— Não vai nos convidar para lhe acompanhar em seu solitário jantar, querida?
— Quem são vocês? Quanto meu pai está devendo? Podemos negociar, eu posso pagar um pouco agora. Por favor, entrem. — Me afastei da porta dando passagem para o cara grande e ele entrou, mas o outro homem continuou lá, imóvel.— Então vamos logo ao que nos interessa, quanto você tem em mãos? — Bem, a jóia que meu pai roubou estava avaliada em 15 mil dólares, foi uma jóia que ele começou em um leilão quando eu era criança ainda, desde então ele era meu. Deus queira que ele tenha pago ao menos uma parte desta dívida, não pode ter feito apostas ou eu não sei o que fazer.— Tenho uns 10 mil em dinheiro e jóias, podemos fazer negócio?— Sabemos que o imbecil do Parkinson é um homem sem limites, estou mentindo? Lamento dizer a senhorita que você é o pagamento. — Há? Agora quem está confusa sou eu.— Você só pode está blefando não é? Tudo bem, ele é um cara viciado, mas tenho certeza que ele jamais faria isso comigo, você deve está enganado.— Como você é ingênua, vadia. Seu pai é um homem que é totalmente dependente de jogos e drogas. E… como ele não tem como pagar e tem medo de morrer, nos deu você como pagamento. Eu gostaria muito de que tudo isso estivesse apenas sendo um pesadelo, mas as mãos do homem estava me machucando, não vi o momento em que mais dois entraram e me seguraram meus braços de forma bruta, meus olhos estavam presenciando cada cena horrível deste momento miserável, estavam me levando fora de casa quando eu vi meu pai atrás do homem que estava encostado ao carro. Ele sorriu e fingiu não me ver em momento algum, eu gritava desesperadamente por ajuda, mas estava sendo inútil, eu estava sendo realmente o pagamento da dívida dele.Fui jogada com brutalidade dentro do porta malas e machuquei meu pé, a noite estava muito fria, o carro fede a gasolina e maconha. Uni minhas mãos e fui pedido para ter uma morte rápida e que não passasse pelo ato da violência sexual mais uma vez.Maurício Hoje a leiloada será apenas virgens safadas querendo se dar bem, a maioria está aqui contrato suas vontades mas que se foda, o problema são delas. Neste momento, a minha mais nova mercadoria está a caminho.— Então onde ela está? — Roberto pergunta agarrado na cintura de uma mulher.— Ela quem? Se está se referindo a filha do Parkinson ainda não chegou. Que horas Mirabelli chegará? Não posso dar início ao leilão sem ele presente.— Ele já está a caminho. Hoje a noite será produtiva, posso dar meu lance hoje? — Ninguém da máfia pode participar dos leilões e isso é regra, mas Roberto não faz parte da máfia em si, ele só me ajuda nos pequenos detalhes e é meu sócio.— Espero que, bom…olha quem já nos deu o prazer de hoje! — Mirabelli hoje veio trazendo seu filho mais velho consigo, temos a mesma idade e vejo que agora os mesmos interesses também. Roberto foi para longe de todos ao lado da mulher de ontem, e eu fui dar atenção aos nossos convidados enquanto ele se divertia. Jack, filho de Marabeli, era tão bom de conversar quanto de bolso, sinto que hoje será uma noite de muitos lucros. O leilão estava prestes a começar e nenhum sinal da garota, espero que tenham dopado ela pois assim evita algum escândalo.Ligação Ativa— Já estamos com a garota, o que temos que fazer agora além de deixá-la junta com as outras?— Já fizeram o que eu mandei, está ótimo assim. A deixe numa sala separada e não encostem nela.— Qual é Maurício! A garota é uma graça e gostosa pra um caralho.— Façam isso e dêem adeus às suas vidas de merda, caso contrário não toquem nela. Ela está apagada?