Vitória corria rapidamente em direção a bandeira, que estava hasteada na colina, suas pernas já estavam reclamando e sua respiração pesava, mesmo assim ela não iria parar enquanto não chegasse. Avistou a bandeira vermelha logo a sua frente.
Não foi preciso muito esforço para chegar até ela, o seu único obstáculo era Sofia, a qual aparecera de repente em seu campo de visão, e agora estava quase vencendo o jogo.
Aquela nanica podia ser bem rápida quando queria, e difícil de pegar também, mas vitória não desistiria fácil, tinha que ganhar o jogo para mostrar a Jadem que ela é e sempre será melhor do que Emily, aquela nojenta sem graça, era ela quem deveria ser a namorada dele, vinha almejando por isso desde sempre, e esse sonho foi destruído pela chegada de uma patricinha mimada que nem ao menos sabia manejar uma adaga.
— Acho melhor você desistir anãzinha. — disse com um sorriso endiabrado no rosto.
Sofia apenas deu-lhe um sorriso angelical e apressou-se em pegar a bandeira.
— Sua nanica estúpida! — Vitória correu em direção a garota e praguejou alto. — Não se atreva a pegar essa m*****a bandeira.
— Até parece que vai me assustar sua lerda, precisa melhorar seu vocabulário, “anãzinha” está fora de moda. — disse Sofia mostrando a língua para Vitória que ficou furiosa.
As duas estavam prestes a se engalfinhar, quando ouviram um grito estridente vindo do outro lado da floresta.
— O que foi isso? — perguntou Sofia.
Vitória apenas a olhou por alguns segundos antes de correr em direção ao som que ouviram, Sofia foi logo em seguida, sem se importar com a falta de educação de Vitória.
Há alguns metros, começaram a ouvir gritos de socorro, vindos de um local onde a floresta era densa e cheia de pedras grandes e pontudas.
Vitória logo reconheceu a voz. Era Semile, sua irmã gêmea!
Após alguns minutos de escalada, viram Semile ferida, sentada no meio de um enorme buraco e Carmem deitada em seu colo completamente ensanguentada e com cortes profundos ao longo do corpo.
As duas ficaram apavoradas e sem reação.
Logo em seguida, Bryan, aparece e também fica chocado com o que vê, Josh e Lisa aparecem após Bryan e descem rapidamente até o fundo do buraco para tirar as duas amigas de lá.
— Temos que leva-las a enfermaria, rápido! ─ disse Lisa.
Josh pega Carmem no colo enquanto Bryan pega Semile.
Os dois rapazes tentam sair de dentro do buraco com cuidado para não machucarem as meninas, que já estão bastante feridas, Bryan tem mais facilidade, pois, Semile está acordada e o ajuda a se equilibrar, já Josh tem dificuldade devido ao fato de Carmem está desacordada.
Vitória ajuda Bryan a subir com a irmã, Sofia usa o seu chicote para impedir que Josh caia, enquanto Lisa retira os obstáculos, dentro de poucos minutos, as duas garotas estão a caminho da casa grande.
Eles ainda tentam entender o que aconteceu, pois, mesmo depois de muitas tentativas, Semile, não abre a boca, apenas fica estática olhando para frente, como se estivesse em transe.
Sofia logo percebeu que a amiga estava em choque.
Chegaram ao campo de treinamento, onde, Carlos, Cristina, Luciano, Alissa e David, esperavam para ver o desempenho deles na competição, que Jadem criou para testar suas habilidades.
— Mãe! — gritou Sofia para Alissa enquanto corria ao seu encontro. — Carmem e Semile estão machucadas, não sabemos o que aconteceu, mas tenho quase certeza de que foi obra de um demônio.
— Temos que leva-las para a enfermaria, depressa! — disse Carlos se aproximando.
