O Consigliere
O Consigliere
Por: NanaBOliver
Aviso + Prólogo

Aviso: 

O Consigliere é um romance para maiores de 18 contém cenas de sexo explícito, linguagem imprópria e violência. Todas as informações para esse  enredo fictício foram feitas com pesquisas ( livros, séries, e até mesmo sites) qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.

No início dos capítulos haverá sempre  o nome de alguma música que faz parte da playlist da história. 

Hierarquia máfia Família Marine:

1 O Don

O chefe da máfia; todas as decisões importantes têm que ser tomadas por ele. Caso aconteça alguma coisa ele é o primeiro a ser protegido e evita o máximo de conflitos.

1.2

O Consigliere:

O homem de extrema confiança e conselheiro do chefe, atua como advogado, é homem encarregado de participar das reuniões no lugar do Don, e o único que pode questionar suas ações.

2.

Subchefe:

Herdeiro do chefe da máfia, em sua ausência as decisões ficam com ele. No entanto, a família Marine não possui um herdeiro. Então essas decisões ficam também com o seu Consigliere.

3.

Capis

São os soldados da máfia, divididos por todos os lados, é com eles que ficam a maior parte do trabalho sujo, e estão espalhados por toda a Itália e América, são responsáveis por todas as atividades ilegais.

4.

Os associados

Apesar de ser uma máfia extremamente perigosa, a família Marine ao passar dos anos construiu uma boa amizade, com políticos, policiais federais, juízes, outras máfias, e gangues.

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Prólogo

Nothing Else Matters - Metallica

A chuva caia sem cessar  sobre aquela cidade, havia sido uma viagem longa até chegar naquele lugar, olhou pela janela do carro a escuridão lá de fora, o homem sentiu algo se mexendo ao seu lado e virou a cabeça para o lado.

Grande merda!

Encontrou um par de olhos castanhos escuros o encarando de volta, era incrível como aquele pequeno ser herdará toda a fortuna de sua família e tudo mais que tinha direito, mas infelizmente não era para aquilo ter acontecido, não era para ela existir. Não deveria ser uma mulher.

Estava tudo errado.

Aquilo havia começado de forma errada, e não tem como ser culpa dele, sempre avisou aquele palerma que chamava de filho. Ele fraquejou, todos os ensinamentos que deu a ele foram jogados no lixo. Primeiro sempre  era a herança; segundo era família; era o legado a ser cumprindo e passado para gerações da família Marine.

Henrico Marine Leonel olhou para a pequena  olhar tudo à sua volta como se desse conta de que não estava mais em casa.

A pirralha só tem 5 anos e é uma menina esperta!

— Vovô? Quero meu papai.

— Fique quieta minha criança, vai ficar tudo bem — o homem deu tocou no cabelinho escuro e curtos que chegava até a altura dos ombros. — Em breve vamos chegar.

— Quero minha mamãe! — a voz infantil disse ainda meio sonolenta e seus olhinhos estavam desesperados, ela tentou ficar de pé em cima do banco do carro.

— Eu disse para  ficar quietinha, sua mamãe vira te pegar, enquanto isso não quer ir ao lugar onde está cheio de crianças para brincar? Tem doces e tudo.

Henrico estava tentando ter a maior paciência que podia e esse não era o seu forte, queria logo se livrar daquele estorvo e tudo iria ser como deveria ter sido desde o princípio.

O seu motorista parou o carro e um de seus homens abriu a porta da grande limusine preta. Ele saiu do carro embaixo de um guarda-chuva e puxou a criança para o seu colo.

Olhou para o letreiro enorme "Orfanato Santa Luz de Cristo", um dos seus seguranças abriu o portão e ele entrou no local, subiu os degraus do local e bateu na porta, esperou alguns segundos e bateu novamente dessa vez com mais força.

Um tempo depois alguém atendeu, era uma senhora.

— Posso ajudá-lo?

— Eu tenho me comunicado, eu sou o Robert Leôncio, vim trazer a criança que lhe falei.

O olhar da mulher mais velha caiu sobre a menina agarrada em seu ombro.

— O senhor não havia dito que viria tão tarde.

— Sim, desculpe, tome. Eu não tenho muito tempo — respondeu entregando a menina, assim que a senhora pegou a criança, ele tirou um envelope do seu sobretudo. — É uma boa quantia, vou mandar todo mês, cuide bem dessa menina.

— O nome dela é...

