VitóriaA pior sensação do mundo é essa, a de perder uma batalha e ainda por cima ser humilhada. Viemos parar em lugar estranho, provavelmente um dos esconderijos de Catherine e Romero. — Vamos providenciar seus quartos! — Catherine diz. Calebe disse algo sobre colocar a segunda parte do plano em ação, nas eu não entendi do que se tratava. — O jantar será servido dentro de duas horas! Espero que gostem de lasanha. — Romero informa sorridente. — Mostra logo o “nosso quarto”, preciso tomar banho, trocar de roupa e comer! — digo rabugenta. — Olha a falta de educação, Vitória. — Mamãe me repreende. — Eu também posso ficar? — o garoto que me salvou pergunta. ──Claro! Pode ficar no mesmo quarto que Calebe. ─ mamãe responde. Ele olha para Calebe com uma cara de admiração. Como se Calebe fosse o melhor Caçador... O encaro, não tinha percebido sua presença antes. — Quem é você mesmo? — João Paulo. — responde. — Valeu por ter me salvo, garoto. — digo. Ele apenas dá de ombros. — E
CalebeA tensão era palpável! Sabíamos que era uma luta perdida, mas não custava nada tentar. Somos Caçadores e não desistimos tão fácil. — Vocês estão em desvantagem! Como pretendem nos vencer? — um original, provavelmente o líder, pergunta debochado. — Observem e aprendam! ─ Dimitrius diz. Ele atacou o demônio mais próximo, com um pouco de dificuldade, conseguiu esquarteja-lo, vendo os restos queimarem em seguida. Sofia seguiu o mesmo exemplo, porem ela foi mais "radical", estraçalhou dois de uma só vez. Logo seguimos seus exemplos. Se esses demônios pensam que teremos medo de um lagarto crescido, estão enganados. — VERMES! — o líder grita — ATAQUEM ELES... Os demônios partem em nossa direção com toda a fúria. O grupo que, antes era pequeno, agora aumentava a cada minuto. A criatura segue na direção de Emily, rápido, não tive tempo de tentar ajuda-la. A criatura iria bater de frente, mas uma barreira mágica a protegeu, não era azul ou verde, como de costume. Era uma barreir
"Confie nas pessoas mais inesperadas..." ESCONDERIJO DOS CAÇA-ANJOS – HORAS ANTESCarlosAs sirenes tocam loucamente... Não é possível ouvir nem os próprios pensamentos. Muitos originais invadiram o esconderijo, porém os caça-anjos e alguns feiticeiros que vieram para o nosso lado, estão mantendo eles na superfície e no primeiro andar. Até agora, não houve nem um avanço, nos níveis subterrâneos. — Vou me comunicar com David, avisar que as crianças estão indo! — Sebastian diz voltando à sala em que nos reuníamos para as nossas reuniões. — Ok! Vou continuar por aqui... — respondo. Corro até a sala de "lazer”, assim nomeada por Romero, pois é onde ele e Catherine fuçam "curtindo" o que lhes restou de vida. Na porta, vejo dois originais tentando entrar, sendo impedidos pelos caça-anjos que vigiam a porta. No final do corredor, mais cinco originais, estão tentando entrar, mas alguns feiticeiros, estão conseguindo mantê-los sobre controle. Mas por quanto tempo? Aproveito que, ning
"A escuridão pode ser o melhor refúgio..." EmilySabe aqueles momentos em que você não sabe o que fazer? Que tudo parece não fazer sentido? Eu estava confusa, inquieta, cheia de dúvidas e o pior de tudo... Sentia uma fraqueza incomparável! Não me sentia nada bem... Nem tinha vontade de me mexer... Passei os últimos dois dias deitada, sem me alimentar ou fazer qualquer outra coisa... Não estava com ânimo, nem para viver! Ouço uma batida na porta, possivelmente minha mãe ou Semile. — Ei! — Vitória chama. Eu queria me virar, falar com ela, desabafar, porém não conseguia. — Calebe, piorou! — ela diz. Não me mexo... É como se algo estivesse me controlando. — Ele está muito fraco, mal consegue falar... E quer te ver! — ela diz antes de sair. Fico horas deitada na cama, decidindo se vou ou não! Apenas o som da chuva, me fazia companhia. Me levanto e vou até o quarto de Calebe. Ando no modo automático... Como se nada fosse real, nada fizesse sentido. Entro sem bater, sei que é fa