— Meninos as levem imediatamente, e os outros precisam de um banho e descanso! Quando tivermos mais notícias avisamos. — falou Alissa guiando Bryan e Josh para a casa grande, sendo seguida por Carlos e os outros adultos.
— Não posso deixar minha irmã sozinha! — Vitória argumenta com os olhos marejados.
— Infelizmente você não pode vir, mas ela ficará bem não se preocupe. — Cristina respondeu.
A garota bufou de raiva, queria realmente estar perto da irmã, naquele momento.
— O que aconteceu? — perguntou Jadem aparecendo de repente.
— Semile e Carmen foram atacadas por demônios! — disse Lisa, quase chorando.
— Não sabemos ao certo como, mas iremos descobrir! — disse Sofia decidida.
— Nossa, sério? — disse perplexo — Isso não é um bom sinal! Emily deve estar em perigo, na verdade todos nós estamos em perigo!
O grupo ficou assustado com essas palavras, e nenhum deles se manifestou durante a caminhada para a casa grande, após chegarem, cada um foi para seu quarto descansar e refletir sobre o que havia acontecido.
Isso só poderia significar que os demônios os haviam encontrado e agora precisavam urgentemente se preparar para um possível ataque iminente.
* * * * * *
Emily
Já faz uma semana que não treino, estou refletindo sobre tudo o que aconteceu, mas não obtive muito sucesso em chegar à uma conclusão, o certo é que eu não posso ficar trancada aqui para sempre.
Jadem vem dormir comigo todas as noites e me dá bons conselhos, que eu tenho levado em conta durante minhas discussões mentais, mesmo que as vezes eu me sinta desconfortável com a situação, simplesmente não sei dizer “não” a ele.
Já, Calebe, só apareceu quatro vezes aqui e os seus conselhos também me ajudaram bastante, tenho pensado muito nos últimos dias e decidi que essa vida de caçadora não é para mim.
Mesmo com todas as diferenças que existem entre o jeito doce, meigo, amigável, apreensivo e agitado de Jadem e o jeito calmo, sombrio e misterioso de Calebe, pude ver a semelhança em seus conselhos, como uma forma de me lembrar que eles são irmãos.
Não tenho mantido contato com mais ninguém, a não ser Bryan, e isso me fez lembrar que eu sou o tipo de pessoa que prefere ficar sozinha, na mesmice, e não como Bryan, que já se enturmou com os amigos de Jadem.
É um belo de um traidor! Eu fiquei feliz em saber que estava certa sobre ele está agindo estranho em relação a Sofia e ela fingir que não perceber, Bryan confessou que gosta de Sofia, mas ela já lhe cortou as asinhas, disse que não tem como haver algo entre eles.
Bem, a perdedora foi ela, pelo menos, agora, ele pode usar essa experiência em relacionamentos futuros, não, ele é muito bobo para isso.
Enfim, decidi que irei voltar a minha antiga vida sem graça e sem acontecimentos estranhos.
Levanto-me da cama e checo novamente as malas que arrumei para minha volta. Meu pai disse que irei morar em um Colégio interno.
Parece que esse Colégio foi feito especialmente para filhos de caçadores que não possuem as "habilidades" e para aqueles que não quiserem mesmo ser caçadores, como é o meu caso.
Estava tão distraída com meus pensamentos na nova escola, que nem percebi a presença de Calebe.
— Que susto! — digo espantada — Pare com isso, Calebe.
— Entrei pela porta, dessa vez. — diz dando de ombros — Desculpa Grace, não quis te assustar!
— Tudo bem! Aconteceu alguma coisa?
Calebe caminhou até a varanda e fitou a linha do horizonte pensativamente.
— Carmem e Semile foram atacadas por um demônio! — respondeu ele — Eu já chequei ao redor e não encontrei nada que possa indicar o paradeiro da criatura.
— Oh, céus! — digo estupefata — Elas estão bem?
