Um ano após o acidente…
Maurício Monroeli Discurso — Número sete, por favor, três passos à frente! Vê-las obedecendo cada ordem sem nenhum esforço já é um grande avanço para meus novos negócios. — Olívia, uma virgem perversa de apenas 20 anos que adora fantasias sexuais. Suas funções são extraordinárias senhores, não fazem ideia do que ela é capaz de fazer apenas usando o domínio do sexo oral. O valor do lance inicial não poderá ser inferior a 20 mil Euros. Olívia não é portadora de nenhuma DST (doença sexualmente transmissível). Todos irão receber em suas telas digitais a ficha das jovens que participarão do leilão nesta bela noite. Esta é a nossa segunda mercadoria da noite, lembrando que hoje teremos 12 selecionadas. – Roberto encerra o discurso dando seu lance inicial de 32 mil Euros. Os lances iniciais foram ótimos, afinal de contas elas têm mesmo que fazer valer todo meus esforços. O leilão funciona da seguinte forma: se a mãe, pai ou seja lá quem for, não pagar o que me devem, alguém tem que pagar, já que não eles têm dinheiro aceito uma boa mercadoria como pagamento, caso não tenha nenhuma das duas coisas a morte é inevitável. Olívia por sorte foi comprada pelo meu melhor cliente no mercado do pó, sendo assim a primeira mulher a ser comprada por ele. A última leiloada foi Charles, o lance pra ela não foi dos melhores mas está de bom tamanho. — Agradeço a presença de cada um de vocês, senhores. Lamento a quem não conseguiu comprar sua felicidade hoje, mas isso não é motivo para tristeza, amanhã teremos 16 novos números. Fiquem à vontade para aproveitar a festa. – Depois do leilão a bebida é por conta da casa (no caso por minha conta). Deixei todos nas mãos da Juliana, peguei as duas melhores vadias da noite e fui ao melhor hotel com as duas vadias e Roberto. — E aí, o cara já deu alguma satisfação? – Ele se refere ao Parkinson, um grande canalha devedor. — Não. Eu já não quero pensar em mais nada Roberto, amanhã vou ver o que ele tem para me oferecer em troca da sua vida. — Ouvir boatos de que ele tem uma filha, mas ela não é nenhum pouco bonita e muito menos atraente. Assim dizem! — Que seja! Se for verdade os boatos, ao menos eu terei uma empregada. Espero que ela seja útil para alguma coisa, estou cansado de decepções em minha vida. — Mas só toma cuidado pra ela não te fazer ter pesadelos horríveis depois de vê-la. Pelo que dizem ela é deformada e não tem mais jeito algum, parece que um cara ateou fogo nela. A mãe nunca se importou, sendo assim a filha triste, feia e infeliz do Parkinson.— Lamentaria se ela fosse minha mãe ou até você mesmo, mas como não me vem ao caso eu estou pouco me fodendo para quem quer que seja. Chegamos ao hotel e as duas mulheres já me esperavam dentro do quarto VIP, juntamente com outra vadia. Roberto já entrou indo até o bar, segundo ele para esquentar o corpo antes de fazer qualquer coisa. O quarto tem luzes vermelhas e azuis, que dão um tom um tanto sexy quanto relaxante e embriagador, só de se estar presente é possível sentir paz. À minha frente eu tenho uma visão privilegiada, três gostosas se aquecendo no pole dance. — Chupa logo esse caralho vadia, eu não tenho a noite toda pra encenação não. – Uma delas veio caminhando lento, se aproximou e tentou tirar meu blazer, a interrompi porque não quero nada além de um maravilhoso sexo oral hoje. — Só chupa, sem falar nada. Vocês duas podem sair. — Por que tem que ser assim? Poderíamos ser felizes juntos! — Eu pedi silêncio. – Ordenei mais uma vez. Sabrina é uma ex fodida que tentou me passar para trás, mas como ela mesma sabia se ferrou e muito. Vendi Sabrina ao dono da Boate Norely's que é uma fanático por mulheres vadias que não valem nada. Sendo também uma casa de prostituição, só os mais ricos tem passe livre. A