— Filho, onde está Roberto que eu ainda não o vi hoje? — Deve estar por aí! Então a senhora deve ter um bom propósito para estar aqui hoje e não apenas querendo saber sobre a minha vida! — Discorreu de forma autoritária, o que me fez rir. — Você está certo, mas eu preciso que pare de implicar com o Norely, ultimamente ando recebendo muitos e-mails, reclamações dos desentendimentos de vocês. Como vejo seu silêncio está consentindo com os boatos, pude ver a desgraça com os meus próprios olhos, o que pretende fazer agora e o porquê de toda essa violência? — Tenho meus motivos, mãe. Agora tenho que sair, preciso refrescar minha mente antes que eu enlouqueça. — Tome cuidado, meu filho. Não faça nada que venha se arrepender depois e lembre-se: previna-se, pois estou muito nova ainda para ser avó. — A senhora nunca muda! Caso eu não retorne até às sete fique tranquila, eu ligarei e por favor, se ver Louise peça para que ela descanse. E a senhorita não vai se meter em enrascada por aí.
Mauricio— Por que mudou de ideia sobre deixar ela ir? — Roberto pergunta relembrando sobre Louise. — Emma apareceu e me fez mudar de ideia! Ela falou alguma coisa que não deveria falar? — Pergunto entre um suspiro e uma certa preocupação.— Achei que havia olhado para ela o suficiente para saber até a cor do seu batom. Mas se quer saber, ela não deu trabalho algum, além disso eu retiro o que disse sobre ela, a garota é legal. Se essa foi uma tentativa de me fazer ciúmes, confesso que ele falhou miseravelmente. Estava alinhando meu terno e senti falta de Maria, não a vi hoje ainda. — Fico feliz por você. Qual técnica usou pra isso? Se bem que você muda de ideia muito depressa. — Ele franziu o cenho e me olhou, perdendo o ânimo que tinha até pouco tempo atrás. — Qual é Maurício? A mina é gente boa e não sei porque destratar ela dessa forma. Eu já disse, eu retiro o que disse. — Não foi você mesmo que disse coisas horríveis sobre ela? Estou admirado com sua mudança de atitude tão
Louise De todos lugares que eu já fui, sem dúvida esse é um dos melhores. Bebida e música eram duas coisas que não faltavam. Assim que chegamos Maria me apresentou a todas elas e eu fiquei muito feliz, pois fui bem recebida por todas elas. Não recordo de ter vivido algo tão bom assim, na verdade eu estava me sentindo leve e feliz. — Maria, e se alguém vier atrás de nós duas? — Perguntei com uma certa preocupação, não muito por mim, mas por ela se dar mal e acabar se dando mal por isso, eu não a queria longe de mim. — Será que dá pra curtir a festa sem se preocupar, garota? Ninguém vem atrás da gente, sabe por quê? Porque não fazemos diferença alguma naquela casa, então aproveita e curte sua primeira noite de muitas aqui com a gente. — Todas levantaram seus copos e garrafas de bebidas e eu fiz o mesmo. — Um brinde a nossa nova amiga, que possamos curtir juntas muito mais vezes de hoje em diante. — A amiga de Matias gritou e todas brindamos. A primeira dose que eu tomei foi de te
MaurícioO dia já estava clareando quando Louise surgiu das árvores, sozinha e cambaleando pelo trajeto. Antes mesmo que eu pudesse falar algo ela olhou para cima e me viu na janela, apressou seus passos e correu para dentro do dormitório, o semblante dela mudou assim que me viu e pelo que eu percebi todo o álcool que ela ingeriu acabou de sair. Passaram quase vinte minutos e Maria não apareceu, então eu resolvi ir até lá ver o que rolou nessa saidinha e o porquê dela não ter fugido quando teve oportunidade. Não sei explicar o alívio que senti em vê-la. Hoje é dia de folga para todas, menos para Louise, deve ser por esse motivo que Maria não retornou. (...) As luzes do quarto estavam apagadas e ela não estava na cama. Entrei sem fazer barulho algum e pude ouvir barulho vindo do banheiro, a porta estava aberta e pude ver ela ajoelhada com as mãos apoiadas ao sanitário e seu rosto com uma aparência muito bêbada. — Onde você estava? — Ela enxugou o canto da boca e me olhou com um olh
