Ao adentrarmos, Phil nos aguardava no saguão do prédio, enquanto todos os funcionários observavam nossa chegada conjunta, alimentando boatos infundados sobre uma possível relação devido às nossas frequentes horas extras na editora. No entanto, eu não permitia que esses rumores me abalassem, pois estava ali com o objetivo claro de construir minha carreira, ignorando fofocas sem base.
O CEO dirigiu-se diretamente à sala de reunião sem dirigir a palavra ao escritor. Decidi parar diante dele.
— Bom dia, Sr. Phil. Pedimos desculpas pela demora; tivemos um contratempo com o carro. — Sorri educadamente, mantendo a cordialidade. — Poderia, por gentileza, me seguir por aqui?
Phil respondeu provocadoramente, sorrindo.
— Quanta formalidade, Lis. — Ele provocou. — Não conhecia esse seu lado!
— Fale baixo. — Encarei-o quase fuzilando. — Aqui, sou a Sra. Elisabeth para você.
— Tá bem, tá bem, Senhorita! — Revirou os olhos e me seguiu. — Ele disse algo sobre o meu livro?
— Não é assim que o Sr. Patrik funciona. — Suspirei. — E como ele funciona? Alguma dica de como devo me portar? Será que ele vai gostar das minhas obras?
Phil parecia nervoso com a reunião, e parei a centímetros da sala de reunião, virando-me para ele.
— Você se sairá bem; suas obras são incríveis. — Pousei as mãos em seus ombros, tranquilizando-o. — Seja você mesmo, apenas mantenha a cordialidade e não fale por cima quando ele estiver falando!
— Obrigado, Lis... — Ele sorriu animado. — Digo, Senhorita Elisabeth.
— Exatamente! — Pisquei para ele, voltando para a porta e percebendo que o CEO me encarava através do vidro da sala.
Sentados, abri uma pequena apresentação na tela narrando as obras literárias que Phil escrevia e seus destaques, destacando seu talento no gênero de terror, que havia cativado o público no meio digital.
— Interessante, Sr. Phil, há quanto tempo escreve? — A voz empoderada do CEO ecoou, fazendo o escritor estremecer levemente.
— Há 5 anos, Senhor Morgan. — A voz tremula do rapaz não passou despercebida.
— Por que terror? — Patrik arrumou sua postura, tornando-se mais ameaçador.
— Por que não, Senhor? É um tema complexo, porém fantasioso, ótimo para ser explorado e com amplas possibilidades para o cinema! — Explicou o jovem escritor. — Também tenho afinidade com o assunto; acredito que, por isso, consegui abordá-lo de maneira única, proporcionando aos leitores uma dinâmica diferenciada na escrita.
— Tenho uma pergunta para você, Sr. Phil, e se a resposta me agradar, partirá daí um contrato no qual nossa editora o treinará profissionalmente para o mundo físico. — O CEO fez uma pausa significativa. — Como bem sabe, nem todos os escritores possuem a aptidão necessária para este desafio literário.
— Claro, Senhor Patrik. — Phil apertou as mãos sobre a mesa, tentando adotar uma postura confiante. No entanto, meu chefe era analítico demais e já havia percebido seu temor diante dele.
— Você conseguiria escrever sobre outros temas? — O Sr. Morgan sorriu, avaliando-o.
— Outros temas... Quais seriam de interesse da Editora? — Phil arqueou as sobrancelhas, intrigado.
— Erótico! — Ele falou sem escrúpulos ou vergonha.
Quase caí para trás, arregalando os olhos. Prendi a respiração enquanto analisava os dois homens na sala; o CEO mantinha seus olhos firmes nos meus.
— Está falando sério? — Phil se encostou na cadeira, como se tivesse perdido o raciocínio. — Perdão, Sr. Morgan, por que uma editora tão ilustre se interessaria por este tema?
— E por que não? Apreciamos todas as emoções e reações que podemos proporcionar aos nossos leitores. Uma pesquisa recente deixou claro que o romance erótico está em alta, pois o contato humano e a sedução parecem estar em falta neste mundo. — Patrik sorriu, batendo a caneta na mesa. — E então?
