Hunter
Os dias passaram e Hunter ficava remoendo aquela cena em sua mente, pensando em diversas situações em que os dois poderiam estar juntos. Quando viajava a negócio, quando trabalhava até tarde. Quando isso começou? Desde o casamento, ou melhor, desde que a viu, seus olhos se fecharam para qualquer outra. Ela sabia o seduzir, tanto que ele não viu o que estava acontecendo debaixo do seu nariz. Há quanto tempo isso vinha acontecendo debaixo do meu nariz? Hunter se questionava por tudo. Até se culpava pelo o corrido. Afinal, se Emília estava o traindo, era porque ele deixou isso acontecer. Se Hunter não tivesse chegado mais cedo naquele dia, nunca teria descoberto a traição. Sua desilusão deveria prevalecer, nessa situação, porém, o ódio e raiva prevaleciam. Tomás e ele cresceram no mesmo nicho. Os pais dele frequentavam os mesmos lugares que os de Hunter. Naturalmente fizeram amizade. Foram para a mesma faculdade, e se formaram no mesmo ano. Agora, ele tentava se manter no ramo imobiliário, diferente do seu pai, que queria que ele assumisse sua cadeira na cede em LA da rede de varejo que tinha diversas filiais no país e fora. Hunter, como seu melhor amigo, o poiou em sua decisão de independência. Ele era filho único, herdeiro desse império, gostava do que fazia comandando as lojas, nacionais e filiais em outros países, de departamento, mas Tomás não, então era natural para Hunter, entender esse lado. Agora, ele sabia que seu melhor amigo estava comendo sua esposa dentro de sua casa. E pior, com todas aquelas pessoas trabalhando em sua casa, ninguém nunca abriu o bico. Será que não sabiam? Tudo o que Hunter sabia até o momento era que deixaria isso por debaixo dos panos, até arranjar uma forma de se livrar de Emília e ficar com seu menino. Ele faria de tudo para obter a guarda total de Liam. Estar naquela casa depois do que viu, era difícil. Entretanto, ele tinha que ter sangue-frio para continuar até achar a melhor forma de cortar as pernas dos traidores. Depois de um dia cheio, pensando em como voltar para casa, ele estava sozinho em seu escritório, transando com sua secretária, por trás, sem parar de pensar um segundo naquela cena macabra que não saía da sua cabeça. Era esquisito e o deixava muito furioso, maltratando a mulher, que tentava não gemer alto demais. A mulher era bonita, com curvas e uma bunda grande. Tê-la na sua mesa foi fácil, pois desde que a mulher foi contratada, ela se insinua para Hunter. Ele fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos e se concentrar na boceta molhada onde seu pau estava entrando, batendo como um louco. O homem jamais pensou que recorreria a isso, porém, quanto mais puto ficava, mais sedento era e tinha que se aliviar de alguma forma. Scarlet gemia, enquanto ele a segurava pelos pulsos e enfiava o meu pau dentro dela. Com a outra mão, bateu em sua nádega saliente, fazendo barulho e deixando-a vermelha. — Cale-se. — esbravejou entre os dentes. Ninguém os ouviria, não era esse o seu medo, mas sentia a necessidade de ser obedecido. Na verdade, o excitava saber que estava no comando. Assim como pediu, ela se calou. Maltratei a sua boceta gulosa até sentir que se contraia por dentro, deixou escapar um ruído de prazer, que foi seguido pelo dele, depois que cravou dentro dela e despejou tudo no preservativo. Hunter ficou ali até sentir que não tinha mais nada. Então saiu de dentro dela, jogou o preservativo fora e se afastou. A mulher permaneceu ali com a bunda exposta por mais alguns segundos, então se arrumou e sorriu, esperando algo a mais. — Saía da minha frente! Logo o sorriso caiu e ela se foi, rebolando para fora do escritório. Hunter olhou as horas no relógio e revirou os olhos de tédio. Ele não queria ter que volta para casa tão cedo. O destino também estava o provocando, pois, seu celular vibrou e ao ver a tela, era Emília. “Se voltar para casa agora, vou ter que fingir que estou de bom humor, que amo minha esposa e, Deus me livre, transar com ela. Então, Vadia, não! Eu não atenderei você.” Hunter, mais que certo, ignorou aquela ligação. Como o dia de trabalho já havia acabado, ele simplesmente pegou o aparelho e colocou no modo avião, assim ele poderia dar a desculpa de que estava fora de área. O homem também sentiu a vontade de jogá-lo contra a