desgraçada tem o dom de sugar meu pau como nenhuma outra, a boca carnuda fazendo movimentos de vai e vem, me dá uma sensação de leveza, como se eu estivesse flutuando por aí, como eu queria não sentir tanto. Ela consegue abocanhar tudo e com a mão direita se masturba enquanto chupa, em movimentos frenéticos e únicos. Joguei a cabeça para trás e agarrei seus cabelos dela mantendo a boca dela grudada em cada centímetro do meu pau, quem estava no controle de tudo agora era eu e fiz ela engasgar com o gozo, lágrimas descendo em seu rosto pra mim é um momento de prazer e muito satisfatório. Peguei e pedi que ela saísse, tomei um banho e até pensei em ir para um segundo round com direito a penetração e a porra toda, mas fui interrompido com a ligação do Roberto. Ligação Ativa — Muda seus planos para hoje porque Parkinson está aqui! — Segura ele até que eu chegue. – Até parece que adivinhei. Hoje é o dia perfeito para obter alguma resposta sobre sua dívida e como eu vou ficar nessa história. — Fica tranquilo que daqui ele não sai, só não demora muito porque ele pode tentar fazer alguma cena aqui dentro. — Pode deixar que eu já estou descendo. Ligação InativaRoberto sempre foi muito ágil em tudo que faz, estava com Parkinson ao seu lado. Discretamente peguei uma de champanhe e caminhei em direção aos dois com um sorriso ardiloso nos lábios. — Maurício, é sempre um prazer te encontrar. – Diz ao me cumprimentar entendendo a mão. — Lamento que não posso dizer o mesmo. Sabe que sua dívida já passou do prazo e com isso os juros só vão aumentando cada vez mais e mais… sei que não tem como me pagar, o que tem a me oferecer em troca da sua vida? — Eu não tenho nada de valor que lhe interesse Maurício, se você me der mais duas semanas eu juro que irei conseguir pelo menos a metade do valor. – Os olhos marejados entregam seu estado de desespero que por um breve momento realmente achei que ele iria chorar. — O prazo de espera para você infelizmente chegou ao fim, mas isso não é problema para mim, fiquei sabendo que tem uma filha, não gostaria de fazer bons negócios com ela? – Seu olhar mudou para surpresa muito rápido. — Tenho certeza que ela não lhe interessaria, a garota está toda deformada e… — É útil para alguma coisa?— Ela é formada em economia e é uma excelente dona de casa. – Bom, já é alguma coisa.— Ótimo, passei amanhã à noite para pegá-la, esteja com ela no momento do pagamento, não quero ser intitulado como uma má pessoa. E não esqueça Parkinson que mais uma vez eu estou te livrando da morte, seu canalha. – Ele não falou mais nada, simplesmente virou as costas e foi embora. A noite foi longa e muito tediosa. Bebi tudo que tinha direito enquanto Roberto se divertia com as vadias. Juliana, a irmã do Norely e responsável por tomar conta de tudo, ainda é responsável por instituir as garotas que vem parar nas minhas mãos.— Quando terá outro leilão? Bem que você poderia colocar uns gatinhos pelados também não acha? – Sorri com sua cara cínica.— Amanhã, inclusive precisarei dos seus serviços para instruir algumas jovens inexperientes que vieram parar na minha mão. — Pode deixá-las comigo que terá bons resultados. – Me despedi de Juliana, avisei ao Roberto que iria para casa e sair. Eu não gosto de matar, por isso prefiro fazer negócios em troca da dívida deles. Alguma vem até mim por livre e espontânea vontade, querendo ser comparadas por um bom partido, outras são pagamentos de dúvidas mesmo e algumas até acham que a gente trabalha com algum tipo de agência de modelo. Louise A cada vez que eu me olho no espelho é como se eu tivesse me vendo pegar fogo novamente, por isso tento evitar ao máximo não me olhar. A única parte do meu corpo "salva" do meu corpo foi meu rosto e a perna esquerda, depois disso me isolei de muitas