— Belly On—
Com a chegada da noite, meu corpo se esquiva debaixo dos agasalhos. Eu não queria ir a tal festa. Não queria que me descobrissem, ainda mais com a possibilidade de ele estar vivo... Todas as pessoas ao meu redor passaram a ser suspeitas.
— Você está muito bonita. — Allan disse-me, segurando na cintura. As pessoas ao nosso redor nos observam e eu sinto vergonha em andar, elas não me viam como uma Condessa e sim como uma besta. As palavras de Allan nunca fizeram tanto sentido.
Ainda que não me amasse, recordava do momento em que ele quase pulou da sacada. As palavras dele foram claras, e agora, depois de tudo o que tivemos, parecem vazias. Pois eu sei, que meu marido, trocou olhares com a tal de Tereza. E de que se estamos na festa, é porque ele tem planos de estar ao lado dela.
O barulho me fazia sentir apavorada.
Allan deixou-me em uma mesa com outras mulheres casad
Uma festa de despedida... Então era assim, que Tereza chamava seus pulos fora do casamento. Mesmo estando com Belly, eu não poderia deixar de vê-la pela última vez. Sabia que não poderia fazer sexo com ela, mas poderia—me usufruir de carinhos, como fora na corrida de cavalos.Deixei Belly com outras mulheres e passei a afastar-me dos convidados, subi as escadas e cheguei a um extenso corredor. Passei a abrir as portas, como uma deliciosa caçada em busca de minha presa. Mas o que me ocorrerá, fora contraditório do que eu esperava encontrar. Quando me aproximei dos penúltimos quartos, abri uma das portas e encontrei o marido de Tereza, ao lado de outro homem. Com a força que abri a porta, fechei-a da na mesma intensidade. Escutei o barulho das chaves do outro lado, e toquei a maçaneta outra vez, percebendo que havia sido trancada.— Oh, encontrei você... — a voz de Tereza
— Belly On—O veículo começa a andar e sinto meus olhos escorrerem em lagrimas.— Belly, o que te aconteceu? — Pietro perguntou-me, impaciente— O Conte te fez alguma coisa?Comecei a soluçar e a chorar ainda mais. Eu não conseguiria contar a ele, nem a nenhum outro alguém além de Allan Melarque. O meu peito doía tanto... Oh divino altíssimo!Encolhi meu corpo nos agasalhos e chorei até chegarmos na mansão Melarque. O Chofer me ajudou a entrar na casa, subiu as escadas comigo e levou-me até meu quarto.— Senhorita, me doí a alma vê-la assim. O que houve? — ele questionou.— Ele está vivo.... — resmunguei— Ele esta vivo, Pietro. Vivo!— Eu vou encontrar os outros criados e pedirem que retornem a mansão, não posso ficar no teu quarto, mas posso pedir que uma criad
Violeta sabia de tudo? Como ela tinha descoberto sobre o abusador?Desesperadamente, retornei para mansão e a vi descansar. Já se tinha passado horas, a madrugada deixava a prenuncia escura e me deitei ao lado dela na cama. Oh, Belly! Como podia causar-me tantos problemas?Fiquei ao lado dela, observando-a a postura e imaginando o dia em que a feriram. Porra de homem! Como sabendo de tudo, ainda a imaginava como a fonte de meu triunfo? Peguei no sono, sem pesadelos dessa vez, apenas em estado de sono profundo.Pela manhã, quando acordamos, a vi me encarar surpresa e então tudo aconteceu. Não consigo mais usar o termo “comê-la”, pois o sexo tinha ido além de desejos da carne. Eu a tive outra vez, deixando-me jorrar em seu interior. A ideia de ter um filho me fazia enlouquecer, eu desejava que ela ganhasse barriga o quanto antes. Mas houve as palavras, as que eu as disse uma vez... De fato, estaria eu, ap
As luzes cercam meus olhos e minhas pálpebras lutam para abri-los. Precisava ganhar forças. Minha cabeça está latejando intensamente, vários pensamentos voam em vão e sinto meu fim por um fio. Era uma vez um jovem conde na província de Darlan, e todos o conheceram por ser perverso e frio.— Belly passou mal esta manhã, levamos a senhorita para o quarto e a demos um chá de camomila. Mas, em decorrer dos sintomas, ela só pode estar à espera de um bebê. — o doutor diz, anotando algumas coisas no papel— Acredito que esteja em torno da quinta semana.— Um bebê... — resmungo baixo. As datas não batiam.— O que diziam na festa é verdade. — o médico me entrega os papeis e abre um sorriso— O Conde será pai!O grande Conde foi conquistado por seus pr&oa