— Emma — mentiu.

Melhor do que Luna, que porcaria de nome esquisito colocaram na criança.

— Claro, mas o senhor tem que preencher a ficha da...

— Eu já mandei todos os meus dados por e-mail. Cuide bem dela. — Interrompeu e se virou, saindo andando apressado entre as escadas.

Ao meio do caminho ouviu o choro da pequena.

— Eu quero a mamãe e o papai! — gritou a criança em histeria. — Vovô! Vovô!

Henrico parou ao ouvir aquilo, e sua expressão ficou séria, encarou o carro a distância, escondia perfeitamente suas emoções e sabia como ser frio e naquele momento nada era exceção.

A pirralha iria ficar bem e estava pagando muito bem para manter todos os cuidados possíveis para ela, seria bem tratada, e quem sabe uma família rica não a adote e tudo ficaria bem.

Mas na sua família a menina não permaneceria, aquilo era inadmissível, um Leonel nunca teve uma mulher como herdeira, e não seria agora que teria. Não sentia nenhum pouco de remorso por aquilo.

Agora era hora de ensinar uma lição ao seu filho, e aquilo era tudo culpa dele, aquele garoto mimado iria aprender que não se deve desafiá-lo, e iria cumprir o seu dever por mal. Alessandro iria seguir seus passos, e talvez até se tornasse melhor do que ele era.

Estava ansioso por aquilo.

Entrou no carro e olhou para a garotinha de cinco anos ao longe do lado da senhora com os bracinhos estendidos em direção ao carro como se pedisse socorro.

Abaixou a cabeça e sorriu.

Adeus Luna!

Uma hora depois, Henrico levantou a taça de champanhe e tomou um grande gole com gosto. Ele saboreou o gosto da vitória por uns momentos, segundos depois começou a tossir de forma rouca e profunda, pegando o paninho no pequeno bolso do seu paletó o levou até a boca, o cheiro metálico do sangue invadiu suas narinas.

Henrico observou uma boa quantidade de sangue no pano e suspirou. Seu segurança pessoal e confidente se aproximou e tocou em seu ombro perguntando:

— Don, o senhor está bem?

— Si, não precisa se preocupar, Matthew — respondeu fazendo um sinal com as mãos. — sto bene.

Tanto ele quanto Matthew, sabiam que aquilo não era verdade. Henrico estava com os seus dias contados, e o desespero estava maior que antes, os seus pulmões já estava todo tomado pelo câncer e não havia mais volta.  Ele sabia que seus dias estavam contados.

Alessandro agora iria ser o novo Don, por bem ou por mal.

Então o seu celular tocou, ele o pegou no bolso, o sorriso retornou ao seu rosto ao ver o número do filho. Fez questão de demorar alguns segundos para atender de propósito e agiu normalmente.

— Alessandro? Me ligando a essa hora.

— Pai! — O desespero na voz do rapaz era notável e então ouviu um soluço —, pai, foi você?

— Eu o quê? — perguntou Henrico.

— Raptaram a Luna enquanto nós estavamos dormindo, foi o senhor? — Alessandro gritou no telefone com a voz trêmula.

— Oh meu Deus, raptaram a minha neta?! — Exclamou ele fingindo estar mais que surpreso.

Mathew deu um sorriso, observando a atuação do chefe.

— Papa, isso não é brincadeira, é a minha garotinha, foi o senhor?

— Non, eu jamais faria isso com a minha neta, eu me apeguei a pirralha, você sabe.

O seu filho suspirou e o soluço do choro ficou mais forte.

— Onde o senhor está? Preciso de ajuda.

— Estou voltando de uma reunião de emergência. Não se preocupe, vou chegar logo, já vou acionar a todos que conheço em busca da Luna, e você pode usar meus homens que estão aí para isso também.

— Papa e se algo aconteceu com ela? Eu nunca irei me perdoar.

— Não fique assim mio figlio, vamos encontrar a ragazza.

Ele se despediu do filho e guardou o telefone, os aplausos do seu segurança ecoaram pelo pequeno avião.

— Muito bom, Don.

— Obrigado — ele agradeceu colocando as mãos no peito —, agora vamos transformar o Alex em um dos melhores Dons que a máfia já teve. A família Marine será conhecida e temida em todo mundo.

Os mafiosos brindaram então a sua conquista e o desejo de Henrico se realizou. Seu filho se tornou o melhor mafioso de todo mundo.

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