coisas, evito lugares mais cheios pois sempre vem uma pessoa pra perguntar sobre e eu odeio. Arrumei um trabalho a pouco tempo numa confeitaria, gosto de lá porque não é muito movimentado. Clarice trabalha comigo há dois meses e é a única pessoa mais próxima de mim. Antes de trabalharmos juntas já éramos conhecidas, cursando economia juntas, mas só agora nos falamos um pouco mais, ela trabalha comigo porque não consegui outro emprego. — Bom dia Clarice, está se sentindo melhor das dores? – Perguntei assim que entrei e já a vi por trás do balcão. — Bom dia Louis, estou sim, obrigada por perguntar. Louis… eu sei que já insisti demais, mas hoje à noite minha mãe vai fazer um churrasco lá em casa, você tá afim de ir? Por favor Louis! – Clarice é insistentemente tanto quanto uma criança quando quer alguma coisa. — Obrigada mais uma vez por convidar Clarice, mas você sabe que não é pra mim. Não pensei que é má vontade minha pois não é, eu só não estou preparada ainda. — E você tem vergonha de quê? Você é linda e tem um coração de ouro Louis, pode vestir a roupa que for que ainda sim será linda, não é essas marcas que vai te fazer querer parar de viver, vai? – Falando assim até parece tão fácil…— Obrigada por suas palavras Clarice, mas eu ainda não estou preparada. — Tudo bem então, mas promete que algum dia você vai sair comigo? — Eu prometo, mas… eu não sei quando esse dia chegará. — Não tem problema, eu vou sempre te lembrar. O dia foi produtivo, fizemos boas vendas e passei a Mauro parte da tarde conversando com a Clarice sobre economia. Ao chegar em casa notei que meu pai havia deixado um bilhete em cima da mesa. "Boa noite filha, talvez eu chegue um pouco mais tarde hoje, portanto pode jantar sem mim. Amanhã será um grande dia para todos nós." Não entendi bem o que ele quis dizer com esse "amanhã será um grande dia", todos os dias são iguais para nós dois, mas seja lá o que for não me interessa. Entrei no banheiro e tentei mais uma vez não me olhar no espelho, meus cabelos estão horríveis, minha pele sem nenhum cuidado sem contar essas olheiras ridículas. Pensando bem, eu bem que poderia aceitar um dos convites de Clarice e ir me divertir um pouco, não, acho que é melhor continuar assim mesmo. Enquanto esperava a banheira encher fui fazer esfoliação na pele com extrato de camomila. Entrei na banheira permitindo meu corpo ser todo coberto pela água – seria tudo mais fácil se eu me afogasse aqui dentro sem ninguém por perto mesmo – Mas temo pelo que pode estar né esperando após a morte. Após quase uma hora perdida em meus pensamentos eu fui para meu quarto. A casa não é muito modesta, mas tem tudo que precisamos para o dia a dia. Olhei minhas roupas reviradas e tenho certeza que meu pai pegou minha última jóia, que droga! Vesti meu pijama da Barbie e fui fazer a janta. Cortei o frango em tira e enquanto o repolho estava refogando alguém insistia tocando a campainha incansavelmente. Tirei o avental e fui atender. — Se veio atrás do Parkinson ele não está. — Disse ao abrir a porta. O homem por fora da porta deve ter uns dois metros de altura ou mais. A barba enorme e os olhos negros dão a ele uma aparência medonha e um feio na espinha, é cada traste que me pai se envolveu que Deus me livre. Havia mais um homem encostado no carro parado logo à frente do jardim, meu coração começou a bater descompassado quando eu vi que eles tinham armas.