capítulo 4

Hunter

Os dias passaram e Hunter ficava remoendo aquela cena em sua mente, pensando em diversas situações em que os dois poderiam estar juntos.

Quando viajava a negócio, quando trabalhava até tarde. Quando isso começou?

Desde o casamento, ou melhor, desde que a viu, seus olhos se fecharam para qualquer outra.

Ela sabia o seduzir, tanto que ele não viu o que estava acontecendo debaixo do seu nariz.

Há quanto tempo isso vinha acontecendo debaixo do meu nariz?

Hunter se questionava por tudo. Até se culpava pelo o corrido. Afinal, se Emília estava o traindo, era porque ele deixou isso acontecer.

Se Hunter não tivesse chegado mais cedo naquele dia, nunca teria descoberto a traição.

Sua desilusão deveria prevalecer, nessa situação, porém, o ódio e raiva prevaleciam.

Tomás e ele cresceram no mesmo nicho. Os pais dele frequentavam os mesmos lugares que os de Hunter. Naturalmente fizeram amizade.

Foram para a mesma faculdade, e se formaram no mesmo ano. Agora, ele tentava se manter no ramo imobiliário, diferente do seu pai, que queria que ele assumisse sua cadeira na cede em LA da rede de varejo que tinha diversas filiais no país e fora.

Hunter, como seu melhor amigo, o poiou em sua decisão de independência.

Ele era filho único, herdeiro desse império, gostava do que fazia comandando as lojas, nacionais e filiais em outros países, de departamento, mas Tomás não, então era natural para Hunter, entender esse lado.

Agora, ele sabia que seu melhor amigo estava comendo sua esposa dentro de sua casa. E pior, com todas aquelas pessoas trabalhando em sua casa, ninguém nunca abriu o bico. Será que não sabiam?

Tudo o que Hunter sabia até o momento era que deixaria isso por debaixo dos panos, até arranjar uma forma de se livrar de Emília e ficar com seu menino.

Ele faria de tudo para obter a guarda total de Liam.

Estar naquela casa depois do que viu, era difícil. Entretanto, ele tinha que ter sangue-frio para continuar até achar a melhor forma de cortar as pernas dos traidores.

Depois de um dia cheio, pensando em como voltar para casa, ele estava sozinho em seu escritório, transando com sua secretária, por trás, sem parar de pensar um segundo naquela cena macabra que não saía da sua cabeça.

Era esquisito e o deixava muito furioso, maltratando a mulher, que tentava não gemer alto demais.

A mulher era bonita, com curvas e uma bunda grande. Tê-la na sua mesa foi fácil, pois desde que a mulher foi contratada, ela se insinua para Hunter.

Ele fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos e se concentrar na boceta molhada onde seu pau estava entrando, batendo como um louco.

O homem jamais pensou que recorreria a isso, porém, quanto mais puto ficava, mais sedento era e tinha que se aliviar de alguma forma.

Scarlet gemia, enquanto ele a segurava pelos pulsos e enfiava o meu pau dentro dela.

Com a outra mão, bateu em sua nádega saliente, fazendo barulho e deixando-a vermelha.

— Cale-se. — esbravejou entre os dentes. Ninguém os ouviria, não era esse o seu medo, mas sentia a necessidade de ser obedecido. Na verdade, o excitava saber que estava no comando. Assim como pediu, ela se calou. Maltratei a sua boceta gulosa até sentir que se contraia por dentro, deixou escapar um ruído de prazer, que foi seguido pelo dele, depois que cravou dentro dela e despejou tudo no preservativo. Hunter ficou ali até sentir que não tinha mais nada. Então saiu de dentro dela, jogou o preservativo fora e se afastou. A mulher permaneceu ali com a bunda exposta por mais alguns segundos, então se arrumou e sorriu, esperando algo a mais. — Saía da minha frente!

Logo o sorriso caiu e ela se foi, rebolando para fora do escritório.

Hunter olhou as horas no relógio e revirou os olhos de tédio. Ele não queria ter que volta para casa tão cedo.

O destino também estava o provocando, pois, seu celular vibrou e ao ver a tela, era Emília.

“Se voltar para casa agora, vou ter que fingir que estou de bom humor, que amo minha esposa e, Deus me livre, transar com ela. Então, Vadia, não! Eu não atenderei você.”

Hunter, mais que certo, ignorou aquela ligação. Como o dia de trabalho já havia acabado, ele simplesmente pegou o aparelho e colocou no modo avião, assim ele poderia dar a desculpa de que estava fora de área.

O homem também sentiu a vontade de jogá-lo contra a parede, mas só o colocou no bolso, pensando em sair daquele prédio e passar o resto da noite, longe de casa.

Scarlet, ainda em sua mesa, arrumava alguns papéis para, em seguida, ir embora. Ela sorriu para o homem quando ele passou por ela, contudo, foi ignorada facilmente.

