Finalmente o final de semana chega e com ele a dor de cabeça que será este encontro com o meu pai, sei que vai ser mais um dia maçante, provavelmente cheio de surpresas e com certeza nada agradáveis.
Levanto e vou tomar um banho, para me manter o mais acordado possível e em seguida visto uma calça jeans e uma camisa polo e um tênis, me olho no espelho e dou uma bagunçada no cabelo, coloco meu relógio e o perfume, pego a chave do meu carro e saio do apartamento, assim que chego na garagem respiro fundo, entro no carro e sigo em direção à mansão dos meus pais, durante todo o caminho fico pensando no quê será que o meu pai vai aprontar hoje afinal não me disse nada, apenas exigiu a minha presença…
Depois de 40 minutos dirigindo paro em frente aos portões da bela casa, e assim que o segurança me você abre os portes, entro devagar, prefiro nem cumprimentar ninguém afinal sei que vou me estressar ainda mais do que já estou, deixo o carro estacionado em um dos pátios e assim que desço do carro vejo a minha mãe me esperando na porta de entrada, e vejo um misto de alegria e apreensão, sei que estou ferrado por causa desse olhar, a minha vontade é entrar novamente no carro e desaparecer daqui, mas crio coragem e vou em sua direção com o meu melhor sorriso.
Sei que sou um filho desnaturado, mas amo de paixão a minha mãe, ela sempre foi e sempre será o meu porto seguro, e ela sempre tenta amenizar as minhas brigas com o meu pai.
— Filho que bom que chegou, entre vamos aproveitar este momento, faz tempo que você não vem aqui, desde…
— Eu ei mãe, desde que eu e o velho brigamos.
— Não fale assim Axel, ele é o seu pai e sabe o que é melhor para você, e por favor tente não brigar de novo com ele, você sabe como ele é, afinal vocês dois são iguaizinhos.
— Mãe, não me compare a ele, sou muito diferente.
— Você quem pensa Axel, você é quem pensa, mas só eu sei como seu pai sempre foi… - Suspira.
Entramos na casa e me deparo com meu pai sentado na sala e assim que me vê levanta e vem em minha direção.
— Pensei que não viria mais seu ingrato...
— Não deveria ter vindo, mas fazer o que não é? Sou o único filho que vocês têm. — Alfineto e ele bufa, nada mais natural para mim, estou acostumado a essa reação dele, desde que brigamos da última vez.
— Posso saber o porquê me queria tanto aqui esse fim de semana? Sabia que eu tenho outras coisas para fazer Pai?
— Sei muito bem quais são as suas obrigações nos fins de semana, Axel, e é exatamente sobre elas que vamos falar hoje, estou cansado da sua devassidão, seu moleque, estou cansado das suas aventuras, sempre estampando as capas das revistas, sempre com uma mulher diferente, jogando o nosso nome na lama…
— Já chega pai, se me mandou vir aqui para me dar sermão, estou indo embora. — Levanto e assim que sigo em direção da porta, minha mãe surge na minha frente.
— Filho não vá, por favor, você acabou de chegar.
Vou falar com seu pai e ele não vai te dar sermão, teremos visitas, por favor, por favor meu filho.
— Quem vem aqui, mãe? Por que todo esse circo? — Falo erguendo as mãos já completamente sem paciência.
— Eu não sei filho, seu pai não falou comigo sobre isso, apenas que tudo poderia mudar hoje.
Volto para a sala ainda irritado sento-me junto a minha mãe, que com sabedoria conseguiu mudar o foco da conversa fazendo com que diminuísse a irritação e aos poucos a conversa foi ficando mais leve, depois de um tempo ali conversando seguimos para a área externa da casa onde tem um jardim diga-se de passagem maravilhoso.
Meu pai se aproxima de mim e começa a me perguntar como está indo os nossos negócios e me atento até onde ele quer chegar…
— Estava pensando em uma fusão na nossa empresa filho, claro que de uma forma que nos favoreça completamente, se é que me entende…
— Depende de que empresa o senhor esteja falando. Não é meu pai?
