Sarah
2 Dias antes Sarah estava exausta e chateada com tudo o que estava acontecendo. Ela, por um momento, se segurou ao pensamento de que só precisaria se preocupar em repor suas economias para a faculdade; contudo, nada em sua vida era tão fácil. Então, recebeu a ligação do seguro e tudo caiu por terra. Como se já não fosse ruim saber que teria que arcar com o pós-operatório e os remédios, pois o seguro a ligou dizendo que o hospital onde estavam cobrava taxas muito altas e não poderia arcar com mais essas despesas. Ela ainda perdeu um bom tempo do seu dia, gritando e tentando resolver esse problema, mas por fim não conseguiu. Então, a loira, deixando seu pai no quarto, saiu e chorou por um bom tempo. Ela não queria ser dramática; contudo, aquela situação estava a levando ao limite. Ela estava cogitando, de tanta raiva, processar todos eles, pois achava um absurdo e humilhante como estavam os tratando. Seu pai trabalhou duro todos esses anos. As únicas vezes que precisaram de auxílio médico foi quando ela torceu o tornozelo e infeccionou. Ela tentou argumentar isso, mas nada teve efeito. Agora, tinha que esperar o dinheiro cair do céu. No momento, Sarah estava desesperada, limpando as lágrimas no rosto e pensando no que fazer. Veio em sua mente aquela conversa bizarra com Patrícia, que a ofereceu uma saída, só que essa não seria nada fácil, ou moral. O G****e a ajudou nessa também, a levando, outra vez, para aquele site. Ela não queria pensar nas inúmeras possibilidades de aquilo dar errado. Tudo o que desejava era resolver seus problemas, mas achava que isso lhe custaria muita coisa. Era um caminho sem volta. Estaria sujeita a muita coisa. Ela ouviu sua amiga, lembrou das palavras, mas não era boba; entrou em fóruns e descobriu mais informações de mulheres que trabalhavam com esse site. E descobriu que, apesar dos contratos, alguns passavam a mão onde não devia e elas não podia dizer nada, por ganharem muito dinheiro para estar ali. Sarah sentou-se na porta de casa, olhou para o celular e não sabia o que fazer. Ela passou a mão sobre seu rosto, limpando as lagrimas. Sabia que estava perdida e que, de alguma forma, tinha que engolir seu orgulho. — Não tem outra forma. — Disse a si mesma. — Não tenho como ser orgulhosa nesse caso. Eu não tenho como pagar tudo isso. — Era como se alguém estivesse colocando uma faca em seu pescoço. Sarah não era santa, mas estava com medo de aceitar algo e passasse por mais humilhações, ou pior, fosse obrigada a fazer algo que não queria. — É hora de deixar os medos para depois e tentar… pelo menos tentar. *** Após ter contatado um agente desse site estranho, Sarah não conseguia disfarçar a sua preocupação e ansiedade. Seu pai, acordava e comia, com seu auxílio, sem saber que sua filha estava vendendo a alma para alguns demônios. Hoje, Sarah teria que tirar fotos bem sugestivas e isso estava a deixando agoniada. Ela não sabia como tudo isso funcionava, então, ficava criando situações e historias imaginarias para tapar esses imensos buracos na sua cabeça. Bem, por debaixo dos panos, existia uma menina que faria loucuras entre quatro paredes. Contudo, aquela não era o caso, pois ela estaria sendo paga, os homens não eram da sua idade, classe social e ela não se atrairia nenhum pouco por eles. Pelo menos era o que ela pensava. Homem a escolheriam para ser sua acompanhante em algum evento ou qualquer outra situação. Então estaria vulnerável. Apesar de Patrícia a explicar que não seria forçada a nada, como poderia se sentir confiante em sair com alguém, após receber uma gorda quantia, e o recusar, caso ele queria algo a mais? Ela pensava em inúmeras situações que a deixava triste e desanimada, mas tinha que sorrir para as fotos, e parecer atrativa. Como se já não fosse ruim, estar sujeita a libertinagem de homens desesperados. Ela tinha que interpretar um papel, uma mulher sexy e disposta a tudo. Patrícia estava agindo como sua agente, dando conselhos, arranjando fotógrafos e auxiliando no contrato de confidencialidade. Ela era uma profissional nisso e deixou Sarah impressionada. A amiga não queria levar Sarah a fazer essas coisas, assim como ela. Pati já passou por muita merda, entrando nesse jogo, mas era a única forma de