Raise City é uma cidade pequena ainda em desenvolvimento, possui pouco mais de 20.000 habitantes, foi fundada na metade do século XIX quando Albert Raise, o fundador, decidiu construir sua própria cidade, onde seria possível ter todos os tipos de culturas e costumes em um só lugar, uma cidade diferente do resto do país, assim como um lar para os caçadores.
Seu sonho se tornou realidade, pois atualmente Raise City é uma cidade muito bem organizada, com escolas de alta qualidade, hospitais qualificados, arquiteturas de diferentes partes do mundo e vários clubes com programações diversas.
Uma cidade que se tornou o orgulho dos habitantes e muito visitada por vários turistas de diversas partes do mundo.
O mais incrível de Raise City, é a enorme construção que existe no meio da cidade. Uma escola de música enorme em forma de piano, bastante alta e com vários alunos muito talentosos, é lá que acontece a maioria dos eventos importantes da cidade. Também há quatro praças nos quatro cantos dela, cada uma mais linda que a outra, além de um monumento na entrada da cidade, simbolizando o sonho de ser inovador, que corre nas veias de cada habitante.
Existem apenas cinco escolas de ensino médio, pois o foco principal é com as crianças e os universitários, que são o futuro de Raise City. Por que as crianças e os Universitários?
Por as crianças serem ensinadas desde cedo a ser criativas desenvolverem suas habilidades e os Jovens que ingressam em uma Universidade porque a partir daí começarão uma carreira profissional onde poderão mostrar todas as suas habilidades e se destacar.
Bem, é uma cidade como qualquer outra, com ruas perigosas, um centro bastante movimentado devido os negócios locais, e as partes mais calmas e tranquilas, voltadas ao lazer.
* * * * * *
Caminhando tranquilamente pelas ruas de seu bairro, Emily Grace, conversava com seu melhor amigo, e primo, Bryan Müller, sobre coisas irrelevantes e sem se preocupar com o que estava ao redor, estavam perto das férias e faziam seus planos de aproveitar bastante cada segundo, quem sabe viajar não fosse uma boa ideia também.
Bryan falava algo sobre a vizinha de Emily ser esquisita, mas, ela nem dera muita atenção, porque sua concentração estava voltada para um rapaz que a encarava de longe.
— ... ela me olhou como se eu fosse um retardado e eu nem disse nada tão estranho assim! — disse Bryan rindo como se tivesse contado uma piada engraçada. — E você nem está prestando atenção na conversa, não é?
— Acredito que não é a primeira vez que o pego me encarando. — resmungou Emily distraidamente.
Bryan virou-se para o beco entre a floricultura e o clube da terceira idade, lugar para onde Emily voltava sua atenção, porém, não viu nada.
— Está falando de quem? — Bryan pergunta confuso.
— Aquele garoto... — parou de falar quando percebeu que o rapaz havia sumido — Estou começando a ficar assustada.
Sua expressão confusa não durou muito tempo, talvez fosse apenas imaginação, pensara.
— Esquece, vamos logo para a lanchonete, eu estou extremamente faminta e são quase 17 h, meu pai não me quer fora de casa depois das 18 h. — disse aumentando o paço para chegarem logo.
— Está bem, calma, vai devagar baixinha! — Bryan finge resmungar.
— Não me chama de baixinha seu magrelo.
Passaram tão depressa ao atravessar a rua para chegarem à lanchonete, que nem olharam para os lados, um carro em alta velocidade quase os atropelou.
Ao chegarem lá, Emily sentou em uma das mesas perto da vidraça enquanto Bryan foi até o balcão para pedir rosquinhas, suco e dois pedaços de bolo de chocolate.
Emily olhava para o lado de fora, perdida em pensamentos.
— Ei, o que foi? — perguntou Bryan voltando com os pedidos.
— Nada de mais, eu só estava observando a rua.
— Sei... vamos comer logo eu estou com fome.
Os dois começaram a comer enquanto discutiam o que iriam fazer durante as férias, nem perceberam que o tempo havia passado, quando se deram conta já estava escurecendo, o sol pintava o céu de laranja e Emily observava sem se dar conta de que seu pai ficaria bravo pela sua desobediência.
— Emily já são mais de 18 h, vamos logo, ou seu pai vai ficar uma fera com você. — disse Bryan puxando a amiga para fora da lanchonete.