— Um amigo meu, ele conversou comigo e acho que podemos nos unir, ele virá almoçar conosco e queria você aqui para falarmos sobre isso, eu adoraria que você conhecesse a filha dele, pena que ela está viajando.
— Pode parar, pai, não tenta me empurrar mulher, mesmo porque você sabe perfeitamente que não vou me prender a nenhuma e se eu a conhecer será apenas para mais uma noite e apenas isso.
Você não tem jeito Axel, mas vamos deixar essa conversa para outra hora, porque o meu amigo vai chegar daqui a pouco e depois que conversarmos você verá que a fusão será aproveitável para nós.
Os minutos correm e finalmente escuto o motor de um carro parando e não demora muito lá está o tão aguardado amigo do meu pai, e quando me vê dá um sorriso meio amarelo, não sei bem o que significa, mas algo dentro de mim acendeu o alerta de que problemas estão a caminho, retornou aquele sorriso e ele se aproxima…
— Então, meu amigo, este é o seu tão falado filho Axel?
— É, sim, meu amigo, é ele mesmo, mas e aí sua filha vai voltar quando da viagem?
— A Heather voltará logo, os dias delas em Dubai estão acabando, não vejo a hora de ver a minha menina, espero que tudo dê certo…
— Tenho certeza que vai dar, pode confiar. — Escuto meu pai falar e logo em seguida um sorrisinho de cumplicidade surge nos lábios dos dois…
Bom meu amigo, fico muito feliz por este convite e também por poder compartilhar da presença do seu filho, lembro que só o vi quando era uma criança e olha só se tornou um rapaz muito bonito, e bastante conhecido também.
— Nem me fale, esse meu filho é um presente de grego para mim, mas com certeza logo isso vai mudar, está se saindo um ótimo CEO depois que assumiu nossa empresa, tem feito seu trabalho muito bem, a cada dia crescemos mais, e espero que isso cresça cada vez mais, que ao menos no trabalho seja parecido comigo.
Aos poucos a conversa foi ganhando um contorno maçante, conversa chata e devagar fui me afastando, ao me ver saindo minha mãe me acompanha.
— Filho já disse para não levar as palavras do seu pai tão a sério.
— Não é isso, mãe, esses dois estão armando e eu vou descobrir o que é antes do tempo, e tenho a impressão de que tem algo a ver com a filha desse amigo, não to gostando dessa proximidade deles dois, se a senhora sabe de algo, acho que já está na hora de me falar.
— Eu não sei filho, mas seja lá o que for, não afronte seu pai, você sabe que ele é capaz de te tirar da frente das empresas…
— Eu sei, mas não pedi para estar onde estou, mas vamos ver até onde o velho é capaz de ir, ele que não me venha jogar para cima de uma mulher mimada, mesmo porque, não tenho a mínima vontade de ter uma boneca de porcelana.
A propósito, preciso sair e ligar para uma pessoa que está chateada comigo e não sei o porquê, agora mãe deixa eu ir, a abraço em seguida e deixo um beijo em sua cabeça, vou para o meu carro e saio dali totalmente sufocado pelo almoço chato e que me deixou ainda mais desconfiado do que possa ser, estou saindo, mas com certeza as tramoias dos dois estão indo de vento em polpa;
Durante o retorno para o meu apartamento levo meu pensamento as palavras do meu pai, e de alguma forma isso me deixa com receio do que ele está tramando, algo me diz que devo ficar atento aos passos do meu pai, mesmo porque ele não aceita ser contrariado.
