, pego o meu celular e ligo para meu amigo. Ele, assim como eu, é cobrado para assumir a empresa do pai.
“Fala ae Rayon, o que manda?” – Meu amigo atende rapidamente.
“Vamos surfar e pegar umas gringas na praia hoje.”
“Não vai dar, hoje estou indo para a empresa com meu pai.” – Ele diz e solta o ar.
“Eu consegui convencer a minha mãe a não ir hoje. Por que não fez o mesmo, inventa uma desculpa?”
“Ao contrário da sua mãe que é super compreensiva meu pai não é, com ele é foda ou eu vou para a empresa ou nada de cartão sem limite para gastar.”
“Caralho mano!”
“Nós somos fodidos cara, somos filhos únicos. Mano preciso desligar meu pai está me gritando a plenos pulmões ameaçando me buscar pela orelha.”
Desliguei o telefone e fiquei ali por um bom tempo olhando para o teto, pensando no que faria. Resolvi tomar coragem e levantar para tomar café. Chegando à cozinha, dona Valda, mais conhecida como Dadá, ralhou comigo por não ter tomado banho primeiro. Ela é a senhora que ajudou minha mãe quando meu pai roubou todo o seu dinheiro e nos abandonou. Minha mãe foi muito guerreira e reergueu a empresa do zero, contando apenas com os amigos fiéis. Deveria dar valor a todo o esforço que ela fez e ainda faz. Sentei para comer, mas Dadá tapou o nariz e disse que eu só comeria depois que tomasse banho, pois estava fedendo a suor e álcool. Mas eu disse a ela que tomaria banho depois de comer, e ela revirou os olhos. Pedi a ela para fazer um bolo para mim, e ela me perguntou onde estava a educação que ela e minha mãe me deram. Quando pedi por favor, ela sorriu. Dadá perguntou se veria as crianças hoje e eu disse a ela que sim, pois estava sentindo falta de brincar com elas. Disse que iria ensiná-las a grafitar, mas Dadá ralhou comigo, dizendo que isso não era coisa de ensinar as crianças. Eu disse que era uma arte.
“Meu filho, por que você não conta para a sua mãe sobre o orfanato que você apadrinha? Meridiana iria gostar de saber.” Ela disse, mas eu neguei.
“Prefiro que ela ache que sou um babaca completo, alguém que não tem futuro é bem mais fácil do que ela colocar esperanças em mim e eu fuder com tudo.”
“Raylon, não sei o que fazer com você. Vá terminar seu café e depois já sabe.”
“Sim, senhora.”
Tomei meu café e depois fui tomar banho antes que a dona Valda me arrastasse para o banheiro pelas orelhas.
Quando desço o bolo estava preparado exatamente como pedi, agradeço a minha mãe postiça e vou ver as crianças, assim que chego no estacionamento vejo que a Mercedes está inteira, nem sei como consegui chegar em casa ontem, cheguei ao orfanato e as crianças quando me viram ficaram animadas entreguei o bolo para uma das cuidadoras e passei a tarde toda brincando com elas as ensinando a grafitar, elas adoraram, infelizmente o horário de visitas acabou e elas pediram para que eu as ensinasse outras vezes, me despedi de cada um deles principalmente de Janessa que é minha preferida, já tentei adotá-la duas vezes, mas infelizmente homens solteiros não pode adotar.
Chegando em casa encontro minha mãe deitada no sofá massageando as têmporas o que é uma cena incomum, me aproximo dela e beijo sua testa pergunto se está tudo bem e ela afirma que sim, seu sorriso não toca seus olhos o que é um sinal que não está sendo sincera, ela diz que é apenas uma dor de cabeça, mas nunca vi uma dor de cabeça deixa-la naquele estado.
Estava subindo quando Natally me enviou uma mensagem convidando para ir para a sua casa, já que estava precisando de diversão não pensei duas vezes.
Cheguei na casa de Naty e ela me recebeu logo com um beijo de tirar o fôlego.
“Oi, gato estava com saudade de você, por que sumiu?” Ela pergunta assim que passei pela porta.
“Estava resolvendo umas coisas gata, sabe como é?” Digo a ela com meu sorriso safado que adora.
“Hum! Espero que essas coisas não inclua mulheres, se for vou ficar muito triste.” Naty faz beicinho e dou uma leve mordida.
“Calma! Tem Raylon para todas.” Naty fecha a porta, abaixa o meu short e começa a fazer um boquete em mim, ela não é super gostosa mas dá pro gasto.
Sendo sincero, depois que transei com aquela megera não consigo me satisfazer completamente com outra mulher, não sei o que aquela feiticeira fez, mas me estragou completamente para as outras e fico apenas esperando o dia em que vou tê-la novamente, só de pensar nela meu pau fica a ponto de bala, por mais que Naty se esforçasse sabia que não conseguiria gozar com seu boquete, então a virei de quatro coloquei um preservativo e comecei a fodê-la, imaginando o corpo da mulher que é meu objeto de desejo.
