Emma Quinn / Luna Leonel— Acho que ali no canto tem uma serra para nos livrar.Levanto-me rapidamente e aceno para ele. Com pouca iluminação, não dá para enxergar muita coisa, mas vou procurando algo para quebrar as correntes.Ouvimos um barulho.— Emma, se esconde! — Alessandro sussurra.— Será que ele já acordou? O chefe não vai brigar se eu der uma olhada. Fiquem aí!Me escondo atrás de um tanque enorme; o cheiro dali me incomoda demais. Observo um dos homens entrar no local e rapidamente vejo um pedaço de pau ao lado. Isso vai servir. Pego-o enquanto ouço os palavrões.— Como essa vadia escapou?! — Ele exclama, olhando para Alessandro, que dá de ombros.— Estou amarrado, não sei de nada.Aproveito que ele está distraído e me aproximo.— Ora, seu filho da puta! Eu vou achar aquela vagabunda! — Ele puxa o rádio para comunicar aos seus parceiros que estou solta, e aproveito para dar uma paulada na cabeça dele.O homem cambaleia para o lado e geme de dor. Continuo segurando o pedaço
Jeong ParkNo avião, eu estava tão ansioso. Demorou algumas horas de viagem, mas conseguimos chegar ao local antes das três da manhã. Os seguranças de Alessandro estavam nos esperando no aeroporto.Eu não estava em condições de dirigir, então quem assumiu o volante foi Erick. Ele dirigia com mais rapidez do que eu. Quem veio conosco foram Dino, Felipe, Noah e Pedro.Milena está com os seguranças de Alessandro. Ordenei que eles a levassem para o hotel e não a trouxessem conosco. Sei que ela vai brigar comigo depois, mas não faço ideia do que encontraremos no local.Erick dirige em alta velocidade, mas com controle. Minhas mãos estão trêmulas enquanto a ansiedade me atinge.— Alguma alteração? — pergunto a Dino enquanto passamos pela estrada do acidente.Dino está o tempo todo focado na tela do computador, pois hackeamos o carro de Soyer.— Não, mas... o que é isso? — Dino pergunta assustado. — Chefe, o Don e a Emma saíram do galpão.— O quê?Ele me passa o monitor, e pelo carro de Soye
Alex Leonel Abro os olhos lentamente, observando o teto branco. Estou um pouco desorientado. O que aconteceu? Morri, não é mesmo? Mas não era para ser tudo branco? Sempre estive preparado para encontrar meu pai quando chegasse a hora. No entanto, isso aqui é diferente, um lugar calmo. De qualquer forma, estou pronto para pagar pelos meus pecados. Viro a cabeça devagar para observar o local e encontro minha esposa sentada em uma cadeira ao lado da cama, com a cabeça apoiada na lateral, dormindo. Minha testa se franze. Ainda estou confuso. Que tipo de inferno é esse? Não era para ela estar aqui. Levanto as mãos, sentindo meus braços pesados. Mesmo assim, consigo encostar as mãos na cabeça dela, fazendo um carinho. Milena acorda rapidamente, tão desorientada quanto eu. — O quê? O que foi? Não estou dormindo, estou acordada! Solto uma risadinha. Toda vez que ela é acordada, leva um susto. Ao longo da minha vida, tomei muitos t***s por assustá-la. É divertido. Abaixo meu braço, sent
Emma Quinn / Luna Leonel Semanas se passaram desde o que aconteceu. Nós voltamos ao nosso lugar, e meus irmãos ficaram furiosos ao saberem do perigo que corremos; também retornaram da ilha do meu pai. Já não é tão estranho chamá-lo assim; soa de forma natural, e meu coração está tranquilo por finalmente aceitar isso. É óbvio que meu amor por Robert não mudou nem um pouco, e também amo Alessandro. O que me fez enxergar isso completamente foi vê-lo quase morrer diante de mim; aquilo quebrou todas as barreiras do meu coração. Sinto-me livre para dizer que tenho dois pais que amo muito: um me criou e o outro me deu a vida, e agora tenho a oportunidade de fazer parte da vida dele. É claro que a questão da máfia ainda é complicada; não quero me envolver nisso, e ele concordou. Mas eu o entendo e sei o que custaria se ele deixasse tudo. Quanto à minha mãe, sinto a mesma coisa. Estamos cada vez mais ligadas uma à outra; aproveitamos o tempo para sair juntas, ir ao shopping ou ao spa, ou até