── Semile, um pouco, Carmem nem tanto. — ele fez uma pausa quando me conduziu de volta para dentro — Ela está desacordada, e se não descobrirmos logo qual foi tipo de demônio que a atacou, não poderemos ajudar.
— Semile não sabe?
— Esse é o problema, ela não fala, nem uma palavra sequer. – responde, sentando no chão, consternado.
Ficamos um tempo em silêncio olhando para as minhas malas, sento no chão ao seu lado lado, e tenho uma ideia que posso me arrepender depois.
— Eu acho que não quero mais viajar!
— Emily, esqueceu o que eu acabei de dizer? — questiona levemente irritado — Há demônios por perto, provavelmente te procurando.
— Muitas pessoas já se machucaram por minha causa, Calebe, não posso mais tolerar isso! — respondo o encarando.
— Eu entendo que você esteja confusa, mas pense bem antes de se arriscar tanto.
— Eu tenho certeza, não se preocupe!
Um silêncio desconfortável tomou conta do ambiente, Calebe, tinha algo para me dizer, só lhe faltava coragem, eu acho.
— Emily, eu descobri algumas coisas importantes que podem nos ajudar e preciso da sua ajuda nas minhas investigações, mas ninguém pode saber.
Fiquei perplexa ao ouvir aquilo, Calebe pediu a minha ajuda em algo importante, uma investigação, que deve ser em relação aos demônios que estão me procurando! Senti-me feliz em saber que ele confia em mim, a ponto de me confiar algo confidencial.
— Eu ajudo sim! Com certeza. — fiz uma pausa tentando recuperar a postura. - E quando iremos?
— Ainda hoje! Depois do jantar eu irei preparar tudo para irmos. Uma hora será o tempo que você tem para estar pronta.
— Ok, e aonde exatamente vamos?
— Não posso contar ainda, pelo seu bem, só te peço que você não conte a ninguém!
— É perigo? — questiono tentando parecer relutante — Acabou de falar que eu não devia me arriscar.
— É quase seguro. – deu de ombros — Eu estarei lá, não se preocupe.
— Está bem, estarei pronta na hora combinada.
— Eu já estou indo! Quando você descer terá que dizer algo, faça um discurso motivador, é o que eles precisam no momento. — ele se dirigiu a porta e antes de sair ainda disse — Você deveria ir ver Semile, conversar com ela um pouco.
Quando Calebe se retirou eu me sentei na cama, pensei um bom tempo antes de me dirigir ao banheiro, peguei a minha toalha, roupas íntimas e um vestido azul florido de mangas compridas.
Levei cerca de meia hora no banho, vesti-me e comecei a desarrumar as malas. Agora eu estou mais do que decidida, irei me esforçar ao máximo para não estragar tudo.
A minha maior preocupação era o que eu deveria falar quando chegasse a sala de jantar. Nunca fui boa com palavras, mas eles precisam disso então vou me esforçar muito para não dizer besteira.
Tenho que lembrar de despistar Jadem, para que ele não perceba que eu saí, provavelmente devia ser muito estranho estar aliviada por se livrar, momentaneamente, do seu namorado.
Depois de arrumar as roupas, desci para jantar com os outros. Já está ficando tarde e ainda tenho que ver Semile, ela me ajudou nesses últimos dias e eu tenho que fazer o mesmo. Dar ânimo a ela!
Parei em frente a porta da cozinha, os barulhos estavam fracos se comparados com as outras noites. Suspirei pesadamente e entrei...
O barulho cessou, porém, ver todos aqueles olhos voltados para min deixou me agoniada.
Sentei-me ao lado de Jadem, que sorriu calorosamente para mim, retribui.
— Boa noite. — disse meio nervosa.
— Boa noite, Emily! — todos responderam em um coro fraco.
É evidente a tristeza em seus olhos. Senti-me constrangida.