Bryan sempre se preocupava muito com Emily, pois desde criança são muito grudados, e ele a considera como uma irmã mais nova, talvez o laço seja mais forte por nenhum dos dois ter irmãos, ou pelo fato de Emily ter perdido a mãe ainda muito novinha.
— Calma, vai me derrubar... — resmunga ela.
Dobraram na esquina e correram o mais rápido que conseguiam para chegar antes de anoitecer completamente, quase perderam todo o ar, quando chegaram em frente à casa de Emily, Bryan a soltou e parou bruscamente.
— Pronto, chegamos! — disse ofegante — Nos vemos amanhã.
— Está bem, tchau e valeu. — ela agradece — Ah! E NÃO se esquece de terminar de ler o livro para a aula de literatura amanhã!
— Não vou, relaxa. — soltou uma risada travessa.
Saiu correndo em direção à rua oposta e dobrou a esquina.
Emily entrou na casa ligou as luzes e foi para a cozinha, quando retornou para a sala se depara com Carlos, seu pai, a olhando fixamente.
— O que combinamos sobre o seu horário de chegada Emily? — perguntou sério.
— Eu sinto muito pai, não foi porque eu quis, simplesmente perdi a hora. — respondeu abaixando a cabeça.
— Vá para o seu quarto!
— Mais pai, eu...
— Não estou bravo, Emily, apenas vá para o quarto, por favor! — disse a interrompendo.
A garota ficou surpresa, mas nada disse, subiu para o quarto e trancou a porta.
— O dia não poderia ser mais estranho, não é mesmo? — se perguntava Emily enquanto pegava o livro passado como tarefa de casa pelo professor de literatura, e os fones de ouvido.
Deitou na cama e começou a ler enquanto escutava música.
Horas depois ela acorda ao sentir uma pancada forte na parede e ao retirar os fones, escuta barulhos de coisas caindo, móveis quebrando e gritos estranhos, Emily fica completamente paralisada e mal consegue se mexer, pega o telefone que estava embaixo de seu travesseiro e liga para a Polícia.
— Boa noite, essa ligação está sendo gravada por motivos de segurança, qual a sua emergência? — perguntou uma voz feminina.
— Boa noite, meu nome é Emily Grace e eu acho que minha casa está sendo invadida... por favor, mande alguma viatura para cá!
— Moça, você acha ou tem certeza?
Escutou um baque surdo próximo a ela, a casa estremeceu levemente e parecia que algum bicho estava no andar debaixo.
— Tenho certeza, tem muitos barulhos vindos do andar debaixo e parece que tem algum animal grande. — respondeu ofegante.
A garota estava desesperada, não sabia o que estava acontecendo e muito menos onde estava seu pai.
— Certo, moça, fique calma e me informe o seu endereço, por favor.
— É... Bairro Dominique I, Rua Milênio e o número é 892.
— Ok, já anotei, por favor, tente encontrar um local que julgue ser seguro e não tente sair da casa antes da viatura chegar, está bem?
— Está bem, mas venham depressa.
— Não se preocupe, há uma viatura próxima, chegará o mais rápido possível!
Após a chamada, Emily percebeu que o barulho havia desaparecido, saiu do quarto devagar e enquanto estava descendo as escadas, a cena que viu a deixou apavorada, a porta da frente estava no chão, os móveis quebrados, os quadros de seu pai estavam destruídos e a camisa azul de botões — que Carlos estava usando quando ela chegara mais cedo — havia sido rasgada e só sobraram pedaços no chão.
Emily saiu correndo para fora desesperada temendo que o pior houvesse acontecido.
— PAI?! — grita o mais alto que pode.
Do outro lado da rua, a garota vê uma sombra se mexendo, seu primeiro pensamento era que talvez fosse o garoto de mais cedo, ele a tinha seguido e fez algum mal para o seu pai? Começa a correr e gritar mais alto quando a sombra se movimenta em direção ao final da rua.
— Ei, por que está me seguindo? — não sabia por que dissera aquilo, mas não estava com medo, estava com raiva — Você vai se ferrar muito se não me responder!
Não escutou resposta alguma, apenas o som de seus passos tentando chegar perto da figura que, mesmo caminhando calmamente, conseguia andar mais depressa que ela.
— Idiota! — resmungou já sentindo cansaço.