— Eu... — Phil suspirou, chateado. — Não posso me comprometer com isso. Não tenho aptidão para tal tema ou afinidade. Creio que não conseguiria desenvolvê-lo de forma adequada.
— Obrigado por sua honestidade, Sr. Phil, e por seu tempo! — O CEO se levantou, erguendo as mãos na direção do escritor, que estava visivelmente abatido.
Quando ele saiu da sala, encarei meu chefe.
— Senhor, por que disse isso a ele? Aceitamos diversos temas; essa é a nossa diferença. O que torna uma história atraente é a forma de escrita e o envolvimento nas palavras. — O encarei, sentindo pena do meu pobre amigo.
— Se este é o tipo de homem com quem você se envolve, não me surpreende que não saiba ser profunda na hora do ato. — Patrik deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos. — O que viu nele?
— O quê? — Arqueei as sobrancelhas, intrigada.
— Vi a forma como o tratou antes de entrarem... — Aproximando-se perigosamente, ele me pressionou atrás da porta, provocador. — E então, eram amantes?
Senti minha face corar e meu corpo tremer.
— Sr. Patrik, com quem saio ou já saí não diz respeito a você. — Suspirei, tentando me recompor. — Apesar disso, Phil é apenas um grande amigo, nada além disso!
— Interessante, ele parece gostar de você! — Patrik roçou os lábios nos meus. Coloquei a mão em seu tórax firme, empurrando-o, enquanto olhava ao redor com medo de que algum funcionário presenciasse seu pequeno espetáculo provocador.
— O que pensa que está fazendo? — Cerrei os punhos, irritada, ao empurrá-lo e abrir espaço. — O Senhor não pode me assediar assim. Quer que falem de mim pelos corredores? Vai acabar com a minha reputação!
— Então o problema é os outros verem o que fiz? — Patrik sorriu sedutoramente, passando a língua nos lábios. — Seu amigo foi aprovado. Envie o contrato e o prepare para o treinamento em nossa editora.
— Ele foi? — Arregalei os olhos. — Mas o senhor disse...
— Estava testando-o, queria saber se ele escrevia por amor ou por dinheiro. — O CEO olhou duro em minha direção. — Se fosse pelo dinheiro, cederia a qualquer tema, indo contra seus próprios princípios.
— O senhor acha... — Engoli em seco, percebendo o que estava prestes a dizer, calando-me imediatamente.
— Não acho! — Ele respondeu como se compreendesse as palavras não ditas. — Na verdade, o romance erótico é um tema difícil de trabalhar, e poucos são os escritores talentosos que compreendem a essência do tema. Respeito profundamente aqueles que escrevem, quebram tabus e ultrapassam suas próprias barreiras!
Piscando em minha direção, Patrik se aproximou novamente, fazendo-me ceder alguns passos para trás até cair na cadeira executiva. Ele se agachou à minha frente, colocando as mãos sobre meus joelhos.
— E estou curioso quanto ao restante do seu livro, Sra. Lis... Vamos trabalhar neste projeto todos os dias após o expediente, e não se preocupe — Sorrindo sedutoramente, ele acrescentou — Suas horas extras serão bem recompensadas.
Apertando um pouco mais acima nas coxas, ele se levantou e saiu da sala, deixando-me paralisada e excitada com suas palavras.