Dois anos depois. — Any, não corra e vá para o banho! — Emma pediu à filha adotiva, enquanto ela corria pela casa brincando com o avô, e Emma segurava a bebê no colo. Any veio do orfanato onde Emma cresceu, e seu desejo de adotá-la sempre esteve presente. Assim que se casou com Jeong, os dois conversaram e decidiram dar entrada na adoção da garota. Foi uma alegria para o convento e para a garotinha, que logo começou a chamá-la de mãe. Emma realmente sentia essa conexão única com ela, assim como Robert teve com ela. — Lá vem sua mãe estragar a brincadeira! — Alessandro riu, apoiando as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego. — Vem, vovô! — Any pediu, suada e animada, ignorando os pedidos da mãe. — Any, vai tomar banho, já passou da hora — Emma falou em tom mais autoritário. A garotinha parou de correr e olhou para ela. — Por favor, mamãe, só mais um pouquinho! — Ela juntou as mãos pequenas, pedindo. — Você já disse isso cinco minutos atrás, querida. Daqui a pouco você brinca
Aviso: O Consigliere é um romance para maiores de 18 contém cenas de sexo explícito, linguagem imprópria e violência. Todas as informações para esse enredo fictício foram feitas com pesquisas ( livros, séries, e até mesmo sites) qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.No início dos capítulos haverá sempre o nome de alguma música que faz parte da playlist da história. Hierarquia máfia Família Marine:1 O DonO chefe da máfia; todas as decisões importantes têm que ser tomadas por ele. Caso aconteça alguma coisa ele é o primeiro a ser protegido e evita o máximo de conflitos.1.2O Consigliere:O homem de extrema confiança e conselheiro do chefe, atua como advogado, é homem encarregado de participar das reuniões no lugar do Don, e o único que pode questionar suas ações.2.Subchefe:Herdeiro do chefe da máfia, em sua ausência as decisões ficam com ele. No entanto, a família Marine não possui um herdeiro. Então essas decisões ficam também com o seu Consigliere.3.C
26 anos depois | acdc - if you want blood (you've got it) |Por Emma QuinnRespiro com calma fechando os olhos e me preparo, segurando a minha arma sobre meu peito, a adrenalina corre por todas as veias do meu corpo e a ansiedade é inevitável. Ajeito o colete que está bem apertado e preso contra o meu corpo e reviso o capacete de proteção em minha cabeça.Minha equipe está escondida atrás dos contêineres, todos estão prontos para a ação, faço um sinal com as mãos pedindo que aguardasse um pouco, em seguida gesticulo um dedo para o ouvido para que todos fiquem ligados.As vozes atrás dos contêineres a 15 metros de distância começam a ficar um pouco mais altas. Pela minha experiência e intuição, posso dizer que deveria ter 10 pessoas, igual a minha equipe.Se eu estiver com muita sorte, podemos ter uma pista grande. E, pelo que percebi, hoje é o meu dia de sorte, pois assim que cheguei no departamento de polícia, recebi uma informação anônima sobre uma reunião no Porto da cidade de No
| Bad Guy - Billie Eilish |Jeong ParkFinalmente o jatinho estaciona, pego minha mala e a porta se abre, desço as escadas móvel, segurando a mala e percebo que meu amigo está à minha espera. Ajeito meu óculos escuro e vou até eles puxando minha maleta e a mala com a outra mão.— Como foi a viagem? — Erick, meu motorista e amigo pessoal, pergunta.— Interessante. — Digo.Ele pega a minha bagagem — mesmo que não seja necessário fazer isso —, coloca dentro do porta mala no carro. Agradeço com um aceno de cabeça e vou me sentar no banco do carona.Erick demora um pouco para entrar no carro e sei que tem algo de errado. Pego um pirulito do bolso com sabor de morango e coloco na boca. Isso é um problema e meu amigo vai saber, eu sempre como doces quando estou irritado e muito frustrado.Aquela porra de reunião havia demorado mais do que o necessário fazer aliança amigável com alguns membros da Coreia do Sul, não tem sido fácil. E meu Don, confiou aquilo só em mim, a minha capacidade de per