realmente ganhar dinheiro. Com o tempo, acabou se adaptando ao trabalho e gostando das regalias. Na verdade, ela era uma das mais procuradas e sempre que desejava transar, não precisava se fazer de difícil. A roupa que Sarah estava vestindo não era dela. Na verdade, eram todas de Patrícia, que escolhia o modelo que mais agradaria os clientes. A morena estava certa que Sarah se tornaria a obsessão de muitos, pois era o padrão deles: uma loira com curvas naturais, pele clara, longos cabelos, belos peitos e uma bunda magnifica. Se ficasse olhando fixamente para ela, avaliando-a, Pati achava que acabaria sendo atraída por ela. Voltando ao trabalho, ela escolheu um vestido sexy, vermelho, que ficaria lindo na amiga e combinava com ela. Tinha um decote profundo, ia até metade da coxa, praticamente cobrindo só o que mais importava. O salto preto também era dela, e a máquina foi a própria Sarah quem fez. — Você tem que sorrir. — Ela parou tudo e foi até ela depois que as fotos começaram, e Patrícia notou que a colega não estava confortável ou demonstrando sensualidade. — Não será difícil ser selecionada, acredite, você tem um privilégio muito grande, mas basicamente vai sorrir e sorrir ao lado de homens cheios de grana. É para isso que eles pagam. — Vou tentar. — Revirou os olhos, chateando a amiga. Patrícia não queria a forçar a nada, essa escolha foi da própria Sarah, mas se ela não se esforçasse, nem a sua beleza natural faria o milagre de convencer os clientes de a contratar. — Não tente, faça, e dê aquele olhar sexy que os homens enlouquecem. — Aconselhou. — Não preciso seduzir ninguém. — Murmurou. Por alguns segundos, Sarah parou, pensou e entendeu que estava sendo difícil. Afinal, era ela quem precisava desse dinheiro e tinha que seguir os conselhos da amiga, se quisesse ganhar alguma coisa. Então, decidiu fazer o que ela pediu e se saiu bem. Não era difícil ser sexy, já tinha todos os atrativos para isso, só precisava se esforçar. Depois, Patrícia foi até o fotografo, que estava concluindo tudo, no computador e olhou tudo o que ele registrou. — Então, tudo certo? A colega a encarou, estava feliz, mas, no fundo, culpada por propor essas coisas para alguém como Sarah. Ela era boa, gentil, e entendia que estava desesperada, ou não aceitaria fazer esse trabalho. — Sim. — Sorriu. Antes de sair, beijou o carinha tatuado, que a pouco tirou as fotos da loira. Sarah não achou que eram namorados, com tudo o que Patrícia fazia. Afinal, que homem aceitaria isso? Saindo de perto dele, ela pegou a colega, entrelaçou seus braços e saiu do estúdio. — Você poderia ser modelo, sabia? — Prefiro desenhar roupas e costura. Era a sua maior paixão e sonho: ser uma estilista e ter uma das suas peças exposta em alguma loja de grife, ou em uma artista de cinema, quem sabe, no tapete vermelho. — Acredito que assim que o recrutador vir as suas fotos ele vai te ligar no mesmo instante. — Você conhece ele? Ao sair do prédio, elas viram o céu alaranjado, o clima começava a esfriar e seguiram para pegar um táxi. Estavam em Los Angeles, a cidade do cinema. Tudo ali era enorme, cheio de sofisticação e trabalho não era o que faltava. Sarah até já apareceu em uma série qualquer, tomando café na rua em uma cena de segundos. Aquele não era seu lugar, mas até que se divertiu. — Conheço muita gente. — Patrícia falou, trazendo-a de volta para a realidade. — Sabe, você pode até gostar. — Só estou fazendo isso para ajudar meu pai. — Foi direta. Ela até se chateou com o pensamento da amiga. Sarah não era promíscua e nem queria ser. — Claro, mas pode ganhar bastante saindo com esses empresários. — As dúvidas não a deixavam quieta. Patrícia era linda, uma mulher do seu tamanho, cabelos castanhos escuros, um rosto fino, o padrão da beleza. Era meio doidinha e sempre conseguia o que queria. Pelo que Sarah já viu, ela se adaptou bastante a esse estilo de vida. Obviamente, estava com medo de perguntar algo e ser indelicada, contudo, as duas estavam mais próximas, graças a essa loucura, e Sarah não podia evitar a sua boca de fazer as perguntas. — Sabe, tenho curiosidade sobre isso. — Começou, pensando que passaria dos limites dessa amizade que se construía. Contudo, Patrícia não se incomodava com nada