As luzes cercam meus olhos e minhas pálpebras lutam para abri-los. Precisava ganhar forças. Minha cabeça está latejando intensamente, vários pensamentos voam em vão e sinto meu fim por um fio. Era uma vez um jovem conde na província de Darlan, e todos o conheceram por ser perverso e frio.
— Belly passou mal esta manhã, levamos a senhorita para o quarto e a demos um chá de camomila. Mas, em decorrer dos sintomas, ela só pode estar à espera de um bebê. — o doutor diz, anotando algumas coisas no papel— Acredito que esteja em torno da quinta semana.
— Um bebê... — resmungo baixo. As datas não batiam.
— O que diziam na festa é verdade. — o médico me entrega os papeis e abre um sorriso— O Conde será pai!
O grande Conde foi conquistado por seus pr&oaO meu nome é Allan.Allan Melarque.Tenho 24 anos e sou um Conde da minha província. Digamos que sou conhecido como um conde perverso, mas a verdade é que não me importo com os nomes que me dão. Eu nunca me importei muito com o amor, sempre tive alguém que me amasse incondicionalmente sem ter que dar algo em troca.A brisa da manhã entra pela janela do quarto e escuto os pássaros piarem. O mês de Novembro estava terminando.— Quando nós nos veremos novamente? — a menina pergunta, envolvendo-se nos lençóis. Os cabelos louros e os seios fartos ficarão eternizados na minha pintura. — Talvez amanhã, quem sabe? — Ela pergunta, abrindo um sorriso.— Hm mm... — toco seus lábios com a ponta do lápis e beijo seu pescoço— Eu não sei, não costumo dormir com a mesma pessoa por duas noites seguidas.— Mas nós não dormimos. Quero dizer, depende do que você considera ser dormir com alguém— a garota loura sorriu maliciosamente— Meu marido está viajando. Talvez, possamos nos ver am
Outro dia nascia na província de Darlan.O ar gelado tinha um mau presságio. As folhas das árvores já haviam caído, os ramos estavam cobertos com uma fina camada de chuva que havia caído na noite passada. Dezembro tinha chegado. O Natal estava chegando, e novamente teria que assistir às festas chatas dadas pelos membros do conselho de meu pai.Caminhei para o quarto e pedi que preparassem o meu banho. Lembrei-me dos acontecimentos do dia anterior. Eu mal conseguia acreditar na loucura que tinha feito aceitando a aposta de meu pai. Embora por impulso, sei que estava sóbrio quando disse sim a ele. Nunca considerei a ideia de me casar, sempre me senti livre e ferido. Pensar que eu tinha que me unir há uma mulher, especialmente com uma pobretona, me feria o orgulho. Seria um grande trabalho ter que encontrar uma noiva pobre, porque não bastava ela ser apenas medíocre. Eu não me contentaria em ter que me casar com uma garota feia. Ela tinha que ter um... algo a mais que cha
A garota presa na lama olhou para mim e recuou de volta para a poça.– O que você disse? – sorri cinicamente.– Disse, que eu não sou sua querida, você é surdo? – Ela rosnou.Eu comecei a rir.– Como pode ser tão rebelde e, ao mesmo tempo, tão bonita? – notei a clivagem do seu velho vestido– Não seja boba, aceite minha ajuda e segure minha mão.Estendi a mão para ela.A menina parecia ter medo de mim. Mas, era inteligente o suficiente, para concordar que não iria sair sozinha.Ela acabou aceitando.Segurei sua mão firme e senti alguns galos
