Valéria ainda sentia o efeito do vinho e o peso das emoções. Felipe a observava de perto. Ele fez um sinal para que ela o seguisse.
Caminharam em silêncio até o carro de Felipe, um veículo elegante e discreto, assim como ele. Felipe abriu a porta para Valéria, que entrou no carro, ainda refletindo sobre o que estava acontecendo. O ar frio da noite clareou sua mente, mas ela sabia que aquilo era uma fuga. Não havia como voltar atrás. Felipe entrou no carro e ligou o motor. O som suave do veículo combinava com a tensão entre eles. Sem falar, ele deu a partida. As ruas passavam rápido, mas o silêncio no carro estava carregado de uma energia latente. Valéria olhava pela janela, tentando focar em outra coisa, mas sua mente sempre voltava para Felipe. A cada segundo, a tensão entre eles crescia. Chegaram ao Grand Hotel. Felipe não seguiu para a entrada principal. Ele entrou no estacionamento subterrâneo. Valéria percebeu que ele já tinha tudo sob controle. Não precisariam passar pela recepção. O carro parou suavemente. Felipe saiu e contornou o veículo, abrindo a porta para Valéria. Sem falar, ele a guiou até o elevador privado, que levava direto à sua suíte. Dentro do elevador, o silêncio era quase insuportável. Valéria sentia o coração acelerar. Felipe, calmo como sempre, a observava. Ele sabia o que queria, e ela sabia que estava se entregando ao momento. Quando as portas do elevador se abriram, estavam na suíte de Felipe. O ambiente era moderno, com janelas enormes mostrando a cidade iluminada. Valéria observou o ambiente por um instante, mas logo sua atenção voltou para Felipe. Felipe deixou as chaves e o celular sobre a mesa. Ele a observava com desejo nos olhos. A tensão entre eles estava prestes a se libertar. Ele deu um passo à frente. — É isso que você quer? — perguntou, com a voz baixa. Valéria não hesitou. Sabia o que queria. — Sim — respondeu, firme. Felipe se aproximou. Suas mãos deslizaram pelas costas de Valéria, puxando o zíper do vestido. O som do tecido deslizando pelo corpo dela preencheu o silêncio. Felipe observava cada detalhe. Valéria era linda, cada parte de seu corpo despertava nele um desejo crescente. Ela começou a desabotoar a camisa de Felipe. Sentia o calor da pele dele a cada botão aberto. Quando terminou, admirou o corpo definido e musculoso de Felipe. Felipe sorriu levemente, um sorriso contido, mas cheio de desejo. Ele a beijou, profundo e intenso. Suas mãos exploravam o corpo de Valéria, puxando-a para mais perto. Valéria gemeu suavemente enquanto Felipe beijava seu pescoço, descendo até os ombros. Ele a deitou na cama, firme, mas com cuidado. Posicionou-se entre suas pernas, os olhos fixos nos dela. Os corpos deles estavam em perfeita sincronia. Valéria reagia a cada toque, a cada beijo. O calor entre eles aumentava. A noite estava apenas começando, mas a intensidade já superava qualquer expectativa que Valéria pudesse ter. Felipe traçou um caminho de beijos pelo corpo dela. Valéria sentia cada toque e percebia que aquela noite estava sendo mais intensa do que ela poderia imaginar. Nunca tinha estado com outro homem antes, mas sentia que Felipe era experiente e intenso em tudo o que fazia. Isso a surpreendia e a envolvia. O clímax chegou de forma intensa. Valéria sentiu seu corpo tremer sob o de Felipe, que manteve o controle até o final. Ele a guiou através da onda de prazer, controlando cada movimento. A noite foi mais intensa do que Valéria jamais poderia ter previsto. Depois, Felipe se deitou ao lado dela, respirando pesadamente. O quarto estava silencioso, exceto pelas respirações ofegantes de ambos. Ele traçou círculos suaves na pele de Valéria, mas sua mente parecia estar em outro lugar. Ele se virou para ela, com o olhar sério. — Por que você não me disse que era virgem? — perguntou, a voz firme, mas com uma preocupação sutil. Valéria abriu os olhos, tranquila. — Porque não importava. Eu sabia o que queria. Não esperava mais nada além disso. Felipe a observou, pensativo. Para ele, aquilo tinha um significado, mas para Valéria, era apenas um passo para se libertar. Ainda assim, Felipe assentiu, aceitando sua resposta. Sabia que aquela noite havia sido intensa, mas que era uma exceção na vida de ambos. Mesmo assim, a dúvida sobre o que viria depois permanecia. Sem mais palavras, Felipe se levantou, pegou a mão de Valéria e a guiou até o banheiro. Ele abriu a torneira