— Bem... eu primeiro quero dizer que me sinto mal pelas meninas, pois a culpa disso tudo é minha. Tenho sido uma covarde fugindo dos meus problemas descaradamente e ainda arranjando desculpas esfarrapadas. Em segundo, eu quero dizer, que entendo o que estão sentindo e quero informar que eu tomarei as devidas providências em relação ao que está acontecendo. Vou participar mais dos treinos, estudar melhor todos os acontecimentos, sem descansar até que o culpado pague. Para finalizar eu peço desculpas caso tenha feito algo que alguém aqui presente não tenha gostado. — todos ficaram me olhando o que me incomodou um pouco então pedi: — Por favor, parem de me olhar, estou ficando envergonhada. Eu vou chorar é sério.
Minha cara de choro não enganou ninguém. Todos começaram a rir. Depois voltaram a comer e conversar.
Acho que consegui chegar ao meu objetivo, ser aquela pessoa que solta um discurso chinfrim em momentos não apropriado. Deveria agradecer Calebe.
— Você me surpreendeu Emily! Estou orgulhoso — meu pai se pronunciou — Fico feliz que tenha mudado de ideia, em relação ao colégio interno.
Todos tinham a mesma expressão.
— É assim que se faz prima! — Bryan falou em um meio deboche.
Jadem apenas piscou e me deu um beijo, o que me deixou envergonhada, pois todos nos olhavam.
Foi um jantar agradável e cheio de brincadeiras, finalmente me senti parte daquela grande família, a família dos Caçadores.
* * * * * * *
Após o jantar eu me dirigi ao quarto de Semile, precisava vê-la, apesar de Vitória não gostar de mim, ela nem se incomodou quando eu disse que iria ver sua irmã gêmea.
Consegui despistar Jadem, ele não me fez perguntas e aceitou numa boa, o que me deixou feliz e decepcionada ao mesmo tempo.
Abri a porta do quarto de Semile e me deparei com um breu total. Se não fosse pela luz que entrava pela porta eu não enxergaria nada.
— Semile? — perguntei entrando.
— Emily, é você? — uma voz fraca respondeu.
Ascendi a luz do abajur, e a reparei deitada, imóvel na cama, seu rosto estava pálido, seus olhos desbotados e seu corpo parecia frágil.
— Eu sinto muito, é tudo culpa minha.
— Claro que não! A última pessoa que eu pensaria em culpar seria você. — respondeu em um sorriso fraco.
— Você se lembra de tudo o que aconteceu?
Ela ficou um tempo em silêncio, seus olhos se fecharam e eu comecei a pensar que ela havia adormecido ou estava evitando tocar nesse assunto, deve ser doloroso para ela ter passado por isso.
Quando pensei em me levantar, ela começou a falar.
— Eu não posso te dizer muito! Só te peço que tome cuidado em quem confia, pois há alguém entre nós, que vem nos traindo há muito tempo. — ela fez uma pequena pausa para respirar — Ele está nos vigiando sempre! É alguém muito próximo. Não confie mais em ninguém. Ele fará de tudo para conseguir o que quer, e você está no centro.
Essa notícia me pegou desprevenida. Eu não esperava algo assim. Um traidor entre nós? Não conseguia pensar em ninguém que pudesse se rebaixar a tanto.
