Acordo com a claridade batendo nos olhos, está amanhecendo, estou revigorado, apesar de não ter aproveitado do jeito que eu gosto, consegui relaxar bastante, então aproveito e coloco uma calça de corrida, uma camiseta e um tênis, os fones no ouvido e saio rapidamente para correr no Central Park, que fica de frente para o meu apartamento, assim que saio do prédio dou uma olhada ao redor e vejo que está tudo tranquilo e sei que não correrei nenhum risco, me dirijo a passos largos e assim que entro no parque inicio um alongamento e logo depois a corrida que não pode demorar tanto quanto eu gostaria, afinal o dever me chama, assim começo a minha corrida ao som de Flo Rida, aos poucos vou acelerando o ritmo, fazendo por alguns instantes esquecer dos problemas que tenho que enfrentar na empresa assim que chegar.
Depois de aproximadamente 1 hora de corrida volto para o meu apartamento e vou direto tomar uma ducha, para começar a me preparar para o trabalho, ao olhar a hora me surpreendo ao ver que já são 7:00hs, é agora preciso correr para não chegar tarde afinal preciso colocar tudo em ordem.
Assim que termino de vestir meu terno azul-escuro com uma camisa azul-claro, me olho no espelho e arrumo o cabelo, coloco algumas gotas de perfume e em seguida pego a chave do carro e saio em direção a Empresa, durante o percurso volto a pensar no pedido do meu pai, isso está me incomodando bastante, não sei o que o velho quer, mas com certeza boa coisa não é, afinal ele não pediu, mas me convocou, respiro fundo e alguns metros depois me vejo estacionando o carro.
Saio já ajustando bem minha roupa, afinal para mim a aparência é muito importante e assim que adentro o prédio vejo a recepcionista suspirar ao me desejar bom dia, apenas a olho e dou um meio sorriso, afinal não quero intimidade, mas noto também que todos ao redor começa a trabalhar, sabem que não tolero que fiquem zanzando pelos corredores e se forem flagrados já sabem o resultado, entro no elevador e assim que ele para no andar da presidência, me deparo com Paul dando em cima da minha secretária gostosa e safada, passo por eles e paro na porta já sem muita paciência…
— Paul deixa para comer a secretária fora do horário do expediente ou terei que demiti-la, você entendeu?
— Nossa Axel, a foda foi tão ruim assim ontem a noite? Cara, relaxa, você acabou de chegar e já está azedo irmão? Precisa que chame a Caroline novamente para acalmar esse teu gênio de cão? — Bufo com a fala dele, mas escuto a risadinha da secretária.
Respiro fundo para não descarregar o meu desconforto em ninguém…
— Traz dois cafés para minha sala, e você sabe perfeitamente como eu gosto. — Falo para a secretária e vejo que a mesma imediatamente se levanta e sai para buscar o que pedi.
— Paul entra, sei que não está aqui apenas devido ao decote da secretária, fala logo, desembucha que tenho muito trabalho hoje.— Sou direto, não tenho muita paciência com a safadeza de Paul, se deixar o cara toma todo o meu tempo, coisa que eu já não tenho sobrando.
O que te trouxe a minha sala? Desembucha…
Paul me olha por alguns segundos, mas logo depois senta-se assumindo um ar de seriedade e vejo que tem mais problemas chegando.
— Fiquei sabendo por alto que seu pai está para fazer uma fusão com uma empresa grande, mas as coisas não estão batendo cara, tem algo de errado nas informações que consegui. Eu acho que você deveria conversar com ele sobre isso… Mesmo que você esteja como CEO, sabe muito bem que seu pai ainda decide muitas coisas e você só assina…
— Mais do que você está falando? De que empresa está falando? Porque até onde sei não estamos fundindo com ninguém…
— Acho melhor você conversar com seu velho cara… Não quero me precipita. Eu trouxe esses documentos para você dar uma olhada e ver que se realmente for verdade tem que haver um motivo escondido por trás, uma empresa com esses números não pediria fusão assim com o nosso grupo concorda?
Logo em seguida Paul j**a os documentos em cima da minha mesa e praticamente se deita no meu sofá de couro preferido, o Peste sabe como me irritar e gosta de o fazer…
— Porra, Paul, levanta essa bunda daí, cara. Deixa para dormir na tua casa…
Assim que termino de falar, a minha secretária b**e à porta com os cafés e assim que autorizo a sua entrada ela se aproxima deixando os cafés em cima da mesa e fica parada me olhando…
— Algum problema? — Pergunto a olhando…
— Não, senhor, é que preciso lembrar-lhe da reunião às 9:00hs, e seu pai ligou, exigiu que o senhor esteja lá para o jantar e não deve se esquecer…
Tudo bem, agora pode ir e comece a organizar os documentos que preciso na sala de reuniões e assim que a diretoria chegar me avise…
— Sim senhor, com licença…
Assim que ela sai volto a minha atenção a Paul que já estava sentado esperando por alguma ordem, o ignoro completamente e começo a olhar os documentos que ele me trouxe e realmente pelo que noto não tem nada de errado com a empresa para que eles estejam querendo se fundirem a nós, e isso realmente é algo que não está batendo…
Depois de uma rápida análise nos documentos, tenho ainda mais certeza que meu pai estava aprontando alguma coisa pelas minhas costas e isso está me deixando ainda mais irritado, diga-se de passagem, da última vez que ele fez algo assim acabei sendo obrigado a assumir como CEO e agora com certeza ele vai me aprontar mais alguma coisa…
Os minutos passaram e sou finalmente avisado que os diretores já se encontram na sala de reunião, e em seguida me direciono até lá já pronto para descarregar minha raiva neles, afinal essa reunião tem motivos, não tolero falhas e esses dias tiveram algumas…
A minha secretária me segue até à sala carregando os dados que eu preciso, entro e sento-me na cadeira do presidente e espero que todos estejam bem acomodados.