Natally pediu para que eu dormisse com ela, mas disse que minha mãe não estava bem, o que não deixava de ser uma mentira, me despedi dela e prometi que assim que pintasse um tempinho me encontraria com ela novamente.
No dia seguinte minha mãe me acordou cedo e mesmo eu inventando trezentas mil desculpas e razões para não ir a empresa ela me obrigou e para piorar ainda mais, não me deixou ir em meu carro, ela fez questão de me levar para que eu não desviasse o caminho. O que ela pensa que sou um menino de cinco anos?
“Pode desfazer essa cara Raylon, a Mellory vai me fazer o favor de te ajudar a se inteirar com a empresa, por favor não seja um cretino, não destrate a menina.”
“Já que gosta tanto dela, por que não a adota de uma vez, aí eu poderei fazer o que me der vontade.”
“ Por mais que eu adore a Mel, ela tem pais muito amorosos, por favor filho me prometa que vai se comportar?” Ela me pede pela milésima vez.
“Tá mãe, eu prometo que serei um bom aprendiz.” Ela sorri para mim e me agradece, Mellory que me aguarde vou transformar a sua vida em um inferno, ela vai desejar nunca ter aceitado me treinar.
Mellory Bragança. "Acordo de mau humor e sem vontade de ir para o trabalho. Não acredito que terei que aturar o filho insuportável da minha chefe pelos próximos três meses. O pior de tudo é que terei que transformá-lo em alguém que pelo menos tenha interesse em saber como a empresa funciona, já que ele herdará tudo um dia. Tomo meu café na minha Starbucks favorita quando meu celular toca. “Oi, gata, excelente dia para você. Quer sair comigo mais tarde?” Wilian não perde a chance de tentar ficar sozinho comigo. “Will, não vai rolar. Mas no sábado vou sair com a May e a Cel. Tá afim de ir?” Pergunto a ele, que demora um pouco para responder. “Vamos sim. Só me manda o endereço e horário.” “Pode deixar. Peço para a May te mandar. Beijos.” Travo meu celular e vou para o meu carro. Ligo o rádio e está tocando Sorriso Maroto, um grupo de pagode que comecei a gostar na adolescência. Chegando no trabalho, cumprimento todos como sempre faço. Ao chegar em minha sala, minha secretária me int
No dia seguinte, fui abordada por Valentina, que me informou que Raylon estava se envolvendo com uma garota em nossa sala compartilhada. Não acreditei que ele fosse capaz disso, mas se ele achava que iria me irritar, estava muito enganado, pois eu também sabia jogar esse jogo. "Val, você pode me fazer um favor?" perguntei. Ela me perguntou o que era e apontei para sua aliança. Valentina sorriu e me perguntou o que eu ia aprontar, então pedi que ela aguardasse o show e piscou para ela. Entrei na sala e vi a cena. Raylon olhou para mim como se tivesse perdido a rodada, mas ele tinha mexido com a mulher errada. Ela estava sentada à mesa e rindo de algo que ele estava dizendo. Respirei fundo e comecei a minha apresentação. "Alguém pode me explicar por que há uma garota na sua mesa, Raylon?" finjo estar irritada e a menina fica assustada. "Quem é ela?" ele sorri e estava prestes a responder, quando tomei a frente. "Quem sou eu? Sou a futura esposa dele. Sério, esse cretino não te falou
Raylon olhou-me por um tempo e em seguida fez uma piada em como o mundo é pequeno, não acho que seja o mundo e sim eu que sou azarada só pode, por que tenho que encontrá-lo logo aqui? "Poís é. Vou me encontrar com minhas amigas", viro as costas para sair de perto dele, mas o mesmo pega a minha mão."Você estava dançando tão gata, não vá", ele diz."Está me pedindo para ficar aqui dançando com você?", pergunto. Ele confirma e me pergunto o que está tramando agora.Dou um sorriso para ele e volto para as minhas amigas. Assim que me aproximo, as duas estavam rindo e eu dou de ombros. Peço uma garrafa de água com gás, as duas voltam a me encarar, e isso estava começando a me irritar."Por que estão me olhando assim?", pergunto a elas que continuavam rindo feito hienas."Nós vimos a interação de vocês", Celina diz."E?""Só de olhar dá pra perceber que estamos certas, vocês têm tesão reprimido", Maryanne continua com isso.Mando as duas irem procurar algo melhor para fazer e elas dizem que
