— Me atualize! — Patrik ordenou, voltando sua atenção para a janela do carro, enquanto eu me sentava à sua frente na limusine, observando-o com atenção.
— Certamente. A reunião que teremos hoje é com um potencial autor, Phil Sam. Suas primeiras obras foram lançadas digitalmente, e o cliente tem o desejo de expandir para o formato físico. Phil é um candidato excepcional, com uma escrita fascinante e uma mente criativa. Acredito que, com a orientação da sua editora, teremos uma descoberta significativa para o mercado literário! — Expliquei com entusiasmo. Phil era um amigo próximo que estava ganhando destaque no mundo digital, e não hesitei em ajudar nesse encontro.
— Não foi isso que eu quis dizer, Senhorita Lis. — Patrik voltou seu olhar para mim com um sorriso provocativo nos lábios — Atualize-me sobre o seu livro. Não consegui terminar de ler o último capítulo!
Meus olhos se arregalaram, senti o rubor imediatamente tomando conta do meu rosto, e minhas mãos ficaram frias. Engolindo o nó na garganta, encarei-o:
— Estamos a caminho de uma reunião importante, Senhor. Talvez devêssemos nos concentrar no trabalho. — Forcei um sorriso, mantendo a postura profissional.
O CEO inclinou o corpo para frente, ficando perigosamente próximo dos meus lábios, enquanto inspirava o meu perfume. Ao me encarar, seus olhos refletiam uma mistura de luxúria e diversão perigosa.
— É exatamente isso que estou fazendo, Senhorita Lis. — Ele pegou uma mecha do meu cabelo, enrolando-a em seus dedos — Você é o meu projeto mais importante no momento, então me diga...
Aproximando-se ainda mais, sorrindo, Patrik chegou ao meu ouvido e sussurrou:
— Como termina aquele banho dos seus personagens?
— Isto... Você... — Mordi os lábios nervosa controlando a vontade de socar o meu chefe — Podemos por favor, não falar nisto?
— E que tipo de professor eu seria se não perguntasse o final do seu dever de casa? — A ousadia estampada na cara do CEO me deixava ainda mais vermelha, podia sentir seu hálito fresco de tão próximo que estávamos.
O carro parou em frente a empresa, fiz menção de abrir a porta do carro para descer, mas ela seguia trancada e o motorista nos olhava pelo retrovisor.
— Por que ele não destranca a porta? — Falei ríspida
— Este carro só se abrirá quando eu der a ordem. — Recostando-se no banco, Patrik me encarava com os olhos semicerrados — E isso só acontecerá depois que me contar o desfecho!
— Você não pode fazer isso! — Exclamei, sentindo que a lógica estava perdendo seu sentido naquele momento — Estamos prestes a nos atrasar para a reunião.
— Isso não seria benéfico para a imagem da nossa editora, SoundStory Press — Assentindo, ele manteve a expressão firme — Sugiro que comece a ler para evitarmos o atraso!
Ficamos nos encarando em uma batalha silenciosa; eu o conhecia o suficiente para saber que ele não cederia até obter o que queria. O tempo dentro de seu carro poderia se tornar um problema profissional para mim. O que diriam sobre a secretária que passa horas trancada no carro com o chefe, com as portas fechadas e vidros escuros?
Fechando os olhos, lembrei-me do motivo pelo qual estava me submetendo a isso. Não podia perder esse emprego, ou não teria como pagar pela casa de repouso da minha avó, que me criou com tanto amor. Lá, pelo menos, ela recebia os cuidados necessários para o Alzheimer.
— Se eu ler, Senhor Patrik, promete que não falaremos sobre isso nas próximas horas? — Falei contrariada, cerrando os dentes.
— Palavra de CEO! — Ele fez um gesto fazendo o sinal da cruz e beijando a mão de forma cínica.
— Ok! — Revirei os olhos, abrindo o notebook — Pode pedir ao seu motorista que feche o vidro entre nós? É constrangedor demais ler para o meu chefe, e seria demais se o motorista ouvisse também.