parede, mas só o colocou no bolso, pensando em sair daquele prédio e passar o resto da noite, longe de casa. Scarlet, ainda em sua mesa, arrumava alguns papéis para, em seguida, ir embora. Ela sorriu para o homem quando ele passou por ela, contudo, foi ignorada facilmente. Hunter não era homem de bom caráter, não mais, e os momentos em que ele estava fudendo sua secretaria, só serviram para relaxar seu corpo e fazê-lo esquecer dos problemas, algo que não funcionou muito. No estacionamento, Hunter pegou seu carro e dirigiu até um bar próximo do centro. Era um lugar exclusivo, privado de tudo. Servia para encontros particulares, e Hunter sabia que Henry Maxuell estaria lá. O desgraçado era bom em divórcios e tinha bons contatos. Hunter precisaria disso. Ele estava com tanta raiva que criaria um circo só para expor os traidores. Ao chegar, ele estacionou no subsolo e subiu de elevador. As portas se abriram no andar onde os homens de terno caro bebiam. Nos seus tempos de solteiro, ele frequentava aquele lugar com muita regularidade. Ele gostava de estar rodeado de homens como ele e ainda mais, pois era um bom ponto de observação. Alguns deles estavam acompanhados de mulheres lindas vestidas com o mais fino tecido brilhoso. Boa companhia não faltava naquele bar de ricaços. As mais diversas mulheres se exibiam para eles, tudo em busca de dinheiro. Alguns corajosos, às vezes, as levavam para o seu íntimo e até casavam, contudo, Hunter achava um exagero, pois sabia que, apesar de apreciar muitas vezes os serviços daquelas mulheres, não podia confiar em alguém que se vendesse por dinheiro. O loiro avistou Maxuell perto do balcão, onde se servia as bebidas. Ele marcou aquele encontro e o advogado cafajeste já sabia que algo estava errado no casamento do amigo. Hunter andou em meio as pessoas, não querendo ser percebido, pois não estava no clima de conversar com mais ninguém, até esbarrar em uma loira que pensou em dizer o quão desastrada era, até encará-la no rosto. O homem parou no tempo por alguns minutos. Ele avaliava Sarah com atenção, percebendo seu rosto tomar uma cor avermelhada, os olhos verdes se abriram em surpresa e seus lábios avermelhados o atraíram como um ímã. A loira sentiu seu coração parar, tanto por saber que esbarrou em alguém importante, quanto por perceber que o homem não era bonito, era um Deus. Como alguém tão bonito poderia existir? A elegância de Hunter chamou a sua atenção, assim como a expressão de raiva, que logo se transformou em curioso. Mas seu acompanhante a puxou, os tirando de perto um do outro. Hunter não deixou de encarar a loira que estava linda em um vestido preto curto, brilhoso, com as costas a mostrar. Deu uma olhada para ele antes de sentar juntos do velho e depois desviou seus belos olhos dele. Isso era um problema para Sarah e ela nem sabia disso ainda. O empresário não se importava se o homem, a quem ela acompanhava, o encarava com certa raiva; Hunter planejava algo em sua mente diabólica. Tudo o que Hunter queria, assim que descobriu a traição, era ter sua própria amante, para que ele pudesse desfrutar e realizar seus desejos, que foram deixados de lado desde que ele se casou. Porém, ainda não era hora para tratar disso. Ele teve que voltar ao seu objetivo, alcançando Henry, que tentava seduzir uma morena peituda. Assim que o viu, ele logo cumprimentou. Os olhos de Hunter, atrevidos, buscaram pela mulher de olhos claros, que por sorte, também o procurou no meio de todos aqueles homens. Hunter sentou ao lado do colega, em uma posição que poderia ver a mulher. — O que traz você aqui? — Henry pegou sua bebida e tomou um gole. — Quero contratá-lo. — Foi direto. — Você! — Franziu o cenho. — Sabe que trabalho com divórcios? Óbvio que o advogado estava brincando com sua paciência. Eles eram amigos há anos, entretanto, ultimamente, Hunter estava tomando cuidado com as pessoas que chamava de amigos. — Sei que, além disso, tem contatos que podem achar provas irredutíveis para que eu não tenha dor de cabeça ao dividir os meus bens, os quais, no caso, não quero dar um centavo a ela, e me dê a guarda plena do meu filho. — Foi claro. — Espera um segundo. — Confundiu-se. — Isso não é um teste ou brincadeira, certo? — Não tenho tempo para brincadeiras, Maxuell. Quero que me liberte e que