— Não vai nos convidar para lhe acompanhar em seu solitário jantar, querida? — Quem são vocês? Quanto meu pai está devendo? Podemos negociar, eu posso pagar um pouco agora. Por favor, entrem. — Me afastei da porta dando passagem para o cara grande e ele entrou, mas o outro homem continuou lá, imóvel. — Então vamos logo ao que nos interessa, quanto você tem em mãos? — Bem, a jóia que meu pai roubou estava avaliada em 15 mil dólares, foi uma jóia que ele começou em um leilão quando eu era criança ainda, desde então ele era meu. Deus queira que ele tenha pago ao menos uma parte desta dívida, não pode ter feito apostas ou eu não sei o que fazer. — Tenho uns 10 mil em dinheiro e jóias, podemos fazer negócio? — Sabemos que o imbecil do Parkinson é um homem sem limites, estou mentindo? Lamento dizer a senhorita que você é o pagamento. — Há? Agora quem está confusa sou eu. — Você só pode está blefando não é? Tudo bem, ele é um cara viciado, mas tenho certeza que ele jamais faria isso co
Ligação Ativa— Fala patrão, me ligando nessas horas, sinto que estou precisando de alguma coisa, estou errado? — Fala Zé, exatamente, tô precisando daquela grana, tem como você me quebrar esse galho? Minhas dúvidas com agiotas só crescem a cada dia que se passa, mas se eu conseguir pelo menos a metade da grana que eu devo ao Maurício talvez ele aceitei uma "rescisão". — Cara de novo? Será que você faz ideia do quanto já está me devendo? — Eu sei, mas vai ter como ou não? É uma emergência e além disso eu vou te pagar tudo com juros. — Você tem 90 dias para me pagar ou eu te mato, pode passar aqui a noite e pegar sua grana. — Valeu mesmo por me quebrar mais essa, eu vou te pagar antes mesmo do que você imagina.Ligação InativaComo a torta que Louise deixou pronta, abri uma cerveja e fui assistir futebol.Dia seguinte… Roberto Aquela garota me deixou curioso, Maurício ainda não apareceu e temos muita coisa para resolver ainda hoje. A demanda é grande e temos que oferecer sempre
Louise O raio de Sol que entrava estava deixando o ambiente um tanto claro demais. As demais ainda estavam dormindo, menos Maria. Levantei com muita cautela para não fazer barulho e acordar às demais e fui até o banheiro coletivo, onde eu também tenho direito agora!— O que faz de pé tão cedo? Sabe que horas ainda são garota — Maria perguntava baixinho para que ninguém nos ouvisse. — Eu senti sede e vim beber água, preciso usar o banheiro também. — Respondi em um cochicho. — Então faz logo e volta para o quarto. Aproveite as poucas horas de sono que você ainda tem, o dia será bem trabalhoso hoje. Não houve mais conversas depois que ela foi em rumo ao quarto, segui até o banheiro onde passei mais tempo que o esperado. Perdi a noção da vida quando me peguei pensando no Parkinson, a minha ficha ainda não caiu e eu tenho medo de dormir e acordar aqui. Um barulho lá fora me chamou a atenção, olhei com curiosidade pela janela do banheiro que ficava no que podemos chamar de "mausoléu", u
Roberto A movimentação estava tensa. Muita gente falando ao mesmo tempo e as empregadas já estavam servindo, mas, onde está Louise? — Ju, onde está a novata? — Segurei ela pelo braço e a mesma me olhou com um olhar repreensivo. — Seu amigo não te disse? — Juliana tinha insatisfação em sua voz e um semblante de raiva. — Me disse o quê? — Franzi o cenho e continuei a encarando. — Ele não a quer nem mesmo servindo, segundo ele, ela não irá causar boa impressão aos convidados. Eu tentei conversar com ele, mas não tem acordo. — Tem certeza que é só isso mesmo? — Soltei ela e fui em direção ao Maurício. — Se quer mais informações pergunte ao próprio! Por incrível que pareça, Norely estava conversando com alguns homens que mantinha toda atenção focada nele, enquanto Maurício conversava com Ana. Olhei rápido para a porta onde estavam entrando mais alguns homens acompanhados com as garotas que Maurício lhe oferece como acompanhantes e vi Parkinson escondido atrás das cortinas, de