O dia transcorreu de maneira habitual, envolto em atividades que exigiam minha atenção constante. Corri de um lado para outro, ocupado com a formalização de novos contratos, a prospecção de potenciais novos talentos literários, a análise de obras, a revisão de gráficos de desenvolvimento e a implementação de treinamentos, tudo isso enquanto delineava a pauta para o fechamento do dia, ditando como as operações deveriam ser conduzidas.Cada vez que adentrava a sala do CEO, deparava-me com o olhar fatigado dele, suspirando a cada nova entrega de documentos para sua assinatura. Seu dia, assim como o meu, havia sido marcado por uma carga intensa de reuniões com acionistas, negociações de parcerias, e interações com a indústria cinematográfica, entre outros compromissos.— Esses papéis parecem intermináveis! — ele resmungou, encarando os documentos recém-entregues, assinando-os.— O senhor deveria lê-los. — Respondi, semicerrando os olhos.— Você leu e avaliou? — Arqueando as sobrancelhas,
— Queremos? — Sussurrei, perdendo-me no momento de luxúria.— E como queremos... — Ele juntou meus seios, passando a língua no meio, os beijando de forma sensual. Sua boca desceu pelo meu abdômen, brincando com o contorno, beijando suavemente em cima do meu umbigo, arranhando as laterais das minhas costelas, vindo com as mãos para minha barriga em uma carícia deliciosa, era como uma massagem.Chegando à minha cintura, Patrik passou a língua pelos lábios antes de deslizá-la sobre o tecido da calcinha. Estremeci ao seu toque, apertando o sofá ao sentir seus beijos em minha virilha. Ele mordia de maneira ousada, com a pressão exata, evidenciando sua experiência inegável.— Sabe esse anseio que sente, com o coração acelerado, o desejo da minha língua a invadir? — O CEO falava entre minhas pernas — São essas sensações que você deve descrever; os leitores anseiam por sentir isso indiretamente, Srta. Lis.Aproximando a língua de minha entrada, ele afastou a calcinha para o lado, mas meu celu
— Você só pode estar de brincadeira! — Gritei irritada.— Elisabeth Lis, você ficará de castigo! — Minha avó ergueu as sobrancelhas com uma cara zangada.— Mas... — Suspirei, encarando-o.— Obedeça, e não atrapalhe os adultos que estão conversando. — Ele sorriu provocativo, fazendo-me ferver em fúria — A propósito, adoro chá de ervas doces; a senhora me acompanha?Pegando nas mãos da minha avó, ela ficou corada com seu cavalheirismo, assentindo. Revirei os olhos, buscando um enfermeiro para atender ao pedido deles. Quando chegaram os chás, os servi a contragosto, mas não queria causar uma cena e intensificar mais a confusão na cabeça de minha avó, que tinha Alzheimer.Os dois conversavam sobre tudo; nunca a tinha visto tão leve e sorridente. Senti meu coração ficando leve com a cena que desenrolava diante dos meus olhos. Suspirei.— Está cansada, querida? — Eva me analisou.— Eu estou bem, vovó, não se preocupe! — Sorri gentil.— Pode deixar, Sra. Eva, a levarei para casa para o seu d
Sorri timidamente.— O dono do paletó tem um bom gosto. — Ousei brincar após suspirar — Não vou permitir que entre em meu apartamento de novo.— O apartamento é meu, todo o prédio, se esqueceu? — Ele fez mais pressão nas minhas pernas, subindo um pouco de forma perigosa.— Então, irei me mudar. — Empurrei suas mãos sem sucesso.Virando o queixo na minha direção, Patrik roçou os lábios aos meus, mordendo suavemente de forma provocativa.— Então, terei que comprar o próximo prédio que você irá morar... — Sussurrando provocativo, ele passou a língua por meus lábios — Você não vai se livrar de mim tão cedo; seja uma boa menina e se comporte, ou te darei os tapas que tanto precisa para ser corrigida!— Você não ousaria... — Arregalei os olhos com a face corada.— É um desafio? — Patrik falou rouco, abrindo um botão do paletó, acariciando o seio com o dedão.— Não... não... — Suspirei, arrepiada — Parece que não é somente o Greg que é perseguidor...— Acho que aprendi os maus hábitos dele!