— Sr. Allan? Você está acordado? — Eu sinto o som acústico do piano, tocando na sala de jantar e, acordo assustado, removendo os óculos escuros do rosto.— Harold... é claro que estou acordado — vasculhei o puré de batatas, observando meu pai, que ainda tocava o maldito piano.Bocejei sonolento, evitando pregar os olhos.— Então, meu filho. Como foi sua despedida de solteiro? — Meu pai sorri com convicção, levantando-se do piano — Deve ter sido bom. Ouvi, queeras o homem mais gentil, na festa de Violeta. Quantas merdas você comprou?Os olhos de minha irmã mais nova se arregalaram. Ela encheu a colher de comida e colocou-a na boca.— Eles n&atild
Olhei para o derredor do estábulo e meu cavalo estava pronto para montá-lo.— Sr. Melarque. Que horas irás voltar? Harold perguntou, entregando meu casaco e minha pasta.— Prepare um bom banquete— respondi pondo as luvas— Minha futura esposa, ficará conosco está noite.Ele me encarou cético.— Senhor, perdoa-me. Mas, como podes ter tanta certeza, de que a rapariga aceitará o teu pedido?— Oras, eu sou Allan Melarque! Nenhum homem nesta província, é tão poderoso quanto eu sou— Puxei um sorriso- Sei quem eu sou e, na posição em que estou, não há tantos "não" para mim.Eu estava convencido e puxei as rédeas do cavalo manchado. Não me importava o que a camponesa sentia ou não. Na minha cabeça, havia apenas duas opções: ela seria minha esposa por bem ou por mal
O olhar dela foi desesperador. Sua respiração alterada me fez pensar, que certamente, ela estava morrendo de raiva, por me ouvir dizer que era noivo dela.– Quem é Você? — O seu pai perguntou confuso– O que você quer dizer com noivo?— Ele não é meu noivo, papai! —Belly rosnou para mim como um animal feroz.— Que honra encontrar pessoalmente meu sogro—Estendi a mão para a sua e me aproximei mais.— Belly, você nunca me disse que estava noiva. Estás namorando as escondidas? — O homem perguntou.— Meu senhor, sua filha é uma moça adorável. Ficarei honrando em tê-la como minha esposa.— Tu estás grávida? Belly, me diga a verdade, este senhor engravidou você? -Seu pai a perguntou, mas ela ficou sem reação.— Sim! Sim! Ela está gr
— Belly On —Não foi um príncipe que veio buscar-me. E sim o próprio diabo! Montado no cavalo negro do inferno, roubou minha vida e me fez sua prisioneira. No momento em que ele me levantou para o céu e, sentou-me no seu cavalo, senti a minha vida acabar. Odeio cafajestes. Principalmente os engomados como o Sr. Melarque. As pessoas morrem em Darlan. Elas morrem de fome e, as crianças pobres são chicoteadas. Enquanto os ricos, eles comem e apreciam do nosso trabalho.O Sr. Melarque tinha me capturado e o pior de tudo, é que meu pai, aceitou que eu fosse embora. Ele me disse as palavras: “Este é teu destino agora”. As que eu pensei que jamais me diria.Cavalgamos pela floresta em direção a cidade.O imbecil era grotesco, fazia com que o cavalo corresse, apenas para me ver segurá-lo firme na cintura.Quando chegamos em sua
—Belly On—Mantive minha cabeça baixa durante o jantar. Ali, espremida entre Melarque e seus criados, senti que a maioria deles olhavam para mim intimistas. Para eles, eu era uma mulher singela, de fato eu era uma mulher pobre, mas não os deixaria descobrir minhas fraquezas. Eu não comi um grão sequer. O meu estômago remexia de fome e a comida parecia muito apetitosa, mas eu permaneci corajoso na frente deles.Após o falhado jantar, fui levada para meu quarto. Tudo estava tão limpo ... Me deitei na cama e pude sentir a seda contra o meu corpo. Uma cama de madeira pura, impecáveis lençóis e travesseiros que apreciam como pena de semáforo também aconchegantes.... Tudo longe do que tive um dia.A janela aberta no meu quarto, fazia o ar frio entrar. Porém, não parecia tão mortal, quanto a da cabana. Eu nunca tinha sentido um ar frio, que não p