Parada no quarto de hotel e olhando pela janela francesa a belíssima Torre Eiffel, Paris me deixa deslumbrada, ahhhh como amo cada canto desse lugar, não me canso de visitar.Ligo para Sophie Roux, minha amiga de longa data que mora aqui na França há muitos anos, assim que ela atende marcamos a convido para mais um passeio pela bela noite parisiense, coisa que ela aceita de primeira, afinal quem não quer curtir a bela cidade luz não é mesmo, assim que ela concorda conversamos mais um pouco e depois desligo, quero aproveitar o meu dia da melhor forma e a note com mais prazer ainda.O dia passa rápido, e quando chega o fim de tarde sento-me na janela e fico olhando o belo pôr do sol, enquanto bebo uma taça do meu Chateau Cos D'Estournel 2014, encantada com tamanha beleza e sabor.Os minutos passam e finalmente me dou conta que já está na hora de me arrumar, afinal a noite é uma criança e a minha será perfeita ao lado de Sophie.Entro no banheiro e coloco a banheira para encher enquanto
Já faz uma semana que falei com o meu pai e agora estou aqui me arrumando para encarar a viagem de volta ao meu lar, doce lar, Sophie como sempre está aqui no meu quarto chorando bastante. — Aiii amiga, eu queria muito ir com você, mas sabe que não posso, meu pai está me preparando para assumir um cargo na empresa e não me deixa faltar. — Tudo bem, Sophie, mas eu não sei, senti meu pai estranho no telefone, sabe, parece que ele esconde alguma coisa sem falar que ele mesmo comprou a passagem para eu voltar. Não é estranho isso? — Com certeza amiga, me mantém informada sobre o que está acontecendo, ok, não deixe de me ligar. Continuo arrumando as malas e assim que termino já é hora do almoço... — Amiga, vamos em algum restaurante perto, nossa despedida, o que acha? — Perfeito Heather, nem acredito que os nossos dias juntos acabaram. — Fala me encarando e dando um suspiro. Após pagar a carteira e o telefone saímos e vejo o Charles parado na frente do hotel, desde a nossa noite perf
Com a visão da belíssima Torre Eiffel a minha frente, e usando o apoio da janela, sinto a barba bem feita roçando meu pescoço, Charles capricha com o roçar me fazendo desejar mais, sinto suas mãos abrindo o cinto do meu roupão e logo suas mão começam a deslizar deixando meu ombro a mostra, aquecido por uma trilha de beijos, me entrego ao momento, quero aproveitar cada segundo, alguns segundo depois o roupão cai ao chão me deixando completamente exposta a esse homem maravilhoso que já me deixou dolorida uma vez, o volume do seu monumento esfregando na minha bunda me mantém mais aquecida, sinto suas mãos em cada um dos meus seios, enquanto uma trilha de beijos é deixada em minhas costas, a pegada firme me faz delirar nas suas mãos, enquanto ele brinca da forma que deseja com o meu corpo tenho a visão da cidade a minha frente, as luzes iluminando a cidade embelezando os meus olhos enquanto o desejo de ser possuída por ele me consome. — Heather, minha tentação. – Sua voz gutural fala rouc
É uma longa viagem, já faz quase sete horas que estou dentro do avião, apesar de estar na primeira classe, e por mais confortável que seja e eu goste, já estou cansada, Charles tem se mostrado um cavalheiro, conversando quando estou com vontade, e quando não, respeitando o meu espaço, meu silêncio, confesso que estou gostando bastante da sua companhia, uma pena que no aeroporto mesmo iremos nos separar.Fecho mais uma vez os olhos e quando estou quase cochilando escuto o som da sua voz ao pé do meu ouvido.— Quero te encontrar mais algumas vezes, Heather, não me mantenha longe de você ok.Dou um sorriso ao escutar as suas palavras e pouco depois escutamos o aviso do piloto que já estamos em solo americano e a inquietação me toma, não sei porque, mas tenho a impressão que o meu pai está tramando alguma coisa pelo tom de sua voz na ligação.Já é manhã quando finalmente o avião toca a pista de pouso e assim que saio do avião acompanhada por Charles, caminho na direção do despacho de baga