disso. Na verdade, era natural, e como Sarah também se aventuraria nessa maluquice, não tinha o que esconder. — Quando começamos você já tinha tudo isso, as roupas, joias, mas vem de uma vida humilde. — a amiga riu, sabendo onde ela queria chegar. — Disse que existem todo tipo de preço, e ouvi você dizer… — Você quer saber o que faço para ganhar tanto? — Patrícia não se ofendeu, estava até relaxada. Quando começou, estava realmente assustada e se sentindo um lixo. No entanto, Pati aprendeu a se adaptar e a ser mais esperta do que eles. Agora, sabia o que queria e como usar isso a seu favor. — É que tudo isso é novo e não sei onde estou me metendo. O motorista estava alheio a elas, mas com certeza ouvia a conversa. — Como eu disse, você aceita o que acha que deve. — Começou, sem medo algum de ser julgada. — Quando comecei eu também estava assustada. Não queria ser radical, só estava ali para ganhar aquele dinheiro e ir embora. — Ela encostou-se no banco do carro e passou a olhar para o lado de fora, relembrando seu passado. — Até eu notar que era só mais um objeto de exposição. É isso que eles querem. Querem aparecer na mídia e dar a entender que estão por cima, no topo e com as mulheres mais sexy’s e bonitas, mesmo sendo um bando de idiota. Não minto, você pode passar por situações ruins, mas tem que mostrar que é você quem manda ali. Nenhum daqueles homens quer ser visto sendo deixado para trás enquanto a gostosa sai de cena. Aquele acordo é a sua arma. Se ele sair da linha e você não gosta, diz que usará a boca e dirá a todos quem ele realmente é. — E o acordo de confidencialidade? — Sarah achou estranho. — Leia bem as letras minúsculas dos contratos que você assina. E não abaixe a cabeça só porque ele está pagando. — Isso é para me assustar? — É para você ficar esperta. — Afirmou, virando o rosto e pegando em sua mão. — Não tenha medo, eles não vão te comer viva. — Não é o que parece. — Murmurou. — Ganho muito porque eles sempre me escolhem, uma noite de festa comigo é bem cara e estou disposta a tudo, desde que esteja no acordo que assinei. Sou eu quem decide se irei além ou não. — Sarah ficou pensativa. Os conselhos da colega até eram bons, mas não conseguia ficar confortável com isso. — Então você… — Com alguns transo, e uma foda comigo é bem cara, querida. — Os olhos de Sarah quase saíram das órbitas. Até o motorista ficou fora do radar. — Não é um absurdo, conheço aqueles homens. No início eu não fazia essas coisas, então fui ganhando confiança e perdendo a timidez. — Então você aceita ficar com eles caso ... — Não sou prostituta, só é um acordo por noite com homens com quem já saio. São bons, e se um homem que não conheço me manda mensagem pedindo sexo, no nosso primeiro encontro, recuso na hora. — Então é assim que ganha tanto dinheiro? — Patrícia era uma mulher esperta e acreditava no que dizia; Sarah só não se imaginava fazendo o mesmo. — Eles me presenteiam, me leva para viajem, muito disso fora do acordo. — Então isso pode acontecer? — Sempre que ouvia, ela tinha mais para pensar. — Sim, eles podem dar presentes, por fora dos acordos das agências, pois tudo o que ganha passa por eles, que tiram a parte e te dão a quantia que está naquele acordo específico, mas como nos encontramos fora da agência, tudo o que me dão é só meu. — Riu orgulhosa. — Mas sei que com você será diferente. Você é uma menina correta; ganhará o que precisa e cairá fora. É. Estou torcendo para isso. Não quero me sujeitar a nada do que ela falou. — pensou.SarahDonald Watts — 58 anosUma noite casual, regada a bebidas e roda de conversas de negócios. Acompanhante. Duração de três horas…Como Patrícia havia dito, eles logo responderam. Isso não era uma grande surpresa, pois Sarah tinha o perfil de qualquer homem com muito dinheiro disposto a pagar caro por uma mulher bonita, para exibir na frente dos amigos. Mas… Sarah se surpreendeu com o convite casual que chegou no meu endereço de e-mail que criou só para isso. Ela ficou nervosa, eu li tudo, até as letras minúsculas, esperando encontrar qualquer absurdo.Perdeu um bom tempo se questionando e se perguntando por que um homem com tanto dinheiro e posição precisava exibir uma loira jovem e sensual. Fútil. A palavra era fútil. A loira passou a noite lendo os contratos, tanto os da agência quanto as do seu cliente, ela o achou. Ela o achou formal e educado, mas nunca confiaria nisso, ainda mais vindo de alguém que iria lhe pagar para ser sua acompanhante. Eram um amontoado de palavra
