Olhei para o derredor do estábulo e meu cavalo estava pronto para montá-lo.
— Sr. Melarque. Que horas irás voltar? Harold perguntou, entregando meu casaco e minha pasta.
— Prepare um bom banquete— respondi pondo as luvas— Minha futura esposa, ficará conosco está noite.
Ele me encarou cético.
— Senhor, perdoa-me. Mas, como podes ter tanta certeza, de que a rapariga aceitará o teu pedido?
— Oras, eu sou Allan Melarque! Nenhum homem nesta província, é tão poderoso quanto eu sou— Puxei um sorriso- Sei quem eu sou e, na posição em que estou, não há tantos "não" para mim.
Eu estava convencido e puxei as rédeas do cavalo manchado. Não me importava o que a camponesa sentia ou não. Na minha cabeça, havia apenas duas opções: ela seria minha esposa por bem ou por mal.
Os rumores sobre mim correm pelas ruas de Darlan.
As pessoas sabem como eu sou frio e, ela certamente, teria ouvido algo sobre mim. Todo pai, em sua sã consciência, daria a filha para casar-se com um conde. Nos dias de hoje, sobraram poucos títulos, mas ainda sou um Conde. Nobre, sangue azul e origem exótica.
Enquanto atravessava a província, parei em uma barraca de maçã e comprei algumas para o meu cavalo. Peguei o papel que Harold me tinha dado. A cabana da selvagem estava abaixo do rio. O mesmo rio do nosso segundo encontro, onde ela mordeu-me como uma égua.
O tempo estava suave.
As nuvens que cobriam o sol se foram, mas ainda assim, podia sentir a brisa gelada do inverno se aproximando.
Com o inverno virá o Natal e as suas celebrações rudes. E, novamente, teria que aturar os sermões do meu pai dizendo que eu era um encosto. Meu casamento não poderia aguardar mais luas, quanto mais cedo fosse, mais fácil seria pensar em uma maneira de falir meu pai.
Tantas vezes fui humilhado, desprezado.... Oh... Vingança... minha querida! Vingança é um prato que é comido frio.
Ao passar pela floresta, pude ouvir o som das águas do rio e. me lembrei, da primeira vez que estive lá. Aqueles olhos verdes cativantes mostravam malícia, inocência e medo. Todas essas essências misturadas em uma composição devastadora.
O chão estava escorregando.
Desci do cavalo, o amarrei em uma árvore e segui o caminho a pé. Escalei uma pedra para ver a redondeza. Quando, de repente, ouvi uma bela voz cantando. O som era doce e cativante, me fez sentir vontade de ouvi-lo de perto. Com meus pensamentos enfeitiçados, desci até o rio, onde vi a camponesa selvagem na água, batendo suas roupas em uma pedra maciça. Estava muito distraída, pois não foi capaz de notar a minha presença.
— Todos vocês... bastardos de meio sangue, andante... andante— ela cantarolava uma canção antiga.
Vi uma flor brotar no meio daquela estação e fiquei espantado. Elas tinham todas murchado, exceto aquela. Eu arranquei a flor de seu talo, andei silenciosamente e fiquei na frente dela com uma pose.
— Madame... uma flor para outra flor.
Seus olhos paralisaram.
Foi como se ela não soubesse como reagir.— Então, como está a garota que ousou me morder? — tentei fazer uma piada.
Em um ato rápido, ela empurrou-me para o rio e correu para a floresta.
— Menina maldita! — gritei guisado.
Eu não poderia perdê-la novamente. Levantei-me e corri atrás dela.
— Por favor, espere!!!–Eu gritei, mas ela continuou correndo. A camponesa atravessou os ramos caídos das árvores, coçando os braços e correndo em movimentos arriscados. Ela não parecia se importar, com o fato de que seus braços, estavam feridos. A garota parecia não se importar com nada ao seu redor, apenas em fugir dali.
Quando se aproximou do final da trilha, escorregou e caiu ladeira abaixo.
Em um ato preciso, eu saltei o buraco e cai para meus pés na frente dela. As órbitas de seus olhos encontraram os meus e, me abaixei, vendo seu rosto sério e sujo de lama.
Ofereci ajuda para ela se levantar. Entretanto, a selvagem parecia orgulhosa de mais para aceitar. Ambos sabíamos como isso iria acabar. Se ela aceitasse, certamente morder-me-ia e fugiria novamente.
Com os olhos meio fechados, a garota inclinou-se contra mim e levantou-se.
O silêncio superou aquele lugar, não sabia o que dizer e ela parecia sentir o mesmo. Ainda segurando-a, pude ver suas unhas roxas de frio e seus lábios brancos.
— Está com fome? —Eu perguntei;
Ela balançou a cabeça em positivo e peguei uma maçã do saco que tinha comprado para o meu cavalo. Coloquei entre as mãos e esperei sua reação.A camponesa admirou o fruto, vermelho, sem estragos e apetitosa. Seus pés deram para trás, mas quando seu estômago roncou, desistiu de correr.