VitóriaQue maluquice foi essa? Nunca poderia imaginar que, minha amiga, está sobre influência demoníaca. Essa é a pior forma de acabar... Todos os caçadores preferiam morrer, ao se tornarem um dos seres que, passam a vida, combatendo. — Isso não vai nos abalar! Já temos tudo o que precisamos, para a sua derrota. — Danúbia diz esnobe. — Tem certeza? — Emily questiona mostrando um colar dourado com uma pedra pequena e colorida, no formato de uma estrela com o centro mais avantajado — Eu consegui a uma das chaves de Malak, a original, pena que precisamos de Benjamim... — Como conseguiu? — Pablo perguntou incrédulo. — Há vários dias, tenho tido sonhos estranhos, mas só na noite em que meu querido avô, exerceu sua influência sobre mim, os sonhos fizeram sentido. — ela responde. — Impossível! É falsa, você está mentindo, mas não vai conseguir nos amedrontar. — Yumi grita. — CHEGA! — papai grita — Não vamos brigar... A chave sendo ou não verdadeira, isso não importa, viemos aqui por
SofiaMalak estava completamente destruída. Corpos por cima de corpos, armas quebradas, buracos enormes, pedaços de roupas... E no meio de tudo isso, nós, os celestes! Nossa líder havia perecido, mas não tínhamos outras ordens, a não ser esperar, e foi o que fizemos. — Papai tem razão! — Vitória comenta. — Em quê? — Semile pergunta. — Nosso grupinho é um imã para problemas, só atraímos coisa ruim. — ela responde fazendo todos rir. — Também não é para tanto! — digo e Bryan concorda comigo, para variar. Os outros dois esquadrões que, não eram constituídos por muitos caçadores, estavam recolhendo os corpos e cuidando dos feridos. — E agora? — Lucas pergunta. — Voltamos ao começo... — Calebe responde. Ele olha para todos os lados, procurando algo e em seguida encara o céu. — Estão vendo isso? — Calebe pergunta. — Vendo o quê? — Dalila questiona. — Isso! — ele fala abrindo as mãos. No começo, não entendemos nada, até que pequenas bolinhas de luz, começam a cair nas mãos dele.
Floresta Amazônica – Brasil - Acampamento de Verão Novo Mundo. O dia estava quente, mas suportável... Um grupo de amigos descansava sob a sombra das árvores. — Que calor! Eu não aguento mais... — Dalila resmungou pela vigésima vez. — Já ouvimos isso tantas vezes que, parece aquela palavra francesa que eu não sei pronunciar! — Vitória comenta — Ou será Italiana? — Não importa, só que está um tédio mortal. — uma garota baixinha e loira responde. — Vocês têm certeza de que, isso aqui é um acampamento? — um garoto ruivo pergunta, enxugando o suor do rosto. — Acho que não! Só hoje de manhã, aquela inspetora me fez trocar o lençol de todas as camas da nossa cabana e das outras. — outra garota, idêntica a Vitória responde. — Alguém teve uma visão, um sonho estranho, um arrepio muito louco ou qualquer notícia do "anjo"? — Vitória sussurra. Os outros seguem o exemplo, e eles começam a cochichar sobre esse assunto, como se fosse um segredo importante. E de fato era... — Nadica de nada
Na rua escura e deserta, a chuva caía forte e incansavelmente, não havia ninguém perambulando pelo local, com exceção de um ser que observa ao seu redor com astúcia e um olhar afiado, sobre um prédio próximo. Em um beco a poucos metros dali o observador percebe uma sombra se mexendo furtivamente pela escuridão, o qual se moveu mais rápido, e o observante o reconheceu como o alvo que esperava. Levantou-se e foi silenciosamente em direção ao alvo, não se escutava barulho algum, a não ser o da chuva. Os cabelos negros e compridos do rapaz estavam ensopados, quase formando um obstáculo para sua visão, mas isso não importava para ele, pulou em frente o fugitivo assustando-o. Era um homem magro, baixo, de pele morena, olhos fundos, cabelos curtos e esbranquiçados, suas roupas estavam sujas, rasgadas e seu cheiro de esgoto indicava por onde o velho havia vindo. O fugitivo olhou para seu interceptor completamente intimidado pelo seu porte alto, os olhos azuis glaciares, os cabelos negros