HunterSentado em sua cadeira habitual, onde trabalhava diariamente, ele não conseguia parar de pensar na loira da noite passada.A pele macia, o perfume doce. Aquela mulher conseguiu deixá-lo louco com um só olhar. Ele sentiu que ela queria estar ao seu lado, da mesma forma que não pôde tirar os olhos dela, a loira fez o mesmo. Obviamente, não era nada para o velho que a acompanhava. Donald tinha esposa e filhos e, pela forma como se comportou ontem, não era uma de suas amantes. Ele sabia como tinha achado. A agência de acompanhantes era bem conhecida no meio em que vivia.Empresários que odiavam estar sozinhos, sem um troféu. Eles disputavam quem levaria a mais linda e gostosa para seus encontros. Idiotas! Ele nunca usou esse recurso, mulheres ao seu redor querendo uma casquinha, não lhe faltava, mas confessou que aquela mulher chamou a sua atenção.— Você está me ouvindo? — Henry falava à sua frente, com o cenho franzido, olhando-o chateado. — Estou falando a meia hora e você p
Emília estava pensativa, sentada em uma cadeira confortável, em frente a uma janela de vidro, olhando para o dia claro, de um hotel em que costuma frequentar, quando deseja encontrar Tomás, às escondidas.Ela sempre se assegurava de que não era seguida, de que seu marido nunca descobriria. Ela não fazia ideia de que Hunter viu de primeira mão a traição, no qual não teve escrúpulos ou decência de esconder aquele dia. Emília gostava do marido, mas amava muito mais o dinheiro que ele tinha. Na verdade, sua verdadeira paixão era Tomás, um galinha que só deu bola para ela depois que ela se casou com seu melhor amigo.Hunter não sabia que estava alimentando uma cobra, confessando coisas pessoais, o que instigou Tomás a tentar domar a mulher por quem seu amigo caiu como um patinho.Emília não era nada além de uma amante, para Tomás. Ela era apenas mais uma entre muitas. Hunter conhecia o amigo, apesar de não ter notado a traição. Ele sabia que Tomás largaria Emy assim que fossem descober
Sarah acordou cedo para fazer uma corrida e limpar a mente. O dia à frente seria agitado novamente com os cuidados com seu pai e a faculdade.Esses últimos dias a colocaram em lugares que ela nunca pensou que estaria e ela descobriu que não eram onde ela queria estar. Ser anônima lhe dava liberdade para fazer o que quisesse e viver bem. No entanto, nesses eventos, ela se sentia presa em uma caixa cheia de cobras, incapaz de se mover sem chamar atenção.Ela rezava para que isso acabasse logo, libertando-a desses acordos infelizes. Patrícia se encaixava bem em tudo isso. Ela se acostumou a se exibir, receber presentes e ficar perto desses homens ricos e pervertidos.Sarah parou em frente à casa onde seu pai mora, colocou as mãos nos joelhos e respirou por alguns instantes para recuperar o fôlego. Ao entrar na casa, ela viu que seu pai já estava acordado. Por enquanto, ele não fazia muito, apenas dava alguns passos, andava pela casa e tomava banho.A rotina tinha se tornado bem mais
SarahMe arrumei no quarto onde dividia com Patrícia, mesmo que ela não usasse muito. Hoje não nos encontramos, passei a tarde em uma loja onde encontrei tecido de boa qualidade e que serviram para alguns modelos que faria para expor no trabalho que me foi pedido.Deixei tudo do lado da cama, os esboços, em cima da cama, enquanto eu me olhava no espelho, com esperança de que o vestido que vesti fosse bonito o suficiente para não decepcionar meu contratante.Esses ricaços se importavam além da conta com a beleza e por mais que eu tenha nascido com o privilégio de ser quase um padrão, uma roupa elegante era o que se esperava de uma acompanhante de luxo.Assim que constatei que estava apropriada para a ocasião, peguei meu celular e chaves, saindo do quarto.Alguns dos meninos que dormiam nos quartos vizinhos me encararam, cochichando uns com os outros. Não me importei.Marquei para encontrar alguns metros dali, para ninguém desconfiar. Dessa vez eu estava preparada para lidar com tudo.