me assegure de que meu filho ficará comigo. — Ok. — Ainda desconfiou. — Amanhã passo no seu escritório. Estava sendo difícil para ele, pois não era só conviver com ela, sabendo da traição. Era estar ferido pelo seu amor e fingir que não sabe de nada. Hunter era durão, arrogante e prepotente, contudo, ainda tinha um coração feito de músculo e sofria com a falsidade e traição de quem achou amar. Involuntariamente, ele voltou a encarar Sarah, que lutava para ignorá-lo. Hunter queria aquela mulher. Não importava quem fosse, e como trabalhava. Ele entendia os termos e só desejava ter aquele rostinho inocente o encarando enquanto ele a fodia.Sarah2 Dias antesSarah estava exausta e chateada com tudo o que estava acontecendo. Ela, por um momento, se segurou ao pensamento de que só precisaria se preocupar em repor suas economias para a faculdade; contudo, nada em sua vida era tão fácil. Então, recebeu a ligação do seguro e tudo caiu por terra.Como se já não fosse ruim saber que teria que arcar com o pós-operatório e os remédios, pois o seguro a ligou dizendo que o hospital onde estavam cobrava taxas muito altas e não poderia arcar com mais essas despesas.Ela ainda perdeu um bom tempo do seu dia, gritando e tentando resolver esse problema, mas por fim não conseguiu. Então, a loira, deixando seu pai no quarto, saiu e chorou por um bom tempo. Ela não queria ser dramática; contudo, aquela situação estava a levando ao limite. Ela estava cogitando, de tanta raiva, processar todos eles, pois achava um absurdo e humilhante como estavam os tratando. Seu pai trabalhou duro todos esses anos. As únicas vezes que precisaram de au
SarahDonald Watts — 58 anosUma noite casual, regada a bebidas e roda de conversas de negócios. Acompanhante. Duração de três horas…Como Patrícia havia dito, eles logo responderam. Isso não era uma grande surpresa, pois Sarah tinha o perfil de qualquer homem com muito dinheiro disposto a pagar caro por uma mulher bonita, para exibir na frente dos amigos. Mas… Sarah se surpreendeu com o convite casual que chegou no meu endereço de e-mail que criou só para isso. Ela ficou nervosa, eu li tudo, até as letras minúsculas, esperando encontrar qualquer absurdo.Perdeu um bom tempo se questionando e se perguntando por que um homem com tanto dinheiro e posição precisava exibir uma loira jovem e sensual. Fútil. A palavra era fútil. A loira passou a noite lendo os contratos, tanto os da agência quanto as do seu cliente, ela o achou. Ela o achou formal e educado, mas nunca confiaria nisso, ainda mais vindo de alguém que iria lhe pagar para ser sua acompanhante. Eram um amontoado de palavra
HunterSentado em sua cadeira habitual, onde trabalhava diariamente, ele não conseguia parar de pensar na loira da noite passada.A pele macia, o perfume doce. Aquela mulher conseguiu deixá-lo louco com um só olhar. Ele sentiu que ela queria estar ao seu lado, da mesma forma que não pôde tirar os olhos dela, a loira fez o mesmo. Obviamente, não era nada para o velho que a acompanhava. Donald tinha esposa e filhos e, pela forma como se comportou ontem, não era uma de suas amantes. Ele sabia como tinha achado. A agência de acompanhantes era bem conhecida no meio em que vivia.Empresários que odiavam estar sozinhos, sem um troféu. Eles disputavam quem levaria a mais linda e gostosa para seus encontros. Idiotas! Ele nunca usou esse recurso, mulheres ao seu redor querendo uma casquinha, não lhe faltava, mas confessou que aquela mulher chamou a sua atenção.— Você está me ouvindo? — Henry falava à sua frente, com o cenho franzido, olhando-o chateado. — Estou falando a meia hora e você p
Emília estava pensativa, sentada em uma cadeira confortável, em frente a uma janela de vidro, olhando para o dia claro, de um hotel em que costuma frequentar, quando deseja encontrar Tomás, às escondidas.Ela sempre se assegurava de que não era seguida, de que seu marido nunca descobriria. Ela não fazia ideia de que Hunter viu de primeira mão a traição, no qual não teve escrúpulos ou decência de esconder aquele dia. Emília gostava do marido, mas amava muito mais o dinheiro que ele tinha. Na verdade, sua verdadeira paixão era Tomás, um galinha que só deu bola para ela depois que ela se casou com seu melhor amigo.Hunter não sabia que estava alimentando uma cobra, confessando coisas pessoais, o que instigou Tomás a tentar domar a mulher por quem seu amigo caiu como um patinho.Emília não era nada além de uma amante, para Tomás. Ela era apenas mais uma entre muitas. Hunter conhecia o amigo, apesar de não ter notado a traição. Ele sabia que Tomás largaria Emy assim que fossem descober