— Não foi preciso. Pensei que ela fosse fazer um escândalo mas ela mesma sabe o pai que tem. Vou deixar ela longe das outras e vou para o salão, espero que hoje seja meu dia de sorte também. Ligação Inativa Laerte é obcecado por mulher, principalmente se a vítima demonstrar ser indefesa e medrosa. Com todos os meus convidados presentes, o leilão se deu início já com altos lances. Laerte andava pelo salão com um sorriso sacana estampado no rosto, todas as garotas estavam de pé, vestindo apenas um biquíni para que tivessem total visão de cada detalhes de suas curvas, mostrando cada detalhe de seus corpos. Duas delas estavam drogadas para que ficassem quietas, as outras 11 estavam todas comportadas.— Ela é uma graça patrão, não quer fazer bom negócio comigo? Eu vi que ela tem muitos defeitos pelo corpo e desse jeito vai ser impossível conseguir algum livro em cima dela. – Laerte a colocou onde eu mandei mas já estava aqui.— Agora não, Laerte. A coisa não está à venda. — Eu ainda não a vi, mas se estão interessados é porque alguma coisa boa ela tem. — Não se interessou por nenhuma dessas que estão aqui?— Até gostei da ruiva, mas ela tem cara de prejuízo então eu estou sossegado, tenho certeza que você mudará de ideia, por isso vou esperar esse momento chegar.— Se você quer assim que seja então. Fez um bom trabalho hoje, foi mais rápido do que eu imaginei.— Ela estava fazendo o jantar quando chegamos, e como eu disse; ela não deu trabalho pois sabe bem o pai que tem. A última a ser vendida foi Viviam, uma portuguesa que também foi pagamento de seu pai viciado, mas tivemos muitos problemas com ela por ser menor ainda quando chegou aqui. Sempre esperei completar a maior idade para fazer negócios, ontem ela fez 19 anos e estava mais que pronta para seguir sua vida.Louise Sozinha, com fome e frio, eu estava jogada em uma pequena sala que é toda de mármore, deixando o ambiente ainda mais gélido. Sempre soube que meu pai usava drogas e afins… não falava nada quando minhas coisas sumiam porque sabia que ele sempre as usou como pagamento de algo. Agora ele entrou como se eu fosse um objeto, para pagar sua m*****a dívida. — Meu Deus, o que eu fiz pra merecer tanto sofrimento? — Tive meus pensamentos interrompidos quando a porta de ferro se abriu, revelando uma mulher por fora da porta, ela usava um vestido vermelho cheio de pérolas, um batom cor de vinho, um saldo que deve ter uns 13 cm de altura e com os cabelos presos em um rabo de cavalo. Ela era bonita, mas a voz deixava muito a desejar.— Ôh, o que faz aqui? Não deveria estar com as demais? — Oi, tem mais meninas aqui?— Eeu… — Travei e não consegui falar absolutamente nada.— Ela não vai com as outras, leve-a para a mesma sala de revistas onde reunirá as outras. — A rouca e grave vem de um homem que não tem uma feição muito legal, ele estava vestido um smoking preto, mas pelo que vi está muito justo já que ele tem mais de um 1,80.— E como irei ensinar tudo a tempo para ela?— Faça o que estou pedindo Ju, depois me encontre na minha sala. — Antes de sairmos ele me lançou um olhar medonho. Meu corpo se arrepiou por inteiro. Eu ainda estava com o meu pijama da Barbie, conforme andávamos pelos corredores mais medo eu sentia. Sentir medo, solidão e vontade de chorar, muita vontade de desmoronar aqui mesmo na frente desta mulher estranha.— Chegamos, por favor retire suas roupas e me siga novamente. — Ela simplesmente virou as costas para mim.— Nua? — Perguntei surpresa. Meu corpo estava gelado, Deus me perdoa eu estava brincando quando disse que queria morrer!— Exatamente, você é uma garota esperta, tenho certeza que irá se dar bem. Se quiser vestir esse roupão fique a vontade também. Peguei o roupão que estava pendurado na porta e vesti o mais rápido possível, nunca deixei que ninguém visse meu corpo e agora serei exposta a não sei quantas pessoas. A sala pequena abrigava mais de 20 mulheres, todas devem ter a mesma faixa etária que eu tenho, já estavam todas peladas.