— Bom dia senhores, como sabem esta reunião tem a ver com as perdas que tivemos nestes últimos dias, e como o responsável por ela é o diretor financeiro, estou pronto para ouvir a sua explicação.
A reunião foi tensa, bem desgastante, entre reclamações, explicações e finalmente dei um prazo para que resolvessem o problema ou alguém com certeza sairia perdendo e com certeza não serei eu.
Protestos e mais protestos aconteceram, mas finalizei a reunião que demorou muito mais do que eu esperava e finalmente consegui sair da sala e fui tomar um ar, afinal o ambiente ficou pesado demais.
Aproveito o tempo livre que tirei e faço uma ligação para a Caroline, por mais que eu não a queira como namorada, gosto da companhia dela e claro das noites que ela passa comigo.
O telefone toca e nada dela atender e após ligar mais duas vezes o telefone simplesmente vai direto para caixa de mensagens.
Desisto e vou até um restaurante próximo para almoçar, depois decido o que faço em relação a essa diaba.
Finalmente o final de semana chega e com ele a dor de cabeça que será este encontro com o meu pai, sei que vai ser mais um dia maçante, provavelmente cheio de surpresas e com certeza nada agradáveis.Levanto e vou tomar um banho, para me manter o mais acordado possível e em seguida visto uma calça jeans e uma camisa polo e um tênis, me olho no espelho e dou uma bagunçada no cabelo, coloco meu relógio e o perfume, pego a chave do meu carro e saio do apartamento, assim que chego na garagem respiro fundo, entro no carro e sigo em direção à mansão dos meus pais, durante todo o caminho fico pensando no quê será que o meu pai vai aprontar hoje afinal não me disse nada, apenas exigiu a minha presença…Depois de 40 minutos dirigindo paro em frente aos portões da bela casa, e assim que o segurança me você abre os portes, entro devagar, prefiro nem cumprimentar ninguém afinal sei que vou me estressar ainda mais do que já estou, deixo o carro estacionado em um dos pátios e assim que desço do car
Parada no quarto de hotel e olhando pela janela francesa a belíssima Torre Eiffel, Paris me deixa deslumbrada, ahhhh como amo cada canto desse lugar, não me canso de visitar.Ligo para Sophie Roux, minha amiga de longa data que mora aqui na França há muitos anos, assim que ela atende marcamos a convido para mais um passeio pela bela noite parisiense, coisa que ela aceita de primeira, afinal quem não quer curtir a bela cidade luz não é mesmo, assim que ela concorda conversamos mais um pouco e depois desligo, quero aproveitar o meu dia da melhor forma e a note com mais prazer ainda.O dia passa rápido, e quando chega o fim de tarde sento-me na janela e fico olhando o belo pôr do sol, enquanto bebo uma taça do meu Chateau Cos D'Estournel 2014, encantada com tamanha beleza e sabor.Os minutos passam e finalmente me dou conta que já está na hora de me arrumar, afinal a noite é uma criança e a minha será perfeita ao lado de Sophie.Entro no banheiro e coloco a banheira para encher enquanto
Já faz uma semana que falei com o meu pai e agora estou aqui me arrumando para encarar a viagem de volta ao meu lar, doce lar, Sophie como sempre está aqui no meu quarto chorando bastante. — Aiii amiga, eu queria muito ir com você, mas sabe que não posso, meu pai está me preparando para assumir um cargo na empresa e não me deixa faltar. — Tudo bem, Sophie, mas eu não sei, senti meu pai estranho no telefone, sabe, parece que ele esconde alguma coisa sem falar que ele mesmo comprou a passagem para eu voltar. Não é estranho isso? — Com certeza amiga, me mantém informada sobre o que está acontecendo, ok, não deixe de me ligar. Continuo arrumando as malas e assim que termino já é hora do almoço... — Amiga, vamos em algum restaurante perto, nossa despedida, o que acha? — Perfeito Heather, nem acredito que os nossos dias juntos acabaram. — Fala me encarando e dando um suspiro. Após pagar a carteira e o telefone saímos e vejo o Charles parado na frente do hotel, desde a nossa noite perf