— Que rude da sua parte, Sra. Elisabeth. — Patrik advertiu severo — Greg é mais do que um motorista, é meu segurança pessoal e grande amigo!
— Respeito isso, Senhor, e não tive a intenção de ser rude. — Liguei o notebook, abrindo-o no livro — Mas, isso já é bastante desconfortável para mim.
Vi o CEO acenar com a cabeça para o retrovisor, e logo o vidro começou a subir.
— Obrigada! — Dei de ombros ironicamente — Em qual parte o Senhor parou?
— Ah, sim — Ele sorriu animado, arrumando sua postura ao inclinar o corpo para frente e cruzar as mãos — Deixe-me ver, foi na parte em que seu personagem a virou no vidro do box, abrindo suas pernas enquanto percorria os dedos por suas coxas subindo.
Jurava que meu tom corado tinha assumido uma tonalidade mais roxa, tamanha era a vergonha que estava sentindo. Aquilo era íntimo demais para ser narrado em alto e bom som!
— Senhor, eu poderia lhe encaminhar o arquivo para que pudesse ler na privacidade de sua casa. — Sugeri, tentando escapar da situação.
— E perder a chance de vê-la tão tímida? Nem pensar. — Seu tom imparcial estava mais firme e sério; erguendo os olhos com determinação, Patrik prosseguiu — Melhoramos quando escutamos o que escrevemos, damos vida às palavras, suas reações devem ser as mesmas esperadas pelos seus leitores. Então, Senhorita Lis, leia!
Com a mão trêmula, percorri o capítulo até a parte em que ele havia parado, ergui os olhos para ver se ele ainda me encarava e iniciei a narração.
— Seus toques hábeis e impiedosos eram um misto de experiências e sensações que eu nunca havia sentido, nunca havia sido dominada por nenhum homem até aquele momento. — Suspirei, mordendo os lábios — Seus dedos brincavam em apertos suaves e ousados em minhas coxas, percorrendo um caminho até a minha intimidade, me fazendo estremecer. Em uma massagem suave em meu ponto sensível, gemi, jogando o quadril para trás em busca de mais contato.
— Prossiga! — Os olhos cintilantes do CEO me deixavam ainda mais constrangida.
— Compreendendo meus sinais, ele aprofundou um dedo estocando; sua outra mão puxava meus cabelos de forma provocativa, enquanto sua boca mordia minha pele exposta, deixando cada lugar marcado por ele.
— Esta parte, não gostei. — Patrik suspirou.
— Desculpe, qual parte não é do seu agrado? — Arqueei as sobrancelhas, incomodada.
— O início deste capítulo tem tanta sedução, tanto fogo, mas na hora do contato... Não é assim que se faz com uma mulher! — Ele sorriu malicioso — Já esteve em uma situação assim com algum homem, Sra. Lis?
— O quê? — Arregalei os olhos, ainda mais tímida — Eu...
— É claro que não, se não teria mais intensidade neste momento ou talvez — Patrik se lançou para frente me surpreendendo enquanto mordiscava meus lábios de forma brusca, veio até a minha orelha — Os homens com que esteve não sabiam o que fazer com uma mulher como você!
— Como eu? — Sussurrei, espantada e curiosa.
Ouvi o som das portas destravando.
— Resolveremos isso depois; agora, vamos à nossa estimada reunião! — Ele saiu do carro como se nada tivesse acontecido, ajustando a gravata — Você não vem?
Patrik falou por cima dos ombros. Levei alguns minutos para me recompor e sair do carro sem encará-lo, seguimos em direção à empresa como o CEO e sua fiel secretária.