Chegando à esquina a figura dobrou para a esquerda e a garota correu ainda mais rápido para tentar alcança-lo, mas ao virar na mesma direção o havia perdido de vista.
Pensou que estivesse enlouquecendo, pois, de man
Emily Deitada em uma das camas do pequeno quarto em que fui intimada a ficar com Bryan, me virava de um lado para o outro, inquieta, o tédio tomou conta de mim rapidamente e a curiosidade também, quero muito saber o que está acontecendo. Por que meu pai começou a agir estranho depois daquele ataque? Por que os pais de Bryan estavam aqui quando chegamos? Por que Calebe me deixa nervosa? Bem isso já é outra história. Calebe é o garoto que apareceu de repente, e também é o mesmo que me encarou fixamente no outro dia naquele beco. Em relação ao ataque, eu ainda quero saber o que ou quem nos salvou, Calebe negou pelo menos parte do salvamento, mas eu tenho certeza que ele sabe o que aconteceu. Aquela cena não sai da minha cabeça, ainda me causa arrepios. * * * * * * Eu me encolhi no carro, fechei os olhos e esperei que o outro batesse em nós. Mas não houve barulho algum, quando abri os olhos eu fiquei paralisada. — Mas... o que está acontecendo? — perguntei em um fio de voz. O car
Desde pequena, eu via as outras crianças passeando com seus pais e no dia das mães, a maioria delas tinha a quem presentear, eu me sentia mal, pois, eu não tinha uma mãe, meu pai sempre fez tudo o que podia para cuidar de mim e se esforçou ao máximo para que eu esquecesse esse fato, depois que descobri que meu pai vem mentindo para mim a vida toda isso mudou, descobri que ele tem me protegido de muito mais do que eu consigo imaginar. Agora eu irei descobrir tudo o que ele escondeu sobre sua vida e sobre minha mãe. Eu estou sentada em minha cama e meu pai está sentado em um sofá ao meu lado. — Bem... Emily eu vou começar pela história do surgimento dos caçadores, superficialmente é claro, para poder explicar o que aconteceu com a sua mãe, a nossa história na verdade... OK? — perguntou me olhando. — Está bem pai, mas sem enrolações dessa vez, já é difícil demais não ter lembranças dela. — Certo, sem enrolaçõess... Vou tentar me lembrar de cada detalhe. — O que eu vou te contar é o
Vitória corria rapidamente em direção a bandeira, que estava hasteada na colina, suas pernas já estavam reclamando e sua respiração pesava, mesmo assim ela não iria parar enquanto não chegasse. Avistou a bandeira vermelha logo a sua frente. Não foi preciso muito esforço para chegar até ela, o seu único obstáculo era Sofia, a qual aparecera de repente em seu campo de visão, e agora estava quase vencendo o jogo. Aquela nanica podia ser bem rápida quando queria, e difícil de pegar também, mas vitória não desistiria fácil, tinha que ganhar o jogo para mostrar a Jadem que ela é e sempre será melhor do que Emily, aquela nojenta sem graça, era ela quem deveria ser a namorada dele, vinha almejando por isso desde sempre, e esse sonho foi destruído pela chegada de uma patricinha mimada que nem ao menos sabia manejar uma adaga. — Acho melhor você desistir anãzinha. — disse com um sorriso endiabrado no rosto. Sofia apenas deu-lhe um sorriso angelical e apressou-se em pegar a bandeira. — Sua
Raise City – C.N.M. Valery Os meus passos são os únicos sons ecoando pelo local, os corredores da corporação ficam completamente vazios há essa hora. Caminhei até a sala de reuniões e peguei todos os documentos secretos, que a corporação tem tentando manter em segredo, e coloquei dentro de uma pasta grande, peguei outros que estavam dentro de uma gaveta, tive que arromba-la primeiro, mas foi moleza. Andei rapidamente para fora do local, tinha que sair dali o mais rápido possível, não queria que me descobrissem, a corporação está sendo corrompida aos poucos e eu tenho que descobrir quem é a maçã podre, mas, é claro que eles não acreditam em mim, porém eu vou provar minha teoria. Estava perto do elevador, quando um barulho me chamou a atenção, a parede do corredor, aonde eu acabara de passar, caiu e duas garotas e um garoto estavam caídos em cima do que sobrou dela, mas o que me chamou a atenção foi o fato de uma delas, ser minha filha. — O que está acontecendo? — perguntei me ap