Com voracidade, suas mãos agarraram a maçã e seus dentes gravaram o fruto, o que a fez salivar com prazer. Perguntei-me: quanto tempo estaria sem comida? Para aceitar tão facilmente algo de um estranho? Ela mordia a pele fina, deixando o suco doce da maçã, escorrer por sua garganta.
Sorri de leve, seus modos eram incrivelmente deselegantes.— Posso te dar mais, se me levar até sua casa. Você deve ter uma família, talvez estejam com fome, também.
A camponesa enxugou os lábios com as mangas de seu vestido, sem finura ou maneiras, ela cuspiu o fruto mastigado no meu rosto e levantou a voz:
— Eu sei sobre os rumores que correm sobre você e tudo o que está pensando! Você não será capaz de me tocar, até que perca um de seus órgãos!Limpei meu rosto e, sem paciência, agarrei seus braços e a encorajei entre uma árvore.
— Você não sabe nada sobre mim, garota inútil! Então me trata com respeito...- eu sussurrei, intimidando-a.
— Me deixar ir! — Ela começou a chutar—O que te trouxe aqui?
— Casamento ...–toquei uma mecha de seu cabelo, baixando a mão até a cintura dela— Quero que você se case comigo e eu não estou disposto a sair daqui sem um sim.
— Vá para o inferno!
— Belly ... — sussurrei o seu nome e sua boca fez o formato de um Ô— É, eu sei o seu nome mocinha. Eu sei de suas necessidades e, o quanto sofre, à mercê da monarquia de Darlan. Sei basicamente tudo sobre você— tentei intimidá-la.
— Tão pouco sabe de mim! — ela gritou.
De repente, escutamos um chamado masculino:
— Belly, onde estás?Ela esquivou-se para baixo, conseguindo livrar-se de mim.
—Já estou indo meu pai! — Belly gritou de volta e correu.
– Me espere, eu vou com você! - Agarrei seu antebraço.
— Não! — ela jogou meu braço para o lado–Deixe-nos em paz! Eu já tenho um noivo!
— Estás mentindo, ladra...- Sorri cínico—Sei que és solteira, aceite logo meu pedido.
— Belly, quem está aí?
A voz masculina começou a se aproximar de nós.— Saía daqui! — Belly bateu contra o meu peito—Saia imediatamente!!!
Antes que eu pudesse me afastar, vi a imagem curvada de um cavalheiro andando com uma bengala improvisada. Era o seu pai, completamente cego.
– Belly, quem é que estás aí com você minha filha?
Minha garganta coçou e eu disse com força:
— Sou eu! O seu futuro genro!O olhar dela foi desesperador. Sua respiração alterada me fez pensar, que certamente, ela estava morrendo de raiva, por me ouvir dizer que era noivo dela.– Quem é Você? — O seu pai perguntou confuso– O que você quer dizer com noivo?— Ele não é meu noivo, papai! —Belly rosnou para mim como um animal feroz.— Que honra encontrar pessoalmente meu sogro—Estendi a mão para a sua e me aproximei mais.— Belly, você nunca me disse que estava noiva. Estás namorando as escondidas? — O homem perguntou.— Meu senhor, sua filha é uma moça adorável. Ficarei honrando em tê-la como minha esposa.— Tu estás grávida? Belly, me diga a verdade, este senhor engravidou você? -Seu pai a perguntou, mas ela ficou sem reação.— Sim! Sim! Ela está gr
— Belly On —Não foi um príncipe que veio buscar-me. E sim o próprio diabo! Montado no cavalo negro do inferno, roubou minha vida e me fez sua prisioneira. No momento em que ele me levantou para o céu e, sentou-me no seu cavalo, senti a minha vida acabar. Odeio cafajestes. Principalmente os engomados como o Sr. Melarque. As pessoas morrem em Darlan. Elas morrem de fome e, as crianças pobres são chicoteadas. Enquanto os ricos, eles comem e apreciam do nosso trabalho.O Sr. Melarque tinha me capturado e o pior de tudo, é que meu pai, aceitou que eu fosse embora. Ele me disse as palavras: “Este é teu destino agora”. As que eu pensei que jamais me diria.Cavalgamos pela floresta em direção a cidade.O imbecil era grotesco, fazia com que o cavalo corresse, apenas para me ver segurá-lo firme na cintura.Quando chegamos em sua
—Belly On—Mantive minha cabeça baixa durante o jantar. Ali, espremida entre Melarque e seus criados, senti que a maioria deles olhavam para mim intimistas. Para eles, eu era uma mulher singela, de fato eu era uma mulher pobre, mas não os deixaria descobrir minhas fraquezas. Eu não comi um grão sequer. O meu estômago remexia de fome e a comida parecia muito apetitosa, mas eu permaneci corajoso na frente deles.Após o falhado jantar, fui levada para meu quarto. Tudo estava tão limpo ... Me deitei na cama e pude sentir a seda contra o meu corpo. Uma cama de madeira pura, impecáveis lençóis e travesseiros que apreciam como pena de semáforo também aconchegantes.... Tudo longe do que tive um dia.A janela aberta no meu quarto, fazia o ar frio entrar. Porém, não parecia tão mortal, quanto a da cabana. Eu nunca tinha sentido um ar frio, que não p