Ao adentrarmos, Phil nos aguardava no saguão do prédio, enquanto todos os funcionários observavam nossa chegada conjunta, alimentando boatos infundados sobre uma possível relação devido às nossas frequentes horas extras na editora. No entanto, eu não permitia que esses rumores me abalassem, pois estava ali com o objetivo claro de construir minha carreira, ignorando fofocas sem base.O CEO dirigiu-se diretamente à sala de reunião sem dirigir a palavra ao escritor. Decidi parar diante dele.— Bom dia, Sr. Phil. Pedimos desculpas pela demora; tivemos um contratempo com o carro. — Sorri educadamente, mantendo a cordialidade. — Poderia, por gentileza, me seguir por aqui?Phil respondeu provocadoramente, sorrindo.— Quanta formalidade, Lis. — Ele provocou. — Não conhecia esse seu lado!— Fale baixo. — Encarei-o quase fuzilando. — Aqui, sou a Sra. Elisabeth para você.— Tá bem, tá bem, Senhorita! — Revirou os olhos e me seguiu. — Ele disse algo sobre o meu livro?— Não é assim que o Sr. Patr
O dia transcorreu de maneira habitual, envolto em atividades que exigiam minha atenção constante. Corri de um lado para outro, ocupado com a formalização de novos contratos, a prospecção de potenciais novos talentos literários, a análise de obras, a revisão de gráficos de desenvolvimento e a implementação de treinamentos, tudo isso enquanto delineava a pauta para o fechamento do dia, ditando como as operações deveriam ser conduzidas.Cada vez que adentrava a sala do CEO, deparava-me com o olhar fatigado dele, suspirando a cada nova entrega de documentos para sua assinatura. Seu dia, assim como o meu, havia sido marcado por uma carga intensa de reuniões com acionistas, negociações de parcerias, e interações com a indústria cinematográfica, entre outros compromissos.— Esses papéis parecem intermináveis! — ele resmungou, encarando os documentos recém-entregues, assinando-os.— O senhor deveria lê-los. — Respondi, semicerrando os olhos.— Você leu e avaliou? — Arqueando as sobrancelhas,
— Queremos? — Sussurrei, perdendo-me no momento de luxúria.— E como queremos... — Ele juntou meus seios, passando a língua no meio, os beijando de forma sensual. Sua boca desceu pelo meu abdômen, brincando com o contorno, beijando suavemente em cima do meu umbigo, arranhando as laterais das minhas costelas, vindo com as mãos para minha barriga em uma carícia deliciosa, era como uma massagem.Chegando à minha cintura, Patrik passou a língua pelos lábios antes de deslizá-la sobre o tecido da calcinha. Estremeci ao seu toque, apertando o sofá ao sentir seus beijos em minha virilha. Ele mordia de maneira ousada, com a pressão exata, evidenciando sua experiência inegável.— Sabe esse anseio que sente, com o coração acelerado, o desejo da minha língua a invadir? — O CEO falava entre minhas pernas — São essas sensações que você deve descrever; os leitores anseiam por sentir isso indiretamente, Srta. Lis.Aproximando a língua de minha entrada, ele afastou a calcinha para o lado, mas meu celu
— Você só pode estar de brincadeira! — Gritei irritada.— Elisabeth Lis, você ficará de castigo! — Minha avó ergueu as sobrancelhas com uma cara zangada.— Mas... — Suspirei, encarando-o.— Obedeça, e não atrapalhe os adultos que estão conversando. — Ele sorriu provocativo, fazendo-me ferver em fúria — A propósito, adoro chá de ervas doces; a senhora me acompanha?Pegando nas mãos da minha avó, ela ficou corada com seu cavalheirismo, assentindo. Revirei os olhos, buscando um enfermeiro para atender ao pedido deles. Quando chegaram os chás, os servi a contragosto, mas não queria causar uma cena e intensificar mais a confusão na cabeça de minha avó, que tinha Alzheimer.Os dois conversavam sobre tudo; nunca a tinha visto tão leve e sorridente. Senti meu coração ficando leve com a cena que desenrolava diante dos meus olhos. Suspirei.— Está cansada, querida? — Eva me analisou.— Eu estou bem, vovó, não se preocupe! — Sorri gentil.— Pode deixar, Sra. Eva, a levarei para casa para o seu d
Sorri timidamente.— O dono do paletó tem um bom gosto. — Ousei brincar após suspirar — Não vou permitir que entre em meu apartamento de novo.— O apartamento é meu, todo o prédio, se esqueceu? — Ele fez mais pressão nas minhas pernas, subindo um pouco de forma perigosa.— Então, irei me mudar. — Empurrei suas mãos sem sucesso.Virando o queixo na minha direção, Patrik roçou os lábios aos meus, mordendo suavemente de forma provocativa.— Então, terei que comprar o próximo prédio que você irá morar... — Sussurrando provocativo, ele passou a língua por meus lábios — Você não vai se livrar de mim tão cedo; seja uma boa menina e se comporte, ou te darei os tapas que tanto precisa para ser corrigida!— Você não ousaria... — Arregalei os olhos com a face corada.— É um desafio? — Patrik falou rouco, abrindo um botão do paletó, acariciando o seio com o dedão.— Não... não... — Suspirei, arrepiada — Parece que não é somente o Greg que é perseguidor...— Acho que aprendi os maus hábitos dele!
