Fiquei olhando o envelope com medo de pega-lo, receando o que havia dentro... Com reluta, o abri, havia um livro de capa dura com a nossa foto em lua de mel sorrindo felizes em cuba, na imagem, Patrick falava uma besteira em meu ouvido enquanto me abraçava por trás, corando minha face e provocando um sorriso genuíno. Ao fundo do envelope havia uma carta, endereçada ao meu nome, com a letra elegante dele:“Minha doce Elisabeth, se recebeu esta carta, receio que tenha chegado minha hora, provavelmente você me odiara pela forma qual a decidir lidar com isto, mas preciso que saiba que eu jamais desejei a ferir ou a magoar. De forma covarde e egoísta, optei por não lhe contar meu maior segredo, você já havia sofrido tantas perdas, tantas dores, que não me pareceu justo faze-la passar por mais um momento de turbulência.”— Do que Patrick está falando? — Mordi os lábios ficando nervosa com cada palavra, continuei lendo."Eu escondi a verdade sobre minha ida ao exército. Na realidade, descobr
A dor da sua ausência era constante. No jardim da casa, deitada na rede, o livro repousava no meu colo. Muita coisa havia mudado desde a sua carta, há dez meses. Assumi a editora com louvor, prosperamos de forma crescente. A fusão com a Forbs foi um sucesso, e logo Celdric se tornou um dos CEOs ativos nas decisões.Greg era meu braço direito, responsável por partes legais da empresa, segurança e investigações. Eu não conseguia acreditar. Sempre que voltava para casa, tinha a sensação de que ele estaria lá, me esperando, com uma taça de vinho, seminu, com seu sorriso malicioso nos lábios.— Você faz falta, Patrick... — Sussurrei, fechando os olhos quando a brisa acariciou meu rosto. Não havia conseguido ler o livro até aquele momento. Parecia que ler suas últimas palavras ali seria um adeus do qual nunca estaria preparada para dizer.Hesitei por mais tempo, abrindo o livro. Na dedicatória, meus olhos se encheram de lágrimas:“Para Sra. Eva, por ter criado e amado a mulher mais dócil e g
Meu coração batia descompassado a cada passo em direção à sala do CEO, Patrik Morgan. Minha amiga Mandy, sem querer, enviara o arquivo do meu livro ao nosso chefe, despertando o interesse dele e me colocando em uma situação delicada. Tinha medo de que, se ele descobrisse a autoria, perderíamos nossos empregos, e havia muito em jogo.Como escritora amadora desempenhando o papel de secretária executiva na maior editora de livros de Seattle, essa posição representava um sonho repleto de oportunidades. No entanto, ainda não estava pronta para revelar o conteúdo do meu livro secreto. Era um romance diferente, uma exploração intensa do contato físico, um conto erótico. Imagine só seu chefe lendo algo tão íntimo e picante! O que ele pensaria de mim? A simples ideia de que ele pudesse ter lido isso fazia meu rosto corar a cada passo.Diante da porta da sala do CEO, parei, encarando a maçaneta e tentando reunir coragem. A ideia de pegar minhas coisas e fugir era tentadora, podia deixar tudo par
Dei uma olhada rápida ao meu redor, ciente de que estávamos além das fronteiras convencionais do escritório. O ambiente luxuoso e a iluminação suave destacavam ainda mais a tensão do momento. Suspirei profundamente, sentindo o peso da situação, mas uma parte de mim também reconhecia uma chama de desafio acesa dentro.— Eu... — Comecei, hesitante, mas seus olhos intensos silenciaram qualquer palavra que pudesse escapar. Continuei a leitura, mergulhando de volta na narrativa intensa que, de alguma forma, agora se mesclava com a nossa própria realidade naquele escritório empenhado em segredos e desejos.Seus olhos cintilaram com ousadia, enquanto eu pegava meu notebook pessoal e abria o meu livro. Minha pele corava de timidez, e eu mordia os lábios, sentindo os olhos perspicazes do meu chefe examinando cada pequeno detalhe das minhas reações.— Mika adentrou a boate, decidida a sepultar as feridas causadas por um ex que a ferira profundamente. Dentro, deparou-se com um jovem promissor, d