Juliana Maurício me chamou muito cedo, não era nem seis da manhã quando ele entrou no meu apartamento, como entrou eu não faço ideia. Não imaginei que ele fosse mudar de ideia em relação aquela garota, não estou a julgando ou achando ela inferior às outras, mas há mulheres muito mais bonitas que ela, que caem matando em cima dele, tentando ter algum lance e ele nem dá a mínima. Pelo que ele me disse ela voltou de algum lugar a pouco tempo, e sozinha. — Está preocupado com ela ou o quê? Afinal, o que você quer que eu faça Maurício? Já te disse que não devemos misturar vida pessoal com negócio, aliás, você mesmo disse isso. — Quero que você me ajude com isso. Eu não quero que ela se junte às outras novamente, retire ela de sua lista no próprio leilão. Não estou sabemos lidar quando ela está muito perto. — Não está sabendo como exatamente? Um homem não pode se apaixonar apenas pelo que vê? A garota tem suas deformidades e tals… mas ela não deixa de ser bonita e principalmente educad
Laerte A propostas de Norely confesso que é muito tentadora, mas eu não irei tentar convencer ao Maurício apenas para dar Louise de bandeja a Norely depois, todo mundo sabe que ele e Parkinson sempre tiveram uma certa rivalidade. Não vou me meter no meio disso. James sempre foi o filho bastardo de Norely, mas essa fissura dele pela garota me despertou um certo interesse, de fato não é apenas pela rivalidade que ele tenha com Parkinson. Vejo desespero em seus olhos, ele teme que alguém descubra alguma coisa sobre James e agora que eu me interessei pelo assunto irei até o fim para saber do que se trata e porque tanto interesse na garota. Estava na sala do meu escritório quando Vanusa entra com o telefone na mão. — Senhor, é Charlie de novo. Ele insiste que quer falar com o senhor ou não irá parar de ligar. — Peguei o telefone e o trouxe até meu ouvido. Ligação Ativa— Propostas indecentes seu babaca? — Ouvi seu riso cínico do outro lado da linha.— Desta vez não. Fiquei sabendo que
Maurício— Mãe, pode me dizer o que a senhora está fazendo aqui? — Emma me olhou e sorriu, ela sempre faz isso quando quer me dizer alguma coisa e sabe que eu irei discordar. Com licença! — Louise pediu e saiu andando em passos largos. — Ôh! Não se preocupe, amanhã eu estarei indo para casa, mas antes quero te pedir uma coisa. — Eu não gosto quando ela também fala nesse tom, soa muito convincente e eu não consigo dizer "não" para ela. — A senhora sabe que me tem nas mãos, mas por favor mãe, não abuse! — Eu quero levar Louise comigo. Meus desfiles de moda estão indo bem e como eu represento a diversidade ela se encaixa muito bem na categoria de mulher foda. — O que a senhora tem a me oferecer? — Sorri de lado enquanto ela se ajeitava na cadeira para preparar um breve discurso cujo qual eu irei reprovar seja lá o que for. — Uma boa vida para essa garota, Maurício. Eu fui uma mulher muito sofrida e você mais que ninguém sabe o quanto eu sofri para chegar onde eu cheguei, você sabe
Emma Enquanto andava de um lado para o outro eu estava pensando seriamente em levá-la comigo, mas não posso fazer isso, Maurício iria atrás de mim aonde eu estivesse. O dia ainda está clareando e as meninas já estão chegando para retornarem ao seus serviços. Avistei Louise aguando as rosas que eu sempre zelei tanto, ela conversa com elas como se elas fossem responder. — Sabia que é feio espiar pela janela dona Emma? — Meu filho… quase me deu um susto, criatura, da próxima bata na porta pelo menos. — Desculpa mãe, é que eu tenho um assunto muito sério para conversar com a senhora agora. — O que deve ser de tão importante que não poderia esperar? — Alícia! Ela resolveu me perseguir e pra completar arrastando uma criança sabe se lá Deus de quem é. Ela diz que o filho é meu, mas ela nunca pôde engravidar. — Então não tem nada em que eu possa ajudar meu filho, se você a conhece tão bem, por que ainda está duvidando disso? — Porque ela pode foder com meus negócios agora. Imagina de