Hunter não era homem de bom caráter, não mais, e os momentos em que ele estava fudendo sua secretaria, só serviram para relaxar seu corpo e fazê-lo esquecer dos problemas, algo que não funcionou muito.

No estacionamento, Hunter pegou seu carro e dirigiu até um bar próximo do centro.

Era um lugar exclusivo, privado de tudo. Servia para encontros particulares, e Hunter sabia que Henry Maxuell estaria lá.

O desgraçado era bom em divórcios e tinha bons contatos. Hunter precisaria disso.

Ele estava com tanta raiva que criaria um circo só para expor os traidores.

Ao chegar, ele estacionou no subsolo e subiu de elevador. As portas se abriram no andar onde os homens de terno caro bebiam.

Nos seus tempos de solteiro, ele frequentava aquele lugar com muita regularidade.

Ele gostava de estar rodeado de homens como ele e ainda mais, pois era um bom ponto de observação.

Alguns deles estavam acompanhados de mulheres lindas vestidas com o mais fino tecido brilhoso. Boa companhia não faltava naquele bar de ricaços.

As mais diversas mulheres se exibiam para eles, tudo em busca de dinheiro.

Alguns corajosos, às vezes, as levavam para o seu íntimo e até casavam, contudo, Hunter achava um exagero, pois sabia que, apesar de apreciar muitas vezes os serviços daquelas mulheres, não podia confiar em alguém que se vendesse por dinheiro.

O loiro avistou Maxuell perto do balcão, onde se servia as bebidas.

Ele marcou aquele encontro e o advogado cafajeste já sabia que algo estava errado no casamento do amigo.

Hunter andou em meio as pessoas, não querendo ser percebido, pois não estava no clima de conversar com mais ninguém, até esbarrar em uma loira que pensou em dizer o quão desastrada era, até encará-la no rosto.

O homem parou no tempo por alguns minutos.

Ele avaliava Sarah com atenção, percebendo seu rosto tomar uma cor avermelhada, os olhos verdes se abriram em surpresa e seus lábios avermelhados o atraíram como um ímã.

A loira sentiu seu coração parar, tanto por saber que esbarrou em alguém importante, quanto por perceber que o homem não era bonito, era um Deus. Como alguém tão bonito poderia existir?

A elegância de Hunter chamou a sua atenção, assim como a expressão de raiva, que logo se transformou em curioso.

Mas seu acompanhante a puxou, os tirando de perto um do outro.

Hunter não deixou de encarar a loira que estava linda em um vestido preto curto, brilhoso, com as costas a mostrar.

Deu uma olhada para ele antes de sentar juntos do velho e depois desviou seus belos olhos dele.

Isso era um problema para Sarah e ela nem sabia disso ainda.

O empresário não se importava se o homem, a quem ela acompanhava, o encarava com certa raiva; Hunter planejava algo em sua mente diabólica.

Tudo o que Hunter queria, assim que descobriu a traição, era ter sua própria amante, para que ele pudesse desfrutar e realizar seus desejos, que foram deixados de lado desde que ele se casou.

Porém, ainda não era hora para tratar disso.

Ele teve que voltar ao seu objetivo, alcançando Henry, que tentava seduzir uma morena peituda.

Assim que o viu, ele logo cumprimentou. Os olhos de Hunter, atrevidos, buscaram pela mulher de olhos claros, que por sorte, também o procurou no meio de todos aqueles homens.

Hunter sentou ao lado do colega, em uma posição que poderia ver a mulher.

— O que traz você aqui? — Henry pegou sua bebida e tomou um gole.

— Quero contratá-lo. — Foi direto.

— Você! — Franziu o cenho. — Sabe que trabalho com divórcios?

Óbvio que o advogado estava brincando com sua paciência.

Eles eram amigos há anos, entretanto, ultimamente, Hunter estava tomando cuidado com as pessoas que chamava de amigos.

— Sei que, além disso, tem contatos que podem achar provas irredutíveis para que eu não tenha dor de cabeça ao dividir os meus bens, os quais, no caso, não quero dar um centavo a ela, e me dê a guarda plena do meu filho. — Foi claro.

— Espera um segundo. — Confundiu-se. — Isso não é um teste ou brincadeira, certo?

— Não tenho tempo para brincadeiras, Maxuell. Quero que me liberte e que me assegure de que meu filho ficará comigo.

— Ok. — Ainda desconfiou. — Amanhã passo no seu escritório.

Estava sendo difícil para ele, pois não era só conviver com ela, sabendo da traição.

Era estar ferido pelo seu amor e fingir que não sabe de nada.

Hunter era durão, arrogante e prepotente, contudo, ainda tinha um coração feito de músculo e sofria com a falsidade e traição de quem achou amar.

Involuntariamente, ele voltou a encarar Sarah, que lutava para ignorá-lo.

Hunter queria aquela mulher. Não importava quem fosse, e como trabalhava.

Ele entendia os termos e só desejava ter aquele rostinho inocente o encarando enquanto ele a fodia.

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