Base das tropas de Antony: Ala Norte- segundo andar. Emily Acordei em uma sala, ou melhor, um quarto muito grande, de paredes brancas, o teto parecia emitir luz própria, era todo iluminado. A cama continha apenas uma colcha branca e fina a cobrindo, dois travesseiros simples e eu. Não havia mais nada no local, a não ser uma porta na cor creme e uma poltrona na mesma cor, na qual Jadem estava sentado me observando atentamente. O encarei por alguns minutos, as lembranças voltaram com força total. Meus olhos começaram a marejar, porém eu não iria demonstrar à ele o quanto estava machucada. A sua traição doeu muito! Como eu pude ser tão burra? Era bom demais para ser verdade. — Dormiu bem? — ele perguntou. Como ele pode ter a audácia de me perguntar tal coisa, como se nada tivesse acontecido? Eu não posso admitir isso. Eu já errei uma vez, não farei novamente. — O que você acha? — perguntei cerrando os punhos. Me levantei da cama e tentei arrumar o meu cabelo que estava uma bagunça
Raise City - Base subterrânea Secreta da Corporação CalebeHoje mais cedo, fui informado das frustrações que Antony passou, e o quão irritado ele está. Não é difícil imaginar que ele tratou logo de se preparar para um novo ataque contra os Caçadores! Porém dessa vez será mais forte e os seus aliados estarão presentes, para garantir o sucesso da "missão". Fico feliz em saber que ainda há lugares secretos, onde nem o conhecimento de Antony, foi capaz de encontrá-los. Anoiteceu há pouco tempo, mas a movimentação aqui está cada vez pior. Todos estão preocupados. Trabalham sem descanso para garantir a segurança do local e a execução detalhada de cada plano. Estamos nos preparando para uma guerra. Uma guerra que nem mesmo sabemos o final, ou como podemos vence-la. Como poderíamos combater o desconhecido? É algo além de nós. Para piorar a tensão, o anjo apareceu há algumas horas, e nos disse que deveríamos lutar sem medo. Mesmo que a maioria de nós vá morrer. Não foi uma motivação, pare
Raise City - LPAR: Laboratório de Pesquisa ALBERT RAISE Antony Uma das minhas atividades favoritas é misturar DNA animal e demoníaco. As vezes utilizo DNA humano. Já consegui até sangue de anjo, o que não foi fácil, pois essas criaturas repugnantes são difíceis de pegar. Enfim, para a minha digníssima pessoa, não há limites, não há nada que possa me parar. Sou invencível e hoje provei isso, colocando aqueles Caçadores para correr. Meu plano inicial era matar todos, porém não deu muito certo, mas já é o suficiente. Agora posso me concentrar, única e exclusivamente, em minhas obras primas. Os Criatos. Uma raça completamente nova e cruel, capaz de botar medo em qualquer anjinho. De onde estou, posso ver as novas coletas de DNA, que acabaram de chegar. Algumas vieram da luta de hoje cedo, outras foram coletadas no submundo, através dos portais demoníacos. — Antony. — Jadem diz se aproximando. — O que foi agora, seu imprestável? — questiono. — Ouvimos rumores, sobre os Caçadores do
Egito - Rodovia Cairo - Dakar Calebe. Carlos dirigia pela rodovia principal, da África (Cairo-Dakar), próximo ao Nilo. Não havia carros, o que é muito estranho para essa hora do dia. Amanheceu a duas horas. — Ai, que tédio. — Vitória comenta. Ela está com a cabeça apoiada na janela esquerda, do banco de trás e eu estou na outra. Emily, Sofia e Semile estão entre nós, dormindo. Sara está no banco do passageiro. Ismael, Dalila, Dimitrius, Josh e Lisa estão no banco atrás do nosso. É um carro bem espaçoso e confortável, pois a viagem é bem longa. — Silêncio, Vitória. — Sofia diz sonolenta. Pegamos o avião em Nova York, há três dias. Chegamos ontem em Alexandria e estamos seguindo de carro. Tivemos alguns problemas para continuarmos a viagem, mas agora está tudo bem. Malak Huntar fica em um lugar bem visível, porém os humanos normais não são capazes de vê-la. Esteve lá por séculos sem ser notada, e creio eu que continuará assim por muito tempo. Há alguns caçadores que ainda resid