Mais um dia nascia na provínciade Darlan. Acordei com o corpo nu de uma mulher e não sabia ao certo de quem se tratava. Estiquei minha mãoaté o corpo e vi que se tratava de Madame Violeta, tinha esquecido da noite que tivemos. Ela me deu o que eu precisava: prazer e nada mais.Movi os dedos para debaixo dos lenções e toquei sua intimidade. Ela enrijeceu a virilha e abriu os olhos, dando-me a visão de suas íris perversas. Lembrei-me de como fora bom, penetrá-la de quatro, em minha cama.— Bom dia... — a madame disse, sorrindo maliciosa— A nossa noite foi a melhor de todas... —Ela tocou os meus lábios.Penetrei-a com dois dedos e ouvi-a sussurrar pelo meu nome.— Adoro usufruir deste corpo. Mas, levante desta cama e suma! — retirei os dedos e sorri para vagabunda. Levantei-me da cama e procurei por minhas roupas.A madame capturou meu membro com as mãos e impediu-me de continuar a vestir-me.— Nós poderíamos fugir, Allan. — disse benevol
— Belly On— Eu não o suporto. Parece dramático, mas eu prefiro a morte do que ter que me casar com este demônio. Ofegante, grunhi de raiva. Como meu pai, poderia ter me vendido por dez moedas? Talvez, eu estivesse sendo um fardo? Ou ele não podia suportar os comentários sobre o passado ... O meu passado esconde vários segredos, um deles, é a questão de que não sou mais virgem. Oh! Senhor Allan.... você terá uma grande descoberta, quando seu ato for consumado e ver que eu já não sou virgem. Será a minha vingança, já que isto é apenas um jogo miserável. Eu sou parte de um jogo. — Você é surda? — Ele grita na minha orelha. — Não, infelizmente não sou— disse eu, baixando a cabeça. — Bem, então, sua miserável, tenha cuidado. Você me pertence, é minha agora...Eu posso fazer o que quiser com você! — Ele se aproximou de mim colocando seus dedos longos no meu pescoço. Eu tenho medo, mas quero ver o quão longe ele vai. O Sr. Melarque deixa c
Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, deve depender de uma motivação para que funcione. E, a minha motivação, é o sofrimento dos outros.Pequenos raios de sol, refletiam no cabelo dela, e as órbitas verdes de seus olhos despertavam medo e ingenuidade. Belly me odiaria por um ano, porém não me importava com isso. A sua face estava pálida e seus lábios ressecados. Fiquei instigando-me: Quais seriam os seus pensamentos? Depois da cerimônia, os criados dirigiram meu pai e minha irmã para a sala de jantar. Fiquei surpreso com a velocidade em que os criados conseguiram organizar tudo, talvez devesse dar um aumento.... Não foi fácil convencer o reverendo de que eu precisava me casar, o mais rápido que pudesse. Ordenei para organizarem o lugar com algumas das minhas imagens, bem como pinturas incandescentes e objetos peculiares. O meu pai ficaria a
— Tire as roupas, está surda? – perguntei novamente. Ela olhou para mim assustada.Belly não disse uma palavra, apenas me observou.Seu medo era notável.— Querida, você pode tirar suas roupas, por favor? Ou quer que eu os remova, quero dizer, tire-os a força de você? – comecei a abrir minha camisa, tirando o laço e suspensórios. Cauteloso, tentei me aproximar dela. E com os passos, ela afastou-se de mim— Belly, Belly ... Por que fugir? Você não tem saída— sorri um sorriso amarelo–Tu és a minha esposa agora, deves obediência a mim. Então, se estou mandando que tire a droga das suas roupas, deve obedecer.Belly olhou para porta e percebi seu plano de fuga. Com os olhos cerrados, nós dois nos encaramos. Ela correu para a porta, mas eu consegui alcançá-la. Agarrei sua cintura, colocando s
Acordei com a voz de Harold, chamando por mim. Meus olhos permaneceram fechados, até ele me molhar com um copo d'água.— Sr. Melarque. Por favor, me perdoe, mas tem uma festa está tarde. Bem, na verdade, uma corrida de cavalos.Levanto-me sonolento e molhado.– Que corrida? —Eu cocei meus olhos— Não me lembro de nenhum evento, Harold. Quem lhe deu permissão para me molhar?—Foi o senhor. —Ele disse.—Quando?— Quando você quase perdeu seu compromisso em Londres, com uma daquelas bailarinas de cabaré.Lembrei-me da ocasião... Natália era uma bela dançarina, sabia como fazer seu trabalho muito bem. Foi uma pena que tive que deixá-la naquele quarto de cabaré, para ir ao evento de negócios do meu pai, caso contrário, teria sido uma semana inesquecível.Levantei-me nu, caminhan