Não reconhecia minhas ações, o desejo guiava o momento. Ele sorriu, erguendo minha perna e mantendo-a presa em seu quadril. Sua mão deslizou pelas minhas coxas, alcançando a calcinha molhada. Com o dedo, ele acariciou o tecido, provocando, contornando a lateral da renda e pressionando minha virilha. Minha intimidade latejava, ansiando por seu toque direto, mas, estranhamente, ele se afastou, segurando meu pescoço e me pressionando contra a parede.— Sentiu tudo isso? Essa excitação, essa necessidade de toque, provocação e desejo por mais?! — Patrik se aproximou dos meus lábios, passando a ponta da língua em meu lábio superior. — É isso que os leitores desejam, sentir os toques mesmo que apenas na imaginação, querem que suas mentes façam seus corpos ansiarem e pulsarem de excitação!Então ele me soltou, se afastando e me deixando atônita no lugar.— O que? - Perguntei confusa.— Escreva sobre isso e me apresente um capítulo melhor até amanhã após o expediente. Você será treinada por mi
— Me atualize! — Patrik ordenou, voltando sua atenção para a janela do carro, enquanto eu me sentava à sua frente na limusine, observando-o com atenção.— Certamente. A reunião que teremos hoje é com um potencial autor, Phil Sam. Suas primeiras obras foram lançadas digitalmente, e o cliente tem o desejo de expandir para o formato físico. Phil é um candidato excepcional, com uma escrita fascinante e uma mente criativa. Acredito que, com a orientação da sua editora, teremos uma descoberta significativa para o mercado literário! — Expliquei com entusiasmo. Phil era um amigo próximo que estava ganhando destaque no mundo digital, e não hesitei em ajudar nesse encontro.— Não foi isso que eu quis dizer, Senhorita Lis. — Patrik voltou seu olhar para mim com um sorriso provocativo nos lábios — Atualize-me sobre o seu livro. Não consegui terminar de ler o último capítulo!Meus olhos se arregalaram, senti o rubor imediatamente tomando conta do meu rosto, e minhas mãos ficaram frias. Engolindo o
Ao adentrarmos, Phil nos aguardava no saguão do prédio, enquanto todos os funcionários observavam nossa chegada conjunta, alimentando boatos infundados sobre uma possível relação devido às nossas frequentes horas extras na editora. No entanto, eu não permitia que esses rumores me abalassem, pois estava ali com o objetivo claro de construir minha carreira, ignorando fofocas sem base.O CEO dirigiu-se diretamente à sala de reunião sem dirigir a palavra ao escritor. Decidi parar diante dele.— Bom dia, Sr. Phil. Pedimos desculpas pela demora; tivemos um contratempo com o carro. — Sorri educadamente, mantendo a cordialidade. — Poderia, por gentileza, me seguir por aqui?Phil respondeu provocadoramente, sorrindo.— Quanta formalidade, Lis. — Ele provocou. — Não conhecia esse seu lado!— Fale baixo. — Encarei-o quase fuzilando. — Aqui, sou a Sra. Elisabeth para você.— Tá bem, tá bem, Senhorita! — Revirou os olhos e me seguiu. — Ele disse algo sobre o meu livro?— Não é assim que o Sr. Patr
O dia transcorreu de maneira habitual, envolto em atividades que exigiam minha atenção constante. Corri de um lado para outro, ocupado com a formalização de novos contratos, a prospecção de potenciais novos talentos literários, a análise de obras, a revisão de gráficos de desenvolvimento e a implementação de treinamentos, tudo isso enquanto delineava a pauta para o fechamento do dia, ditando como as operações deveriam ser conduzidas.Cada vez que adentrava a sala do CEO, deparava-me com o olhar fatigado dele, suspirando a cada nova entrega de documentos para sua assinatura. Seu dia, assim como o meu, havia sido marcado por uma carga intensa de reuniões com acionistas, negociações de parcerias, e interações com a indústria cinematográfica, entre outros compromissos.— Esses papéis parecem intermináveis! — ele resmungou, encarando os documentos recém-entregues, assinando-os.— O senhor deveria lê-los. — Respondi, semicerrando os olhos.— Você leu e avaliou? — Arqueando as sobrancelhas,