— Vamos lá querida, tire a roupa e junte-se a elas. — Quando o roupão caiu no chão, eu senti olhares em minha direção. Na verdade, todas elas estavam me olhando como se eu fosse uma coisa muito estranha.Maurício A minha expectativa era que ela fosse mais indesejável pelas coisas que Roberto falou, mas vejo que ele exagerou um pouco. O leilão foi rápido, houve alguns imprevistos, tive que ir checar mercadorias que chegaram. Juliana já as levou para a sala de revistas, eu não deveria, mas estou indo até lá.— Então, posso saber aonde está indo?— Fazer a checagem para ir embora, você já não deveria ter feito o mesmo? — Roberto quando cisma com alguma coisa ela enche a porra do meu saco direitinho.— Deveria, mas tô afim de ir dar um olhada nelas com você.— Sem essa Roberto, para de bancar o otário e se manda. Se quiser me esperar pra depois daqui a gente ir tomar umas por ai beleza, mas se for encher meu saco vai pra casa. — O convite não foi aceito e ele foi embora. Ao chegar entrei na sala e meu olhar foi direcionado para o corpo cheio de cicatrizes, que tem um foda par de olhar tristes. Tentei não focar muito nas marcas, mas é quase inevitável não reparar. O rosto dela não há nenhuma marca, seu olhar expressa a dor que ela já carregou. Juliana fez a revista e saiu para buscar novas vestes para todas elas.— Maurício, eu preciso falar com você. — A seguir para um pouco distantes.— Houve algum problema?— Como assim algum problema? Não viu aquela garota? Ela não vai dar lucro algum, imagina o tumulto que ela irá causar quando for exposta! A garota chegou aqui vestida com um pijama da Barbie Maurício, tem noção do prejuízo que aquilo ali é?— Ela não vai participar de nada aqui, simplesmente porque ela vai vestir a roupa da Barbie dela e vai comigo.— O quê? Ficou louco de uma vez? — Ela estava sem acreditar e eu sem paciência.— Quem está de brincadeira aqui é você, se insistir em me desafiar quem vai se arrepender é você. Agora mande ela vestida a roupa que eu tenho pressa, quanto às outras será o mesmo processo de sempre. A garota permaneceu com o olhar baixo e imóvel, ela tem os mesmos olhos do canalha do Parkinson. Ana já havia levado ela para vestir a sua roupa, mas estava demorando demais para voltar então eu fui até a sala. Abrir a porta e ela estava de joelhos, nua e chorando. Ao me ver levantou muito rápido e colocou as mãos sobre os seios. O olhar de desespero foi direcionado a mim como um pedido de socorro.— Por favor, não me toque. Se for me matar que seja agora.— Quem está falando em morte aqui? Se veste logo que temos que ir embora logo, eu tenho pressa. Está com frio? – Ela se vestiu muito rápido e até que fica bem no pijama dela. Saímos e ela não falou absolutamente nada. Chegamos na minha casa e eu a levei até seu quarto de empregada, como eu disse ela será minha empregada e quem sabe mais pra frente poderá me ajudar na contabilidade.Parkinson Na mesa estava o jantar dela, o repolho queimado e o peso na minha consciência, não tive coragem para olhar nos olhos dela, mas isso não será eterno, eu juro que vou dar um jeito de tirar ela das mãos dele. Maurício não presta.Ligação Ativa— Fala patrão, me ligando nessas horas, sinto que estou precisando de alguma coisa, estou errado? — Fala Zé, exatamente, tô precisando daquela grana, tem como você me quebrar esse galho? Minhas dúvidas com agiotas só crescem a cada dia que se passa, mas se eu conseguir pelo menos a metade da grana que eu devo ao Maurício talvez ele aceitei uma "rescisão". — Cara de novo? Será que você faz ideia do quanto já está me devendo? — Eu sei, mas vai ter como ou não? É uma emergência e além disso eu vou te pagar tudo com juros. — Você tem 90 dias para me pagar ou eu te mato, pode passar aqui a noite e pegar sua grana. — Valeu mesmo por me quebrar mais essa, eu vou te pagar antes mesmo do que você imagina.Ligação InativaComo a torta que Louise deixou pronta, abri uma cerveja e fui assistir futebol.Dia seguinte… Roberto Aquela garota me deixou curioso, Maurício ainda não apareceu e temos muita coisa para resolver ainda hoje. A demanda é grande e temos que oferecer sempre