— Tome cuidado a partir de agora. Espero que seja
Raise City – C.N.M. Valery Os meus passos são os únicos sons ecoando pelo local, os corredores da corporação ficam completamente vazios há essa hora. Caminhei até a sala de reuniões e peguei todos os documentos secretos, que a corporação tem tentando manter em segredo, e coloquei dentro de uma pasta grande, peguei outros que estavam dentro de uma gaveta, tive que arromba-la primeiro, mas foi moleza. Andei rapidamente para fora do local, tinha que sair dali o mais rápido possível, não queria que me descobrissem, a corporação está sendo corrompida aos poucos e eu tenho que descobrir quem é a maçã podre, mas, é claro que eles não acreditam em mim, porém eu vou provar minha teoria. Estava perto do elevador, quando um barulho me chamou a atenção, a parede do corredor, aonde eu acabara de passar, caiu e duas garotas e um garoto estavam caídos em cima do que sobrou dela, mas o que me chamou a atenção foi o fato de uma delas, ser minha filha. — O que está acontecendo? — perguntei me ap
Mansão Morgan: 16:58PM Antony Estou prestes a embarcar no avião, rumo à Raise City, pois terei que resolver esses contratempos o mais rápido possível e pessoalmente, os imprestáveis que me cercam não servem para cuidar de um moleque atrevido, imagine o que aconteceria se estivessem no comando. Ainda bem que, aquele caçador está do meu lado, como comandante das tropas demoníacas, logo terei as armas de Benjamin. Tenho que pegar a garota logo, para evitar possíveis problemas. A mãe dela me foi útil por um tempo, creio que agora será mais útil ainda. Embarco no avião e o espero decolar. O bom de ser um milionário, é que podemos ter nosso próprio avião. Imagine um avião à sua disposição e de seus "amigos". Os humanos conseguem essas façanhas porque são bem criativos, pena que também são burros, tolos e fracos, vivem se preocupando com coisas supérfluas, e fazendo guerras imbecis, o que me deixa feliz, pois isso é bom para os meus "negócios." Felizmente, esse é o mal da humanidade. Me
Raise City- Mansão MacGregor Valery Desligo o telefone e me dirijo para a biblioteca, onde as crianças estão me esperando. — Pronto, avisei ao seu pai que estão bem e que ficarão aqui um pouco mais. Sortes que Carlos não fez perguntas, como sempre, acha que a Vitória aprontou outra das suas. — digo rindo. Vitória me encara cinicamente enquanto Calebe fingi estar lendo um livro. A única que não se pronunciou desde que chegamos aqui é Emily. Ela está quieta demais, e isso me preocupa bastante. Pelo que Calebe me contou, ela conseguiu sozinha, atordoar e matar vários demônios, o que é muito estranho para uma caçadora iniciante, mas a julgar quem ela é, posso facilmente acreditar nisso, ainda mais com a família que ela tem. Carlos acha que está fazendo bem à filha dele, porém ele só fez mal a pobre menina. — Acho que temos uma longa conversa pela frente, cheia de perguntas, certo Emily? Vitória? — pergunto encarando as duas. — É o que parece mãe! — Vitória diz aos pulos. Ela adora
Base das tropas de Antony: Ala Norte- segundo andar. Emily Acordei em uma sala, ou melhor, um quarto muito grande, de paredes brancas, o teto parecia emitir luz própria, era todo iluminado. A cama continha apenas uma colcha branca e fina a cobrindo, dois travesseiros simples e eu. Não havia mais nada no local, a não ser uma porta na cor creme e uma poltrona na mesma cor, na qual Jadem estava sentado me observando atentamente. O encarei por alguns minutos, as lembranças voltaram com força total. Meus olhos começaram a marejar, porém eu não iria demonstrar à ele o quanto estava machucada. A sua traição doeu muito! Como eu pude ser tão burra? Era bom demais para ser verdade. — Dormiu bem? — ele perguntou. Como ele pode ter a audácia de me perguntar tal coisa, como se nada tivesse acontecido? Eu não posso admitir isso. Eu já errei uma vez, não farei novamente. — O que você acha? — perguntei cerrando os punhos. Me levantei da cama e tentei arrumar o meu cabelo que estava uma bagunça