Louise Há quatro portas que dão saída dos dormitórios para o restante da casa, mas todas elas estão trancadas por fora, me deixaram presa como se eu fosse algum animal e isso tá doendo por dentro. Mesmo que meu pai não me desse atenção nunca, lá eu estava saindo a hora que eu queria e sem hora para voltar, agora só Deus sabe a hora que eu vou sair daqui ou que elas irão voltar. Tentei abrir as janelas mas todas elas tinham grades por fora, mal dando para ver os raios de luz que ainda habitam lá fora. Tentei amarrar um lençol na grade, assim eu poderia acabar com isso antes que eu me sentisse pior do que estou, ainda mais sabendo que eu não irei sair daqui nunca e depois daqui para onde eu irei? Tentei amarrar mas não havia nenhum lugar com brechas e os móveis não suportavam o peso, decidi pensar em outra forma de fazer isso e por fim me deitei, desligando a luz do abajur e puxando a coberta até cobrir meu rosto também. Mas a luz foi aberta e junto com o Roberto entrou uma mulher
Duas semanas depois…Louise Os dias passaram até que meio rápidos demais, achei que iria ser desgastante e que eu iria acabar não suportando esta minha nova vida, mas Maria sempre me alegra de alguma forma. Ainda estou horrorizada com aquele lance de venda de mulheres, mas cada um faz o que lhe convém e se eu não estou no meio delas devo agradecer por isso! Maria não parava de falar no meu ouvido, ela tem muito assunto e do nada saí de um para outro. Maurício vinha me tratando "diferente" das demais. Às últimas noites ele me pedia para que levasse whisky até o seu quarto, acho que ele é feito de álcool, pois todas as noites ele bebe. Ultimamente Maurício vinha me cumprimentar com um boa noite ou um bom dia, isso é pra lá de estranho. — Você é mesmo cega se não vê como ele te olha. — Maria retrucava enquanto enxugava os pratos que eu estava enxaguando. — É sério Lu, ele te olha diferente. Não sei explicar! Mas, eu nunca o vi assim, ele está diferente e… — Você no mínimo está
— Filho, onde está Roberto que eu ainda não o vi hoje? — Deve estar por aí! Então a senhora deve ter um bom propósito para estar aqui hoje e não apenas querendo saber sobre a minha vida! — Discorreu de forma autoritária, o que me fez rir. — Você está certo, mas eu preciso que pare de implicar com o Norely, ultimamente ando recebendo muitos e-mails, reclamações dos desentendimentos de vocês. Como vejo seu silêncio está consentindo com os boatos, pude ver a desgraça com os meus próprios olhos, o que pretende fazer agora e o porquê de toda essa violência? — Tenho meus motivos, mãe. Agora tenho que sair, preciso refrescar minha mente antes que eu enlouqueça. — Tome cuidado, meu filho. Não faça nada que venha se arrepender depois e lembre-se: previna-se, pois estou muito nova ainda para ser avó. — A senhora nunca muda! Caso eu não retorne até às sete fique tranquila, eu ligarei e por favor, se ver Louise peça para que ela descanse. E a senhorita não vai se meter em enrascada por aí.
Mauricio— Por que mudou de ideia sobre deixar ela ir? — Roberto pergunta relembrando sobre Louise. — Emma apareceu e me fez mudar de ideia! Ela falou alguma coisa que não deveria falar? — Pergunto entre um suspiro e uma certa preocupação.— Achei que havia olhado para ela o suficiente para saber até a cor do seu batom. Mas se quer saber, ela não deu trabalho algum, além disso eu retiro o que disse sobre ela, a garota é legal. Se essa foi uma tentativa de me fazer ciúmes, confesso que ele falhou miseravelmente. Estava alinhando meu terno e senti falta de Maria, não a vi hoje ainda. — Fico feliz por você. Qual técnica usou pra isso? Se bem que você muda de ideia muito depressa. — Ele franziu o cenho e me olhou, perdendo o ânimo que tinha até pouco tempo atrás. — Qual é Maurício? A mina é gente boa e não sei porque destratar ela dessa forma. Eu já disse, eu retiro o que disse. — Não foi você mesmo que disse coisas horríveis sobre ela? Estou admirado com sua mudança de atitude tão