— Sr. Patrik, estou falando sério... — Suspirei novamente.Em um passo largo, ele me puxou para junto de seu corpo sedutor, erguendo meu queixo e me deixando estática diante de suas ações.— Eu também, Sra. Lis... Não se preocupe, Greg foi buscar roupas confortáveis! — Percorrendo o dedo da minha face até o pescoço, apertando suavemente, os olhos de Patrik pousaram em meus lábios — Tem traços muito lindos, sabia?— Acredito que seria mais adequado se estivesse em sua casa, onde estão suas roupas... — Limpei a garganta, tentando me recompor. Tentei dar um passo para trás, mas ele não me soltava. — Sr. Patrik!— Você não respondeu à minha pergunta. — Semicerrando os olhos, ele questionou, tirando a mão do meu pescoço e enlaçando em minha cintura, trazendo-me mais para perto.— Não pareceu uma pergunta... Sei que o senhor está acostumado a elogiar e paquerar várias mulheres. Suas últimas namoradas eram modelos. No entanto, eu não sou como elas, Senhor Patrik, e não tenho interesses român
Reprimi uma risada diante da absurdidade da situação, mas Sr. Patrik estava determinado a continuar. — Agora, Sra. Lis, como sua protagonista reagiria a um homem misterioso como eu invadindo seu espaço pessoal? — Bem, ela provavelmente chamaria a polícia! — Respondi, sarcástica, esperando que isso encerrasse a encenação. No entanto, Patrik ignorou minha resposta e continuou com suas falas dramáticas. — Mas, e se houvesse uma atração irresistível entre eles? — Ele levantou uma sobrancelha sugestivamente. — Isso é clichê e nada realista. — Revirei os olhos, percebendo que minha tentativa de participar da brincadeira estava se transformando em uma situação constrangedora. — Então, deixe-me torná-la mais realista! — Em um movimento rápido, Patrik me empurrou no sofá deitando-se por cima, sua toalha havia deslizado para baixo, expondo o corpo sedutor. Tampei os olhos e gritei. — EU JÁ ENTENDI, SENHOR PATRIK, ESTÁ REALISTA DEMAIS! — Corei envergonhada. — Sra. Elisabeth, abra os olh
— Sra. Lis, só a soltarei depois que responder minhas perguntas... E aquelas que estão bem escondidas em sua mente, as reais. Não as esconda de mim! — Sorrindo de maneira provocadora, ele pressionou um pouco mais meus pulsos. — Por favor, Senhor... — Murmurei, suando, sentindo-me ainda mais ruborizada. — Gosto do som da palavra "Senhor" quando sai da sua boca... — Patrik sussurrou provocador. — A resposta! Abaixei os olhos, percorrendo vagarosamente todo o seu corpo, permitindo que minha mente fluísse. Passei a língua nos lábios, umedecendo-os, enquanto me preparava para responder. — É adorável quando permitimos que a malícia domine nossos pensamentos, Sra. Lis, liberte essa imaginação. — Sussurrou o CEO. As batidas tornaram-se mais insistentes, e ele se levantou sem se importar com a toalha que já não envolvia mais seu quadril. Ignorando completamente, dirigiu-se à porta. — Sr. Morgan, a toalha! — Chamei, erguendo-a. Ele abriu a porta sem hesitação, Greg estava parado com uma
— O quê? Na casa dele? — Esfreguei os olhos. — Isto está indo longe demais. Quem ele pensa que é? Serrei os punhos, irritada, amassando o bilhete. Virei as costas para sair e me arrumar. — Sra. Elisabeth, o café da manhã, por favor. — Greg reforçou. O encarei, irritada. — Com todo respeito, Sr. Greg, vou me aprontar para não me atrasar ao trabalho. Temos uma reunião extremamente importante com a indústria Forbs New Times. — Respirei fundo. — E o Sr. Morgan não manda em mim! Bati a porta do quarto com força, socando-a em seguida. Irritada, peguei o travesseiro, coloquei-o no rosto e abafei o grito entalado em minha garganta. Parei em frente ao espelho, começando os preparativos da troca de roupas e repassando as informações essenciais à reunião. Minha mente me traía constantemente, levando-me aos momentos de suas carícias... — Droga, Elisabeth, assuma o controle de sua mente. Não caia nestes jogos do CEO! — Me repreendi severa. Finalizei os preparativos, pegando as pastas, docu