— Sr. Patrik, estou falando sério... — Suspirei novamente.Em um passo largo, ele me puxou para junto de seu corpo sedutor, erguendo meu queixo e me deixando estática diante de suas ações.— Eu também, Sra. Lis... Não se preocupe, Greg foi buscar roupas confortáveis! — Percorrendo o dedo da minha face até o pescoço, apertando suavemente, os olhos de Patrik pousaram em meus lábios — Tem traços muito lindos, sabia?— Acredito que seria mais adequado se estivesse em sua casa, onde estão suas roupas... — Limpei a garganta, tentando me recompor. Tentei dar um passo para trás, mas ele não me soltava. — Sr. Patrik!— Você não respondeu à minha pergunta. — Semicerrando os olhos, ele questionou, tirando a mão do meu pescoço e enlaçando em minha cintura, trazendo-me mais para perto.— Não pareceu uma pergunta... Sei que o senhor está acostumado a elogiar e paquerar várias mulheres. Suas últimas namoradas eram modelos. No entanto, eu não sou como elas, Senhor Patrik, e não tenho interesses român
Reprimi uma risada diante da absurdidade da situação, mas Sr. Patrik estava determinado a continuar. — Agora, Sra. Lis, como sua protagonista reagiria a um homem misterioso como eu invadindo seu espaço pessoal? — Bem, ela provavelmente chamaria a polícia! — Respondi, sarcástica, esperando que isso encerrasse a encenação. No entanto, Patrik ignorou minha resposta e continuou com suas falas dramáticas. — Mas, e se houvesse uma atração irresistível entre eles? — Ele levantou uma sobrancelha sugestivamente. — Isso é clichê e nada realista. — Revirei os olhos, percebendo que minha tentativa de participar da brincadeira estava se transformando em uma situação constrangedora. — Então, deixe-me torná-la mais realista! — Em um movimento rápido, Patrik me empurrou no sofá deitando-se por cima, sua toalha havia deslizado para baixo, expondo o corpo sedutor. Tampei os olhos e gritei. — EU JÁ ENTENDI, SENHOR PATRIK, ESTÁ REALISTA DEMAIS! — Corei envergonhada. — Sra. Elisabeth, abra os olh
— Sra. Lis, só a soltarei depois que responder minhas perguntas... E aquelas que estão bem escondidas em sua mente, as reais. Não as esconda de mim! — Sorrindo de maneira provocadora, ele pressionou um pouco mais meus pulsos. — Por favor, Senhor... — Murmurei, suando, sentindo-me ainda mais ruborizada. — Gosto do som da palavra "Senhor" quando sai da sua boca... — Patrik sussurrou provocador. — A resposta! Abaixei os olhos, percorrendo vagarosamente todo o seu corpo, permitindo que minha mente fluísse. Passei a língua nos lábios, umedecendo-os, enquanto me preparava para responder. — É adorável quando permitimos que a malícia domine nossos pensamentos, Sra. Lis, liberte essa imaginação. — Sussurrou o CEO. As batidas tornaram-se mais insistentes, e ele se levantou sem se importar com a toalha que já não envolvia mais seu quadril. Ignorando completamente, dirigiu-se à porta. — Sr. Morgan, a toalha! — Chamei, erguendo-a. Ele abriu a porta sem hesitação, Greg estava parado com uma