da banheira, deixando a água morna correr. — Vamos tomar um banho — disse ele, sua voz agora suave. Valéria o seguiu, ainda sentindo o corpo quente e as emoções à flor da pele. O banho foi silencioso, um momento de descanso depois da intensidade. Quando terminaram, Felipe a envolveu em uma toalha macia e a guiou de volta à cama. Ele se deitou ao lado dela, sem pressa. O silêncio entre eles era confortável. — O que te trouxe até aqui? — perguntou Felipe, quebrando o silêncio. Havia uma curiosidade em sua voz, mas também algo mais profundo. Valéria olhou para ele por um instante. A resposta era simples, mas cheia de complexidade. — Eu precisava esquecer — respondeu ela, com honestidade. Felipe assentiu, sem julgar. — E conseguiu? Valéria suspirou. — Talvez por uma noite. Felipe apagou as luzes. Ambos se deitaram, o silêncio se instalando novamente.Valéria despertou cedo, antes mesmo do sol iluminar completamente o quarto. O corpo seminu ao seu lado era o de Felipe. Ele estava de bruços, com o lençol enrolado nas pernas. A luz suave do amanhecer destacava seus traços. Ela o observou por um momento, admirando a tranquilidade dele. Em seguida, levantou-se silenciosamente. Vestiu-se com cuidado e, antes de sair, lançou um último olhar para ele. A noite havia sido intensa, sem arrependimentos, mas algo dentro dela havia mudado. De volta em casa, Valéria tomou um banho rápido. A água quente ajudava a limpar o corpo e a mente. Ao tomar seu café preto, seus pensamentos voltaram a Gustavo. A lembrança dele ainda a afetava, mas o que aconteceu com Felipe não era uma preocupação. Ela olhou para o relógio. Eram 9 horas. Tinha um ensaio marcado com Gabriel, um de seus alunos, para a apresentação especial de aniversário da avó dele. Sem mais reflexões, decidiu que era hora de ir para o estúdio. No Studio Allegro, Valéria
Valéria chegou à mansão pouco depois do pôr do sol. A entrada iluminada destacava a arquitetura imponente e a sofisticação do lugar. Ao descer do táxi, ela contemplou o jardim exuberante que cercava a mansão, um verdadeiro testemunho do luxo da família. Ao entrar, Valéria foi envolvida pela atmosfera elegante. O salão principal estava decorado com flores frescas, e uma música suave preenchia o ambiente. Ela sentiu um leve nervosismo misturado com a determinação de apoiar Gabriel. Quando Gabriel a avistou, seus olhos brilharam de alegria. Ele correu até Valéria e a envolveu em um abraço caloroso. — Professora Valéria! — exclamou Gabriel, sorridente. — Que bom que você veio! Valéria retribuiu o abraço com um sorriso. — É um prazer estar aqui, Gabriel. Parabéns pelo ensaio. Você fez um trabalho maravilhoso. Gabriel, orgulhoso, a conduziu para conhecer sua família. Ele apresentou Valéria à mãe, Sônia, e à avó, Helena, que celebrava seu aniversário. — Mãe, avó, esta é a profes
Dentro do banheiro, Felipe a encostou contra a parede, seus olhos fixos nos dela, carregados de preocupação e tensão. — Você está bem? — perguntou ele, olhando para o pulso de Valéria, que estava vermelho por causa de Gustavo. Valéria respirou fundo, ainda sentindo o choque de tudo o que estava acontecendo. — Eu... estou bem — respondeu, sua voz trêmula. Felipe a olhou mais profundamente, como se quisesse ter certeza. Seus olhos examinaram o rosto dela, buscando sinais de que algo estava errado. — Quem é ele? — perguntou Felipe, sua voz mais grave, controlando a raiva. Valéria hesitou, o coração acelerado, antes de responder. — É Gustavo... meu ex. Felipe permaneceu em silêncio por um momento. Valéria podia sentir a tensão em seu corpo. Ele não disse nada imediatamente, mas sua expressão ficou ainda mais séria. A proximidade entre os dois no espaço fechado aumentava a intensidade do momento. — Ele te machucou? — perguntou Felipe, aproximando-se um pouco mais, seu olhar fixo no
Valéria apertava o celular entre as mãos, frustrada com a demora do aplicativo de transporte. A cada tentativa frustrada, sua impaciência aumentava. Ela suspirou, passando a mão pelo cabelo. Sentiu o ar frio da noite tocando seu rosto, esfriando suas bochechas. De repente, uma voz familiar interrompeu seus pensamentos. — Está com problemas para conseguir um táxi? — Felipe apareceu ao seu lado, com a expressão calma, mas os olhos curiosos. Ela se virou rapidamente. Vê-lo ali despertava um misto de sensações. — Sim — respondeu, tentando disfarçar o desconforto. — Parece que vai demorar. Felipe olhou para o celular na mão dela e depois para a rua deserta. Ele sorriu, o mesmo sorriso que Valéria conhecia bem demais. — Posso te oferecer uma carona — disse, a voz suave, mas firme. — A essa hora, é complicado conseguir transporte por aqui. Ela hesitou. A lembrança da noite anterior ainda queimava na sua mente. Foi algo casual, sem compromisso. Agora, ali estava ele, oferecendo uma so