RaiseCity: 16 anos atrás... Hoje é o aniversário do meu pequeno, nem acredito que vai fazer dois anos. Felizmente que o pai dele não estará presente. — Calebe? Meu filho vem aqui. — o chamo. — O Calebe está mexendo nos livros de novo, mamãe — Jadem diz aparecendo. — Deixe ele, querido, hoje é o dia do? ─ pergunto com uma voz de bebê. — Do aniversário dele. — Isso mesmo, meu amor. — Mamãe, quebo o cao. — Calebe diz aparecendo. — Quem quebrou? —Jadem pergunta ─ Você? — Não! — Calebe grita — Foi o papai. — O seu pai? — pergunto assustada. — Aham. Engulo em seco, não estava pronta para relembrar o pesadelo que havia passado. — Meu querido, o seu pai está viajando, eu já lhe disse isso. ─ digo nervosa. — Viajando? Essa é a Desculpa que você dá aos nossos filhos? — Jacobo pergunta. Fico apavorada ao escutar sua voz. — O que você está fazend
VitóriaTudo o que eu mais queria agora, era uma xícara de chocolate quente, um sofá fofinho e um cobertor. Mas não! Eu estou aqui, nesse frio de lascar, prestes a encarar a batalha das nossas vidas. Parece pouco? Para completar a minha cota de azar, estamos em menor número e a barreira de proteção de Malak caiu há quase uma hora. Quando, Antony, parar de brincar ele vai nos atacar, e aí estaremos fritos, ou melhor, servidos crus. O nosso exército está a postos, mas parece bem menor do que eu imaginei. Cara! Os caçadores do país inteiro estão aqui, junto com os do Egito, com exceção das crianças. Mesmo assim, será que não somos capazes de pelo menos tentar se igualar? Que grande plano! Vamos morrer! Catherine e Romero, assim como Calebe, sumiram. Mandaram alguns caça-anjos e feiticeiros para nos ajudar. Porém, ainda não é o suficiente. — Então é isso? Lutamos tanto para sermos vencidos sem esforço nenhum? — Josh pergunta. — Ainda há esperança! Não é o fim, certo? — Lisa diz. —
VitóriaA pior sensação do mundo é essa, a de perder uma batalha e ainda por cima ser humilhada. Viemos parar em lugar estranho, provavelmente um dos esconderijos de Catherine e Romero. — Vamos providenciar seus quartos! — Catherine diz. Calebe disse algo sobre colocar a segunda parte do plano em ação, nas eu não entendi do que se tratava. — O jantar será servido dentro de duas horas! Espero que gostem de lasanha. — Romero informa sorridente. — Mostra logo o “nosso quarto”, preciso tomar banho, trocar de roupa e comer! — digo rabugenta. — Olha a falta de educação, Vitória. — Mamãe me repreende. — Eu também posso ficar? — o garoto que me salvou pergunta. ──Claro! Pode ficar no mesmo quarto que Calebe. ─ mamãe responde. Ele olha para Calebe com uma cara de admiração. Como se Calebe fosse o melhor Caçador... O encaro, não tinha percebido sua presença antes. — Quem é você mesmo? — João Paulo. — responde. — Valeu por ter me salvo, garoto. — digo. Ele apenas dá de ombros. — E
CalebeA tensão era palpável! Sabíamos que era uma luta perdida, mas não custava nada tentar. Somos Caçadores e não desistimos tão fácil. — Vocês estão em desvantagem! Como pretendem nos vencer? — um original, provavelmente o líder, pergunta debochado. — Observem e aprendam! ─ Dimitrius diz. Ele atacou o demônio mais próximo, com um pouco de dificuldade, conseguiu esquarteja-lo, vendo os restos queimarem em seguida. Sofia seguiu o mesmo exemplo, porem ela foi mais "radical", estraçalhou dois de uma só vez. Logo seguimos seus exemplos. Se esses demônios pensam que teremos medo de um lagarto crescido, estão enganados. — VERMES! — o líder grita — ATAQUEM ELES... Os demônios partem em nossa direção com toda a fúria. O grupo que, antes era pequeno, agora aumentava a cada minuto. A criatura segue na direção de Emily, rápido, não tive tempo de tentar ajuda-la. A criatura iria bater de frente, mas uma barreira mágica a protegeu, não era azul ou verde, como de costume. Era uma barreir