O Bilionário que foi traído e a acompanhante de luxo
O Bilionário que foi traído e a acompanhante de luxo
Por: Danny Veloso
Prólogo

Hunter

Não me sinto à vontade em festas infantis, mas desde que meu filho nasceu, essas ocasiões se tornaram parte da minha vida.

Liam é meu maior amor, um garotinho pequeno que sempre consegue o que quer com muito pouco esforço.

Ser pai sempre foi um sonho meu, mas admito que o adiei por muito tempo. Minha vida não era a mais correta, sempre viajava a trabalho e meus relacionamentos, ou quase todos, não duravam muito tempo.

Eu sempre gostei de estar no controle, de ter domínio.

Ter dinheiro nas mãos significava ter tudo o que queria: conforto, bons lugares e mulheres.

Já tive mulheres de todos os tipos, sempre buscando o prazer de uma noite.

Poucas permaneceram por mais do que algumas semanas. Meu estilo de sexo não é convencional, não me limito às posições tradicionais como “papai e mamãe” ou “cavalgadas gostosas”.

Gosto de ir além dos limites, experimentar cada parte do corpo, sentir o calor se transformando em um incêndio de prazer.

Amo minha esposa, mas sinto falta da emoção. Quero ter o prazer de levá-la ao limite e testar muitas outras formas de sexo, mas Emília não faz muito esse estilo.

Ela é o oposto do que gosto, mas ganhou meu coração. Nunca a trairia, isso seria um absurdo.

Apesar de ser o oposto do que gosto, Emília mudou algo em mim. E nós decidimos nos casar.

Cinco anos de casamento e um filho de dois anos, a qual é o centro do meu mundo.

Quando Liam nasceu, tudo fez mais sentido para mim, mesmo que muitas vezes eu seja duro.

Eu o amo desde o momento em que nasceu. Por isso estou cedendo, ao fazer coisas que eu, geralmente, não faria, como ir a festas infantis.

Ao sair de casa, dei um beijo em minha esposa, que me lembrou que era o aniversário do nosso filho.

Eu já sabia, mas o lembrete era sobre a comemoração com muitas pessoas e crianças, algo que ela fazia questão de organizar, embora eu soubesse que mais de vinte pessoas estariam lá, ou talvez até mais.

A babá estava cuidando de Liam em seu quarto, então aproveitei um tempo com ele antes de sair para o trabalho.

O dia transcorreu como todos os outros: assinatura de papéis, alguns vídeos, chamadas e pequenas reuniões com parceiros. Sempre fui focado no trabalho.

Minha vida sexual era um tabu, mantida em segredo. Grandes empresários como eu não era santos fiéis, mas sempre mantínhamos as aparências.

Minha secretária me avisou sobre o horário, que eu havia solicitado para ser mais cedo do que o pedido por Emília, pois ela sempre me acusava de me atrasar ou dar mais atenção ao trabalho do que à família.

Não era comum para mim sair tão cedo. Fechei o computador, olhei para o relógio e saí dali o mais rápido possível.

Sempre dava tudo o que Liam queria, e dessa vez não seria diferente. Então, pedi a minha assistente que comprasse um presente para meu filho, algo que as crianças da idade dele gostariam.

Também pedi uma joia personalizada para Emília, juntamente com um grande buquê de flores.

Ao voltar para casa, já podia ver todos os preparativos para aquela festa. Balões, azul-claro, comidas, toalhas de mesa brancas…

A única pessoa que me viu chegar foi Glória, a empregada de anos, pela qual eu tinha um carinho especial.

— Não sabia que chegaria tão cedo. — Ela disse com um sorriso gentil. — Não chegou ninguém, além do Tomás, ele deve estar com o Liam enquanto a senhora Miller tomar banho.

— Obrigado, vou fazer uma surpresa a ela. — Dei uma piscadela antes de subir os degraus até o andar dos quartos.

Deixei as flores com ela, para pôr em um vaso, assim como o presente de meu filho, levando comigo o colar de diamante, esperando por no pescoço de minha esposa, ainda com seu corpo nu.

Tudo na minha vida estava feliz, estável e não havia mais nada que eu quisesse.

Então entrei no quarto, segurando a joia, olhei para o lugar e ouvi os gemidos. Meus olhos ficaram vermelhos de raiva, cerrei o punho, tentando me controlar.

Meu peito estava a ponto de explodir. Pensei em acabar com aquela cena, entrando e socando aquele filho da puta e expulsando a vadia da casa, então lembrei do meu filho.

Isso me fez dar passos para trás, pensando, por alguns segundos, em todo o problema que isso poderia dar para nossas vidas.

Virei nos calcanhares, passando pela porta, com os olhos cheios d’água, pensando em bater em alguma coisa.

Glória, voltando de algum outro lugar, me viu e se preocupou.

— Aconteceu alguma…

— Sim, e não vou falar nada sobre isso. — A mulher se arrependeu de ter perguntado. A arrogância do chefe já era conhecida, mas a minha expressão lhe dizia que tivemos uma briga. — Eu não cheguei em casa, ninguém me viu aqui, não recebeu nada de mim. Vou sair e entrar como se nunca tivesse estado aqui, então, bico fechado, entendeu?

A ameacei, apontando o dedo em seu rosto, fazendo com que ela engolisse em seco. Glória balançou a cabeça várias vezes, para se certificar de que havia entendido o recado.

Saí da casa, chutando tudo o que via pela frente. Entrei no carro, afastando-me dali, buscando acalmar-me e esfriar a cabeça, embora soubesse que seria uma tarefa impossível. Parei alguns metros adiante.

Olhei para o vazio, refletindo sobre minha vida, sobre o que testemunhei e sobre o turbilhão de emoções que me invadia.

— A desgraçada tomou os meus melhores anos e agora me trai? — Murmurei com tanta raiva que poderia assustar qualquer um. — Bem, pelo menos tenho meu Liam, e ela vai se arrepender de ter me traído com o desgraçado do Tomás.

Após passar um bom tempo desabafando e praguejando contra os traidores, respirei fundo e comecei a pensar. Ninguém sabia que eu havia descoberto a traição.

Conhecia as leis, e não me importava se ela tentasse me roubar alguns milhões na separação, desde que meu filho ficasse comigo. Isso, eu não abriria mão.

Por enquanto, agiria como se nada tivesse acontecido. Suportaria essa dor no peito, mas planejava me vingar.

No entanto, eu me conhecia o suficiente para saber que minha fúria poderia arruinar tudo, inclusive o meu plano para desmascarar os traidores. Portanto, precisaria encontrar uma forma de me controlar.

— Darei o troco — murmurei, recostando-me no banco do carro. — Ela não saberá de nada até que esteja em maus lençóis.

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