Sarah acordou cedo para fazer uma corrida e limpar a mente. O dia à frente seria agitado novamente com os cuidados com seu pai e a faculdade.Esses últimos dias a colocaram em lugares que ela nunca pensou que estaria e ela descobriu que não eram onde ela queria estar. Ser anônima lhe dava liberdade para fazer o que quisesse e viver bem. No entanto, nesses eventos, ela se sentia presa em uma caixa cheia de cobras, incapaz de se mover sem chamar atenção.Ela rezava para que isso acabasse logo, libertando-a desses acordos infelizes. Patrícia se encaixava bem em tudo isso. Ela se acostumou a se exibir, receber presentes e ficar perto desses homens ricos e pervertidos.Sarah parou em frente à casa onde seu pai mora, colocou as mãos nos joelhos e respirou por alguns instantes para recuperar o fôlego. Ao entrar na casa, ela viu que seu pai já estava acordado. Por enquanto, ele não fazia muito, apenas dava alguns passos, andava pela casa e tomava banho.A rotina tinha se tornado bem mais
SarahMe arrumei no quarto onde dividia com Patrícia, mesmo que ela não usasse muito. Hoje não nos encontramos, passei a tarde em uma loja onde encontrei tecido de boa qualidade e que serviram para alguns modelos que faria para expor no trabalho que me foi pedido.Deixei tudo do lado da cama, os esboços, em cima da cama, enquanto eu me olhava no espelho, com esperança de que o vestido que vesti fosse bonito o suficiente para não decepcionar meu contratante.Esses ricaços se importavam além da conta com a beleza e por mais que eu tenha nascido com o privilégio de ser quase um padrão, uma roupa elegante era o que se esperava de uma acompanhante de luxo.Assim que constatei que estava apropriada para a ocasião, peguei meu celular e chaves, saindo do quarto.Alguns dos meninos que dormiam nos quartos vizinhos me encararam, cochichando uns com os outros. Não me importei.Marquei para encontrar alguns metros dali, para ninguém desconfiar. Dessa vez eu estava preparada para lidar com tudo.
HunterSarah Jones era uma mulher muito linda e inteligente. Pouco descobri sobre ela, mas muito me agrada ver em seu olhar uma chama ofuscada pela timidez.Tenho certeza de que se eu cavar posso achar um lindo diamante pronto para ser dominado.Não quero assustar a menina. As razões pela qual ela estava no My sugar eram desconhecidas, porém, se via que não era de se insinuar ou seduzir. Se meu objetivo era ter essa mulher para mim, tenho que ser cauteloso.— Por que está fazendo isso, Sarah? — A garota não estava nada satisfeita com meus assuntos fora da sua pergunta. — Dinheiro ou quer provar da experiência?— Minha pergunta veio antes, pelo que me lembro. — Você é bem desconfiada. — Confesso estar me divertindo.— Não deveria? — Levantou uma de suas sobrancelhas bem-feita. — Esse não é um encontro como os outros, o que me diz que seu interesse é outro.— Quer saber o meu interesse? — Por favor. — Gosto da determinação e do jeito provocante nela. — Quero uma pessoa que possa esta
SarahDois meses depoisNão consigo parar de pensar em Hunter Miller desde aquele jantar que mais pareceu um sonho.Desconhecia a sua existência desde aquele momento e depois tive que ir atrás de informações, mesmo não tendo aceitado a sua proposta.Hunter não era da mídia, mas conhecido na sua bolha. Sendo o CEO e dono de uma das maiores lojas de departamento do país. A loja estava expandindo para coleções mais sofisticada e isso me deixou animada, mesmo eu sendo uma Zé-ninguém ainda, quem sabe em um futuro não muito distante, trabalhar para ele?Bem, no entanto, meus pensamentos não foram esses nos últimos dias. Sempre que fechava os olhos, lembrava daquela boca safada que sorria quando me provocava, dos olhos misteriosos que me perturbou e do toque sutil no meu braço ao beijar minha mão como forma de gentileza.Não dava para não cogitar estar com Hunter em um quarto escuro, em cima de uma cama enorme, enquanto ele me tocava ou….— Você não ouviu nada do que eu disse, não foi? — P