Raylon Peres.Porra! Tudo que queria era ter uma noite divertida, pegar mulher e esquecer as minhas frustrações, assim que cheguei na festa fui para a pista de dança e encontrei Mellory dançando, então me aproximei dela e conversamos por um breve instante,mas logo que ela se retirou meu amigo apareceu.— Aquela gostosa era a sua chefe? – Joca se aproximou olhando para a bunda de Mellory com cara de safado.— Ela não é minha chefe, somos colegas de trabalho e outra coisa: Mel é muita areia para o seu caminhãozinho. – Meu amigo sorriu.— Não custa tentar. – Virei as costas e fui para o outro lado do bar e comecei a beber.Dancei com algumas gatas e dei uns amassos mas nenhuma delas valia a pena e continuei a beber, quando dei por mim já estava completamente bêbado, fui à procura do meu amigo e não o encontro, ligo para o filho da puta e ele atendeu no quarto toque. — Pô mano, foi mal, conheci uma gata aqui e estou saindo com ela. – Nem me dei ao trabalho de responder e logo desliguei
Mellory Bragança O dia de hoje foi agitado, mas muito produtivo. O melhor de tudo foi que Raylon entendeu por si só que precisa estar por dentro de tudo, já que herdará a empresa. Quando o expediente terminou, eu só queria ir para casa e dormir. Minhas amigas me convidaram para uma festa, mas optei por ficar em casa, estava cansada e só queria tomar um banho demorado, me jogar no sofá e comer besteiras. E foi exatamente o que fiz. Estava usando minha roupa velha, uma camiseta grande e rasgada que pertencia ao meu pai - eu a uso desde a adolescência - e um short minúsculo. A campainha tocou e fui correndo para atender. Nossa! O pessoal da pizzaria foi rápido desta vez, mas quando abri a porta, levei um susto ao ver Raylon parado lá. “O que você quer, Raylon?” Droga! Esqueci que estava usando óculos de grau e os retirei rapidamente. “Na verdade, nem eu sei.” Se nem ele sabe o que está fazendo em minha porta, o que dirá eu? O encarei, tentando entender o motivo de sua presença. “Se vo
“Vamos, Raylon?” Chamei-o, pegando as pastas das propostas que, por sorte, eu sempre tiro uma cópia extra e guardo para mim. “Quem é esse tal de Ethan Lenox?” Raylon perguntou curioso sem sair do lugar. “Ele é um possível investidor. Sua mãe não lhe contou que pretende expandir a empresa e levá-la para fora do país?” Perguntei a ele, que negou e pela primeira vez o vi sem resposta. “Hum! No meio do caminho te conto os detalhes. Na ausência da sua mãe, é meu trabalho resolver esses imprevistos e agora será nosso, então levanta logo.” “Está louca, Mel! Não faço a mínima ideia do que minha mãe está tratando com ele”, ele disse. Tranquilizei-o dizendo que seu trabalho é apenas observar e tomar notas mentais de tudo o que aconteceu. Perguntei a ele se conseguia fazer isso e ele me disse que sim. “Então, serei seu assistente?” Assenti, conferindo as pastas para ter certeza de que está tudo certo. “Já que é assim”, ele disse e se encaminhou até a porta e a abriu. “Por favor, vá na fren
Raylon Peres Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho na empresa e vi minha mãe conversando com Dadá. Assim que elas me viram, se calaram e ergui a sobrancelha, mas resolvi deixar as indagações para depois. Minha mãe estava um pouco abatida e perguntei se ela tinha ido ao médico. Ela disse que o doutor foi examiná-la e que eu não deveria me preocupar. “A Mellory conseguiu fechar o contrato para expandir a empresa para o exterior. Você deveria ligar para ela e parabenizá-la”, disse minha mãe. “Me esqueci completamente desse compromisso.” “Não acredito que Meridiana Peres esqueceu um compromisso. Acho que o mundo deve estar prestes a acabar”, brincou minha mãe. “Por que não me contou sobre a expansão da empresa? Fiz papel de palhaço perto da Mellory.” “Você nunca se interessou pelos assuntos da empresa. Seu negócio sempre foi ir para festas e se divertir”, lembrou Mellory. As palavras dela voltaram à minha mente. Até minha própria mãe me via como um cara fútil. Acho que já
Duas semanas haviam se passado e, incrivelmente, Mellory e eu estávamos nos dando bem juntos. Claro que optamos por não falar sobre aquele dia. Minha mãe andava cada vez mais estranha e toda vez que tocava no assunto, ela desconversava. Eu peguei um chá para mim e fui para a minha sala compartilhada. Ao chegar, ouvi Mellory marcando de sair com alguém. Eu me senti meio estranho com isso, mas decidi deixar de lado. Afinal, não tinha nada a ver com a vida dela. Quando ela desligou o celular, sentou-se em minha mesa. “Esse chá parece gostoso.” – Ela disse, cruzando as pernas e me deixando excitado. “Quer um pouco?” Eu ergui a xícara e ofereci a ela. Mellory pegou a xícara da minha mão e tomou um gole. Em seguida, passou a língua pelos lábios e puta que pariu que tesão fodido, essa mulher me mata. “Obrigada, realmente está uma delícia.” Mellory se ajeitou em minha mesa e eu me perguntei se ela sabia o efeito que estava causando em mim. “Pensei que gostasse de café.” “Gosto, mas since