Louise O raio de Sol que entrava estava deixando o ambiente um tanto claro demais. As demais ainda estavam dormindo, menos Maria. Levantei com muita cautela para não fazer barulho e acordar às demais e fui até o banheiro coletivo, onde eu também tenho direito agora!— O que faz de pé tão cedo? Sabe que horas ainda são garota — Maria perguntava baixinho para que ninguém nos ouvisse. — Eu senti sede e vim beber água, preciso usar o banheiro também. — Respondi em um cochicho. — Então faz logo e volta para o quarto. Aproveite as poucas horas de sono que você ainda tem, o dia será bem trabalhoso hoje. Não houve mais conversas depois que ela foi em rumo ao quarto, segui até o banheiro onde passei mais tempo que o esperado. Perdi a noção da vida quando me peguei pensando no Parkinson, a minha ficha ainda não caiu e eu tenho medo de dormir e acordar aqui. Um barulho lá fora me chamou a atenção, olhei com curiosidade pela janela do banheiro que ficava no que podemos chamar de "mausoléu", u
Roberto A movimentação estava tensa. Muita gente falando ao mesmo tempo e as empregadas já estavam servindo, mas, onde está Louise? — Ju, onde está a novata? — Segurei ela pelo braço e a mesma me olhou com um olhar repreensivo. — Seu amigo não te disse? — Juliana tinha insatisfação em sua voz e um semblante de raiva. — Me disse o quê? — Franzi o cenho e continuei a encarando. — Ele não a quer nem mesmo servindo, segundo ele, ela não irá causar boa impressão aos convidados. Eu tentei conversar com ele, mas não tem acordo. — Tem certeza que é só isso mesmo? — Soltei ela e fui em direção ao Maurício. — Se quer mais informações pergunte ao próprio! Por incrível que pareça, Norely estava conversando com alguns homens que mantinha toda atenção focada nele, enquanto Maurício conversava com Ana. Olhei rápido para a porta onde estavam entrando mais alguns homens acompanhados com as garotas que Maurício lhe oferece como acompanhantes e vi Parkinson escondido atrás das cortinas, de
Louise Há quatro portas que dão saída dos dormitórios para o restante da casa, mas todas elas estão trancadas por fora, me deixaram presa como se eu fosse algum animal e isso tá doendo por dentro. Mesmo que meu pai não me desse atenção nunca, lá eu estava saindo a hora que eu queria e sem hora para voltar, agora só Deus sabe a hora que eu vou sair daqui ou que elas irão voltar. Tentei abrir as janelas mas todas elas tinham grades por fora, mal dando para ver os raios de luz que ainda habitam lá fora. Tentei amarrar um lençol na grade, assim eu poderia acabar com isso antes que eu me sentisse pior do que estou, ainda mais sabendo que eu não irei sair daqui nunca e depois daqui para onde eu irei? Tentei amarrar mas não havia nenhum lugar com brechas e os móveis não suportavam o peso, decidi pensar em outra forma de fazer isso e por fim me deitei, desligando a luz do abajur e puxando a coberta até cobrir meu rosto também. Mas a luz foi aberta e junto com o Roberto entrou uma mulher