HunterSarah Jones era uma mulher muito linda e inteligente. Pouco descobri sobre ela, mas muito me agrada ver em seu olhar uma chama ofuscada pela timidez.Tenho certeza de que se eu cavar posso achar um lindo diamante pronto para ser dominado.Não quero assustar a menina. As razões pela qual ela estava no My sugar eram desconhecidas, porém, se via que não era de se insinuar ou seduzir. Se meu objetivo era ter essa mulher para mim, tenho que ser cauteloso.— Por que está fazendo isso, Sarah? — A garota não estava nada satisfeita com meus assuntos fora da sua pergunta. — Dinheiro ou quer provar da experiência?— Minha pergunta veio antes, pelo que me lembro. — Você é bem desconfiada. — Confesso estar me divertindo.— Não deveria? — Levantou uma de suas sobrancelhas bem-feita. — Esse não é um encontro como os outros, o que me diz que seu interesse é outro.— Quer saber o meu interesse? — Por favor. — Gosto da determinação e do jeito provocante nela. — Quero uma pessoa que possa esta
SarahDois meses depoisNão consigo parar de pensar em Hunter Miller desde aquele jantar que mais pareceu um sonho.Desconhecia a sua existência desde aquele momento e depois tive que ir atrás de informações, mesmo não tendo aceitado a sua proposta.Hunter não era da mídia, mas conhecido na sua bolha. Sendo o CEO e dono de uma das maiores lojas de departamento do país. A loja estava expandindo para coleções mais sofisticada e isso me deixou animada, mesmo eu sendo uma Zé-ninguém ainda, quem sabe em um futuro não muito distante, trabalhar para ele?Bem, no entanto, meus pensamentos não foram esses nos últimos dias. Sempre que fechava os olhos, lembrava daquela boca safada que sorria quando me provocava, dos olhos misteriosos que me perturbou e do toque sutil no meu braço ao beijar minha mão como forma de gentileza.Não dava para não cogitar estar com Hunter em um quarto escuro, em cima de uma cama enorme, enquanto ele me tocava ou….— Você não ouviu nada do que eu disse, não foi? — P
HunterEu realmente já não estava mais aguentando essa situação. Emília e eu brigávamos com cão e gato desde que descobri naquele dia, que ela me traia. Meu plano era simples, ou era para ser. Ela não sabia de nada e eu tentei ficar no trabalho mais tempo possível, mas no final, quando voltava, brigávamos por conta disso, com meu tempo, trabalho, como se ela já não tivesse um namorado reserva.Pior era lembrar que em algumas dessas noites cheguei bêbado e acabei esquecendo que ela era uma traidora. Parece que o sexo ficou mais quente e assim que amanhecia notava que tinha cometido erros durante a noite e me odiava por isso.Essa noite me serviu para ver o quão miserável estava se tornando a minha vida. Mentira, fingimento e ódio. Eu queria me vingar e nunca mais ver o resto da desgraçada, porém, tínhamos o Liam e isso nos unirá para sempre.Venho pensando nisso e não consigo fechar os olhos e relaxar, pois não há uma forma excelente de acabar com tudo isso. Não podia negar que ele