O CEO E A APRENDIZ
O CEO E A APRENDIZ
Por: Bianca C. Lis
PRÓLOGO

Meu coração batia descompassado a cada passo em direção à sala do CEO, Patrik Morgan. Minha amiga Mandy, sem querer, enviara o arquivo do meu livro ao nosso chefe, despertando o interesse dele e me colocando em uma situação delicada. Tinha medo de que, se ele descobrisse a autoria, perderíamos nossos empregos, e havia muito em jogo.

Como escritora amadora desempenhando o papel de secretária executiva na maior editora de livros de Seattle, essa posição representava um sonho repleto de oportunidades. No entanto, ainda não estava pronta para revelar o conteúdo do meu livro secreto. Era um romance diferente, uma exploração intensa do contato físico, um conto erótico. Imagine só seu chefe lendo algo tão íntimo e picante! O que ele pensaria de mim? A simples ideia de que ele pudesse ter lido isso fazia meu rosto corar a cada passo.

Diante da porta da sala do CEO, parei, encarando a maçaneta e tentando reunir coragem. A ideia de pegar minhas coisas e fugir era tentadora, podia deixar tudo para trás. Mas ao morder os lábios, lembrei das pesadas contas do meu curso de escrita e os cuidados da casa de repouso. Um suor frio percorreu minha testa; eu segurava meu notebook debaixo do braço, ainda sem estar pronta para encarar o Sr. Patrik. Trabalhamos juntos há anos, e eu era seu braço direito na aquisição e gerenciamento de livros. A situação era extremamente imprópria.

Decidida a dar meia-volta, estava pronta para ir embora, mas a porta se abriu abruptamente, revelando a imponente presença de Patrik Morgan atrás de mim. Ele limpou a garganta, e eu me virei lentamente para encará-lo.

— Está fugindo, senhorita Elisabeth? — Sua voz soou calma enquanto ele se apoiava descontraído na porta, observando-me com firmeza.

— Eu... — Suspirei, erguendo os olhos para encará-lo. — Não, senhor. Esqueci o seu relatório e estava indo buscá-lo.

Tentei apressar os passos, mas sua voz trovejou, congelando-me no lugar.

— Entre, senhorita Lis. Não estou interessado no relatório agora. — Sua voz imparcial fez meu coração gelar.

Cerrei os punhos enquanto passava por ele, adentrando o vasto escritório no último andar com uma vista deslumbrante da cidade chuvosa.

— Sente-se. — Ordenou ele firme, empoderado, fazendo-me estremecer. — Abra seu notebook.

— Senhor? — Arqueei as sobrancelhas.

— Li sua história, senhorita Elisabeth, e quero que a narre para mim. — Patrik riu singelamente, consciente de sua aura dominante e ameaçadora. — Não pule nenhum detalhe.

Piscando, ele se sentou à minha frente, cruzando as mãos enquanto me avaliava.

— Eu... — Engoli em seco, trêmula, enquanto abria o notebook. Ao localizar o arquivo do livro e ler o título, meus olhos se arregalaram. Ciente de que não podia apresentar aquele conteúdo ao meu chefe, olhei para ele, percebendo seu olhar minucioso. — Senhor, não posso ler isso!

Erguendo-se majestosamente, ele caminhou em minha direção com passos firmes. Inclinando-se para frente, falou rouco, quase como um sussurro:

— Não me desobedeça, senhorita Lis. LEIA! — Ele ergueu meu queixo, forçando-me a encará-lo.

Sua expressão era um misto de autoridade e curiosidade sensual, fazendo meu corpo reagir de maneira inesperada diante da intensidade da situação. Uma tensão elétrica pairava no ar enquanto ele voltava a sentar em sua poltrona.

— Eu realmente não posso... — Mordi com força meus lábios, desviando o olhar para o notebook. Fechei o dispositivo com um gesto brusco, levantando-me de forma decidida.

— Não ouviu o que ordenei? Leia em voz alta! — As palavras cortantes de Patrik rompeu o silêncio da sala. Seu olhar severo e intransigente fixava-se em mim, exigindo que eu cumprisse suas instruções.

— Senhorita Elisabeth, esqueceu que sou seu chefe? Se não seguir minhas ordens, pode recolher suas coisas e sair deste prédio agora mesmo! — Apesar de não elevar a voz, suas palavras ecoavam com firmeza, seus olhos brilhando com uma ameaça sutil.

— Senhor... — Limpei a garganta, esforçando-me para recuperar minha compostura e encontrar palavras para escapar daquela situação desconfortável. — O conteúdo não é apropriado para ser lido em voz alta. Por favor, compreenda!

— Isso eu decidirei! — Ele reclinou-se na cadeira executiva, observando-me com serenidade enquanto saboreava um gole do seu uísque favorito. — Estou aguardando. Você sabe que detesto ser mantido esperando.

— Peço desculpas, senhor, mas não posso fazê-lo. Pode me demitir! — Virei as costas, pronta para deixar o escritório apressadamente, quando suas mãos fortes prenderam meu pulso, prestes a puxar a maçaneta da porta.

Elevei meu olhar para meu chefe implacável; seus olhos eram enigmáticos, assim como sua postura dominante. O Sr. Patrik possuía um físico invejável e cativante, com músculos bem definidos que realçavam o corte perfeito de seu terno. Seus olhos esverdeados, pele morena e cabelos levemente encaracolados, cortados no estilo social, completavam seu visual. Era um homem verdadeiramente deslumbrante.

— Terminou de me admirar, senhorita? — Com uma provocação, um charmoso sorriso surgiu em seus lábios. O CEO era, sem dúvida, tentador.

— Eu... — Mordi os lábios, envergonhada. — Não estava o admirando. Por favor, Sr. Patrik, deixe-me ir.

— Se sair por esta porta, não só perderá seu emprego, como usarei meu poder e influência para arruinar sua carreira e vida! — Ele manteve os olhos fixos em mim, reforçando suas ameaças.

— Você não tem o direito de fazer isso! — Gritei, percebendo que já havia ultrapassado o horário comercial, e só nós dois estávamos presentes naquele momento.

Estávamos trabalhando até tarde em um novo projeto para recrutar e desenvolver novos escritores talentosos. A maior editora de Seattle era dirigida pelo CEO mais jovem e bem-sucedido, Patrik Morgan. Sua descoberta de que, em minhas horas vagas, eu escrevia parecia tê-lo cativado ainda mais.

Conhecia bem a personalidade forte do meu chefe; o que fugisse do convencional sempre o intrigava. Talvez o fato de sua secretária ter um estilo peculiar tenha despertado sua curiosidade. Droga, como pude me enfiar nessa situação?

— Na verdade, tenho sim. Você aceitou fazer horas extras em prol da empresa! — Patrik sorriu maliciosamente, revelando sua extrema arrogância.

— O que escrevo não tem nada a ver com o trabalho, então o senhor não pode exigir isso! — Puxei meu pulso, acariciando o local onde seus dedos haviam deixado uma marca na minha pele pálida.

— Está disposta a me desafiar? — Um sorriso torto permaneceu nos lábios do CEO, enquanto seus olhos emanavam perigo. — Continue lendo de onde parou!

A atmosfera na sala tornou-se carregada, uma tensão palpável pairando entre nós. Patrik, com sua postura desafiadora, não demonstrava intenção de recuar. Seus olhos, faiscando com uma mistura de interesse e predatória malícia, mantinham-se fixos em mim.

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