Duas semanas depois…Louise Os dias passaram até que meio rápidos demais, achei que iria ser desgastante e que eu iria acabar não suportando esta minha nova vida, mas Maria sempre me alegra de alguma forma. Ainda estou horrorizada com aquele lance de venda de mulheres, mas cada um faz o que lhe convém e se eu não estou no meio delas devo agradecer por isso! Maria não parava de falar no meu ouvido, ela tem muito assunto e do nada saí de um para outro. Maurício vinha me tratando "diferente" das demais. Às últimas noites ele me pedia para que levasse whisky até o seu quarto, acho que ele é feito de álcool, pois todas as noites ele bebe. Ultimamente Maurício vinha me cumprimentar com um boa noite ou um bom dia, isso é pra lá de estranho. — Você é mesmo cega se não vê como ele te olha. — Maria retrucava enquanto enxugava os pratos que eu estava enxaguando. — É sério Lu, ele te olha diferente. Não sei explicar! Mas, eu nunca o vi assim, ele está diferente e… — Você no mínimo está
— Filho, onde está Roberto que eu ainda não o vi hoje? — Deve estar por aí! Então a senhora deve ter um bom propósito para estar aqui hoje e não apenas querendo saber sobre a minha vida! — Discorreu de forma autoritária, o que me fez rir. — Você está certo, mas eu preciso que pare de implicar com o Norely, ultimamente ando recebendo muitos e-mails, reclamações dos desentendimentos de vocês. Como vejo seu silêncio está consentindo com os boatos, pude ver a desgraça com os meus próprios olhos, o que pretende fazer agora e o porquê de toda essa violência? — Tenho meus motivos, mãe. Agora tenho que sair, preciso refrescar minha mente antes que eu enlouqueça. — Tome cuidado, meu filho. Não faça nada que venha se arrepender depois e lembre-se: previna-se, pois estou muito nova ainda para ser avó. — A senhora nunca muda! Caso eu não retorne até às sete fique tranquila, eu ligarei e por favor, se ver Louise peça para que ela descanse. E a senhorita não vai se meter em enrascada por aí.
Mauricio— Por que mudou de ideia sobre deixar ela ir? — Roberto pergunta relembrando sobre Louise. — Emma apareceu e me fez mudar de ideia! Ela falou alguma coisa que não deveria falar? — Pergunto entre um suspiro e uma certa preocupação.— Achei que havia olhado para ela o suficiente para saber até a cor do seu batom. Mas se quer saber, ela não deu trabalho algum, além disso eu retiro o que disse sobre ela, a garota é legal. Se essa foi uma tentativa de me fazer ciúmes, confesso que ele falhou miseravelmente. Estava alinhando meu terno e senti falta de Maria, não a vi hoje ainda. — Fico feliz por você. Qual técnica usou pra isso? Se bem que você muda de ideia muito depressa. — Ele franziu o cenho e me olhou, perdendo o ânimo que tinha até pouco tempo atrás. — Qual é Maurício? A mina é gente boa e não sei porque destratar ela dessa forma. Eu já disse, eu retiro o que disse. — Não foi você mesmo que disse coisas horríveis sobre ela? Estou admirado com sua mudança de atitude tão
Louise De todos lugares que eu já fui, sem dúvida esse é um dos melhores. Bebida e música eram duas coisas que não faltavam. Assim que chegamos Maria me apresentou a todas elas e eu fiquei muito feliz, pois fui bem recebida por todas elas. Não recordo de ter vivido algo tão bom assim, na verdade eu estava me sentindo leve e feliz. — Maria, e se alguém vier atrás de nós duas? — Perguntei com uma certa preocupação, não muito por mim, mas por ela se dar mal e acabar se dando mal por isso, eu não a queria longe de mim. — Será que dá pra curtir a festa sem se preocupar, garota? Ninguém vem atrás da gente, sabe por quê? Porque não fazemos diferença alguma naquela casa, então aproveita e curte sua primeira noite de muitas aqui com a gente. — Todas levantaram seus copos e garrafas de bebidas e eu fiz o mesmo. — Um brinde a nossa nova amiga, que possamos curtir juntas muito mais vezes de hoje em diante. — A amiga de Matias gritou e todas brindamos. A primeira dose que eu tomei foi de te