Com a visão da belíssima Torre Eiffel a minha frente, e usando o apoio da janela, sinto a barba bem feita roçando meu pescoço, Charles capricha com o roçar me fazendo desejar mais, sinto suas mãos abrindo o cinto do meu roupão e logo suas mão começam a deslizar deixando meu ombro a mostra, aquecido por uma trilha de beijos, me entrego ao momento, quero aproveitar cada segundo, alguns segundo depois o roupão cai ao chão me deixando completamente exposta a esse homem maravilhoso que já me deixou dolorida uma vez, o volume do seu monumento esfregando na minha bunda me mantém mais aquecida, sinto suas mãos em cada um dos meus seios, enquanto uma trilha de beijos é deixada em minhas costas, a pegada firme me faz delirar nas suas mãos, enquanto ele brinca da forma que deseja com o meu corpo tenho a visão da cidade a minha frente, as luzes iluminando a cidade embelezando os meus olhos enquanto o desejo de ser possuída por ele me consome. — Heather, minha tentação. – Sua voz gutural fala rouc
É uma longa viagem, já faz quase sete horas que estou dentro do avião, apesar de estar na primeira classe, e por mais confortável que seja e eu goste, já estou cansada, Charles tem se mostrado um cavalheiro, conversando quando estou com vontade, e quando não, respeitando o meu espaço, meu silêncio, confesso que estou gostando bastante da sua companhia, uma pena que no aeroporto mesmo iremos nos separar.Fecho mais uma vez os olhos e quando estou quase cochilando escuto o som da sua voz ao pé do meu ouvido.— Quero te encontrar mais algumas vezes, Heather, não me mantenha longe de você ok.Dou um sorriso ao escutar as suas palavras e pouco depois escutamos o aviso do piloto que já estamos em solo americano e a inquietação me toma, não sei porque, mas tenho a impressão que o meu pai está tramando alguma coisa pelo tom de sua voz na ligação.Já é manhã quando finalmente o avião toca a pista de pouso e assim que saio do avião acompanhada por Charles, caminho na direção do despacho de baga
Acordo com o dia ainda claro, fico mais alguns minutos na cama me preparando mentalmente para o questionamento da minha mãe, afinal ela notou algo e não vai deixar isso passar com certeza.Após alguns minutos arrumo coragem e então saio da cama, vestindo apenas uma calça legging e uma camiseta branca com os cabelos amarrados em um coque bagunçado, desço a escada e vejo minha mãe sentada tomando a sua famosa xícara de chá-inglês, ela nunca perde esse costume, sim, a minha mãe é britânica e esse costume a acompanha até hoje.Ela me olha e vejo um misto de preocupação e ansiedade, o que me deixa um pouco estranha, não sei o porquê.— Filha, que bom que acordou, como não almoçou junte-se a mim no chá. — Fala me dando um sorriso acolhedor.— Claro, mãe, eu ia pedir um lanche, mas está ótimo esse bolinho. — Falo enquanto me sento ao seu lado para colocarmos a conversa em dia, mesmo porque sei que este é o motivo principal para esse convite.— Heather meu amor, vejo que você voltou de Paris
Não consigo acreditar que o meu pai fez isso comigo, não, eu não consigo, é demais para mim, olho no relógio e vejo que passa das vinte e uma horas, penso por mais alguns minutos, é final de semana e a noite está começando a ganhar vida, respiro fundo e depois de mais alguns minutos pego meu telefone e ligo para o Thomaz, ele cresceu comigo e sempre está disposto a sair comigo, se divertir, mas às vezes tenho a impressão que ele quer mais que a minha amizade, mas não costumo alimentar essa esperança, mesmo porque tenho ele apenas como um amigo leal, posso até dizer “o meu melhor amigo homem” ou até mesmo o irmão que não tenho. — Alô! — atende no primeiro toque. — Oi Thomaz, é a Heather… — Eu sei, meu pai disse que você voltou, estou feliz de ter a minha amiga de volta. — Fala e escuto um suspiro do outro lado da linha. — Eu estou pensando em ir em alguma balada, vamos? — Não acho que seja uma boa ideia Heather, e sem falar que você acabou de voltar, eu… — Relaxa, Thomaz, eu preci
HeatherApós quarenta minutos dentro do carro com o Tom dirigindo e eu já perdendo ainda mais o pouco da paciência que ainda me resta, finalmente paramos em frente a um prédio que eu ainda não conheço, a fachada toda em vidro e que não demostra ser em nada uma boate, encaro Thomaz que me olha sorrindo.— Vamos Heather, a noite vai ser divertida, garanto. — Fala me olhando com: "carinho"?Tom estaciona o carro e abre a porta dando a volta no carro, me surpreendo com o cavalheirismo dele ao abrir a porta apara mim e me estender a mão, o carinho dele e evidente, e isso não escapa aos meus olhos.— Vamos, precisamos subir.— Fala ao me puxar colando os nossos corpos e sinto um calor gostoso entre nós.Entre brincadeiras e abraços chegamos a entrada e vejo os seguranças parados na porta, mas assim que nos aproximamos vejo Tom balançar a cabeça para os seguranças e em seguida entramos sem sermos barrados.— Parece que você já é bastante conhecido aqui, não é mesmo Tom? — Falo o encarando e e