Mansão Morgan: 16:58PM Antony Estou prestes a embarcar no avião, rumo à Raise City, pois terei que resolver esses contratempos o mais rápido possível e pessoalmente, os imprestáveis que me cercam não servem para cuidar de um moleque atrevido, imagine o que aconteceria se estivessem no comando. Ainda bem que, aquele caçador está do meu lado, como comandante das tropas demoníacas, logo terei as armas de Benjamin. Tenho que pegar a garota logo, para evitar possíveis problemas. A mãe dela me foi útil por um tempo, creio que agora será mais útil ainda. Embarco no avião e o espero decolar. O bom de ser um milionário, é que podemos ter nosso próprio avião. Imagine um avião à sua disposição e de seus "amigos". Os humanos conseguem essas façanhas porque são bem criativos, pena que também são burros, tolos e fracos, vivem se preocupando com coisas supérfluas, e fazendo guerras imbecis, o que me deixa feliz, pois isso é bom para os meus "negócios." Felizmente, esse é o mal da humanidade. Me
Raise City- Mansão MacGregor Valery Desligo o telefone e me dirijo para a biblioteca, onde as crianças estão me esperando. — Pronto, avisei ao seu pai que estão bem e que ficarão aqui um pouco mais. Sortes que Carlos não fez perguntas, como sempre, acha que a Vitória aprontou outra das suas. — digo rindo. Vitória me encara cinicamente enquanto Calebe fingi estar lendo um livro. A única que não se pronunciou desde que chegamos aqui é Emily. Ela está quieta demais, e isso me preocupa bastante. Pelo que Calebe me contou, ela conseguiu sozinha, atordoar e matar vários demônios, o que é muito estranho para uma caçadora iniciante, mas a julgar quem ela é, posso facilmente acreditar nisso, ainda mais com a família que ela tem. Carlos acha que está fazendo bem à filha dele, porém ele só fez mal a pobre menina. — Acho que temos uma longa conversa pela frente, cheia de perguntas, certo Emily? Vitória? — pergunto encarando as duas. — É o que parece mãe! — Vitória diz aos pulos. Ela adora
Base das tropas de Antony: Ala Norte- segundo andar. Emily Acordei em uma sala, ou melhor, um quarto muito grande, de paredes brancas, o teto parecia emitir luz própria, era todo iluminado. A cama continha apenas uma colcha branca e fina a cobrindo, dois travesseiros simples e eu. Não havia mais nada no local, a não ser uma porta na cor creme e uma poltrona na mesma cor, na qual Jadem estava sentado me observando atentamente. O encarei por alguns minutos, as lembranças voltaram com força total. Meus olhos começaram a marejar, porém eu não iria demonstrar à ele o quanto estava machucada. A sua traição doeu muito! Como eu pude ser tão burra? Era bom demais para ser verdade. — Dormiu bem? — ele perguntou. Como ele pode ter a audácia de me perguntar tal coisa, como se nada tivesse acontecido? Eu não posso admitir isso. Eu já errei uma vez, não farei novamente. — O que você acha? — perguntei cerrando os punhos. Me levantei da cama e tentei arrumar o meu cabelo que estava uma bagunça
Raise City - Base subterrânea Secreta da Corporação CalebeHoje mais cedo, fui informado das frustrações que Antony passou, e o quão irritado ele está. Não é difícil imaginar que ele tratou logo de se preparar para um novo ataque contra os Caçadores! Porém dessa vez será mais forte e os seus aliados estarão presentes, para garantir o sucesso da "missão". Fico feliz em saber que ainda há lugares secretos, onde nem o conhecimento de Antony, foi capaz de encontrá-los. Anoiteceu há pouco tempo, mas a movimentação aqui está cada vez pior. Todos estão preocupados. Trabalham sem descanso para garantir a segurança do local e a execução detalhada de cada plano. Estamos nos preparando para uma guerra. Uma guerra que nem mesmo sabemos o final, ou como podemos vence-la. Como poderíamos combater o desconhecido? É algo além de nós. Para piorar a tensão, o anjo apareceu há algumas horas, e nos disse que deveríamos lutar sem medo. Mesmo que a maioria de nós vá morrer. Não foi uma motivação, pare