O sol já estava forte quando Valéria acordou. Seus olhos abriram lentamente, ajustando-se à luz que entrava pela janela. O quarto era estranho para ela, mas a sensação no corpo era familiar. Cada parte de seu ser ainda lembrava a noite anterior com Felipe, as marcas ainda sensíveis na pele, misturando dor e desejo. Ela se mexeu na cama, tentando se levantar sem fazer barulho, mas Felipe já estava acordado. Ele a observava com uma expressão calma, bem diferente da intensidade da noite anterior. — Desculpa, Valéria — começou ele, a voz rouca. — Eu perdi um pouco o controle ontem. Ela o encarou, surpresa pela sinceridade em seu tom. Felipe não parecia ser do tipo que se desculpava facilmente. — Não foi só você — respondeu ela, com um toque de hesitação. — Eu também... estava lá. Felipe assentiu, o olhar breve e contido. Ele estendeu a mão, tocando suavemente a pele marcada no braço dela. O toque dele, desta vez, era mais leve, quase gentil. — Vamos tomar um banho? — sugeriu ele, com
Felipe estacionou o carro em frente ao prédio de Valéria. O silêncio no carro era confortável, mas carregado com tudo o que havia acontecido nas últimas horas. Valéria olhou para ele, notando o leve cansaço em seu rosto, mas Felipe mantinha o mesmo ar controlado de sempre. — Obrigada pela carona — disse Valéria, soltando o cinto de segurança e prestes a sair. Felipe inclinou a cabeça levemente, os olhos fixos nela. — Até logo, Valéria. Ela assentiu, forçando um pequeno sorriso antes de sair do carro. Enquanto subia as escadas até seu apartamento, seu coração ainda batia rápido. Tentou controlar a agitação. Ao abrir a porta, foi recebida por Lara, que estava no sofá, de pijama, assistindo à TV. Assim que viu Valéria entrar, seus olhos se arregalaram, e ela pausou o que estava vendo. — Finalmente em casa! — exclamou Lara, com um sorriso malicioso. — E então? Onde você passou a noite? Valéria suspirou, sabendo que não escaparia das perguntas. Largou a bolsa no canto e se jog
Felipe e Valéria entraram no apartamento em silêncio. Ele a guiou diretamente até o banheiro, onde a água quente já caía, criando uma atmosfera abafada e confortável. O vapor envolvia os dois, dissipando a tensão acumulada do dia. Felipe entrou na banheira logo depois, acomodando-se ao lado dela. O som da água era a única coisa que preenchia o ambiente. Por um tempo, o silêncio parecia suficiente, até que Felipe quebrou a tranquilidade. — Você tem visto seu ex? — perguntou ele, direto. Valéria foi pega de surpresa. Não esperava ouvir o nome de Gustavo naquele momento. Ainda assim, manteve a calma. — Não. Desde o aniversário sa sua mãe, não o vi mais. Felipe manteve os olhos nela, como se estivesse avaliando cada detalhe de sua resposta. O vapor ao redor deles criava uma sensação de proximidade. — E ainda sente algo por ele? — continuou ele, a voz firme, mas com um toque de curiosidade. Valéria suspirou e inclinou a cabeça para trás, deixando a água escorrer pelo rosto. — Nã
O dia de Valéria começou como sempre. O estúdio cheio, as aulas fluindo. Ela se perdeu no piano, buscando a paz que a música trazia. No meio do dia, seu celular vibrou. Era uma mensagem de seu pai, Roberto. — "Filha, que tal jantarmos juntos hoje? Faz tempo que não passamos um tempo só nós dois." Valéria sorriu. Desde que sua mãe morreu, Roberto era seu porto seguro. Eles sempre foram próximos, mas os momentos juntos haviam se tornado raros. — "Claro, pai. Me avisa onde e a que horas." O resto do dia passou rápido. Quando as aulas terminaram, ela fechou o estúdio e foi encontrar o pai no restaurante. A conversa foi leve, cheia de memórias antigas e risos. Valéria se sentiu mais leve, como sempre acontecia com Roberto. Depois do jantar, decidiram passear pelo shopping. Eles faziam isso desde que ela era pequena. Ao passarem por um quiosque de sorvetes, Roberto sorriu. — Morango com calda de chocolate era o favorito da sua mãe — comentou ele, com uma voz suave e nostálgica. Val