Acordo com o dia ainda claro, fico mais alguns minutos na cama me preparando mentalmente para o questionamento da minha mãe, afinal ela notou algo e não vai deixar isso passar com certeza.Após alguns minutos arrumo coragem e então saio da cama, vestindo apenas uma calça legging e uma camiseta branca com os cabelos amarrados em um coque bagunçado, desço a escada e vejo minha mãe sentada tomando a sua famosa xícara de chá-inglês, ela nunca perde esse costume, sim, a minha mãe é britânica e esse costume a acompanha até hoje.Ela me olha e vejo um misto de preocupação e ansiedade, o que me deixa um pouco estranha, não sei o porquê.— Filha, que bom que acordou, como não almoçou junte-se a mim no chá. — Fala me dando um sorriso acolhedor.— Claro, mãe, eu ia pedir um lanche, mas está ótimo esse bolinho. — Falo enquanto me sento ao seu lado para colocarmos a conversa em dia, mesmo porque sei que este é o motivo principal para esse convite.— Heather meu amor, vejo que você voltou de Paris
Não consigo acreditar que o meu pai fez isso comigo, não, eu não consigo, é demais para mim, olho no relógio e vejo que passa das vinte e uma horas, penso por mais alguns minutos, é final de semana e a noite está começando a ganhar vida, respiro fundo e depois de mais alguns minutos pego meu telefone e ligo para o Thomaz, ele cresceu comigo e sempre está disposto a sair comigo, se divertir, mas às vezes tenho a impressão que ele quer mais que a minha amizade, mas não costumo alimentar essa esperança, mesmo porque tenho ele apenas como um amigo leal, posso até dizer “o meu melhor amigo homem” ou até mesmo o irmão que não tenho. — Alô! — atende no primeiro toque. — Oi Thomaz, é a Heather… — Eu sei, meu pai disse que você voltou, estou feliz de ter a minha amiga de volta. — Fala e escuto um suspiro do outro lado da linha. — Eu estou pensando em ir em alguma balada, vamos? — Não acho que seja uma boa ideia Heather, e sem falar que você acabou de voltar, eu… — Relaxa, Thomaz, eu preci
HeatherApós quarenta minutos dentro do carro com o Tom dirigindo e eu já perdendo ainda mais o pouco da paciência que ainda me resta, finalmente paramos em frente a um prédio que eu ainda não conheço, a fachada toda em vidro e que não demostra ser em nada uma boate, encaro Thomaz que me olha sorrindo.— Vamos Heather, a noite vai ser divertida, garanto. — Fala me olhando com: "carinho"?Tom estaciona o carro e abre a porta dando a volta no carro, me surpreendo com o cavalheirismo dele ao abrir a porta apara mim e me estender a mão, o carinho dele e evidente, e isso não escapa aos meus olhos.— Vamos, precisamos subir.— Fala ao me puxar colando os nossos corpos e sinto um calor gostoso entre nós.Entre brincadeiras e abraços chegamos a entrada e vejo os seguranças parados na porta, mas assim que nos aproximamos vejo Tom balançar a cabeça para os seguranças e em seguida entramos sem sermos barrados.— Parece que você já é bastante conhecido aqui, não é mesmo Tom? — Falo o encarando e e
HeatherTom se aproxima de mim com a bebida em sua mão, pelo jeito já perdeu o sabor, mesmo porque assim que ele alcança a mesa deposita a sua bebida em cima me fazendo erguer uma sobrancelha e ele rir enquanto estende a mão na minha direção, um convite claro para a dança que eu claro não recuso, mesmo porque eu vim para me divertir e não vai ser um sem escrúpulos como Axel Miller que estragará a minha noite.Aproveito a proximidade do corpo de Tom e coloco minha mão sob o seu peito, sinto ele enrijecer um pouco, mas tenta disfarçar se entregando a dança ao momento.Começa a tocar uma música um pouco mais lenta que eu não entendo o porquê, mas vejo um risinho no seu rosto, a satisfação está estampada ali.Ele toca a minha cintura me puxando ao encontro do seu corpo, e começamos a dançar em um ritmo mais lento, apoio a cabeça no seu peito e sinto ele descer um pouco mais a mão da minha cintura para a minha bunda, e como estou com o rosto enterrado no seu peito ele não vê a satisfação