Meu nome é Allan. Allan Melarque, tenho 24 anos e sou o futuro Conde de Blackwood. Talvez seja conhecido como um herdeiro presuntivo arrogante, mas a verdade é que não me importo com os rótulos que me atribuem. Nunca dei muita importância ao amor; sempre tive alguém que me amasse incondicionalmente, sem que eu precisasse dar algo em troca.— Quando nós veremos novamente? — a mulher questiona, envolvendo-se nos lençóis. Seus cabelos loiros e seios fartos serão eternizados em minha pintura. — Talvez amanhã, quem sabe? — ela sugere com um sorriso. A brisa da manhã entra pela janela do quarto onde passei a noite com ela, trazendo consigo o canto dos pássaros. O mês de novembro está apenas começando.— Hm... — estico-me um pouco, toco seus lábios com a ponta do lápis e beijo seu pescoço. — Eu não sei. Não costumo dormir com a mesma pessoa por duas noites seguidas. — Respondo. Dou mais algumas pinceladas, enquanto a madame permanece sentada a beira da cama, com os olhos fixos em mim.Foram m
Numa manhã fria na província de Blackwood, o ar gelado parece prenunciar algo sinistro. As folhas das árvores já se despiram, e os ramos estão cobertos por uma fina camada de chuva que caiu na noite anterior. Novembro finalmente chegara.O Natal se aproxima, e eu tenho que assistir, novamente, às festividades maçantes promovidas pelos membros do conselho de meu pai. Dirijo-me ao meu quarto e peço que preparem meu banho. Enquanto aguardo, recordo os eventos do dia anterior com incredulidade. Mal posso acreditar na imprudência de ter aceitado a aposta de meu pai. Embora tenha sido uma decisão impulsiva, sei que estava sóbrio quando consenti.Nunca considerei a ideia de me casar; sempre valorizei minha liberdade e meu orgulho. Pensar em unir minha vida a uma mulher, especialmente a uma de origem humilde, fere meu orgulho. Encontrar uma noiva de posição inferior é um grande desafio, pois não basta que ela seja apenas medíocre. Não me contentarei em casar-me com uma jovem de aparência desag
A camponesa hesita por um momento, sua expressão mistura desconfiança e resistência. Quando estendo a mão para ajudá-la a sair da lama, ela a recusa e recua de volta para a poça.— O que você disse? — pergunto com um sorriso cinicamente.— Disse que eu não sou sua querida. Você é surdo? — Ela rosnou, a voz carregada de raiva e exaustão. Seus dentes, cobertos de lama, ficam visíveis quando ela fala.Não consigo evitar uma risada.— Como pode ser tão rebelde e, ao mesmo tempo, tão bonita? — Comento, notando a clivagem do seu velho vestido rasgado. — Não seja boba, aceite minha ajuda e segure minha mão.Estendo a mão para ela, tentando parecer menos ameaçador. A menina tem medo de mim, mas é inteligente o suficiente para perceber que não vai conseguir sair sozinha. Depois de hesitar, ela finalmente estende a mão suja e eu a agarro firmemente. Sinto as asperezas e galos em suas mãos, um sinal claro de uma vida difícil. Seus olhos verdes, tão intensos e selvagens, me prendem por um momento.
Caminho pela sala, sentindo os olhares das criadas pesarem sobre mim como um manto de adoração. Sei que estou irresistível, um homem no auge de sua virilidade e poder, cheio de pensamentos e planos impuros.Meu carro está estacionado em frente ao Jardim, a porta aberta como um convite à noite que me espera. Adolfo, sempre meticuloso, me entrega o casaco, o chapéu e uma matilha de cigarros.— Tenha um boa noite, senhor — diz ele discretamente, sua voz uma sombra de sua devoção. Mesmo se quisesse, Adolfo jamais se oporia aos meus desejos.— Ah, Adolfo... — minha voz é baixa, mas carregada de intenção. — Sobre o almoço de amanhã com meu pai, ligue e garanta que tudo esteja planejado. Diga a ele para trazer o seu melhor vinho, pois brindaremos ao nosso futuro, e eu quero, pelo menos, apreciar uma boa bebida.— Sim, senhor. — Ele abaixa a cabeça, sem ousar questionar.O motorista abre a porta do carro, e eu entro com a confiança de um rei. Acendo um cigarro, ordenando que siga adiante. A no