Raise City - Base subterrânea Secreta da Corporação CalebeHoje mais cedo, fui informado das frustrações que Antony passou, e o quão irritado ele está. Não é difícil imaginar que ele tratou logo de se preparar para um novo ataque contra os Caçadores! Porém dessa vez será mais forte e os seus aliados estarão presentes, para garantir o sucesso da "missão". Fico feliz em saber que ainda há lugares secretos, onde nem o conhecimento de Antony, foi capaz de encontrá-los. Anoiteceu há pouco tempo, mas a movimentação aqui está cada vez pior. Todos estão preocupados. Trabalham sem descanso para garantir a segurança do local e a execução detalhada de cada plano. Estamos nos preparando para uma guerra. Uma guerra que nem mesmo sabemos o final, ou como podemos vence-la. Como poderíamos combater o desconhecido? É algo além de nós. Para piorar a tensão, o anjo apareceu há algumas horas, e nos disse que deveríamos lutar sem medo. Mesmo que a maioria de nós vá morrer. Não foi uma motivação, pare
Raise City - LPAR: Laboratório de Pesquisa ALBERT RAISE Antony Uma das minhas atividades favoritas é misturar DNA animal e demoníaco. As vezes utilizo DNA humano. Já consegui até sangue de anjo, o que não foi fácil, pois essas criaturas repugnantes são difíceis de pegar. Enfim, para a minha digníssima pessoa, não há limites, não há nada que possa me parar. Sou invencível e hoje provei isso, colocando aqueles Caçadores para correr. Meu plano inicial era matar todos, porém não deu muito certo, mas já é o suficiente. Agora posso me concentrar, única e exclusivamente, em minhas obras primas. Os Criatos. Uma raça completamente nova e cruel, capaz de botar medo em qualquer anjinho. De onde estou, posso ver as novas coletas de DNA, que acabaram de chegar. Algumas vieram da luta de hoje cedo, outras foram coletadas no submundo, através dos portais demoníacos. — Antony. — Jadem diz se aproximando. — O que foi agora, seu imprestável? — questiono. — Ouvimos rumores, sobre os Caçadores do
Egito - Rodovia Cairo - Dakar Calebe. Carlos dirigia pela rodovia principal, da África (Cairo-Dakar), próximo ao Nilo. Não havia carros, o que é muito estranho para essa hora do dia. Amanheceu a duas horas. — Ai, que tédio. — Vitória comenta. Ela está com a cabeça apoiada na janela esquerda, do banco de trás e eu estou na outra. Emily, Sofia e Semile estão entre nós, dormindo. Sara está no banco do passageiro. Ismael, Dalila, Dimitrius, Josh e Lisa estão no banco atrás do nosso. É um carro bem espaçoso e confortável, pois a viagem é bem longa. — Silêncio, Vitória. — Sofia diz sonolenta. Pegamos o avião em Nova York, há três dias. Chegamos ontem em Alexandria e estamos seguindo de carro. Tivemos alguns problemas para continuarmos a viagem, mas agora está tudo bem. Malak Huntar fica em um lugar bem visível, porém os humanos normais não são capazes de vê-la. Esteve lá por séculos sem ser notada, e creio eu que continuará assim por muito tempo. Há alguns caçadores que ainda resid
RaiseCity: 16 anos atrás... Hoje é o aniversário do meu pequeno, nem acredito que vai fazer dois anos. Felizmente que o pai dele não estará presente. — Calebe? Meu filho vem aqui. — o chamo. — O Calebe está mexendo nos livros de novo, mamãe — Jadem diz aparecendo. — Deixe ele, querido, hoje é o dia do? ─ pergunto com uma voz de bebê. — Do aniversário dele. — Isso mesmo, meu amor. — Mamãe, quebo o cao. — Calebe diz aparecendo. — Quem quebrou? —Jadem pergunta ─ Você? — Não! — Calebe grita — Foi o papai. — O seu pai? — pergunto assustada. — Aham. Engulo em seco, não estava pronta para relembrar o pesadelo que havia passado. — Meu querido, o seu pai está viajando, eu já lhe disse isso. ─ digo nervosa. — Viajando? Essa é a Desculpa que você dá aos nossos filhos? — Jacobo pergunta. Fico apavorada ao escutar sua voz. — O que você está fazend